#e hoje também foi um dos raros dias que me senti bonito
Explore tagged Tumblr posts
Text
Isso pode soar estranho, mas eu gosto de andar de trem porque me sinto tão normal. Ver todo aquele fluxo, as pessoas indo e vindo e fazer parte disso, sendo só mais uma também no meu próprio trajeto me faz pensar que tá tudo certo comigo.
E hoje entreouvi uma mãe falando pra filha “você tem que estudar” e isso me lembrou de como meu pai, quando eu era criança, sempre reforçava a ideia de que andar de transporte público é algo degradante, “coisa de pobre”, coisa de gente que não estudou e agora não tem dinheiro pra comprar carro. Pensei que se dissesse pra ele que passei o dia fora e fui de trem, ele faria uma careta e mostraria reprovação.
#personal#e hoje também foi um dos raros dias que me senti bonito#me olhei de corpo inteiro num espelho e pensei: nossa até que tô bem hoje
1 note
·
View note
Text
Pedido de @itsmeana : ooie, tudo bem linda? Eu queria fazer um pedido com o Harry em que ambos tenham terminado á alguns aninhos (de sua preferência), porém continuaram mantendo uma amizade e justamente por manter esse "afeto" reataram depois. Ela inclusive é muito amiga da família dele e continuou mantendo o contato com eles. Queria que mostrasse esse "processo" desses anos até eles voltarem, sabe? Ele passando pelo namoro com a Camille e ela dando um "suporte", depois eles juntos, enfim essas coisas. Beijos amor💕
Aqui está, xuxu! Acho que dei uma viajada no que me pediu e acabou que não ficou exatamente como você queria; tenho essa impressão. Mas espero que goste de alguma forma e já peço perdão por não ter seguido fielmente a ask. Tentei recompensar com o tamanho, tomara que funcione kssksk. Obrigada por mandar o pedido, me diverti bastante escrevendo. Beijos, linda!
Boa leitura ❤️
__________________________________________
- Eu não acredito que você dispensou o Ethan, S/N! - a taça de vinho que Gemma segurava por pouco não alcançou o chão quando relatei meu último término, ontem à noite, fazendo-a cruzar as pernas como índio, com as costas apoiadas no braço do sofá, de frente para mim, exatamente como eu estava para ela. - Ele é um dos caras mais legais que eu conheço. Além de ser muito lindo.
- Eu sei, eu sei. Mas você me conhece há anos. Sabe que eu não estava me sentindo bem fingindo amar alguém que realmente gostava de mim.
- Pensei que o Ethan seria a sua salvação.
- E você acha que eu não pensei? - questionei retoricamente enquanto ela tomava um gole da bebida, ajeitando-se no sofá. - Foram bem dizer dois anos juntos, entre idas e vindas para no final eu dar um pé na bunda dele e ainda entregar um prato cheio de meses de terapia para o rapaz. - a chateação estampada em meu rosto era visível mesmo que o álcool embasasse minha visão, ficando ainda mais nítido quando virei a taça com o líquido alcoólico direito para a minha garganta. Terminar um relacionamento nunca foi fácil para mim. Entretanto, para sair do estado culposo em que me afundava, Gemma e uma boa safra de vinho argentino era a melhor opção para que metade dos meus problemas fossem esquecidos por pelo menos algumas horas.
- Ei, não se culpe por cuidar do seu coração e da sua saúde mental. - meus olhos, que antes estavam fixados na porta, foram até ela e senti sua mão acariciar meu pé, vestindo uma meia colorida que não era minha por sinal. - Achar o seu verdadeiro amor não é algo fácil.
- Eu estou com 27 anos, amiga. Essa era a idade em que eu estaria construindo minha família, devidamente casada e muito feliz.
- Esse é seu problema, planejar uma vida inteira sem levar em conta os obstáculos da vida que infelizmente ninguém prevê. Você precisa estar preparada para mudanças, S/A. Começando por essas meias aí.
- O quê tem elas? - a cara de deboche feita pela morena e a virada leve de cabeça por saber algo que eu definitivamente tinha conhecimento foram suspeitas demais até para mim.
- Não se faça de desentendida, eu conheço essas meias muito bem que estão nos seus pés.
- Antes que você me crucifique, foi ele quem deixou aqui e eu acabei colocando hoje de manhã porque foi o único par que encontrei, já que estava super atrasada para o trabalho.
- Ele esteve aqui ontem?
- Não, foi na semana passada. - Gemma chacoalhou a cabeça negativamente após minha resposta e completou com uma risada fraca, colocando a taça de vidro vazia no chão.
- Por que vocês ainda estão separados?
- Porque não nos amamos mais. - respondi de forma óbvia.
- Se vocês realmente não sentissem mais nada um pelo outro, não se veriam toda semana.
- Primeiro, isso não acontece toda semana. - ela sorriu debochadamente ao me escutar. - E segundo, nós somos amigos há anos, bem antes de namorarmos. Não poderíamos acabar tudo e esquecermos um do outro de repente.
- Vocês podem, mas não fazem porque ainda se amam.
- Ah, dá um tempo vai. - dar as costas para a realidade sempre foi uma artimanha de defesa para mim, desde nova. Ouvir verdades de uma pessoa que me conhecia tão bem era como estar sendo atacada pela própria vida, fazendo com que eu levantasse rapidamente do sofá e andasse até a cozinha a fim de encerrar o assunto. Porém, tal atitude não funcionou do jeito que esperava, visto que ela veio atrás de mim, continuando o “sermão” dito tantas vezes nos últimos, sei lá, dois anos?
- Não fuja dos seus sentimentos, dona S/N.
- Não estou fugindo deles, estou fugindo de você. - falei rindo assim que depositei a louça na pia e virei para ela novamente.
- Harry ainda me fala de você, sabia?
- Nós somos amigos, ué. - dei de ombros. - Normal.
- S/A..
- Não tente colocar coisas na minha cabeça, Gem. Eu e o seu irmão terminamos há quatro anos e nossa amizade está em uma fase ótima.
- Estou apenas clareando sua mente para que você enxergue que seu verdadeiro amor frequenta a sua casa todo mês e te manda bom dia no mesmo segundo que acorda, porque sim, eu já vi isso acontecer um milhão de vezes.
- Eu não vou ser a encalhada que faz de tudo para ter seu ex-namorado de volta. Harry está em um relacionamento e você sabe bem disso.
- E você também sabe que eu prefiro ter a minha amiga como cunhada do que mais uma modelo sem sal. - por mais que eu conhecesse a Camille e até já tivesse ido em um encontro de casais com ela e Harry, juntamente com Ethan, acabei rindo da fala de minha amiga talvez porque sabia que a família Styles gostava muito de mim. Não é atoa que ainda somos bem próximo mesmo após o meu término com Harry. - Qual é o medo de vocês em reatarem, hein?
- Não diria medo, mas sim receio de destruir uma amizade de mais de dez anos tentando reviver um amor que já não deu certo na primeira vez.
- Então vocês já conversaram sobre isso.
- Na verdade não. - expliquei soltando um riso nervoso. - Nós não nos vemos mais como um casal.
- Mas agem como se fossem. - engoli a frase a seco, sentindo o peso dela no meu estômago quando finalizada, fazendo com que o silêncio respondesse por mim após o choque de realidade. - Esse carinho que sentem um pelo outro, a ligação que ainda existe entre vocês é algo muito bonito e raro de se ver. Mas você deve concordar comigo de que esse afeto é exagerado certa forma, porque eu nunca vi ex-namorados manterem uma relação de amizade tão, mais tão forte depois de três anos namorando e quatro separados. E você sabe qual é a única explicação para isso. - as mãos nas pálpebras e o suspiro fundo funcionaram como um “você está certa”. Porém, ainda era cedo demais para admitir algo desse tamanho por contas das milhares de incógnitas que perambulavam na minha cabeça. - Agora é o momento em que eu me despeço de você e deixo sua cabeça explodir a noite toda.
- Eu te odeio, sabia?- brinquei, dando uma risada pesada por conta da quantidade de verdades que recebi ao final da madrugada.
- Você vai no churrasco na casa da minha mãe semana que vem, certo?
- Acho que se eu não for, é capaz dela vir aqui e me levar a força. - a morena riu, confirmando o que a amiga disse com a cabeça enquanto pegava a bolsa e caminhava até a porta, parando um pouco antes da saída.
