#o socialismo deu errado
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A Bolsa
Joseph está na academia, entre uma série e outra dá uma olhada no iPhone, ainda que seja recomendado pelo protocolo de segurança da academia que não se manuseie o celular durante o treino. Ninguém cumpre essa recomendação, diferente do uso obrigatório de máscara e que se higienize o equipamento após o uso, a maioria faz a higienização ao deixar o equipamento, mas sempre há um outro que ignora o dever de higienizar o equipamento que usou, esses são os negacionistas.
A frente de Joseph uma mulher está sentada na abdutora, trabalhando as pernas, afinal é para isso que serve aquela cadeira que tem um que de erótico, afinal, abrir as pernas dá uma conotação sexual, quase sempre, sempre. Mas isso não é o que se deva pensar na academia, afinal, há tantos exercícios que se vistos com olhos libidinosos podem causar excitação. O que chamou atenção de Joseph foi que ao lado da mulher, ao lado da cadeira abdutora no chão estava uma bolsa, a bolsa da mulher, claro. Uma bolsa de carregar no antebraço, também chamada de bolsa de mão, dessas que a gente vê a rainha Elizabeth carregando. Tipo uma bolsa de vó. Pelo menos a vó de Joseph tinha aquela bolsa, tinha várias.
A mulher loira, com os cabelos presos num rabo de cavalo, vestia uma camiseta que parecia um vestido, uma coisa meio estranha, tipo um trapézio. Camiseta-vestido com uma legging, ambas da cor rosa, a peça de cima num tom mais claro e a parte de baixo num tom mais forte, quase um rosa choque. De repente a mulher levantou de súbito do equipamento, da cadeira abdutora, e pegou a bolsa do chão e saiu a passos largos e rápidos como uma pessoa correndo para não perder o trem, o ônibus, o check-in, a dignidade. Joseph achou que ela se dirigiria para a saída da academia. Não, ela foi apenas até outro equipamento.
De onde estava Joseph continuou prestando atenção na mulher de hábitos errados, talvez apenas mais uma negacionista. Os negacionistas estão em toda parte, na família, entre os amigos e de repente um dos mais próximos se revela negacionista-terraplanista-crente-no-mito-de-adão-e-eva, são umas serpentes ardilosas. Mas uma vez a loira de rabo de cavalo mudou o equipamento sem higienizar aquele que tinha usado, carregando a bolsa se mandou para outro, deixando para trás sabe-se lá o que, talvez coronavírus. Joseph foi se abancar ao lado dela.
Novamente a dona da bolsa se levantou e estava deixando para trás o equipamento sem higienizar. Foi quando Joseph virou para ela e fez um sinal com a mão apontando o frasco de desinfetante:
“A senhora não vai higienizar o equipamento?”
“Você acredita nessa besteira de coronavírus?” Ela respondeu com uma pergunta ao mesmo tempo que franzia o nariz em sinal de pouco caso.
“A senhora não vai higienizar o que equipamento?”
“Essa história de coronavírus é coisa de comunista. Onde surgiu? Na China.” Ela era daquelas pessoas que faz a pergunta e ela mesma responde. Detestável.
“A senhora também não deve acreditar na ciência, não é mesmo?”
“Meu rapaz. Quem tem fé em Deus, não teme o mal, seja ele real ou imaginário. Seja natural ou inventado...”
“Olha aqui, minha senhora, se acredita ou não que o vírus existe, a senhora pelo menos respeite as normas dos lugares...”
“E eu respeito muito, rapazinho. Tanto é que estou aqui usando esta máscara detestável e desnecessária. Porque sem ela não respeitam meu direito de ir e vir e me barram em todo lugar. Por isso comprei esta no começo da pandemia.”
A essa altura Joseph já estava possuído de raiva, sentia vontade de agarra aquela mulher pelas tetas e erguer acima da cabeça e rodar, rodar, rodar e atirar longe, lá do outro lado, lá onde estão as esteiras.
“Vocês querem acabar com o Brasil com essa história de pandemia. E agora querem trazer o Lula de volta e implantar o comunismo.”
“A senhora nem sabe o que é comunismo, o que é socialismo, a senhora não sabe de nada. A senhora acha que sabe das coisas, mas não sabe nem comprar uma bolsa para trazer à academia.”
Joseph sabia que não adiantava discutir com a mulher da bolsa. O melhor a se fazer era o que ia fazer, deu a volta no equipamento que estava usando e pegou uma anilha de 10Kg e calmamente voltou, fico de frente para a mulher, que estava em pé com a bolsa no braço e a cabeça erguida e um olhar esnobe desafiador como par de olhos de uma ave de rapina. Joseph virou o braço num movimento rápido e meteu a anilha de 10Kg na cabeça da mulher de rabo de cavalo. Primeiro o impacto que causou um som seco, único, como de uma noz sendo partida. Em seguida outro som, o corpo da mulher que despencava e se amontoava, esse outro som era da cabeça partida batendo no chão. Em seguida uma poça vermelha cobriu o chão pintando de azul escuro. A mão soltou a bolsa que ficou sozinha com que libertada, ainda ao lado do corpo que jazia imóvel aos pés de Joseph.
O rapaz que havia se tornado um assassino, talvez o assassino mais novo, recém saído do forno dos assassinos, pegou a bolsa da mulher e saiu correndo, deixou a academia e sumiu no mundo. Depois de correr quatro horas sem parar, caiu de cansado num lugar incerto e distante, foi quando abriu a bolsa, primeiro por curiosidade, depois para ver o que tinha ali dentro, seja o que fosse, por várias vezes quase se livrou da bolsa na fuga de quatro horas. Tomou a bolsa com cuidado e abriu o zíper de ponta a ponta e olhou como quem abre e olha o inominável, algo tipo abrir a barriga de uma pessoa para ver como é por dentro, ainda que nunca tenha feito isto e nem este escritor de contos, não sabia como era, mas podia imaginar afinal estudou biologia, é para isso que servem os estudos, para se imaginar as coisas sem que de fato se precise comete-las.
Tamanha foi a surpresa que a bolsa caiu de suas mãos trêmulas e foi parar no chão espalhando parte do que tinha dentro. Dinheiro, reais, dólares e euros, uma boa quantidade, além de joias e pedras preciosas soltas. O peso da bolsa, o peso da bolsa quase o fez que a largasse pelo caminho, era causado por dez barrinhas de ouro. Então Joseph entendeu porque ela não largava da bolsa, se fosse ele também não largaria. De agora em diante ele seria o guardião da bolsa, mas um menos idiota que a mulher loira de rabo de cavalo, seria um bom guardião da bolsa, um que desfrutaria do tesouro da bolsa da academia.
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Eu nunca sei como começar textos, então...
Sò to cansada de ver tanta coisa errada e me sentir importente diante de tudo isso. Ver tanta pobreza, desigualdade e se for pra desabafar mesmo, ver tanta burrice por ai. Vejo que o maior problema da sociedade tá na falta de educação, principalmente aquela que vem de casa, ensinada pela familia com amor e carinho. É facilmente notável a car}encia de afeto na vida de tantos adultos violentos... talvez seja inocencia minha acreditar que no fundo as pessoas querem seer boas, mas a gente precisa acreditar em algo, né. Acreditar no bem da humanidade nunca me pareceu algo tão louco, levando em consideração que tem gente pór ai que acredita ter nascido de un deus que os fez do barro – literalmente. Sabe, acho que aas religiões do mundo todo são muito bem vindas (eu pessoalmente acho alghumas meio absurdas, mas quem sou eu pra julgar né) acho que, no fundo, qualquer explicação e filosofia de vida que traga paz e clareza é sempre positivo. Concordando ou não, a religião e os ensinamentos que nos são dados desde a infância são as coisas que nos formam como humanos (des)funcionais na sociedade. Por isso acho tão importante discutir, antes de tudo, a forma como as familias se relacionam. É dentro de casa que se formam as nossas primeiras visões de mundo (e aproveito pra destacar aqui a importancia de se ter uma casa, uma familia e suporte emocional – coisas básicas e necessárias que faltam na nossa sociedade, resultando nesse monte de gente violenta e mal resolvida, pq sim, esses pilares são fundamentais na nossa formação como pessoa e só quem não teve uma casa, uma familia e suporte emocional sabe a falta q faz).
Ao colocar uma criança no mundo vc tem que ter 100% de certeza e responsabilidade no que vc ta fazendo. As coisas não são tão simples e gerar um ser humano não deveria ser algo tão banal. As crianças são o futuro da humanidade, elas merecem pais que as queiram e que as saibam criá-las.
Se a gente tentar interpretar a sociedade como uma conta de matemática, onde cada pessoa é uma váriaável, um x na questão, todos os pontos são importantes, cada x e cada variável que compoõe a fração influenciam no resultado. Hoje em dia nosso resultado, nossa realidade, é a violência.
É o desemprego, é a crise econômica, é a desigualdade. O que eu me pergunto todos os dias é como mudar esse resultado.
Sabe, a gente nasce sem pedir e morre sem saber quando e sem aviso prévio. Nao faz o menor sentido existir nesse meio tempo sofrendo. Eu não sou uma pessoa religiosa, mas eu vejo milagres todos os dias. O fato da humanidade existir nesse planeta que nos dá tudo que nós precisamos pra viver – água, comida – a gente só tem que querer viver bem. Quem tem o poder de controlar todas as variáveis da questão são as pessoas no poder, na política. Essas pessoas que decretam leis e decidem por todos o que é “o melhor” mas que na verdade é tão burro que não sabe nem alocar os recursos que o planeta nos dá para que vivemos bem. Eu não consigo enxergar de outro modo além de que a pessoa que tem esse poder e não age, é simplesmente burra. Ignorante no mais puro sentido da palavra. Que tipo de cérebro é egoísta e burro o suficiente pra deter tanto poder e fazer tanta merda? Os políticos tem, literalmente, nas mãos deles, o poder de realocar os recursos para que todo mundo possa ter a mesma chance de ter uma vida boa.
Minha maior e mais forte fé durante a vida toda, foi na educação, na ciência. Lembro de uma professora na sexta série que sempre dizia que o maior ato de rebeldia de um pobre é estudar e eu só vejo sabedoria nessa frase. Quando a gente fala que o governo quer te ver burro e massa de manobra fácil, é real. Pq será que a educação nunca foi o investimento e procupação numero um de governo nenhum? Não quero defender nenhum governo aqui, quero criticar todos. Todos seguraram o poder de mudança na mão mas não foram competentes o suficiente pra mudar algo de fato. Covardes. É por isso que quando a gente aprende o poder de estudar, a gente sempre quer saber mais. E a gente passa a entender como funciona a economia, entende conceitos básicos de estatísticas, vai lendo um pouquinho ali e aqui e quando vê já tem inteligencia o suficiente pra ser melhor do que qualquer deputado/governador ou whatever que ja passou pelo poder, simplesmente pq eles foram burros e egoístas. Tiveram a chance de mudar e se acorvardaram. Eu não consigo entender o tipo de mente que quer deter todo poder do mundo pra si. Que ganancia, que ego descontrolado é esse? Pq essa mania de sempre querer mais e mais e mais e nunca estar contente com o que se tem? Além de educação, falta terapia na sociedade brasileira – eu poderia falar que falta terapia no mundo de modo geral, mas vamos focar nos problemas do nosso país –
A questão é: pq as pessoas que tem o poder de mudança na mão, não o fazem? Eu sei que existem muitas interpretaçoes religiosas por aí e respeito todas elas, mas eu penso que não existe vida após a morte, não existe deus nem diabo, nem céu nem inferno, nem premio pros bonzinhos nem sofrimento pros maus. A vida é uma só e, ou a gente aprende aqui, ou morre e nunca mais aprende nada. Porra, a gente ja nasceu, ja ta sendo obrigado a viver nesse sistema de mundo e de sociedade, pq não fazer isso de modo que traga alegria? Fodase o lucro, para de pensar no dinheiro um pouco. Para de querer 20 carros e 100 casas no teu nome. Para de querer conquistar e dominar o mundo e ser o rei de tudo. Aprecia o que tu tem. A gente só precisa mesmo de uma casa pra viver, de um meio de transporte pra deixar a rotina do dia a dia mais confortavel. Roupas que nos protegem, comida que nos sacia, amor e felicidade que nos preenchem.