- Pense no que eu te disse, tudo bem? Eu só quero te ver feliz, querida. E também desejo isso para o Harry. Mas vocês só vão encontrar a felicidade de fato, juntos. - com um sorriso sincero nos lábios, Gemma me deu um último abraço forte e um beijo na testa para só depois entrar no táxi parado em frente a minha casa, indo ao encontro da sua.
Não posso negar que a conversa que tive com a irmã do meu ex-namorado de anos atrás causou uma bagun��a enorme nos meus sentimentos. Eu sempre soube que o que eu sentia por Harry era maior que um simples amor de amigos. Tê-lo comigo em uma noite de sábado, cantando músicas em sua máquina de karaokê até o dia amanhecer, sair com ele para o nosso pub favorito ou apenas almoçarmos juntos no tempo livre para depois acabarmos na rede do meu jardim, escutando músicas relaxantes e conversando sobre a vida eram meus passatempos preferidos e eu não queria abrir mão disso por justamente ainda estar apaixonada por cada detalhezinho dele, que ao longo desses anos separados só cresceram mais e mais dentro de mim. E pensando bem, essa convivência diferente que levávamos era a resposta para querermos estar mais juntos do que nunca.
[...]
Harry deu sorte por ter me pego acordada depois de uma sexta-feira longa de trabalho, preparando uma xícara de chá que ficou pronta assim que a campainha tocou.
- Mil desculpas por estar aqui as quatro da manhã, de verdade. - as mãos juntas próximo ao rosto, como se tivesse realmente pedindo perdão foi a primeira coisa que vi quando abri a porta e dei passagem para ele entrar.
- Agradeça à minha insônia por eu ter respondido no mesmo instante em que me chamou.
- Jura que eu não te acordei?
- Juro, Harry. - a resposta saiu junto com uma risadinha por conta de sua preocupação e seus olhos estavam voltados a mim enquanto trancava a fechadura. - Sobe para o meu quarto e me espera na cama, já estou subindo com o chá para nós dois.
- Não precisa preparar isso só porque estou aqui.
- E quem disse que estou fazendo isso por você? - perguntei rindo fraco, voltando à cozinha. - Não se ache tão especial, Styles. Apenas suba e deite na cama. O andar de baixo é muito frio e você nem de casaco está.
- Você é igualzinha a minha mãe. - comentou sorrindo.
- O que anos de convivência não fazem, né? - de costas para ele, pude ouvi-lo rir e os passos pesados ficando cada vez mais distante visto que o rapaz estava subindo as escadas em direção ao cômodo dito por mim.
Esperando a água atingir o ponto de ebulição dentro da chaleira, encostei-me na bancada ao lado do fogão e pensei nos próprios atos desde o momento em que Harry me mandou mensagem até minhas falas voltadas a ele, as quais expressavam a mesma preocupação de quando ainda namorávamos, simulando a situação exata de quando ele chegava extremamente cansado dos ensaios em um dia completamente gelado, como o de hoje.
A lembrança de momentos assim invadiram minha mente de forma instant��nea e senti como se tivesse voltado no tempo, com ele esperando-me no quarto, deitado com o travesseiro cobrindo o rosto, extremamente cansado e louco por uma conversar e uma boa xícara de chá. E foi exatamente assim que o encontrei ao chegar na porta do quarto, fazendo com que eu sorrisse involuntariamente, sendo essa a prova concreta de que a conversa que tive com Gemma na semana retrasada era real, principalmente o seu ponto de vista.
- Parece que o assunto é sério mesmo, hein. - Styles retirou o travesseiro da face assim que me ouviu e sentou-se direito na cama, encostando as costas na cabeceira.
- Por que acha isso?
- Você estava na mesma posição de quando algum problema acontecia depois dos ensaios ou horas de gravações. - expliquei, entregando-lhe a bebida quente e sentando a sua frente, no meio da cama.
- Você lembra de cada coisa. - o jeito em que ele disfarçou o sorriso e a vergonha, mexendo a colher dentro do chá, fez com que sentisse uma certa felicidade por ele estar aqui e ainda sim apreciar o modo fofo como se comportava muitas vezes. Inclusive seu olhar estranho e baixo.
- Você andou chorando?
- Tá tão na cara assim? - encarou-me, tomando um pouco da bebida.
- Os olhos inchados te entregaram.
- Droga.
- O quê foi que aconteceu? - Harry voltou atrás umas duas vezes após meu questionamento, tentando achar palavras que explicasse o motivo dele ter chorado ou estar tão cabisbaixo como aparentava estar.
- Você terminou com o Ethan há algumas semanas, certo?
- Sim. Semana retrasada.
- E por que você chamou a Gemma e não eu para te consolar? - franzi o cenho assim que racionei a pergunta, tentando ligar os pontos para entender o que estava acontecendo.
- O que isso tem haver com você estar aqui de madrugada?
- Só me conte o porquê. - naquele momento, meu cérebro simplesmente parou e o único órgão a se comunicar comigo era meu coração. Ele batia rápido e controlava todas as minhas sensações e sentimentos, que se tornaram difíceis de organizar fazendo com que o silêncio fosse a opção sensata a se tomar. - Preciso que me responda.
- Eu não sei. Ela era mais amiga do Ethan do que você. - respondi sem paciência.
- Isso não justifica nada.
- Aonde você está querendo chegar, Harry?
- Eu quero entender o que está acontecendo entre nós dois.
- Ai meu Deus, a Gemma também encheu sua cabeça com a teoria louca dela?
- S/A, faz muito sentido.
- Por favor, nós somos apenas amigos.
- Você me considera apenas como um amigo? Porque eu não terminei com a Camille em vão.
- Você o quê? - arregalei os olhos. - Por que você fez isso, idiota?
- Pelo mesmo motivo que você terminou com o Ethan.
- Harry, não misture as coisas.
- Você sabe que eu odeio fingimento. E nos últimos meses eu percebi que o amor que sentia por ela não chegava nem perto do amor que sinto por..
- Não termine essa frase. - interrompi o rapaz, levantando-me da cama e andando devagar pelo quarto.
- Você.. - o silêncio instalou-se no local quando o moreno completou o que dizia e eu encarrei-o sem reação, parando meus movimentos instantemente. - Foi horrível terminar com ela porque sabia que o amor da Camille por mim era forte e me senti um babaca por ter levado esse relacionamento adiante sendo que não a amava de verdade. - relatou transparecendo chateação. - E você me conhece, não é? Eu não sou forte para essas coisas e acabei chorando..
- Por que você veio aqui, Harry? - questionou calmamente, olhando para o chão.
- Porque você me ajuda a ficar bem quando estou triste. - confessou aproximando-se de mim. - Você também ficou mal quando dispensou o Ethan, não foi?
- Sim..
- Pois então, a única coisa diferente que eu fiz foi vir até você, porque sinto que preciso da sua ajuda para me reerguer. - sua sinceridade bateu contra mim de forma efetiva e respirei fundo, sentando-me na cama novamente, tentando ajudá-lo sem interferir na nossa amizade. - Por que você não fez o mesmo?
- Porque eu sabia que se te chamasse e nós bebêssemos, acabaríamos nos beijando, já que isso chegou bem perto de acontecer muitas vezes durante todos esses anos. E eu não queria ser a causa do fim do seu namoro.
- Mas você foi. - disse sorrindo fraco. - Indiretamente, mas foi.
- Sabe que você cometeu um erro terrível, não é?
- Eu não a amava mais, S/N. Ficar com alguém que eu não amo vai contra os meus princípios e você sabe bem disso.
- Mas você também não me ama, Harry. Nós estamos confundindo amor com amizade.
- Eu sei distinguir meus sentimentos, S/A. E sinto que meu coração bate mais forte por você desde que nossa amizade tomou forma novamente e amadurecemos, deixando para trás os jovens de vinte anos que mal sabiam o que estavam fazendo.
- Eu não quero estragar o que nós demoramos para reconstruir. Você sabe como foi difícil os meses em que não nos falamos após o término.
- Isso justifica que nunca paramos de nos amar. Apenas sucumbimos esse sentimento achando que um dia acabaria. Mas acontece que o modo como levamos o nosso relacionamento depois de tudo foi totalmente diferente do que já vivemos. Nós amadurecemos juntos, nos conhecemos melhor unidos e fomos alimentando o amor que carregamos dentro de nós até hoje. Não se deixe enganar, S/A. A minha felicidade é ao seu lado, e eu não vou viver bem sabendo que deixamos uma oportunidade única de sermos feliz de verdade no amor porque você não nos deu essa chance. - cada palavra que saía da boca de Styles foi arrumando a zona de pensamentos e sentimentos no meu cérebro, mas especialmente no meu coração. Senti que deveria entrar de cabeça nessa jornada que era a nossa relação, tendo consciência dos riscos mas levando o que ele disse como impulso. - Eu quero dar uma chance para nós, babe. Entra nessa comigo, por favor.
- Tudo bem, você venceu. - o sorriso formado no lábios dele contagiou-me no mesmo segundo e Harry veio correndo até mim, abraçando-me com força e por fim beijando-me como se fosse a primeira vez que fazíamos isso. Sentir o gosto doce daquele que foi o beijo que mais combinou com o meu fez com que me teletransportasse para o final da adolescência, quando estava perdidamente apaixonada pelo mesmo rapaz que agarrava meu corpo neste exato momento. - Quatro anos depois e eu ainda lembrava perfeitamente o gosto do seu beijo.
- Mais uma prova de que eu sou o seu verdadeiro amor. - comentou rindo de leve, assim como eu.
- E eu? Sou o seu verdadeiro amor?
- Sem sombra de dúvidas.
__________________________________________
xoxo
Ju
81 notes
·
View notes
Text
4 Meses (bodas de pipoca)
☀🌙☀🌙☀🌙☀🌙☀🌙☀
*Pego você no colo e abraço*
Hoje eu vou te contar uma historinha *Beijo levemente sua boca e te olho sorrindo, beijo a pontinha do seu nariz e te acomodo melhor em meus braços*
Antes da existência de qualquer planeta, galáxia ou universo, antes de qualquer vida ou espírito, dois astros vagavam pelas trevas, solitários e sem brilho. Desconheciam outra existência. Desaprendiam o sentir.
Andavam a esmo, incertos se os olhos estavam abertos ou fechados, pois não havia luz. Muitas vezes passavam perto um do outro, incapazes de ouvir a pulsação de seus corações ou a respiração ofegante de seus narizes.
Quase se tocaram, quase se esbarraram, quase se notaram… Quase. Em uma dessas vezes, porém, antes mesmo do tempo existir, tropeçaram no vazio e bateram de frente. Que surpresa! Abriram os olhos e as bocas. Tropeçaram nas próprias solidões. Logo se conheceram, apertaram as mãos, admiraram-se e sorriram à presença um do outro.
Ele se chamava Sol. Ela se chamava Lua. ☀🌙
O Sol era um homem bonito, apesar das pálpebras caídas e de algumas rugas perto dos cantos dos olhos, o que não era de todo ruim, pois a Lua gostava.
A Lua também gostava dos seus longos cabelos que, na ausência de luz, eram negros; porém, a verdadeira cor era castanho com nuances de vermelho e laranja, um pouco de amarelo ali e um pouco de branco acolá.
O Sol ria e a sua covinha no queixo aparecia sob a barba. A Lua adorava! Ela se enamorava por cada detalhe, cada sorriso, cada toque e suspiro.
A Lua, por sua vez, era toda poesia. Os seus grandes olhos furta-cores abrangiam toda a beleza jamais vista. Os seus cílios curvavam-se para cima e suas sobrancelhas sorriam junto com os seus lindos lábios vermelhos. O Sol adorava as suas maçãs do rosto e o jeito como suas bochechas enchiam-se de encantos cada vez que ela gracejava. Ele gostava do nariz e da raiz do cabelo, das marcas em sua face e dos dentes quase perfeitos. O Sol adorava as suas perfeições e imperfeições, suas fases e fragilidades.
Mergulhados na escuridão e esquecidos de suas individualidades, o Sol e a Lua apaixonaram-se intensamente. Deixaram para trás o deserto no qual viviam e iluminaram o vazio com o primeiro sentimento bom de todo o universo: o amor. Não havia sentido em ser dois, se podiam ser um. Não havia sentido em andar separados, se podiam juntar as mãos e desbravar o grande escuro à frente.
Caminharam juntos por uma longa eternidade e mais algumas eras… até que Deus olhou o grande vazio e pintou-o com a sua aquarela. 🎨🖌🖍
Deus criou a luz e separou-a das trevas. O clarão que saiu de seus dedos deu cor a todo o universo: a Lua ganhou um brilho cândido e terno, o Sol recebeu um brilho intenso e amarelo. O Sol, quando viu toda a meiguice da Lua e enxergou seus belos traços à luz de sua luz, apaixonou-se novamente. A Lua, de tão enamorada, foi a única que conseguiu enxergá-lo e abraçá-lo através de tanto brilho.
O Sol e a Lua presenciaram a separação entre o céu e a terra, a criação das águas e da terra seca, dos seres verdes e dos oceanos. Durante três dias, os dois dançaram pelo novo universo, trocando juras de amor eterno e prometendo que nunca soltariam as mãos. No quarto dia, porém, Deus avisou-lhes de seus planos: o Sol iluminaria o dia, a Lua clarearia a noite; caberia aos dois a marcação dos dias, meses e anos de cada calendário, bem como o auxílio aos seres que deles necessitassem; ambos reinariam absolutos no céu, porém separados. A Lua não aguentou e seus olhos choraram mares de tristeza. O Sol queimou de aflição e afundou-se em suas cinzas ao ver sua amada sofrer. Deus, triste, deu-lhes um tempo para o adeus.
O último abraço do Sol e da Lua escureceu todo o universo, entristeceu as folhas e agitou as águas. A existência conheceu, pela primeira vez, a desesperança e a saudade, sentimentos criados pelo sofrimento daquela despedida.
Parte da Lua tornou-se escura como a solidão e o Sol perdeu todo esplendor que ostentava. Nenhum abraço foi tão triste quanto este. O último beijo roubou o perfume das flores e a fertilidade das terras, pois o Sol chorou e as suas lágrimas incendiaram o chão. Deus, apesar de deprimido, não voltou atrás na decisão: colocou-os em seus devidos lugares e os abençoou. Antes de amanhecer, porém, o Sol orou para que a Lua não ficasse sozinha, pois ela era frágil e não suportaria; Deus, piedoso, criou as estrelas para alegrá-la, prometendo que nenhum amor seria de todo impossível.
Quando a criação foi finalizada, cada ser seguiu os seus destinos. A Lua, acompanhada de suas estrelas, alumiava as noites, tentando esconder as fraquezas denunciadas por suas fases: algumas vezes era feliz; outras, triste. O Sol, o astro rei, exibia seu esplêndido brilho e emanava calor a quem precisasse, porém sentia-se perdido e invisível, pois somente os olhos da Lua aguentavam o seu fulgor. A saudade era indizível, impossível de ser traduzida em palavras, e o Sol e a Lua sentiam-se sós e tristes como se as rosas jamais tivessem povoado a Terra e exalado os seus perfumes pelo ar.
Durante os longos e longos anos de separação, eles até tentaram esquecer um ao outro: o Sol, embora fosse insuportável a diferentes olhos, paquerava algumas nuvens faceiras e outras musas celestes, apesar de o seu coração clamar pela criatura mais linda de todas; a Lua, enciumada, enfeitava-se toda de amor e formosura, conseguindo todos os amantes desejados, nenhum, porém, fazendo-a tão feliz quanto o seu astro rei. A saudade era tão dolorida que eles tentavam burlar as regras do firmamento. Certos dias, a Lua subia mais cedo ao céu para vislumbrar o Sol, ainda que de longe. Os dois fingiam dançar juntos, esquecendo todos os amores e relembrando os dias em que podiam caminhar lado a lado. Outras vezes, o Sol renascia antes que a Lua dormisse e pedia que as nuvens amigas acariciassem a face tenra da sua amada, pois não podia correr para abraçá-la.
O que é a saudade aqui da Terra se comparada com a do Céu?
As nuvens ainda espalhavam o perfume da Lua pela Via Láctea para que o Sol o sentisse até o seu último suspiro do dia. Como doía o amor distante!