Na lista de Problemas do Mundo a ganancia e o ego descontrolado estão no topo da lista. A gente tem essa mania de querer ser e ter sempre mais – mas a gente não ta se dando conta que isso ta destruindo tudo? Destruiindo as relações entre a gente mesmo e destruindo nosso planeta. Porra, eu sou toda a favor de exploração do espaço e dos planetas, mas vamos cuidar da nossa terrra também? A nossa Terra é o nosso divino, nosso milagre, nosso grãozinho de poeira no espaço que abriga tudo que a gente é e tudo que a gente conhece. Nâo importa a guerra “Capitalismo x Socialismo”, “esquerda x direita”, o que importa é que a gente ta acabando com a única coisa que a gente tem de fato – nossa Terra – justamente por causa de ego e ganancia descontrolados. Sinceramente, com toda a tecnologia que a humanidade acumulou durante todos esses anos, com toda a forma de comunicação mundial que a gente tem hoje em dia, será que a gente consegue chegar num consenso? Como eu falei antes, eu não sou ua pessoa religiosa, mas eu preciso ter fé em algo, assim como todo mundo. A fé que me faz acordar todo dia é a de que um dia a gente – falando como humanidade – vai chegar nesse consenso de deixar todo mundo viver bem, sabe? Eu sonho muito com esse mundo onde todo mundo tem o mesmo acesso a educação, que todas as familias sejam planejadas e preparadas para cuidar de suas crianças, que todas essas crianças recebam amor, carinho, atenção, conselhos e ensinamentos de vida. Que todas essas crianças tenham – como eu tive – exemplos a se seguir. Pais batalhadores e trabalhadores que prezam pelo bem estar de seus filhos, e mais tarde, esses filhos vão ser o reflexo da nossa sociedade. A gente precisa estar ciente disso antes de sair colocando gente nesse mundo – ainda mais vivendo do jeito que estamos vivendo. Nossas crianças merecem mais do que isso e eu acredito que tudo tem conserto... Se a política for feita com honestidade –acima de tudo- e baseada na educaçao, a revolução que a gente precisa vai acontecer.
O governo segura uma responsabilidade muito grande nesse processo de organização e gestão da sociedade, mas nem tudo depende do governo. Eu diria que tudo depende da gente como indivíduo na sociedade. Nossas ações que formam a sociedade e a política é um reflexo da população. Me diz que eu to errada, olhando pra nossa populaçao e pro nosso presidente? O problema do Bolsonaro, é que existe um dele dentro de cada um que vive no Brasil hoje em dia. “ah mas eu não votei no bolsonaro”, mas mesmo assim ele ganhou e a gente precisa lidar com números, sabe? A maioria colocou ele no poder e ele –a pessoa, jair bolsonaro – é um reflexo de quem colocou ele lá. E sabe que eu nem julgo as pessoas tanto assim? Partindo da teoria de que a sociedade está mentalmente doente, ele é só mais um resultado. Pessoas violentas se sentem representadas por pessoas violentas e o único modo que eu vejo de combater a violência é com a educação andando de mãos dadas com a Terapia! No fim das contas o presidente ganhou sua fama discursando em cima do armamento como modo de combater a violência e caralho como isso tá errado. Nesses casos eu gosto muito de usar a matemática pra tentar entender: violência + arma (sendo que armas são sempre e unicamente utilizadas para matar) = mais violência. A conta é simples e o resultado não é o que a gente quer. Simples assim. Pra combater a violência, a educação precisa ter mais espaço. Me corrijam se eu estiver errada, mas na minha cabeça a lógica é simples: uma população que tem suas necessidades satisfeitas – tem educação, tem saúde, tem emprego e tem segurança – consequentemente tem níveis baixos de crimes. Acho que pessoas más que cometem crimes por maldades existem e merecem ser severamente punidas (tópico pra discução em outro momento), mas tamvbém acredito que tem muito traficante e ladrãozinho de pão por aí que não faria isso se não se visse sem outra saída. To sendo muito inocente de acreditar nisso? Ninguem quer defender bandido, não, bandido tem que ser preso e a cadeia não tem que ser agradável pra ninguem, mas só punir os criminosos ja existentes não tá dando resultado nenhum. Os presídios superlotados que o digam. O sistema todo é falho, se rola punição, não rola reeducação e o assim o problema não vai ser resolvido nunca.
Já me falaram “ah mas se o governo der educaão pra todo mundo ningueém vai querer ser gari/pedreiro/faxineira ou qualquer outra profissão que seja extremamente desvalorizada hoje em dia” e realmente isso é verdade. Vamos analisar o jeito que a gente vive hoje: salario minimo $998, levando em consideração que a média de um aluguel de uma casa seja na faixa dos $500. Nem precisa analisar muitos outros fatores (água, eletricidade, comida) necessarios pra se manter que fica claro que a conta não fecha. Não tem como viver com esse salário e é por isso que ninguém quer realizar essas atividades. Não é pq ninguém quer trabalkhar no McDonalds, por exemplo, mas sim pq ninguem quer trabalhar pra ganhar pouco e não conseguir se manter. Que alegria que dá ter um trabalho que só te cobra, te tira teu tempo e não te dá remuneração que valha a pena em troca? É óbvio que ninguém vai querer. Agora, acredito que o cenário muda completamente se os salarios mudassem. Se trabalhar como gari ou faxineira, hoje em dia, te desse a chance de ter uma casa legal, um carrinho, te desse condições de viver e aproveitar com a tua familia, tu não trabalharia? Pq eu não pensaria duas vezes, eu faria qualquer trabalho que me desse a chance de viver bem, pq eu acredito que o trabalho deve ser isso: uma chance de viver bem. Ninguém quer ser escravo de ninguém mas eu sei que o povo brasileiro é batalhador e nunca vai ter preguiça de fazer o serviço pesado, desde que seja bem reconhecido e remunerado. Eu acredito que uma das profissões mais importantes que existem seja o Professor. É a pessoa que ensina, que passa conhecimento adiante na sociedade. Mas a gente precisa reconhecer também a importancia do gari e da faxineira e dos porteiros e dos motoristas e de todo mundo que dispoe do seu tempo pra fazer da sociedade um lugar melhor pra todo mundo. Como falamos antes, cada x, cada variável da questão, altera o resultado.
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Eu nunca sei como começar textos, então...
Sò to cansada de ver tanta coisa errada e me sentir importente diante de tudo isso. Ver tanta pobreza, desigualdade e se for pra desabafar mesmo, ver tanta burrice por ai. Vejo que o maior problema da sociedade tá na falta de educação, principalmente aquela que vem de casa, ensinada pela familia com amor e carinho. É facilmente notável a car}encia de afeto na vida de tantos adultos violentos... talvez seja inocencia minha acreditar que no fundo as pessoas querem seer boas, mas a gente precisa acreditar em algo, né. Acreditar no bem da humanidade nunca me pareceu algo tão louco, levando em consideração que tem gente pór ai que acredita ter nascido de un deus que os fez do barro – literalmente. Sabe, acho que aas religiões do mundo todo são muito bem vindas (eu pessoalmente acho alghumas meio absurdas, mas quem sou eu pra julgar né) acho que, no fundo, qualquer explicação e filosofia de vida que traga paz e clareza é sempre positivo. Concordando ou não, a religião e os ensinamentos que nos são dados desde a infância são as coisas que nos formam como humanos (des)funcionais na sociedade. Por isso acho tão importante discutir, antes de tudo, a forma como as familias se relacionam. É dentro de casa que se formam as nossas primeiras visões de mundo (e aproveito pra destacar aqui a importancia de se ter uma casa, uma familia e suporte emocional – coisas básicas e necessárias que faltam na nossa sociedade, resultando nesse monte de gente violenta e mal resolvida, pq sim, esses pilares são fundamentais na nossa formação como pessoa e só quem não teve uma casa, uma familia e suporte emocional sabe a falta q faz).
Ao colocar uma criança no mundo vc tem que ter 100% de certeza e responsabilidade no que vc ta fazendo. As coisas não são tão simples e gerar um ser humano não deveria ser algo tão banal. As crianças são o futuro da humanidade, elas merecem pais que as queiram e que as saibam criá-las.
Se a gente tentar interpretar a sociedade como uma conta de matemática, onde cada pessoa é uma váriaável, um x na questão, todos os pontos são importantes, cada x e cada variável que compoõe a fração influenciam no resultado. Hoje em dia nosso resultado, nossa realidade, é a violência. É o desemprego, é a crise econômica, é a desigualdade. O que eu me pergunto todos os dias é como mudar esse resultado.
Sabe, a gente nasce sem pedir e morre sem saber quando e sem aviso prévio. Nao faz o menor sentido existir nesse meio tempo sofrendo. Eu não sou uma pessoa religiosa, mas eu vejo milagres todos os dias. O fato da humanidade existir nesse planeta que nos dá tudo que nós precisamos pra viver – água, comida – a gente só tem que querer viver bem. Quem tem o poder de controlar todas as variáveis da questão são as pessoas no poder, na política. Essas pessoas que decretam leis e decidem por todos o que é “o melhor” mas que na verdade é tão burro que não sabe nem alocar os recursos que o planeta nos dá para que vivemos bem. Eu não consigo enxergar de outro modo além de que a pessoa que tem esse poder e não age, é simplesmente burra. Ignorante no mais puro sentido da palavra. Que tipo de cérebro é egoísta e burro o suficiente pra deter tanto poder e fazer tanta merda? Os políticos tem, literalmente, nas mãos deles, o poder de realocar os recursos para que todo mundo possa ter a mesma chance de ter uma vida boa.
Minha maior e mais forte fé durante a vida toda, foi na educação, na ciência. Lembro de uma professora na sexta série que sempre dizia que o maior ato de rebeldia de um pobre é estudar e eu só vejo sabedoria nessa frase. Quando a gente fala que o governo quer te ver burro e massa de manobra fácil, é real. Pq será que a educação nunca foi o investimento e procupação numero um de governo nenhum? Não quero defender nenhum governo aqui, quero criticar todos. Todos seguraram o poder de mudança na mão mas não foram competentes o suficiente pra mudar algo de fato. Covardes. É por isso que quando a gente aprende o poder de estudar, a gente sempre quer saber mais. E a gente passa a entender como funciona a economia, entende conceitos básicos de estatísticas, vai lendo um pouquinho ali e aqui e quando vê já tem inteligencia o suficiente pra ser melhor do que qualquer deputado/governador ou whatever que ja passou pelo poder, simplesmente pq eles foram burros e egoístas. Tiveram a chance de mudar e se acorvardaram. Eu não consigo entender o tipo de mente que quer deter todo poder do mundo pra si. Que ganancia, que ego descontrolado é esse? Pq essa mania de sempre querer mais e mais e mais e nunca estar contente com o que se tem? Além de educação, falta terapia na sociedade brasileira – eu poderia falar que falta terapia no mundo de modo geral, mas vamos focar nos problemas do nosso país –
A questão é: pq as pessoas que tem o poder de mudança na mão, não o fazem? Eu sei que existem muitas interpretaçoes religiosas por aí e respeito todas elas, mas eu penso que não existe vida após a morte, não existe deus nem diabo, nem céu nem inferno, nem premio pros bonzinhos nem sofrimento pros maus. A vida é uma só e, ou a gente aprende aqui, ou morre e nunca mais aprende nada. Porra, a gente ja nasceu, ja ta sendo obrigado a viver nesse sistema de mundo e de sociedade, pq não fazer isso de modo que traga alegria? Fodase o lucro, para de pensar no dinheiro um pouco. Para de querer 20 carros e 100 casas no teu nome. Para de querer conquistar e dominar o mundo e ser o rei de tudo. Aprecia o que tu tem. A gente só precisa mesmo de uma casa pra viver, de um meio de transporte pra deixar a rotina do dia a dia mais confortavel. Roupas que nos protegem, comida que nos sacia, amor e felicidade que nos preenchem.
Na lista de Problemas do Mundo a ganancia e o ego descontrolado estão no topo da lista. A gente tem essa mania de querer ser e ter sempre mais – mas a gente não ta se dando conta que isso ta destruindo tudo? Destruiindo as relações entre a gente mesmo e destruindo nosso planeta. Porra, eu sou toda a favor de exploração do espaço e dos planetas, mas vamos cuidar da nossa terrra também? A nossa Terra é o nosso divino, nosso milagre, nosso grãozinho de poeira no espaço que abriga tudo que a gente é e tudo que a gente conhece. Nâo importa a guerra “Capitalismo x Socialismo”, “esquerda x direita”, o que importa é que a gente ta acabando com a única coisa que a gente tem de fato – nossa Terra – justamente por causa de ego e ganancia descontrolados. Sinceramente, com toda a tecnologia que a humanidade acumulou durante todos esses anos, com toda a forma de comunicação mundial que a gente tem hoje em dia, será que a gente consegue chegar num consenso? Como eu falei antes, eu não sou ua pessoa religiosa, mas eu preciso ter fé em algo, assim como todo mundo. A fé que me faz acordar todo dia é a de que um dia a gente – falando como humanidade – vai chegar nesse consenso de deixar todo mundo viver bem, sabe? Eu sonho muito com esse mundo onde todo mundo tem o mesmo acesso a educação, que todas as familias sejam planejadas e preparadas para cuidar de suas crianças, que todas essas crianças recebam amor, carinho, atenção, conselhos e ensinamentos de vida. Que todas essas crianças tenham – como eu tive – exemplos a se seguir. Pais batalhadores e trabalhadores que prezam pelo bem estar de seus filhos, e mais tarde, esses filhos vão ser o reflexo da nossa sociedade. A gente precisa estar ciente disso antes de sair colocando gente nesse mundo – ainda mais vivendo do jeito que estamos vivendo. Nossas crianças merecem mais do que isso e eu acredito que tudo tem conserto... Se a política for feita com honestidade –acima de tudo- e baseada na educaçao, a revolução que a gente precisa vai acontecer.
O governo segura uma responsabilidade muito grande nesse processo de organização e gestão da sociedade, mas nem tudo depende do governo. Eu diria que tudo depende da gente como indivíduo na sociedade. Nossas ações que formam a sociedade e a política é um reflexo da população. Me diz que eu to errada, olhando pra nossa populaçao e pro nosso presidente? O problema do Bolsonaro, é que existe um dele dentro de cada um que vive no Brasil hoje em dia. “ah mas eu não votei no bolsonaro”, mas mesmo assim ele ganhou e a gente precisa lidar com números, sabe? A maioria colocou ele no poder e ele –a pessoa, jair bolsonaro – é um reflexo de quem colocou ele lá. E sabe que eu nem julgo as pessoas tanto assim? Partindo da teoria de que a sociedade está mentalmente doente, ele é só mais um resultado. Pessoas violentas se sentem representadas por pessoas violentas e o único modo que eu vejo de combater a violência é com a educação andando de mãos dadas com a Terapia! No fim das contas o presidente ganhou sua fama discursando em cima do armamento como modo de combater a violência e caralho como isso tá errado. Nesses casos eu gosto muito de usar a matemática pra tentar entender: violência + arma (sendo que armas são sempre e unicamente utilizadas para matar) = mais violência. A conta é simples e o resultado não é o que a gente quer. Simples assim. Pra combater a violência, a educação precisa ter mais espaço. Me corrijam se eu estiver errada, mas na minha cabeça a lógica é simples: uma população que tem suas necessidades satisfeitas – tem educação, tem saúde, tem emprego e tem segurança – consequentemente tem níveis baixos de crimes. Acho que pessoas más que cometem crimes por maldades existem e merecem ser severamente punidas (tópico pra discução em outro momento), mas tamvbém acredito que tem muito traficante e ladrãozinho de pão por aí que não faria isso se não se visse sem outra saída. To sendo muito inocente de acreditar nisso? Ninguem quer defender bandido, não, bandido tem que ser preso e a cadeia não tem que ser agradável pra ninguem, mas só punir os criminosos ja existentes não tá dando resultado nenhum. Os presídios superlotados que o digam. O sistema todo é falho, se rola punição, não rola reeducação e o assim o problema não vai ser resolvido nunca.
Já me falaram “ah mas se o governo der educaão pra todo mundo ningueém vai querer ser gari/pedreiro/faxineira ou qualquer outra profissão que seja extremamente desvalorizada hoje em dia” e realmente isso é verdade. Vamos analisar o jeito que a gente vive hoje: salario minimo $998, levando em consideração que a média de um aluguel de uma casa seja na faixa dos $500. Nem precisa analisar muitos outros fatores (água, eletricidade, comida) necessarios pra se manter que fica claro que a conta não fecha. Não tem como viver com esse salário e é por isso que ninguém quer realizar essas atividades. Não é pq ninguém quer trabalkhar no McDonalds, por exemplo, mas sim pq ninguem quer trabalhar pra ganhar pouco e não conseguir se manter. Que alegria que dá ter um trabalho que só te cobra, te tira teu tempo e não te dá remuneração que valha a pena em troca? É óbvio que ninguém vai querer. Agora, acredito que o cenário muda completamente se os salarios mudassem. Se trabalhar como gari ou faxineira, hoje em dia, te desse a chance de ter uma casa legal, um carrinho, te desse condições de viver e aproveitar com a tua familia, tu não trabalharia? Pq eu não pensaria duas vezes, eu faria qualquer trabalho que me desse a chance de viver bem, pq eu acredito que o trabalho deve ser isso: uma chance de viver bem. Ninguém quer ser escravo de ninguém mas eu sei que o povo brasileiro é batalhador e nunca vai ter preguiça de fazer o serviço pesado, desde que seja bem reconhecido e remunerado. Eu acredito que uma das profissões mais importantes que existem seja o Professor. É a pessoa que ensina, que passa conhecimento adiante na sociedade. Mas a gente precisa reconhecer também a importancia do gari e da faxineira e dos porteiros e dos motoristas e de todo mundo que dispoe do seu tempo pra fazer da sociedade um lugar melhor pra todo mundo. Como falamos antes, cada x, cada variável da questão, altera o resultado.
Tem erros de português sim, mas precisava desabafar.
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Ser diferente...
Observo a maioria ao meu redor e percebo que sou diferente.
Não vejo motivos para festejar datas comemorativas.
O tempo cronológico embora marque os ciclos do universo de constelações que nos abriga, se comporta de forma não paralela a outras evoluções ou regressos.
O mesmo também não traz verdade quando pontuados pela humanidade.
O natal por exemplo, nada tem a ver com a data em que Jesus Cristo nasceu.
Parece estar mais ligado a coca-cola e marcas de brinquedos do que ao cristianismo em sí.
Venho de um lugar onde somos acostumados a dizer “graças a Deus”, porém não há muitas aberturas para com outras religiões que veneram Orixás, Budas, dentre outras divindades que pra mim podem estar tão presentes quanto ausente no universo.
Djonga me ensinou a não pensar apenas no 2D. Existe muito mais além de Deus e Diabo por aqui.
Tão como capitalismo e socialismo em momentos atuais, que na verdade se completam para formar a sociedade que se divide ignorantemente acreditando que um deve ser separado do outro.
Eu acho graça disso tudo.
Acredito estar errado em meio à multidão certa porém quando levo a ciência, o caminho mais próximo da verdade, vejo as possibilidades de estar em um caminho certo onde o certo ou errado não definem o sentido real.
Respeitos os demais.
Fico feliz por poder rir de todos em silêncio.
Eu penso: Olha a ignorância ali querendo ser capitalista sendo que todos precisam de comida e emprego.
Eu penso: Olha a ignorância ali querendo ser socialista sendo que o direito de escolher as marcas garantem o subsídio daqueles que trabalham e produzem nela, para ela e para si mesmo.
Sinceramente prefiro Asus, mas o dia que quiser ter um Apple, espero não ter um kim Jong Um me privando de construir novas referências e assim evoluir um pouco em conhecimento.
Não por ser intelectual ou burro. Não é assim que funciona.
Quando conheço algo novo meu cérebro se plastifica a registrar toda a experiência vivida com aquele contato.
É assim que aprendemos, fisiologicamente falando.
Assim como todos os humanos com estruturas cerebrais fisiologicamente preservadas.
O meu país parece ter um feriado por mês no mínimo. Outro motivo que me faz se sentir extremamente diferente.
Aqui amam feriado porque trabalham por dinheiro.
Eu priorizo trabalhar para aprender primeiramente.
O que irá me enriquecer não é trabalhar arduamente e sim ter conhecimentos abrangente e abundantes ao ponto de eu saber sobre os melhores serviços, como, quanto e quando vende-los ou não.
Como o rapaz que joga 5 vezes por anos na bolsa de valores e consegue passar o resto da vida fazendo o que bem entende com ela.
Saber construir a música do momento pode colocar alguns bons dólares em seu bolso, e você não precisa trabalhar o ano todo pra isso. Basta aproveitar seu momento certo de criação e criar.
Vivo em um país que venera os concursos e militarismo porque geralmente associam a um salário, porém não amam exatamente a função e na maioria das vezes não constroem uma boa consciência sobre o mesmo, estão ali pelo salário.
Para provar isso te convido a visitar uma instituição pública como o Banco do Brasil e observar como será seu tratamento em um todo. Ou você pode pesquisar quantas guerras o Brasil realmente se envolve para que seu militarismo seja realmente venerado pelos ditos patriotas.
Natural...
O país é muito novo, ainda não sabemos jogar o lixo na lixeira.
Não há diálogos sobre investimento e economia nas escolas.
É como se a escravidão ainda se mantivesse porém ao em vez de correntes e chibatadas até a morte, há uma manipulação neural que venda os olhos e nos prende em nossos próprios pobres e limitados ideias, até a morte...