Em um desses dias em que ambos quebravam as leis do céu, no entanto, enquanto preparava-se para iluminar a outra face da terra e vislumbrava sua amada uma última vez, o Sol relembrou a promessa que o Criador lhe fizera: nenhum amor seria de todo impossível. Apressado, soltou mil beijos para a Lua e desapareceu mais cedo, correndo ao encontro de Deus para reclamar a realização de seu juramento: contou-lhe do amor, da saudade, da solidão e incompreensão. Deus, conhecedor de todos os sentimentos, desceu a mão gentil sobre os cabelos do Sol e compadeceu-se de seu sofrer, presenciando as lágrimas ardidas e pesarosas do astro rei, abarrotadas de lembranças dos dias felizes ao lado de sua Lua. O Criador recordou a promessa antes mesmo de o Sol fazê-lo, narrando como pensou em cumpri-la por todos os anos, sem conseguir realizar um plano possível às duas luzes mais importantes dos céus; solicitou mais paciência, pois Ele saberia o que fazer quando a hora fosse a certa.
O Sol concordou, mas saiu abatido e sem esperanças para um novo dia.
A Lua continuou iluminando a noite, apesar de toda a saudade; o Sol clareava o dia, apesar de toda a tristeza. As dores aumentaram tanto com o passar dos anos que o Sol ficou mais quente e a Lua mais fria. Ambos perdiam as esperanças de um reencontro, de outro abraço e de outro carinho, pois os meses não traziam novidade e nem centelha de luz. Com um tempo passado, porém, Deus chamou o Sol ao seu encontro e comunicou o seu grande plano: a Lua o encontraria no mais tardar do dia, unindo os seus corpos por algumas horas para que revivessem o amor e espantassem as saudades! O Sol pulou de felicidade ao agradecer a Deus, transbordando de amor e alegria, emanando a mais forte luz e o mais gostoso calor.
Mal podia esperar para ver a Lua tão de pertinho! Ela também foi avisada e preparou-se para o tão esperado reencontro…
Todo o céu parou para presenciar o fenômeno, afinal, o amor, tão bonito e infinito, ia preencher cada canto daquela imensidão azul. O Sol, ao avistar a sua amada caminhando ao seu encontro, brilhou com uma intensidade nunca antes vista, cegando olhos desavisados. A Lua enterneceu todos os corações e, quando finalmente os corpos se abraçaram, lágrimas de felicidade brotaram dos seus lindos olhos, pois a espera acabara e toda a saudade havia ido embora. O amor aconteceu de novo e de maneira tão forte que nem todos suportaram a sua magnitude, deixando o céu para os dois namorados e para o sentimento que renascia. Os olhares que aguentaram tamanha beleza contemplaram, admirados, o encontro do casal: apreciaram como voyeurs e deixaram os enamorados envergonhados.
O Criador, percebendo tais olhares desinibidos, esperou para que a Lua e o Sol se alinhassem… e apagou as luzes do Universo. Aos encontros entre o Sol e a Lua, Deus deu o nome de eclipse, pois significa ocultar, desaparecer, apagar, esconder. Ainda que passageiramente, ainda que parcial ou totalmente, os encontros raros eclipsavam a saudade e os extensos anos de lonjura, fazendo com que os astros revivessem eternamente a beleza do amor.
Por mais que todo conto tenha um desfecho, o amor entre o Sol e a Lua é algo infindo. Podem passar anos, séculos e eras… o bem-querer entre os dois, amantes para todo o sempre, jamais terá fim.
Porém, eu preciso contar-lhe que escrevi tudo isso para narrar outra história: a história de nós duas.
Eu sou a Lua, você é o Sol (Quertz e Hanne).
A minha saudade é tão imensa que posso abraçar milhões de mundos sem preocupar-me em flexionar muito os braços. O amor que sinto é grande demais para as palavras e, por isso, certas vezes, elas falham. Quando te vi e tive de vir embora, por mais que o meu brilho iluminasse o caminho sozinho e que estrelas divinas fossem-me dadas, um pedaço de mim se ausentou. Não consegui mais ver manhãs iluminadas por um bom tempo.
Eu senti que poetas poderiam escrever milhões de poemas, porém os seus beijos que pareciam letras me faltavam e sendo assim nenhuma palavra fazia sentido pra mim.
Eu observo o amor de longe como a Lua observou o Sol. Eu sou declarada de amores por você mas estou longe dos seus olhos momentaneamente.
Você me trouxe de volta a vida e eu necessito de sua luz para ver melhor. Nenhum amor é de todo impossível e assim espero nosso eclipse como quem espera chover no sertão, com fé e paciência, com esperanças de que o amor possa vencer a escuridão.
Nenhum amor é de todo impossível.
Nem o nosso meu pequeno raio de sol.
Eu amo você e amo o que temos (mesmo que somente possa estar contigo unida pelo coração)
Da sua Lua (Eterna Hanne)
☀🌙☀🌙☀🌙☀🌙☀🌙☀🌙
Ps:Feliz 4meses nessa vivência - Já que passamos quase 8 vidas (que sabemos até agora kkkk) juntas. ♡
2 notes
·
View notes
Photo
I’m no Ghost
◈ bran — myrcella // 1.198 palavras
Depois da guerra Myrcella encontra uma nova posição ao se tornar acompanhante do jovem Brandon
Havia um lugar na memória onde os sonhos ainda tinham cor, um lugar onde a infância era fresca e os medos pequenos. Quando podia, ela preferia navegar naquelas memórias, onde era uma princesa dourada, graciosa, alegre, e bonita, ou ao menos todos diziam o quanto ela era bonita. Naquele tempo, quando tudo era possível, Myrcella sonhou estar exatamente ali, entre as paredes de Winterfell, mas em seus sonhos ela era a senhora, a orgulhosa esposa daquele rapaz tão bonito e gentil que a acompanhara no banquete. Que menininha boba, que menina sortuda por poder ser boba, como ela gostaria de voltar a ser aquela menina.
Quando a guerra acabou e ninguém soube o que fazer com ela, Myrcella foi enviada para o Norte, e logo se viu agradecida por isso. Não haveria herdeiros bonitos para ela, sedas sulistas, ou mesuras, mas lady Sansa era gentil, e Myrcella estava confortável. Ela nunca mais seria uma princesa, e até mesmo o direito de ser bonita fora tirado dela, mas tudo podia ser pior, e se não encontrasse forças para ser grata por suas atuais circunstâncias ela enlouqueceria.
A cicatriz quase nunca a incomodava, ela se habituara a usar um véu parecido com o de uma septã que emoldurava seu rosto e mostrava pouco daqueles traços graciosos que antes tinham sido tão promissores. Aquele, no entanto, era um dos raros dias em que a marca em sua bochecha coçava de maneira terrível. Myrcella cerrava os lábios e apertava os olhos, enquanto fazia o possível para ignorar o incômodo. Uma dama não se coçava pelos corredores, e uma protegida na situação dela tinha que aprender a não incomodar o meistre mais do que o necessário.
Suas tarefas deviam ser sua distração, e ela encontrava prazer ao cumprir seu dever. Todas as manhãs quando se levantava e deixava seus aposentos, Myrcella ficava contente em ter uma função, e ainda melhor era poder passar o dia do lado de alguém que não se importava com a horrível cicatriz espiando pelo seu véu, com sua família, ou com as previsões das coisas abomináveis que ela faria no futuro. Ela podia passar o dia em paz, sem se preocupar em agradar, ou em camuflar seus sentimentos. Era um mundo sem mentiras, um mundo o que só existia ao lado de Bran.
Myrcella empurrava a cadeira com rodas pelo bosque sagrado. Estando diante da Árvore Coração ela terminou de conduzir aquele rapaz estranho e foi se sentar em uma das protuberantes raízes ao lado de onde parara com a cadeira.
Bran podia passar horas fitando o nada, e por isso Myrcella trazia consigo um livrinho de poesia que a distraísse até que ele pedisse para voltar ao castelo. Ser a acompanhante do jovem Stark era a melhor tarefa que lady Sansa podia ter lhe dado. O meistre tinha assuntos dos quais cuidar, Bran precisava de auxílio e Myrcella de uma função.
— Myrcella?
Ela o ouviu chamando, mas como mal tinha aberto o seu livro Myrcella não podia acreditar que ele já quisesse partir, mas que ele quisesse conversar parecia ainda mais estranho.