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O ex-covarde Entro na redação e o Marcelo Soares de Moura me chama. Começa: — “Escuta aqui, Nélson. Explica esse mistério.” Como havia um mistério, sentei-me. Ele começa: — “Você, que não escrevia sobre política, por que é que agora só escreve sobre política?” Puxo um cigarro, sem pressa de responder. Insiste: — “Nas suas peças não há uma palavra sobre política. Nos seus romances, nos seus contos, nas suas crônicas, não há uma palavra sobre política. E, de repente, você começa suas “confissões”. É um violino de uma corda só. Seu assunto é só política. Explica: — Por quê?” Antes de falar, procuro cinzeiro. Não tem. Marcelo foi apanhar um duas mesas adiante. Agradeço. Calco a brasa do cigarro no fundo do cinzeiro. Digo: — “É uma longa história.” O interessante é que outro amigo, o Francisco Pedro do Couto, e um outro, Permínio Ásfora, me fizeram a mesma pergunta. E, agora, o Marcelo me fustigava: — “Por quê?” Quero saber: — “Você tem tempo ou está com pressa?” Fiz tanto suspense que a curiosidade do Marcelo já estava insuportável. Começo assim a “longa história”: — “Eu sou um ex-covarde.” O Marcelo ouvia só e eu não parei mais de falar. Disse-lhe que, hoje, é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a tv. Quase tudo e quase todos exalam abjeção. Marcelo interrompe: — “Somos todos abjetos?” Acendo outro cigarro: — “Nem todos, claro.” Expliquei-lhe o óbvio, isto é, que sempre há uma meia dúzia que se salve e só Deus sabe como. “Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo.” E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso. O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. Diria Marcelo que estou fazendo uma caricatura até grosseira. Nem tanto, nem tanto. Mas o medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Fomos nós que fabricamos a “Razão da Idade”. Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total. Sim, os pais têm medo dos filhos, os mestres dos alunos. O medo é tão criminoso que, outro dia, seis ou sete universitários curraram uma colega. A menina saiu de lá de maca, quase de rabecão. No hospital, sofreu um tratamento que foi quase outro estupro. Sobreviveu por milagre. E ninguém disse nada. Nem reitores, nem professores, nem jornalistas, nem sacerdotes, ninguém exalou um modestíssimo pio. Caiu sobre o jovem estupro todo o silêncio da nossa pusilanimidade. Mas preciso pluralizar. Não há um medo só. São vários medos, alguns pueris, idiotas. O medo de ser reacionário ou de parecer reacionário. Por medo das esquerdas, grã-finas e milionários fazem poses socialistas. Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário. É o medo que faz o Dr. Alceu renegar os dois mil anos da Igreja e pôr nas nuvens a “Grande Revolução” russa. Cuba é uma Paquetá. Pois essa Paquetá dá ordens a milhares de jovens brasileiros. E, de repente, somos ocupados por vietcongs, cubanos, chineses. Ninguém acusa os jovens e ninguém os julga, por medo. Ninguém quer fazer a “Revolução Brasileira”. Não se trata de Brasil. Numa das passeatas, propunha-se que se fizesse do Brasil o Vietnã. Por que não fazer do Brasil o próprio Brasil? Ah, o Brasil não é uma pátria, não é uma nação, não é um povo, mas uma paisagem. Há também os que o negam até como valor plástico. Eu falava e o Marcelo não dizia nada. Súbito, ele interrompe: — “E você? Por que, de repente, você mergulhou na política?” Eu já fumara, nesse meio-tempo, quatro cigarros. Apanhei mais um: — “Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc, etc. Na guerra, ouvi um comunista dizer, antes da invasão da Rússia: — “Hitler é muito mais revolucionário do que a Inglaterra.” E eu, por covardia, não disse nada. Sempre achei que a história da “Grande Revolução”, que o Dr. Alceu chama de “o maior acontecimento do século XX”, sempre achei que essa história era um gigantesco mural de sangue e excremento. Em vida de Stalin, jamais ousei um suspiro contra ele. Por medo, aceitei o pacto germano-soviético. Eu sabia que a Rússia era a antipessoa, o anti-homem. Achava que o Capitalismo, com todos os seus crimes, ainda é melhor do que o Socialismo e sublinho: — do que a experiência concreta do Socialismo, Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Primeiro, foi em 1929, no dia seguinte ao Natal. Às duas horas da tarde, ou menos um pouco, vi meu irmão Roberto ser assassinado. Era um pintor de gênio, espécie de Rimbaud plástico, e de uma qualidade humana sem igual. Morreu errado ou, por outra, morreu porque era “filho de Mário Rodrigues”. E, no velório, sempre que alguém vinha abraçar meu pai, meu pai soluçava: — “Essa bala era para mim.” Um mês depois, meu pai morria de pura paixão. Mais alguns anos e meu irmão Joffre morre. Éramos unidos como dois gêmeos. Durante 15 dias, no Sanatório de Correias, ouvi a sua dispnéia. E minha irmã Dorinha. Sua agonia foi leve como a euforia de um anjo. E, depois, foi meu irmão Mário Filho. Eu dizia sempre: — “Ninguém no Brasil escreve como meu irmão Mário.” Teve um enfarte fulminante. Bem sei que, hoje, o morto começa a ser esquecido no velório. Por desgraça minha, não sou assim. E, por fim, houve o desabamento de Laranjeiras. Morreu meu irmão Paulinho e, com ele, sua esposa Maria Natália, seus dois filhos, Ana Maria e Paulo Roberto, a sua sogra, D. Marina. Todos morreram, todos, até o último vestígio. Falei do meu pai, dos meus irmãos e vou falar também de mim. Aos 51 anos, tive uma filhinha que, por vontade materna, chama-se Daniela. Nasceu linda. Dois meses depois, a avó teve uma intuição. Chamou o Dr. Sílvio Abreu Fialho. Este veio, fez todos os exames. Depois, desceu comigo. Conversamos na calçada do meu edifício. Ele foi muito delicado, teve muito tato. Mas disse tudo. Minha filha era cega. Eis o que eu queria explicar a Marcelo: — depois de tudo que contei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: — “Sou um ex-covarde.” É maravilhoso dizer tudo. Para mim, é de um ridículo abjeto ter medo das Esquerdas, ou do Poder Jovem, ou do Poder Velho ou de Mao Tsé-tung, ou de Guevara. Não trapaceio comigo, nem com os outros. Para ter coragem, precisei sofrer muito. Mas a tenho. E se há rapazes que, nas passeatas, carregam cartazes com a palavra “Muerte”, já traindo a própria língua; e se outros seguem as instruções de Cuba; e se outros mais querem odiar, matar ou morrer em espanhol — posso chamá-los, sem nenhum medo, de “jovens canalhas”.
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Capítulo 5 – Jean Millys
Capítulo 5 – Jean Millys
Depois dessa experiência com o meu aluno eu dou mais dois tempos de aula para outra turma e então volto pra casa.
- Ainda bem que o horário letivo de hoje já estava acabando. Ufa. – Eu digo já no elevador do meu apartamento.
Eu morava no Leblon e essa escola não ficava muito longe da minha casa e eu podia ir e voltar a pé. Era um daqueles centro escolares estaduais onde quem se matriculava era mais jovens pobres das comunidades carentes ao redor.
Então eu abro a minha casa e acho o meu marido sentado em uma mesinha na sacada, enquanto tomava um vinho e lia um livro.
Jean Millys.
- Boa tarde, amor. Como foram as turmas? Conseguiu trazer mais alguns alunos para a Revolução do Proletariado? Nós de esquerda temos que adentrar cada vez mais a mente e corações das pessoas pretas, pobres e faveladas.
Meu marido também era marxista trotskista como eu, e ele sabia muito bem do meu intuito de doutrinar meus estudantes para o socialismo.
- Nem tanto. Foi só o trabalho lento, orgânico e paciente de sempre. Você sabe que não posso dar mole e deixar muito na cara. Hoje em dia cada adolescente tem um smartphone e pode gravar em alta resolução a minha aula escondida inteira. Só um deslize meu e isso parará na mão dos fascistas do MBL ou do Escola sem Partido.
Eu não podia contar ao meu esposo que um aluno meu de nome Wenderson ficou chupando os meus peitões para aceitar ser convertido ao Comunismo.
- Entendido, amor. Bom, eu comprei aquele Almas Caviar que você tanto gosta. Venha descansar um pouco e coma comigo.
Meu marido era um escritor de renome e colunista na Folha de São Paulo, porém ele não cozinhava nada e as panelas e utensílios de cozinha na nossa casa eram mais decorativos do que realmente para serem usados.
Eu pego então o meu prato de porcelana da família dele enrolada em celofane e o abro. E depois de pegar uma taça de vinho francês Domaine de la Romanée-Conti também sento na sacada e converso com ele.
- Jean, como está o seu livro? Teve avanços?
Meu marido estava para terminar um livro sobre Fascismo na Sociedade Pós-Moderna, e a editora o pressionava diariamente pelos capítulos finais.
- Não. Estou com um bloqueio grande. Isso é culpa dessa editora e desse fordismo literário e capitalista. Com certeza isso também é fascista de alguma forma. Eu me sinto exausto, compreende? Essa labuta intelectual faz eu me sentir como uma engrenagem rodando dentro de uma máquina cruel e que só visa o lucro e a mais-valia. Estou exausto.
E o meu marido inclina a cabeça pra trás e fecha os olhos, me mostrando teatralmente como era cansativo o ato de ficar em um balcão no Leblon, tomando vinho caro e comendo caviar.
- Não fique assim, amor. Deixa eu te desestressar então.
Eu largo o meu prato e vou para perto dele e começo a massagear os seus ombros.
Ele não era forte e seus trapézios não estavam tensionados de estresse não, mas mesmo assim eu fico a tentar agradar o meu homem.
- Você não precisa fazer isso, Manú. Eu sou desconstruído e sei que a mulher não precisa ser um objeto de dar prazer aos homens. Isso é fascista e parte do patriarcado.
Na hora eu lembro do Wen, o meu aluno pervertido.
Enquanto o Wenderson não negava o carinho de mulher que eu dei a ele, e muito pelo contrário se deliciava com o pouco que ofereci.
O meu homem, o Jean Millys, não só não aceitava os meus agrados femininos, como também pedia para eu parar.
- Mozinho, eu insisto. Deixa a sua esposa mostrar as técnicas especiais dela. Eu farei você se sentir muito bem.
Sentindo a minha periquita pegando fogo eu faço o mesmo que fiz com o meu aluno tarado. Eu começo a desabotoar o meu blusão e ofereço a ele aquelas frutas do Éden que todos os meus alunos em todas as turmas que eu lecionava sempre quiseram degustar, e só um conseguiu até hoje.
Mas o meu marido se afasta e diz.
- Manuella D’Ássila, o que você está fazendo? Está tudo bem? Eu nunca te vi assim.
Constrangida em como ele me desprezou, eu fecho o meu blusão risque preto e acabado abotoando nos furos errados. Deixando ele todo torto enquanto eu começava a chorar e com mãos tremidas tentar me ajeitar.
- Eu que digo isso de você, Jean. Se fosse outro homem avançaria guloso em mim grato e agradecido à Deus pela oportunidade dada por mim. Você é um frouxo e afeminado, isso sim.
- Deus? Mas amor, somos ateus. Amor? Amor?? Pra que esse linguajar tóxico?
E sem escutar mais nada eu vou para o meu quarto de casal e me tranco lá dentro.
Eu finalmente tiro a minha roupa de secretária sexy que eu usava como uma espécie de fantasia sugestiva de ‘professora gostosa e doutrinadora’ e deito na minha cama Majesty VI-spring.
Jean Millys sequer bate na porta para tirar satisfação nem nada nas horas seguintes. Com certeza ele até gostaria de saber como eu estava, mas a cultura do cancelamento o vigiava internamente e meu esposo tinha medo que qualquer ato mais viril ou masculino seu fosse visto como machismo, fascismo, nazismo ou violência doméstica.
Eu dei algumas cochiladas intermitentes e quando acordo de vez foi com o meu celular tocando.