O olhando por um instante, Myrcella o viu tirando as mãos de entre as peles que aqueciam seu colo. Bran segurava um frasquinho fosco.
— Isso fará bem para o seu rosto.
Ele sabia, é claro que ele sabia.
— Não posso ter segredos com você.
Foi um gracejo, e ela o fez com um sorriso, mas se os lábios dele se moveram Myrcella não notou.
— Realmente sabe de tudo o que eu já senti? Até mesmo de quando eu era jovem demais para entender meus próprios sentimentos? Talvez você não…
— Você era apaixonada pelo meu irmão Robb. Passou o início da guerra acreditando que tudo se resolveria se se casassem. Depois, mesmo feliz em Dorne, você chorou quando ele morreu.
Sem segredos, sem mentiras Myrcella pensou enquanto mordia os lábios. Aquele rapaz que sabia de tudo e nunca desejava nada, aquele rapaz conhecia exatamente que tipo de pensamento espreitava na mente dela enquanto estavam juntos.
— Mas eu sorri quando soube que você tinha acordado depois da queda.
Não havia nada que pudesse surpreendê-lo, e com um aceno de cabeça Bran a deixou saber que ele estivera consciente de sua simpatia o tempo todo.
— Milorde sabe de tudo o que foi, mas será que também sabe sobre o que poderia ter sido? Você um cavaleiro, e eu uma princesa. Poderíamos ter sido como os heróis das canções.
— Concordo com você. É preciso que sejamos gratos por nossas circunstâncias, caso contrário ficaríamos loucos. Cavaleiros e princesas... essas fantasias são fantasmas, e só estão aqui para assombrar a realidade.
Myrcella deixou o livro cair quando se levantou, mas ela tinha algo a dizer, e não o queria fazer sentada.
— Eu não sou nenhum fantasma, e você também não. Eu fui uma princesa uma vez, e presente algum pode mudar isso. E você… você foi um menino que sonhava em se tornar um cavaleiro. Nada do que é hoje pode apagar esse menino.
Ela deu mais um passo na direção da cadeira.
— Eu gostaria… eu… — Myrcella precisou de uma pausa para encarar os próprios pés. Nunca era daquele jeito nas canções, e ela nunca pensou que seria daquele jeito com ela, mas se eles não eram fantasmas, muito menos eram heróis de uma canção. — Eu gostaria de beijar você, e gostaria que quisesse me beijar.
No fundo do coração a antiga princesa estava convencida de que ele sabia daquele sentimento, tal como ele sabia de todos, mas isso não evitava que ela fosse invadida por uma devastadora onda de constrangimento.
Bran não lhe deu resposta alguma além de um de seus sorrisos fracos, e já que tinha começado Myrcella achou que devia continuar.
Ela se inclinou na direção dele, esperando ser impedida, e esperando poder ir até o fim. Quando estava perto o suficiente ela se conteve. A respiração de ambos se misturou em uma fina nuvem de vapor pálido no ar gélido de Winterfell. Então, em um rompante de coragem, ela colocou um fim naquela distância e uniu os lábios nos dele.
O medo e o nervosismo eram tamanhos que Myrcella não conseguiu averiguar a sensação com clareza, tudo que ela sabia era que estava aliviada por finalmente ter feito. Ele era um garoto tão bonito, e era tão bom estar com ele. Ela faria bom uso de algum carinho, e não seria bom se fosse Bran dando esse carinho?
Myrcella se afastou, e piscou os olhos antes de abri-los, apenas para encontrar o rapaz a encarando tão apático quanto sempre. Ela tentou procurar por algo, alguma faísca que dissesse que ele foi capaz de sentir qualquer coisa, mas não havia nada para ser encontrado.
Se ao menos houvesse um meio de tirar o garoto alegre que ele tinha sido. Ela faria qualquer coisa, se houvesse algo que pudesse ser feito.
Talvez eu esteja errada, talvez ele seja pouco mais que um fantasma agora Myrcella pensou enquanto recolhia o orgulho e voltava para sua raiz e seu livro Mas eu não sou.
— É verdade — Ele disse para a surpresa dela — E eu sinto muito. Você merecia que ao menos uma vez as coisas fossem mais fáceis.
5 notes
·
View notes
Photo
[𝐒𝐄𝐋𝐅𝐏𝐀𝐑𝐀]: sʜᴇ ɢɪᴠᴇs ᴋɪɴᴅʟʏ ɢɪғᴛs ᴛᴏ ᴍᴇɴ: sᴍɪʟᴇs ᴀʀᴇ ᴇᴠᴇʀ ᴏɴ ʜᴇʀ ʟᴏᴠᴇʟʏ ғᴀᴄᴇ, ᴀɴᴅ ʟᴏᴠᴇʟʏ ɪs ᴛʜᴇ ʙʀɪɢʜᴛɴᴇss ᴛʜᴀᴛ ᴘʟᴀʏs ᴏᴠᴇʀ ɪᴛ.
𝐎𝟔 𝐃𝐄 𝐉𝐔𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝟐𝟎𝟐𝟎
O dia estava prestes a amanhecer, Kalinka estava sem nenhum pingo de sono e isso era muito incomum vindo dela, que _quase sempre_ estava com preguiça. Ela se ergueu da cama, perambulando um pouco pelo quarto o qual dividia com um amigo e devido a isso, seus passos eram quase como de anjos, não faziam barulho algum, ela era boa em ser sorrateira como uma cobrinha.
Não demorou muito para que pudesse tomar um banho quente e se vestir, vestir roupas leves, claras como de costume e ent��o saiu do quarto, logo após passando pelo longo corredor e seguindo para a saída do dormitório Andrômeda. Ainda estava escuro quando ela chegou no lado de fora e pareci que tinha algumas pessoas conversando em algum lugar, não sabia o certo de onde vinha as vozes, mas deu de ombro e continuou seguindo seu caminho. Ela caminhava lentamente pelo Instituto, calma, e por onde passava, liberava uma pequena habilidade – habilidade esta que não causava mal algum e só deixava o lugar mais bonito – a habilidade era: Por onde Kalinka passava e seus pés tocavam nasciam flores brancas e rosadas, tornando assim um caminho lindo, perfumado e florido e assim se fez o caminho por grande parte do instituto, até que chegasse ao pé do penhasco o qual só ela sabia como subir, era como um lugar que ela usava para limpar sua mente, alma e corpo.
Subiu... Subiu... E subiu até que finalmente – sem nenhuma dificuldade – conseguiu chegar o topo, onde parecia um lugar criado pela própria Deusa do Amor, lá você poderia encontrar o campo florido mais belo de todos, com as flores mais bonitas e perfumas, era como se você estivesse em um recante divino de Afrodite e Kalinka pensava até mesmo que sua mãe tinha criado aquele lugar apenas para si, para que ela pudesse sentir a presença da mulher que nunca havia visto na vida, até aquele momento.
Uma voz linda e doce, cheia de ternura... Uma chamado, ela podia ouvir em sua mente uma desconhecida dizer: “Venha até a mim, querida Kalinka. Venha, minha Filha” e foi nesse mesmo momento que um sorriso apareceu nos lábios da ruiva, ela caminhou de olhos fechados, sem temer cair do penhasco ou tropeçar em algum galho, também conseguia ouvir os sorrisos, possivelmente Ninfas que seguiam a Deusa, por fim a semi-deusa abriu seus olhos claros, e pôde ver a imagem mais deslumbrante que acreditava ver em toda sua existência, Afrodite, sua mãe! Ela também tinha um sorriso em seus lábios, tão doce quanto o de sua prole, e abria os braços em sua direção, o que não demorou a acontecer: Um abraço. Era a primeira vez que Kalinka estava com sua mãe e sentia saudade daquilo mesmo nunca tendo a visto, entretanto, no mundo terreno sentia sua presença.
O sol de Apolo começava a dar seu primeiro suspiro, indicando o dia, o mar batia raivoso contra os rochedos lá em baixo, era lindo, parecia uma miragem, linda como uma pintura renascentista, serena como a luz da lua, elegante como o sol, e que também poderia ser tão cruel quanto a maré raivosa, Kalinka sorriu abertamente, com doçura, antes de pronunciar a palavra abafada por aqueles fios de cabelo longo, enquanto Ninfas apreciavam aquele momento, o reencontro de mãe e filha.