- Número desconhecido? Quem será? – Eu pego e atendo. – Alô? Se for da editora, o Jean já está finalizando o livr-
- Oi, fessora. É o Wenderson. Seu aluno recém convertido para o Comunismo.
Escutar a voz dele enquanto eu me encontrava seminua na minha casa foi quase como se o Wen tivesse invadido a minha intimidade e estivesse ali na cama comigo. Meu corpo todo se arrepia e meus mamilos se endurecem.
- Wenderson? Como você tem o meu número?
- Portal da Transparência, professora Manuella D’Ássila. Alguns dados seus são públicos, como o seu salário. Não sabia que o socialismo dava tanto dinheiro haha. Se bem que algumas coisas que nós fizemos juntinhos você não gostaria que fossem de conhecimento de todos, não é?
Em um liminar entre o tesão e o medo eu pergunto.
- Wenderson, o que você quer de mim?
- Nada. Eu só quero saber como faço para me manter no Comunismo, sabe? Depois que eu desmamei de você eu estou perdendo a fé. O que eu faço? Você tem algum grupo de estudos? Quero conhecer mais sobre a esquerda, e te conhecer também.
Era inevitável que depois daquele primeiro contato ele ficasse gamado mais em mim do que nas ideias progressistas e de Materialismo Histórico do Karl Marx.
Depois do comportamento frio e seco do meu marido, eu me vejo muito mais inclinada a ajuda-lo e a dar base teórica que o Wenderson precisava.
- Tenho sim. Eu faço Saraus de Poesia na minha casa todo sábado. Eu posso te emprestar alguns livros.
- Oba! Vou poder passar na sua casa? Esse final de semana?
Ele é só um adolescente deslumbrado com a professora bonita dele, e que nem sabe que eu o estou doutrinando para acabar com o Capitalismo.
Que mal poderia acontecer se ele viesse na minha casa?
- Pode sim. E traga uma poesia sua.
- Trarei sim, fessora Manú. Trarei sim.
E ele desliga.
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Quando Você compara o "Nível" de manifestação e o tipo de conduta das pessoas ali, fica Nítido pelo quê e para quê estamos Lutando. Nas passeatas Pró-Bolsonaro além de pacíficas você vê Famílias, pessoas de bem, trabalhadores e uma boa organização sem nem combinar. Nas passeatas contra o Bolsonaro (já começa errado, não é em favor dos seus, mas contra o Presidente), você vê drogados, droga correndo solta, Ética social e familiar passa longe, pessoas exigindo direitos exclusivos por serem negros, ou por terem escolhas sexuais diferentes do padrão familiar. Ou seja, estamos lutando para manter nossos preceitos Cristãos, Familiares e contra o uso indiscriminado de drogas, de mais separação entre as etnias dos brasileiros e tudo mais que o socialismo/comunismo representa. Portanto, em nome de Deus e da Pátria, não desistirmos, batalharemos e Venceremos em nome do Nosso Senhor🙏🏻🙏🏻 #fechadocombolsonaroate2026 #BolsonaroTemRazão https://www.instagram.com/p/CPeoJawJe5Y/?utm_medium=tumblr
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Por que pessoas são facilmente manipuladas por ideias?
bom, na minha concepção, as pessoas se fizeram abertas a uma nova alternativa em relação ao PT, antes de Bolsonaro aparecer, se via um debate entre os extremos direita e esquerda mas não era algo tão recorrente ou tão polarizado quanto atualmente mas, existiam sim os conservadores que nutriam suas idéias com base no socialismo de stalin e o mal comunista que por pouco não destrói 27 bilhões de seres humanos só no brasil por volta de 64 quando o amor tomou lugar junto ao patriotismo de um povo e daí surgiram nossos grandes salvadores
essa idéia do comunismo pegou mt gente de surpresa na época que o bolsonaro apareceu e foi conveniente pra associar aos atos de corrupção durante a época da esquerda. as pessoas, ignorantes e preguiçosas precisavam culpar alguém pelo que tava acontecendo mas culpar alguém sem esperança não é lucrativo e eficiente, bolsonaro aparece como a alternativa do herói tal qual hitler apareceu quando defendia seus valores colocando uma raça inteira em um pedestal superior. No fundo, as pessoas acreditam no Bolsonaro só podem ser duas coisas: ingênuas demais ou mal caráter. não existe um meio termo. Muitas são fáceis de influenciar pois seguem as massas e para aprovação da sociedade em que vive acaba se adaptando nesse meio apenas para inclusão social, acontece que quando uma mentira é contada várias vezes ela pode se tornar verdade (não absoluta) pra que a ouve. então junta ai o sentimento de pertencimento que é natural do ser humano tal qual alguém que faz tem seus grupinhos ou tribos, LGBT por exemplo segue a mesma base de pessoas que se sentem bem por fazer parte de uma comunidade e as vezes perdem tempo da suas vidas tentando se classificar pra encaixar em algum lugar, da mesma forma pode acontece com times de futebol, uma criança que é influenciada pelo pai a gostar do Náutico, pra sempre vai nutrir um certo desejo pelo náutico. Tudo isso tem suas exceções mas parte mais do principio natural e primitivo do ser humano de pertencimento. A outra face, do mal caratismo, ta diretamente ligada ao ego. O ser humano tende a se sentir superior às outras espécies, isso nunca vai mudar, até mesmo certos veganos good vibes por ai se sentem superiores aos carnistas e não fazem recorte social(o que tbm entra na característica de pertencimento). O ego ele pode se desenvolver de várias formas, traumas, vivências e etc. Muitos conservadores vieram de famílias conservadoras, habitos conservadores, doutrina desde cedo. quando vêem outras pessoas vivendo oq não viveram acredita ser errado pq elas não desenvolveram o senso crítico pra questionar, cale a boca, engula o choro, homem não chora, lugar de mulher é na cozinha... Eles desenvolvem teorias e implantam essas teorias desde cedo em nossas cabeças, quando começam a questionar, são vistos como ameaça. Ninguém questiona Deus, ninguém questiona a antiga moral e ética construida com base em seculos de patriarcado e preconceito. O não questionar é o mal disso tudo e esses dois tipos de pessoas, não querem questionar, não querem sair da zona de conforto que lhes foi dada, não querem pensar no outrem pq isso significa sacrificar uma parte sua, pq eu ajudaria alguém diferente de mim? um homem que chupa paus vai para o inferno, eu não vou gastar meu tempo com ele. No fim as pessoas são sempre manipuladas, não importa o lado político. Muitos acreditaram em Stalin, Hitler, Lula, Obama... não faz diferença, o mal do ser humano é colocar outros seres humanos como divindades esperando que isso se resolva apenas pq seguem o mesmo pensamento
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Estado no Credo Ultraliberal
Ludwig von Mises, no livro “Ação Humana: Um Tratado de Economia”, apresenta seu inimigo principal.
“O Estado ou O Governo é o aparato social de compulsão e coerção. Tem o monopólio da ação violenta. Nenhum indivíduo tem o direito de usar violência ou ameaça de violência se o governo não o investir neste direito. O Estado é essencialmente uma instituição para a preservação de relações pacíficas entre os homens. Não obstante, para preservar a paz, deve estar preparado para reprimir as tentativas de violação da paz.
A doutrina social liberal, baseada nos ensinamentos da Ética Utilitarista e da Economia, vê o problema da relação entre governo e governados de um ângulo diferente daquele do universalismo e do coletivismo.
O liberalismo entende os governantes, sempre uma minoria, não podem permanecer indefinidamente no poder sem o apoio consentido da maioria dos governados. Em qualquer sistema de governo, a base sobre a qual é construído e seu sustentáculo é sempre o entendimento dos governados de obedecer e ser leal a este governo servir melhor os seus próprios interesses em lugar da insurreição e do estabelecimento de um novo regime.
A maioria tem o poder de rejeitar um governo impopular e usa este poder quando se convence de que o seu bem-estar assim o exige. Em longo prazo, não pode haver governo impopular.
A guerra civil e a revolução são os meios pelos quais as maiorias descontentes derrubam governantes e métodos de governo que não lhes convêm. Para preservar a paz social, o liberalismo é favorável ao governo democrático.
A democracia, portanto, não é uma instituição revolucionária. Ao contrário, é precisamente o modo de evitar revoluções e guerras civis, porque possibilita o ajustamento pacífico do governo à vontade da maioria. Quando os homens no poder e suas políticas, desagradam à maioria, na primeira eleição são substituídos por outros que defendem outras políticas.
O conceito de governo majoritário ou governo pelo povo como recomenda o liberalismo não visa à supremacia do medíocre, do inculto ou dos bárbaros. [Epa! Uai…]
Os liberais também acham uma nação dever ser governada pelos mais aptos a esta tarefa. Mas acreditam a aptidão para governar é mais bem demonstrada pela capacidade de convencer os seus cidadãos em vez do uso da força.
Nada garante, evidentemente, que os eleitores confiarão o poder ao candidato mais competente. Mas nenhum outro sistema poderia oferecer tal garantia.
Se a maioria da nação está dominada por princípios falsos e prefere candidatos indignos, não há outro remédio a não ser tentar mudar suas ideias, explicando princípios mais consistentes e recomendando homens melhores. Nenhuma minoria conseguirá êxitos duradouros ao recorrer a outros métodos.
O universalismo e o coletivismo não podem aceitar a solução democrática para o problema do poder. Em sua opinião, o indivíduo, ao agir de acordo com o código ético, não o faz em benefício direto de seus interesses particulares, mas, ao contrário, renuncia aos seus próprios objetivos em benefício dos desígnios da Divindade ou da comunidade.”
[Ludwig von Mises volta a atacar seus inimigos partindo de uma afirmação sem demonstração: de os desígnios da comunidade democrática não deverem ser tolerados até haver a alternância de poder. Fica contraditório com o dito antes por ele mesmo!
Curiosamente, a atual aliança entre ultraliberais e evangélicos no Brasil receberia uma crítica veemente do guru dos primeiros.]
“Os que receberam a inspiração celestial, iluminados por tal carisma, têm o dever de pregar o evangelho aos dóceis e de recorrer à violência contra os intratáveis. O líder carismático é o vigário da Divindade, o representante da comunidade, instrumento da história. É infalível e tem sempre razão. Suas ordens são a norma suprema.
O universalismo e o coletivismo são necessariamente sistemas de governo teocrático. A característica comum de todas as suas variantes é a postulação de uma entidade sobre-humana à qual os indivíduos devem obediência.
O que as diferencia uma das outras é apenas a denominação dada a esta entidade e o conteúdo das leis proclamadas em seu nome. O poder ditatorial de uma minoria não encontra outra forma de legitimação a não ser apelando para um suposto mandato recebido de uma autoridade suprema e sobre-humana.
Pouco importa se o autocrata baseia sua autoridade no direito sagrado dos reis ou na missão histórica da vanguarda do proletariado; nem se o ser supremo se denomina Geist (Hegel) ou Humanité (Auguste Comte).
Os termos Sociedade e Estado, como empregados pelos adeptos contemporâneos do socialismo, do planejamento e do controle social das atividades dos indivíduos, têm o significado de uma divindade. Os padres dessa nova religião atribuem a seu ídolo todas aquelas virtudes atribuídas pelos teólogos atribuem a Deus: onipotência, onisciência, bondade infinita, etc.
Se admitirmos que exista, acima e além das ações individuais uma entidade imperecível que visa a seus próprios fins, diferentes dos homens mortais, teremos já estruturado o conceito de um ser sobre-humano.
Não podemos, então, fugir da questão sobre quais fins têm precedência, sempre quando houver um conflito: se os do Estado ou Sociedade, ou os do indivíduo. A resposta a esta questão já está implícita no próprio conceito de Estado ou Sociedade como entendido pelo coletivismo e pelo universalismo.