— Eu sempre soube que existia alguém por trás de mim. Me ajudando e me guiando quando era necessário. — Balbuciou aquelas palavras recuperando o folego que faltava em seus pulmões. — Senti muita saudade de você durante toda a minha vida e hoje posso dizer que me sinto completa, obrigada, mamãe. — Não havia mais necessidade de dizer nada, só aproveitar o momento das melhores mareiras possíveis, pois estes seriam raros, talvez... Mas o importante era o ali e o agora, diante dos olhos de todos os Deuses que quisessem presenciar aquela cena.
0 notes
Photo
POR QUE PAREI DE USAR MAQUIAGEM POR QUE PAREI DE USAR MAQUIAGEM hoje vou conversar um pouquinho com vocês sobre o porque que eu parei de usar maquiagem se você abrir meus vídeos antigos eu vou deixar alguns aqui mineirinho você vê que eu tava muito diferente não era só o cabelo cumprido mas também a ausência de óculos e está sempre bem maquiada primeiramente eu vou tirar esses óculos colocar minha lente de contato que continua conversando com você pronto agora queria contar pra vocês que enfim eu comecei a usar maquiagem quando eu tinha uns 13 anos e nessa época eu usava maquiagem como uma maneira de me expressar sabe eu não usava base essas coisas eu usava mais era lápis preto sempre o lápis bem preto é verdade e é um jeito de expressar a minha personalidade e era uma maneira muito bom sabe de me expressar era um jeito bem legal de mostrar quem eu era meu estilo mas que está acontecendo com o tempo na época tinha a pele perfeita qual toda pessoa de novinha é toda criança tem a pele lisinha e com o tempo começou a aparecer nas chamadas imperfeições né começou a aparecer espinha a pele começa a ficar mais oleosa começa a aparecer olheira e normal só que que acontece eu comecei a parar de usar só o lápis né e comecei a usar também base comecei a usar também corretivo comecei há também outras coisas está tudo bem uma maquiagem bem legal sabe eu adoro é bom para a gente mudar às vezes o jeito que a gente tá mas em jogo que eu fui parando de ter confiança e não usar maquiagem lembrou a ver se eu estava na no terceiro ano da faculdade e tinham as meninas que eu muito arrumadas pra mim e eu me achava muito legado sabe e eu quis começar a me arrumar um pouco mais eu comecei a passar só corretivo todo dia eu comecei a passar corretivo antes de ir pra aula e não se ficava com uma cara muito melhor não ficava com uma cara muito mais de acordada assim daí um dia depois de semanas passando corretivo todo dia pra aula eu não passei e daí um amigo meu olho pra minha cara e falou ariel está tudo bem está doente eu comecei a perceber né está acontecendo porque eu não passei maquiagem hoje isso é só passar um corretivo e assim mas tudo bem né daí uma hora bateu a preguiça e eu parei de usar maquiagem todo dia porque meu deus do céu eu preferia dormir alguns minutinhos a mais né mas aí que entra o meus vídeos no youtube assim para sair eu achava que eu sempre precisava passar maquiagem eu achava que para ele um barco em uma festa em qualquer lei assim tratá arrumada prata' a ser considerada bonita eu precisava estar maquiada e então eu passava maquiagem nenhuma o agente então assim brinkmann ao tutorial mas assim enquanto ainda estava só em festas e eventos assim tudo bem né chegou um momento em que eu comecei a me maquiar muito pra gravar vídeos na copa ea gravar um vídeo cantando aqui eu senti a necessidade de me fazer uma maquiagem completa e não real que não tem problema nenhum em fazer uma maquiagem completa programa vídeo de bruno nenhum dos seus a maquiagem pra sair oprah não saiu pra ficar em casa ou para qualquer coisa não tem problema nenhum mas o que acontecia comigo é que eu comecei a achar que eu tinha de tatiana porque todo mundo estava maquiada e eu achava que se eu não tivesse bonita as pessoas não iam gostar de mim se eu não tivesse arrumado se ela tivesse maquiada porque pra mim estar arrumada significava estar maquiada também não é possível o carro nada se não tivesse maquiada e sem óculos porque eu achava que óculos também não era arrumado e assim isso foi começando a causar um certo problema e nem de de autoconfiança sabe porque se eu não tivesse maquiada eu não estaria bonita pitico um fictício né mas enfim e assim teve um momento em que começou a ficar muito chato grava vídeo pra mim porque programa vídeo eu precisava me arrumar java me maquiar precisava arrumava as luzes precisava arrumar o cenário precisava tá tudo de acordo assim né estava tudo perfeito que cara brava vídeo começou a ficar uns a sinceramente não tinha mais saco pra postar vídeos no youtube era uma chatice semana e eu não tinha coragem nenhuma de postar um vídeo sem antes pelo menos passar uma base com um fala corretivo consertar sobrancelha e passar um rio né eu achava que ser no mínimo e que ninguém real ea gostar de mim se não tivesse alguma coisa mais boba né essa parte é sempre muito difícil então um dia eu estava muito cheia sabe tipo eu só queria gravar a música eu queria só gravar tipo acaba com a música que dá vontade de gravar e eu não estou a fim de me arrumar não estava a fim de fazermos produção eu peguei a câmera eu liguei e falei olha eu tenho uma vaidade dos mais leves e mas sim um crise é isso cara foi muito legal pela primeira vez em muito tempo foi legal gravar um vídeo e já não era legal fazia muito tempo eu não tinha vontade nenhuma de gravar vídeo para o youtube mais da icar a aceitação foi super bowl a sáb tipo eu percebi que a minha aparência não era o que as pessoas estavam comentando pitt mesmo quando era a minha aparência que as pessoas estavam comentando não era algo negativo era titular você tá linda e eu estava sem maquiagem e eu me achava feia eu achava que sem maquiagem eu era feia que pra tá linda eu precisava estar impecável e que está em picada significava estar maquiada e aí começou a ficar muito legal postar vídeos de novo daí eu gravei muitos vídeos nessa vai de super simples sem maquiagem sem muita preparação com a iluminação natural mesmo mais simples eu sentada na minha cama eu sentada no chão foi quando eu comecei a gravar vídeo né sentada no chão do banheiro e ele mano começou a ficar muito legal e simplesmente começou a ficar muito e eu comecei a perceber que não é a minha maquiagem que ia fazer as pessoas gostarem de meio e era o conteúdo isso parece meio óbvio falando mas às vezes não é óbvio pra gente e não era óbvio para mim eu acho que é assim o mais importante que eu tenho pra contar pra vocês hoje é que eu redes cobrir a minha felicidade gravando no youtube quando eu percebi que eu não precisava ter maquiada eu era muito insegura e eu achava que as pessoas só iam gostar de mim se eu tivesse assim se tivesse sempre assim que as pessoas vissem ariel aqui elas não iam querer assistir que a minha música e levante que meus vídeos em janeiro onde vive e que realmente que as pessoas não iam gostar de mim se eu não tivesse bonita e depois que eu consegui me desprender disso o youtube que foi no início do ano passado eu comecei a conseguir surpreender disso para a roleta também e hoje em dia ela é um pouco raro eu usar maquiagem é não tem problema nenhum usa maquiagem mais uma vez vou repetir só tinha só que o que eu quero é usar maquiagem quando eu fizer como forma de expressar quando eu tiver fim e não que eu sinto que é uma necessidade de que eu preciso estar sempre bonita nesse padrão de beleza pra agradar as pessoas pra que as pessoas gostem de mim eu queria dizer pra vocês principalmente as meninas que me seguem que vocês não precisam estar sempre assim as pessoas gostarem de você isso daqui é suficiente que você é suficiente que você é o que você não precisa se reforçar assim taschen o padrão você não precisa sofrer para se encaixar em um padrão que você tem que aprender a se amar do jeito que você é não tem nada mais bonito do que a autoconfiança e amor próprio sabe então se você está se sentindo bem na sua própria pele não deixa os outros de dizerem para não se sentir bem a sua própria pele se você também é sua própria pele assim o rolê ou no youtube ou em qualquer lugar numa foto besta grand cara e vier alguém querer dar lição de moral você tem que tomar informada que você tem que tá assim um old town jeito você não tem que estar se sentindo bem com quem você é se você se sente bem com maquiagem e isso te faz bem que seja muito bom pra você só opção se deixa prender nisso só não deixa com que a maquiagem seja algo necessário para você se amar não deixe o seu amor próprio depender disso aqui é claro que eu gosto de me olhar no espelho tassini falar que eu estou pra todo mundo gosta eu gilmak melhor espelho falar no judô data mas hoje em dia eu consigo me forçar a olhar no espelho assim então em falar se é um mulherão da porra você tá gaga tipo esses dias mesmo eu tô super de tpm e não tão gente nem um pouco bonito só que daí a intenção de sair de casa eu me forço a olhar no espelho de alguma maneira que eu consiga me olhar e falar eu sou gata que possua suficiente eu sou mulherão da porra e é isso porque você é suficiente você é suficiente e eu quero que a maquiagem seja somente mais uma maneira de me expressar Veja esse também? Os FAMOSOS Que ODEIAM Kylie Jenner Veja esse também? O Prato Típico de Cada Estado Brasileiro
#ariel mancanares#aryyzona#i stopped wearing makeup#maquiagem#parei de usar maquiagem#poder da maquiagem#por que parei de usar maquiagem#power of makeup#vlog#why i stopped wearing makeup
0 notes
Text
QUARTA HISTÓRIA
Existem pessoas nesse mundo que realmente entram em nossa vida e mudam tudo. São seres iluminado que funcionam como um furacão divino, sacudindo nossa perspectiva mundana e nos modificando perpetuamente para o que de fato é mais importante dentro de cada um de nós. O maior amor que já tive foi assim, foi um amor à primeira vista e algo muito além do que os romances normalmente nos contam. Aconteceu ainda na época da faculdade, num belo dia, a minha pequena turma foi apresentada (antes das aulas começarem) a duas estudantes estrangeiras que estavam fazendo intercâmbio no Brasil. Bastou três segundos para eu me apaixonar pela finlandesa que salvaria a minha vida mais tarde e me colocaria numa jornada espiritual que não só me abriu todas as portas que estavam fechadas como também me ajudou a me encontrar e me tornar quem eu sou.