Postularam-se a existência de uma entidade, por definição, a mais elevada, mais nobre e melhor se comparada aos indivíduos. Não pode haver qualquer dúvida de os objetivos de esse ser eminente deverem prevalecer sobre os dos míseros mortais.”
[Ludwig von Mises reconhece: é verdade certos amantes de paradoxos – Max Stirner, por exemplo – se divertem invertendo as coisas e, assim, sustentam a precedência ser do indivíduo.
Logicamente, você inverte os termos e toda a parolagem de von Mises pode ser feita por seus adversários contra seu credo, se ele não testar suas hipóteses face às evidências empíricas concretas.
Veja como ele coloca um fim para o impasse ideológico: pelo recurso à força das armas!]
“Os adoradores do Estado proclamam a excelência de um determinado Estado, qual seja o seu próprio Estado. Os nacionalistas, a excelência da sua própria Nação.
Se dissidentes contestam o seu programa, anunciando a superioridade de outro ídolo coletivista, sua única resposta é repetir muitas vezes: nós estamos certos porque uma voz interior nos diz que nós estamos certos e vocês estão errados.
Os conflitos entre coletivistas de seitas ou credos antagônicos não podem ser resolvidos pela discussão racional. Só podem ser resolvidos pelo recurso à força das armas. As alternativas aos princípios liberais e democráticos do governo da maioria são os princípios militares do conflito armado e da opressão ditatorial.
Todas as variantes de credos coletivistas estão unidas na sua implacável hostilidade às instituições políticas fundamentais do sistema liberal: governo da maioria, tolerância para com as opiniões divergentes, liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, igualdade de todos perante a lei.
Essa união dos credos coletivistas nas suas tentativas de destruir a liberdade deu origem à suposição equivocada de a controvérsia política atual ser entre individualismo e coletivismo. Na verdade, é uma luta entre o individualismo de um lado e uma variedade de seitas coletivistas do outro. E o ódio e hostilidade mútuos entre essas seitas são ainda mais ferozes se comparada à sua aversão ao sistema liberal.
Não é uma seita marxista uniforme a atacar o capitalismo, mas um bando de grupos marxistas. Esses grupos – por exemplo, stalinistas, trotskistas, mencheviques, seguidores da II Internacional, entre outros – lutam uns contra os outros de forma desumana e brutal.
Ademais, existem muitas outras seitas não marxistas aplicando os mesmos métodos atrozes nas suas lutas internas. Se o coletivismo vier a substituir o liberalismo, o resultado será uma luta sangrenta e interminável.”
[Ora, ora, Ludwig von Mises não aceita, de maneira apriorística, a existência de uma esquerda democrática. E tampouco vê os conflitos abertos entre os adeptos da extrema-direita. Ou dá “saltos na tumba” quando toma conhecimento das alianças conflitivas de seus adeptos na política brasileira. Os adjetivos distribuídos por ele podem ser “iguais e contrários”.]
Estado no Credo Ultraliberal publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Domingo, Fevereiro 16, 2020
# NP.: QUE ANELEMOS AOS ACONTECIMENTOS NÃO SENDO OMISSO INDIFERENTE INSENSÍVEIS POIS CREIO QUE DEUS LEVANTA AQUELES QUE VIGILANTES (https://my.bible.com/bible/1930/1CH.12.32) ESTÃO PARA NOS DAR NOTÍCIAS E NOS ALERTANDO SOBRETUDO TENDO ESPÍRITO DISCERNIMENTO CERTO ERRADO E NÃO OMITIRMOS A VERDADE
# Trecho - A recente viagem de Lula ao Vaticano, na tentativa de iludir os brasileiros (sobretudo, os católicos) tendo uma entrevista com o Papa Francisco, não passa de uma ilusória miragem de publicidade. Como afirmou um grande jornal francês, em 2019, Lula é uma estrela (midiática) que já tinha feito seu curso.
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Um recado para os que me deram a vida
Antes de pensar em ignorar esse texto, reflita como seria se eu não estivesse aqui hoje, escrevendo... Seria triste?
É triste. Aos vinte anos você ser aprisionada na sua própria casa, como se tivesse pagando por um crime que não cometeu. É pecado ser feliz? Estaria certo ficar longe do seu verdadeiro "eu"?
Eu só queria sentir o sol na pele, curtir paisagens, estar em contato com a natureza e ter a grande de noção de que lá é o meu lugar.
Aqui tá pequeno demais pra mim, não consigo me encaixar, me inspirar, me sentir de fato "em casa"... Tô transbordando, deu pra notar?
Vejo tantas pessoas conseguindo ter seus momentos de alegria e, parece que só eu tô com uma vida infeliz. Ora me animo com qualquer coisa, ora enjoo e sou tomada pelo desânimo.
E a respeito de fazer o que a gente gosta? Eu tô precisando muito dar um rolê sozinha por aí, ou quem sabe, muito bem acompanhada.
Quero me desconectar um pouco desse mundo que me adoece, que fere a alma, rasga o coração, causa dores no estômago. Quero andar por aí me sentindo livre pra ser quem sou, sem peso nenhum nas costas, sem "nóia" nenhuma na cabeça... Eu quero sair da jaula. Lembra quando disse que me sentia um passarinho? Minha ânsia é voar, voltar quando me sentir pronta. Quero respirar, viver melhor, não apenas tentar sobreviver.
As portas estão trancadas, as chaves escondidas. Se eu for sair, alguém me vigia, se não for da rua, é da família. Que lugar... Minha vontade é de sumir daqui! Como posso amar uma cidade e não sentir amor vivendo nela? O que há de errado com o mundo? Com a vida? Com as pessoas? Essa sociedade tá doente... Nem tudo é questão de viver de aparências, muitos se esquecem que não é isso que nos mantém aqui, uma hora nossa beleza acaba, nossos sonhos caem no ralo, as novas notícias já ficam ultrapassadas, o tempo passa e a gente vai embora. O que vale de verdade aqui é a nossa essência! Mas eu te pergunto, se ela não estiver bem preservada, como vai ser? Se sua alma estiver machucada, acumulando mágoas, prendendo choros, aflita... Qual vai ser o sentido de tudo isso? Viver e sofrer?
Tento me animar com coisas que já não fazem tanto sentido. O dia passa e eu vejo que não fiz nada, apenas estou perdendo o brilho dos olhos. Tá faltando inspiração, tá faltando criatividade...
Vocês imponham como a gente deve ser, mas já nos perguntaram como a gente se sente? Sem farsa, sem omissões, sem máscara. A palavra doença vai muito além de um simples resfriado... Pneumonia, Arritmia, Diabetes, Câncer, Alzheimer, Depressão, Aids, Mentira, Hipertensão, Injustiça... O que pode nos matar?
Não, eu não quero ficar aqui parada, vendo a vida passar diante dos meus olhos e ser impedida de fazer minhas atividades favoritas por causa de pessoas que pensam diferente de mim. O mundo é assim! É difícil ser a única pessoa aqui que come conscientemente, sorri sem mostrar os dentes, anda sem olhar pra frente. Eu aceito quem sou, me conheço por completa, não quero agradar o mundo e me sentir um nada. Não quero fugir da vida, das minhas responsabilidades, nem desistir de persistir. Quero enxergar o mundo com outros olhos, ter novas motivações... Viver além desse muro, me sentir parte da sociedade, ter meu grupo de amigos, sentir que viver vale a pena, por que cá entre nós, da forma que está eu não aguento mais.
Já tenho adiado demais uma conversa com vocês que esclareça tudo o que tá acontecendo, e não quero que saibam da minha vida e meus planos pela boca dos outros. A mesma confiança que vocês querem ter para com a minha pessoa, eu também quero ter com vocês. Quero me sentir segura, serena, livre, não quero ter que omitir meus pensamentos e sentimentos. Já é notável que, constantemente, eu não estou bem.... E se dependesse de vocês, iria continuar assim.
Vocês certamente não pensavam como eu seria quando crescesse, na verdade, nenhum pai e mãe imaginam. Sei que não sou a filha ideal que vocês planejavam que eu fosse e, pra falar a verdade, nem quero ser.
A gravidez foi inesperada, o sonho imprevisível, o nascimento difícil, a vida complicada... Mas minha existência não foi impossível. Ninguém esperava que eu chegasse ao primeiro mês de vida, não contavam com meus avanços, com minhas atitudes, fases, experiências... Vivi sendo subestimada, tratada como boneca de porcelana, "a que tem problema", a que é perfeccionista, a lerda, a incapaz, a dependente. Por 20 anos da minha vida, vivi tentando ser quem vocês queriam que eu fosse. Tentando seguir seus padrões de vida, aceitando coisas diferentes do que eu acreditava, sendo vulnerável e influenciada pelos seus "achismos" de como a vida teria que ser. Uma hora a gente cansa de ser marionete, a "princesa da torre", a protegida, a esquisita, a criança... A gente só quer ser aceito sendo quem realmente somos. Vocês vivem demais de aparências, de "ter", "possuir", de chantagens, futilidades, preocupações com opiniões alheias. Ninguém para pra pensar que tem coisa mais importante na vida que precisa ser valorizada? O mundo não é só de de bebida, churrasco, drogas, não se resume em ter o carro do ano ou em pintar as unhas todos os fins de semana. Já pararam pra pensar que a gente só da valor para as coisas quando elas acabam? Que o que você teme pode ser real? Do que você protege pode ser fatal?
Vocês não estão mais brincando com uma bebê que mal conseguia ficar com o pescoço parado, não estão mais ensinando à ler uma criança que é analfabeta, não estão mais manipulando a andar uma adolescente que arrasta o pé no chão... Estão impedindo que uma adulta assuma sua vida com medos e riscos que vocês sempre temeram pra suas vidas.
Imagino que já criaram inúmeras expectativas para meu futuro, sem antes mesmo me consultar, pedir minha opinião, sem conversar. A nossa família não tem diálogo e, como eu sempre fui mais chegada a lidar com as palavras, encontrei essa maneira de chegar até vocês.
Eu poderia chegar aqui e dizer que "ninguém tem nada haver com o que eu faço ou deixo de fazer", ou "cala a boca, porra, deixa eu viver", mas como eu sou educada no meu limite, venho informar pra vocês que, eu posso sim tomar as rédeas da minha vida. Posso andar "de-sen-gon-ça-da-men-te" com minhas próprias pernas, lutar com meus braços tatuados, cozinhar com meus dotes culinários, sorrir com meus dentes separados, pensar com meus neurônios desorganizados, crescer sem tireoide, viver correndo riscos, amar sem preconceitos, curtir sem me destruir, trabalhar sem me estressar, perder sem reclamar, treinar, errar, acertar e nunca desistir. Eu posso e tô pronta pra encarar minha vida sem a presença de vocês 24h por dia, pra viver o que escolhi pra mim, pra abrir a gaiola com a boca, se for preciso, e voar.
Sei que esse momento pode ser complicado no início, mas vocês já deveriam estar se acostumando com tantas mudanças que já ocorreram na minha vida. Nenhum pai e nenhuma mãe estão preparados pra soltar seus filhos, para ver eles tropeçando, se ferindo, se magoando, se perdendo, se mutilando, se matando. Vocês devem estar se sentindo culpados pelos fatos que já vivi, se perguntando "aonde foi que eu errei?" Me deram carinho? Às vezes, sim... me deram presentes? Vários... Me deram dinheiro? Raramente me faltou...
Bem, eu nasci. Foi uma luta, mas aprendi a andar, concluí meu ensino médio, terminei minha faculdade, alcancei o nível máximo de pontos no meu TCC, tô pronta pra trabalhar... Às vezes, sinto que minha vida tem tudo pra dar certo, mas por que não dá? Me faltou ter liberdade, essa sim deve ser tratada como uma das prioridades, além de privacidade!
Não adianta apontarem meus erros, por que eu já os conheço e, acredite, eu tô sempre tentando supera-los. Já ouviram falar que o que é gostoso e prazeroso é proibido? Privar não é uma alternativa, é uma ilusão, quanto mais, pior. Eu gosto do difícil, do "impossível", da adrenalina, as coisas fáceis não me atraem, acho um tédio, um "saco", se não posso, é uma pena, por que quero mais. Assim como quero me desapegar ás coisas materiais, á costumes banais, a remédios letais, eu quero me desapegar a ideia de que eu ainda sou uma criança controlada por vocês, impedida de viver, de crescer, respirar, querer continuar.
Não quero mais ter que viver com a angústia de estar em uma vida que de fato não é minha, não quero carregar um peso de vinte anos de sofrimento pra sempre, não quero ter que viver de máscaras, mentiras, enrolação. Quero jogar limpo. Do jeito que tá, minha vida não vai andar pra frente. Não quero empurrar meus planos futuros com a barriga, comer doce pra me aliviar, adiando os compromissos para o dia seguinte, para o mês que vem ou ano que tá pra vir. Eu quero viver agora, eu quero gritar que eu sou capaz de ser feliz nessa hora. Sem ansiedades, sem me sentir deprimida, mal amada, rejeitada, sem vergonha de admitir quem eu sou de verdade e sem medo de vocês. Não quero me sentir culpada de ser quem eu sou hoje, muito menos de ser impedida de ser feliz da forma que eu quero. Queria que vocês tivessem orgulho de mim, assim como eu tenho o prazer de ser eu mesma, ás vezes, ao longo do dia. Sem a parte da tristeza, do anti-socialismo, das crises, das arrogâncias. Fora o fato de eu arrancar os fios de cabelo que ainda me restam, roer o sabugo da unha, viver no impulso e amedrontada por vocês, eu sou normal. Como eu sou não é algo que vocês possam culpar a mim, mas repensar sobre as antigas e contínuas falhas que vocês mesmo venham cometendo ao decorrer dos anos, mas não percebem. A verdade sempre esteve diante dos seus olhos, não é preciso fazer esforço pra tentar ser legal comigo, não é preciso me comprar com seu dinheiro, nem me enganar com falsas verdades que nem mesmo vocês conhecem. Eu sou isso daqui, esse "monte de sentimentos", essa intensidade de ser humano, essa luz no breu, essa esperança em um mundo de discórdia, eu sou eu e preciso que vocês dois me notem, não o pessoal na calçada. Eu tô a anos implorando pra ter a minha vida e francamente, tudo aqui anda tão triste e cinza, as vezes sinto que tudo que já aconteceu na minha vida é uma bobeira, tenho crises existenciais e me pergunto de quê adianta tá aqui nesse planeta se não posso tá vivendo, só apenas existindo. Alguma hora vai mudar? Tem como piorar?
Às vezes, por pequenos instantes, chego a pensar em suicídio. O que me agarro e o que me dá fé em continuar é Jesus me mostrando o que já vivi, o quanto já alcancei e o que ainda posso oferecer para a sociedade. Me agarro também a Deus, a única coisa que sempre me manteve aqui na terra, em todos os momentos da minha vida, que não me faz desistir de continuar, que me lembra para me motivar ao acordar... Minha crença. Eu sou afastada da igreja, mas não matei a dor que quer me dominar, não por ser covarde, mas por ser forte e saber que, em alguma hora, terei meus momentos de glória, de paz, que vou ser feliz e realizar minhas missões aqui na terra. Não quero ter que dar o fim a uma vida que tanto se sacrificou pra chegar aonde está, a uma pessoa que, depois de anos, se descobriu e se aceitou do jeito que é, imperfeita, mas inteira. Eu não preciso de coisas mundanas pra ser feliz, e isso eu descobri a pouco tempo. Eu gosto de coisas simples, porém, em partes, complicadas.. mas quem disse que "assim" nada seria?
Quero descomplicar minha vida, tomar minhas decisões, agir sem impulsos e como vocês mesmo falam, com transparências. Sou toda colorida, não quero me estampar de preto e branco pra me encaixar em uma vida sem graça que não vai me levar a lugar nenhum. Quero que vocês conhecem todas as partes de mim, a certa, a errada, a alegre e a triste... Não quero me esconder e continuar doente, não quero ter que correr contra o tempo, me desanimar com as coisas que mais gosto de fazer, me privar de viver, de amar, dançar, nadar, cantar... só porque dizem que não faço como deveria ser. Eu quero dar minha opinião, ser em casa como sou na rua com meus "amigos" e conhecidos, me sentir confortável e disposta a me apresentar como eu sou de verdade, com sorriso de verdade no rosto, com um brilho radiante nos olhos. Quero tá apaixonada pela vida, quero estar pensando, criando, realizando... Não quero continuar deixando minha vida escrita em um bloco de notas, quero acordar e ser o que sou e mostrar quem quero ser, sendo respeitada e amada, como sempre amei e respeitei as opiniões e vidas de vocês, apesar de não concordar com tudo.
Sobre meu futuro, quero informar vocês que tenho meus planos. Antes de tudo, quero acordar e dizer que sou dona de mim mesma, preciso colocar na cabeça que já posso trabalhar e não vou precisar de vocês financeiramente a vida toda... Um passo de cada vez, nem tudo é rápido e prático. Mas digo-lhes que, a partir desse próximo ano, não vou residir mais aqui. Amo a cidade, mas não curto a maioria das pessoas e seus costumes, não quero ter que me encaixar e fazer parte do que eu acho uma farsa, já vi que aqui nem sempre vai ser o lugar ideal pra mim e, se eu quero crescer ainda mais na área pessoal e profissional, ficar aqui não dará um bom futuro para mim. Vou me mudar, fabricar meus produtos na minha nova cozinha, dividir as despesas com minha amiga e recomeçar minha vida lá. Não tem isso de que a cidade tá ou não violenta, queira vocês ou não, o perigo tá em todo lugar e, pra ser sincera, é pior eu ficar aqui com pensamentos suicidas e correndo sérios riscos de vida do que eu estar em uma cidade praiana feliz por ser livre e ter boa estabilidade financeira e emocional. Não quero viver livre de vocês pra sempre, nem sumir daqui, isso não faz parte do meu estilo, não sou rebelde, só quero ser compreendida. Quero ter minhas horas de sossego, ficar quieta no meu canto, sem problemas, gritos, procrastinações, negatividade, vivendo minha vida e quando estiver confortável e com saudades, procurar os braços de vocês... Não apenas quando eu chorar, mas pra mostrar o quanto tô feliz por estar evoluindo nessa vida e dizer: "obrigada". Quando esse dia chegar, vou fazer valer todos os meus dias até o fim da minha vida... Quero ter histórias pra contar, momentos pra apreciar... O passado já foi tão difícil, pra quê complicar o futuro?
Quero que saibam que eu amo vocês, e quero continuar amando, não quero ter que me arrepender de nada, muito menos de viver e quebrar a cara. Tô pronta pra vida, e vocês, estão prontos para encarar essa dura realidade que finalmente chegou?
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Os muitos Brasis de muitas verdades
Foi uma das primeiras medidas do novo governo. Eu a encarei como brutal e triste. Por decreto, Jair Bolsonaro submeteu as terras indígenas ao Ministério da Agricultura. A nova chefe da pasta, Tereza Cristina, defende os interesses do agronegócio, que está numa espécie de guerra com os índios há décadas. Há mortes todos os anos. E são sempre os índios, nunca os latifundiários ou seus pistoleiros. Ou seja: Bolsonaro transformou em jardineiro o bode que está esperando para destruir o jardim.
Os motivos são claros: ele precisa satisfazer os ruralistas, um dos seus grupos de eleitores mais importantes. Precisa do apoio da "bancada do boi" no Congresso. E também aprendeu com Maquiavel: "As injustiças devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, pouco saboreadas, ofendam menos (...)."
Por trás de tudo isso, porém, há algo mais grave: uma visão muito limitada e autoritária do Brasil. A justificativa tuitada pelo presidente chamou minha atenção: "Menos de um milhão de pessoas vivem nestes lugares isolados do Brasil de verdade, exploradas e manipuladas por ONGs." Eu me perguntei: qual é esse "Brasil de verdade" do presidente? E por que ele simplesmente não pergunta aos próprios indígenas em que "Brasil de verdade" eles gostariam de viver? Há 500 anos, muito cara-pálida falou pelos índios. Bolsonaro é só mais um.
Lembrei das minhas pesquisas junto aos povos Suruí, Cinta Larga e Tenharim ao longo da fronteira agrária em Rondônia e no Amazonas. E da minha viagem às reservas dos índios Guarani em Mato Grosso do Sul, onde vivem em condições precárias em meio a imensos pastos de gado e campos de grãos, esquecidos pelo Estado e pela sociedade. Todas as tentativas intentos deles de sair dessa situação são respondidas com violência.
Nessas reservas, não vi ONGs que "manipulavam e exploravam" os indígenas. Mas com frequência vi igrejas evangélicas cujos pastores diziam aos índios que sua língua, seus cânticos, seu vestuário e seus deuses florestais eram "coisa do demônio". E depois de falar essas besteiras, exigiam o dízimo.
Por isso, um grupo de índios Suruí em Rondônia permitiu a entrada de madeireiros ilegais na floresta, onde puderam derrubar as maiores e mais valiosas árvores em troca de uma taxa. Com o dinheiro, os Suruí pagavam o dízimo. Mas houve uma disputa com outros Suruí que diziam que isso era errado. Assim, o povo ficou dividido entre si.
Os fiscais do Ibama na região também ficaram com raiva. Disseram que se sentiam impotentes, que tinham medo que a máfia dos madeireiros incendiaria a estação se eles impedissem o transporte ilegal de árvores.
Mas afinal, de que lado está o presidente? Ele está com os madeireiros, os pastores evangélicos e os Suruí que vendem a floresta ilegalmente? Ou ele está ao lado dos Suruí do bem e os fiscais, que querem defender a lei?
Conto tudo isso para mostrar como a narrativa desse governo é rasa e isenta de complexidade. Se acreditarmos nela, o Brasil está cheio de professores marxistas, artistas degenerados, defensores dos direitos humanos que defendem bandidos e índios preguiçosos. E, naturalmente, também está cheio de jornalistas estrangeiros que são adeptos do PT.
Em primeiro lugar, sempre está a definição da realidade, descrita como terrível e descontrolada. Portanto, é preciso adotar medidas drásticas para reassumir o controle. É a metodologia de todos os regimes autoritários, tanto de direita quanto de esquerda. O poder sempre é também o poder de definir.
Mas, para que a narrativa funcione, são necessárias pessoas que acreditem nela. E, surpreendentemente, sempre há muitas delas. O matemático e filósofo britânico Bertrand Russell explicou da seguinte maneira: "O problema do mundo é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas."
Então, o presidente do Brasil fala que os índios deveriam viver no "Brasil de verdade". A que Brasil ele se refere? À Barra da Tijuca onde fica o seu condomínio? Às casernas dos militares que ele tanto venera? Ou ao Brasil da música sertaneja e dos rodeios?