Amores acontecem com a maioria, raros são os que foram acompanhado por um momento de grande despertar de consciência, te garanto. Na hora em que nos conhecemos, senti o coração batendo mais forte, como era de se espera, mas tive outras sensações ainda mais indescritíveis, dentre elas, a impressão de que já a conhecia. O dia foi passando e fomos tomando coragem de nos falarmos (dois introvertidos, imagine!) e a impressão ficava cada vez mais forte. Amar alguém desde o instante inicial é bonito, saber de alguma forma que você já a amava antes mesmo de se conhecerem, é outra coisa completamente diferente. Fui pra casa travado, congelado pela experiência, levei alguns dias para me recuperar do choque que foi esse encontro totalmente paranormal. Naquele final de semana só pensava em poder estar com ela novamente, mesmo tendo que viajar até o Rio para o casamento do meu irmão.
E foi difícil encontrá-la na volta, nos desencontrávamos o tempo todo, mas sempre acabávamos topando um com o outro na faculdade e para minha surpresa maior, quando nos abrimos posteriormente, descobri que ela também pressentia que já nos conhecíamos anteriormente. Ela é muito mais sensitiva do que eu e foi talvez a primeira alma cuja aura eu pude notar visivelmente, ela sempre foi tão bonita por dentro quanto por fora, tudo estaria bem se um desastre não tivesse me abatido no período. Fiquei muito doente. Tipo, muito. Um ano e meio depois de viver no Brasil, ela supostamente deveria voltar para casa e foi justamente se aproximando desta data que cai enfermo. Me recuperava umas horas só para ter recaídas ainda piores semanas depois. Tinha contraído diversas feridas internas no meu estômago, sentia dores 24h (algo que nenhum remédio cortava) e praticamente não conseguia comer (ou vomitava ou tinha diarreia soltando rapidamente o pouco que comia).
No último dia em que nos encontramos durante o intercâmbio dela no Brasil, não estava preparado para contar pra ela sobre meu real estado de saúde ou mesmo pedir que o romance de verão se tornasse algo mais sério. Sério mesmo foi a visão que tive, ela estava de costas e quando me aproximei, imagens poderosas tomaram a minha frente, vi o futuro brilhante que a esperava e senti meus mentores espirituais me sussurrando que seria prejudicial demais se eu a interrompesse no caminho dela. E a mesma certeza eu tinha de que as coisas piorariam no meu, como pioraram, por isso, acabei tomando a maior decisão da minha vida: a deixei ir embora! Passei por meses infernais, o problema não sarava e só piorava, chegou um ponto de ficar uns 30 dias sem comer direito, estava fraco e foi o único ponto que temi que estava em risco de morrer. Sobrevivi me apegando a única coisa que havia ficado do meu encontro sobrenatural com a pessoa que amava, a noção de que isso tudo é pouco perto do que existe ou existia lá do outro lado.
Foi através da meditação, dos estudos espirituais, dos tratamentos alternativos, etc. que fui recuperando a saúde e o meu próprio espírito quebrado com a separação e tantas seguidas dificuldades físicas. Sem ela me deixando esse presente pra trás, nem sei como teria sobrevivido e duvido muito que teria explorado minha espiritualidade sem que ela a tivesse despertado em mim desde que nos vimos pela primeira vez. Logicamente, tamanho impacto me impediu de a esquecer e isso ficou claro logo cedo, acontece que por uma série de fatores que não posso discutir porque fazem parte da intimidade dela e ela sempre foi muito reservada e não gostaria nem um pouco que eu citasse essas coisas aqui, acabamos perdendo totalmente o contato, sem nenhum meio de nos acharmos. Isso não me impediu de tentar achá-la, entretanto, sem sucesso, ou de tentar me convencer de que tinha que seguir minha decisão e de fato deixá-la ir embora até do meu coração, outra coisa que fiz sem sucesso. Por dois motivos, o primeiro era que precisava saber se ela estava bem, o segundo veio através de um sonho onírico.
Nos encontramos em uma dessas noites, estávamos em uma espécie de castelo e nos olhamos durante uma reunião, combinamos de nos encontrar do lado de fora e seguimos papeando pelo jardim, colocando a conversa em dia e aproveitando para dar uma escapadinha para um estabelecimento próximo para tomarmos algo e nos divertimos, voltamos cada vez mais agarrados um no outro e chegamos em nossos quartos, não queríamos ficar separados então resolvermos dormir no mesmo cômodo, foi quando o sonho já lúcido se tornou ainda mais lúcido e percebemos que ele estava acabando, só tivemos o tempo de nos despedir sem falar nada (a tristeza já dizia tudo) e acordei arrasado, sabendo que ela não estaria do meu lado quando abrisse os olhos. Não, não foi um mero sonho (spoilers, conto mais depois!) e depois dele decidi encontrá-la de qualquer forma. O tempo passava e nada, infelizmente. Foram uns anos assim. Super preocupado sem notícias dela ou qualquer coisa que me desse a certeza de que ela, ao menos, teria ficado bem, acabei tendo um outro sonho que acabou respondendo essas minhas indagações ao universo, me mostrando como ela estava e até onde ela estava.
Na verdade, na hora não tinha entendido, achei bastante estranho o motivo dela estar diferente no meu sonho, acompanhada e tudo mais. Acontece que algumas das pistas deixadas sobre o paradeiro dela foram seguidas e através da ajuda de alguns anjos encarnados na Terra, também conhecidos como amigos em comum, finalmente a reencontrei e tivemos em contato rápido outra vez e foi quando descobri que tudo o que eu havia visto no sonho anterior era verdadeiro, a mudança de visual e o fato dela estar em um relacionamento era verídico. Fiquei mega feliz com a notícia, até poderia ter ficado triste por ela ter ficado ainda mais distante de mim ao partir do momento que ela tinha se apaixonado por outro, doravante, essa sempre ter sido uma história de amor, não a história de um mero romance qualquer, por isso, não estarmos juntos jamais fez a gente ter menos carinho um pelo outro. Carinho que por vezes ficava explícito demais e parecia ter ficado mais forte quando confidenciei tudo o que havia deixado de contar antes dela deixar o país, o que fez com que recuássemos de nossos contatos para evitar desentendidos e armar uma confusão enorme (e prejudicial) agora que ela estava comprometida.