Será que esse "Brasil de verdade" existe, afinal? Ou é apenas um devaneio como o socialismo que Bolsonaro combate tão fervorosamente quanto Dom Quixote os moinhos, que ele toma por gigantes?
Quem viajou uma vez pelo Brasil sabe que não existe um "Brasil de verdade". Conheci viticultores na Serra Gaúcha e pescadores no Delta do Parnaíba. Conheci latifundistas em Mato Grosso do Sul e quilombolas no Recôncavo Baiano. Conheci um criador de aves com dezenas de araras em Poços de Caldas e um colecionador de cristais na Chapada dos Veadeiros. Conheci um jogador de futebol profissional do Grêmio e um catador de lixo no Rio de Janeiro: um médico jovem do programa Mais Médicos em São João del Rei e um pajé velho e cego no rio Madeira; o porta-voz dos Jogos Olímpicos de 2016 e a porta-voz da favela que deu lugar ao Parque Olímpico. Não existe um "Brasil de verdade", mas muitos Brasis de muitas verdades. Quem diz o contrário não tem ideia do que é esse pais. A pluralidade é característica desse país. E, finalmente, é preciso fazer com que o reconhecimento dos primeiros povos do país façam parte dessa diversidade.
Existem mais de 300 povos indígenas por aqui, que falam mais de 270 línguas diferentes. Na maior parte das vezes, são pobres. Mas não empobrecem o Brasil: pelo contrário, o enriquecem. Mas ainda não sê vê a tradição indígena como tesouro cultural, com todo o pensamento, os hábitos de vida, os rituais milenares. "Há interesse em quadros de Monet ou Renoir, o que é louvável, mas não em pinturas indígenas extremamente ricas, de até mil anos atrás", bem observou o professor da USP Gerson Damiani.
Os governos do PT foram péssimos para os povos originários do Brasil e para o meio ambiente. Foi Lula que quis construir Belo Monte a todo custo; e Dilma demarcou o menor número de terras indígenas entre todos os governantes do país desde 1985. O PT também não falava com os índios, decidia por eles. Exatamente como Bolsonaro faz agora.
O PT foi um desastre para o meio ambiente e os índios. Com Bolsonaro, eles estão ameaçados pelo apocalipse.
O deputado estadual recém-eleito do PSL do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim disse que "quem gosta de índio, que vá para a Bolívia, que, além de ser comunista, ainda é presidida por um índio". Quem é que não pensa em Bertrand Russell?!
Mas, quando se fala realmente com os indígenas, ouve-se o seguinte: "Achar que a população indígena, estando em terras demarcadas, não está integrada à sociedade é um pensamento retrógrado." A frase é do Conselho Indígena de Roraima. O que querem os indígenas? Antes de tudo, querem ser ouvidos.
Fonte: Por Philipp Lichterbeck, em Deutsche Welle
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SONO EM SÃO PAULO (PARTE 2)
Dr. Fincher, podemos dizer, é o dentista da família. Arrancou alguns dentes-de-leite meus e da minha irmã, arrumou os dentes apodrecidos de meu pai - que num arroubo quase suicida retirou o aparelho corretor com um alicate -, e deu um trato nos molares de minha mãe.
Na tarde fria de julho que Dr.Fincher comparou - não intencionalmente - meu coração a uma maçã, eu tinha ido até seu consultório com minha irmã, Lúcia, que queria conferir a situação de seus sisos antes de viajar pra Berlim. No caminho, conversamos sobre sua viagem. O vento parecia descer do céu branco, eu usava uma jaqueta preta por cima do suéter azul escuro e um cachecol quadriculado com as cores da bandeira francesa; Lúcia estava com uma camisa de pequenas flores vermelhas estampadas no algodão e uma jaqueta de camurça caramelo que um dia já foi minha - embora eu também a tenha roubado de um amigo. Cruzando a jaqueta, uma Contax a tiracolo. Como ia ao dentista, aproveitou para depois revelar e comprar filmes na lojinha de um senhor japonês que atende nos fundos de uma galeria no bairro da Liberdade.
Antes de chegarmos ao consultório, só disse que seu novo namorado a estava esperando na Alemanha, hospedado num palacete no Tiergartten, e que ele a sustentaria num primeiro momento com o dinheiro que arranjava tocando piano em clubes noturnos com diferentes grupos de jazz. Perguntou sobre o presente que eu tinha pra ela. Pendurei o cigarro num canto da boca e tirei da bolsa um livro embrulhado em papel kraft. Ela abriu o pacote com estardalhaço, jogando o barbante listrado na calçada. O Verde Violentou o Muro. O relato de Ignácio de Loyola Brandão sobre um brasileiro, com apoio da fundação Guggenheim, vivendo e escrevendo no cotidiano alemão, um ano antes da queda do muro. Julguei, na época, que seria um bom livro de viajante para ela. Loyola escreve com humor e melancolia, sem falar de seu equilíbrio exemplar entre o exercício do voyeur e do cirurgião: o livro é um diário que contém mapas, gráficos, fotografias, uma bibliografia refinada sobre a história de Berlim, e ao mesmo tempo nos aparecem divagações sobre o cinema, as luzes, o seu quarto de hotel. Embora o livro ainda esteja com ela, que já prepara sua segunda viagem, guardo na memória diversas passagens. Lembro de estar voltando de ônibus do Rio de Janeiro tarde da noite - as luzes corrediças na janela - com este livro no colo, e me emocionar com esta:
“O cinema tocou feridas cicatrizadas, renovou machucaduras recentes. Para mim, acima de uma reforma estética foi revirada uma ideologia, uma conscientização total, como poucas vezes um cinema teve. Se o cinema novo brasileiro não tivesse sido sufocado em 1964 pelo regime militar e sua censura, teria tido em nosso país um papel semelhante: o de abrir os olhos das pessoas, através de filmes cada vez melhores. O abismo existente entre a velha e a nova geração; a culpa pelo nazismo; o anti-semitismo; as possibilidades de ressurreição do nacional-socialismo; o trabalhador dentro da nova situação social; a droga; o tédio; as relações humanas; a burguesia acomodada; o país dividido; o muro; o individualismo; o terrorismo pós-68 e sua repressão; nada escapou, nem tem escapado a este cinema inquieto e perturbador, que provoca. Cinema que é uma espécie de anticorpo dentro da sociedade. Mostra de que ela está viva e sabe se defender.”
O comentário histórico e a liberdade estilística são areia e mar nesse parágrafo: se abraçam, se sobrepõem, se misturam. Soa simultaneamente esperançoso e niilista, e coloca a literatura como um valor acima do filosófico. É uma literatura que cria e despedaça, na mesma medida, os seus próprios dogmas. Não tem compromisso com nada - nem consigo mesma - que não seja a linguagem, e ainda antes, o prazer do impulso criativo. Tento fazer minha literatura como se toda ela fosse uma literatura de viagem, mesmo quando estou falando sobre meu país, minha cidade, meu bairro, minha casa, minha família, meu corpo. Só o estrangeiro consegue amaciar os golpes violentos do passado.
Certamente havia algo errado comigo no dia que fui ao dentista com Lúcia. Algo errado do ponto de vista físico, eu digo. Hoje, vendo a foto que ela tirou de mim, em que apareço estupefato na ponte da Rua da Glória, porém, não consigo dizer o que era. Havia algo errado do ponto de vista também “imaterial”, digamos; me lembro de sentir-me particularmente cabisbaixo, encostado à janela do consultório de Dr. Fincher enquanto ele examinava a boca de minha irmã. As luzes, o frio, não sei. Fiquei pensando que talvez todos os meus pensamentos - melhor dizer os meus tormentos -, pudessem estar consignados às bactérias que flutuavam dentro do meu sangue.
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Sr. Presidente, estamos conscientes de vir de todos aqueles que vivem nessas ilhas britânicas trabalhando para derrubá-la. O socialismo, o comunismo e os sindicatos não funcionaram por outras nações; por que podemos solicitar a América de volta? Por exemplo, um Programa de Pagador Solitário pode parecer bom para ajudá-lo, exceto o Congresso exato que invade seu dinheiro geral e rouba da Segurança Unrestricted Medicare com relação a ordem para que financie projetos distintos como pontes em relação a para lugar nenhum, pode muito bem fazer o mesmo aspecto com seu plano de Plano Médico de Pagador Único, além de taxar o além entre você. Pelo amor de Deus, leve o país de volta desmontando o Congresso e remontando esse método a paradigmas recentes. O acima exposto é tudo apenas abordagem você pode restaurar os saldos da dívida para esta equação particular. Faça com que seus candidatos específicos sejam uma indicação de uma proclamação de conceitos antes que os clientes dêem a todos seu apoio. Se uma nova parte está sempre realizando exterior aos aspectos do sistema de crenças de uma pessoa, então adquira suas vozes ouvidas. Alguém dá para decidir-te isto: Tens que pedir a cama antecipadamente de manhã, para o teu pc e começar a trabalhar! Você pode precisar de {para | para ajudar | para | para | | | para que você possa | em relação a | em que | ter treinamento e hábito isso a qualquer momento. Não escolha relacionamentos que as pessoas digam à sua empresa. A maioria das pessoas não deve desistir do seu trabalho de fim de semana de férias, mas desde que você espere obter um pacote em que a Internet, você tem que realmente colocar toda a sua motivação e período de tempo. Uma vez que você tenha feito uma renda superior, pode desistir do hábito de seu J-O-B! Sr. Presidente, podemos também enfatizar para você qual é o fluxo de caixa que você e, além disso, o seu melhor meio gasta em 'coisas', é considerado também todo o nosso dinheiro. Você e seus familiares estão voando excessivamente com 'nosso' dinheiro; e além disso 'nossos' filhos mais novos estão realizando sem. # # # # Jim aproveitou isso verdadeiramente ainda mais. Alguns de alguns tipos de lojas que fluíam eram grandes franquias, e constantemente ele recebia um afiliado da loja de fatos no qual todos os Golden Goose Superstar Sneakers Outlet Online utros tipos de loja para aquela equipe na área. Outro ggdb barato. Nesse ponto, nossos primeiros tênis ggdb colocaram outro calço ggdb. Essencialmente, você precisa - olhar em suas empresas de marketing na Internet de forma bastante equivalente em vista de que qualquer empresa reconhecida. De qualquer forma, para serem bem-sucedidos, os compradores precisam prestar atenção especial aos fundamentos e princípios básicos mais importantes. Por favor, não entenda tudo errado, eu não estou sugerindo que sua família saia de lá, mas também de pessoas que estão arranhando a sua escala, geralmente no topo. Você tem que ser implacável em advogado de câncer aquelas oportunidades de trabalho diárias não importantes e destacar em todos os materiais onde gerar a renda individual. Uma necessidade e ser underhand e Golden Goose Sneakers Portugal ancelar a inscrição de centenas de coisas para fazer com provérbios que desperdiçam tempo você está na web para obter de todos os outros 'Gurus' promovendo seu sistema atualizado, curso ou pdf no Word wide web marketing Malásia. Como esses itens começam atualmente a festa, cada um dos convidados de Stefanie preenche uma entrada relacionada a um esboço. Essas categorias são sua fonte para obter mais e-mails ou ligações. Ela entra em cada endereço de e-mail dentro do endereço de seu computador pessoal. No final dos meses, ela envia um e-mail em grupo exatamente com um slogan curto dele e o assinante lista as economias do mês seguinte. O suporte pode atingir um ótimo link e ser consumido em seu site de negócios replicado, onde os consumidores fazem o pedido de um indivíduo. Com o pequeno custo atualmente cobrado pela empresa, o site repetido pode fornecer-lhe retornos volumosos.
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