Passado mais tempo, voltamos a nos aproximar quando a relação dela azedou, foi quando nossos caminhos mais espirituais (ela foi a minha grande mestra na área) ficaram mais linkados e descobrimos que aquele sonho lá de trás (aquele do encontro no castelo) tinha sido compartilhado, ela teve o mesmo sonho e se lembrava dos mesmos detalhes! Foi tipo o skyforce do Kylo e da Rey no Episódio VIII, só que versão onírica. Ficou ainda mais óbvio a conexão que tínhamos e as coisas foram caminhando para uma aproximação maior entre a gente. Estava dispostos a manter uma relação à distância e esperançoso de que um dia os quilômetros que nos separavam seriam superados, acontece que, assim como em nossa convivência em solo brasileiro, tivemos uma outra série de encontros e desencontros que aconteciam independente de nossas vontades e não importando as nossas escolhas (não posso dizer muito pois seria falar demais da privacidade dela, algo que tenho que preservar), nos afastávamos e nos aproximávamos durante mais algum tempo, num desses momentos de maior conexão, me dispus a abandonar o Brasil e viver de vez na Finlândia ou qualquer país que me deixasse nas redondezas e permitisse a visitar de forma mais recorrente, as coisas pareciam correr nesse sentido até que o destino veio e colocou mais algumas barreiras impossíveis para ficarmos juntos.
Basicamente, numa das horas em que se afastamos e demos a liberação para seguirmos em frente (sabedores do quanto era inviável voltarmos atrás), ela tentou reatar o antigo relacionamento citado acima, o resultado foi que ela descobriu, após o retorno ao “ex” não ter dado lá muito certo, que ela estava grávida dele, justamente quando a chance tinha sido reaberta e de forma totalmente inesperada para nós. Então, após as necessárias emendas do pai da criança, ela tomou a decisão correta e se encaminhou para o tal futuro brilhante da minha antiga visão: ela daria a luz a uma linda menininha e hoje ela está casada e feliz com o progenitor da criança. Não lamentei em nenhum momento, não mudaria o que aconteceu, nem tiraria dela essa criança tão especial que eu jamais poderia lhe dar. Deixamos um espaço enorme entre a gente para garantir que as duas fiquem protegidas de qualquer mal-entendido com o marido. E seguimos com a vida. Ainda nos topamos eventualmente em alguns sonhos, mesmo eles, se tornaram mais raros. Mas raro mesmo foi o que tivemos. Poucas são as chances de topar com alguém que temos certeza que já conhecemos de outros carnavais.
Plus, sabendo da importância que tivemos ao cruzar na jornada alheia. Não foi coincidência termos nos encontrado naquele dia na faculdade, era algo roteirizado nessa peça de teatro cheia de improvisos que chamamos de vida e isso ajudou ela a entender o motivo de ter topado o intercâmbio em um país tão distante da realidade dela. Ela veio no momento que eu mais precisava, igualmente, nos topávamos em horas que era preciso e saíamos da proximidade do outro quando estávamos prontos para voltarmos a caminhar sozinhos. Foi uma história de amor que durou muito (da eternidade aos 15 anos que fomos trombando um com o outro pelo mundo), mas certamente não teve um final hollywoodiano, teve um final alternativo que alguns cuja fé é maior até prefeririam, uma intimidade que vai além do romance e um companheirismo contínuo que ficará marcado em nossas almas daqui em diante. Tecnicamente falando, é a diferença entre Twin Souls & Twin Flames, dependendo do significado dado a eles (variando de acordo com a escola espiritual). Todavia, não foi o único caso de reencontro com alguém da minha vida passada, na próxima história falarei de outra pessoa próxima que já fez parte do meu passado e voltou a aparecer diante de mim por causa desses mesmos laços inquebráveis de amor e carinho que construímos com as almas especiais que conhecemos em algum ponto e ficamos eternamente conectados, mesmo que em pontos distantes do globo.
0 notes
Text
Sobre todas as cartas de amor
Almeida Garrett, um dramaturgo, poeta e influente português, em uma de suas lindas cartas de amor à espanhola Rosa Barreiras, viscondessa da luz, escreve:
“E o que eu te estimo e aprecio além disso. A ternura de alma verdadeira que tenho por ti. Onde estavam no meu coração estes afectos que nunca senti, que só tu despertaste e que dão à minha alma um bem-estar tão suave? Realmente que te devo muito, que me fizeste melhor, outro do que nunca fui. O que sinto por ti é inexplicável.”
Essa carta foi encontrada entre seus registros, entre cadernos de peças e livros de poemas. Seu ultimo livro de poemas, Folhas Caídas, foi dedicada a Rosa. Ela, que era casada com um comandante da ordem de não sei das quantas, viu o amor nesse nobre poeta.
Garrett lhe escreve outras tantas cartas, cada uma retrata um momento, como se fosse possível distinguir o dia a dia do casal. Ao que parece, esse romance sempre esteve cerrado nos poemas mais bonitos do poeta.
Pra onde vão todas as cartas de amor que escrevemos? Eu me fiz essa pergunta, ao seguir meu caminho na Estação da Luz, aqui em São Paulo, num horário em que as multidões estavam quietas. Numa das catracas da estação, um casal se despedia. Eu desacelerei. Ele lhe entregava um vazinho, pareciam ser violetas, desses que a gente compra no supermercado. Ele lhe dizia palavras roucas, que estavam enfileiradas na garganta, como se precisassem de ordem pra sair. Ela estava desconfortavelmente quieta, como quem estava indo embora, não precisava de distrações pra sair. Não queria sair. As pessoas que vinham da linha azul, esbarravam com toda força neles, que estavam na fronteira de duas plataformas. Eu caminhei lenta perto deles, quase que pedindo praquelas pessoas não socarem suas pressas com forças naquele que seria um momento único.
Ela tinha uma mala, ele tinha um vaso. Pra onde foi aquela declaração de amor?
Ah! Mas nós humanos somos um tanto tontos. Nós costumamos entrar no vagão de trem esperando sempre a estação final. A gente esqueceu de sentar na janela. Garrett escreve nessa mesma carta, que para mim seria a primeira endereçada à Rosa, que ele é grato pelas doces realidades que ela o fez experimentar. Caro leitor, estamos esquecendo de apreciar o processo.
Hoje em dia, a nossa vida passa mais tempo nas telas digitais dos celulares do que necessariamente vivendo. A gente come, dorme, possui e deita de novo pra amanhã, acordar, dormir e possuir. Sim, a gente possui. E quando a gente possui coisas, a gente esquece o referencial, que está na casa de nossos avós e pais.
Sabe aquele valor, de um espaço onde se come juntos? A decência de uma conversa sobre memórias enquanto a água do café assovia na chaleira? Isso daí está saindo pela janela. E o que está entrando no lugar dessa beleza toda? A posse. A gente tem trabalhado cada vez mais, simplesmente pra ter cada vez mais. E quando conhecemos alguém que nos imprime novas realidades, a gente quer possuir aquela pessoa também, porque esquecemos como é apenas sentar e apreciar a realidade que aquele ser, que resolveu dar um tempo na sua caminhada, nos oferece.
E é tanta covardia tirar isso de alguém só pra dizer: “eu tenho!” que eu penso que isso só pode resultar no completo oposto ao amor.
Uma vez eu ganhei um creme de mãos de um amigo. Era de uma marca cara, eu guardei no meu armário. Eu nunca usava porque ele era caro, e eu só queria sentir o prazer de dizer pra alguém, que se hospedasse em minha casa: eu tenho o creme de mãos da marca tal, no armário do banheiro!
Até que um dia, ele perdeu validade. E eu não usei o creme de mãos. Eu não desfrutei dele pelo simples prazer de dizer “eu tenho”.
Não é o resultado de tudo que importa. Não é como tudo isso vai acabar um dia. É sobre o processo, esse sim é o corpo da carta, é o que traz perfume pros pensamentos.
É um olhar doce na mesa da cafeteria. É uma mensagem de boa viagem. É aquela música que tocou aquele dia e toca todos os dias na nossa memória. É o abraço, aquele abraço, sabe? Aquele que dá pra sentir o coração. As despedidas na estação que nunca deviam se concretizar. Os pensamentos cruzados, as palavras ditas ao mesmo tempo, a saudade, boa saudade. O vento sussurrando lá fora, enquanto aqui dentro faz-se tenro através de uma risada alegre.
Isso é raro, meu caro. Isso é tão raro, que acho que se houvessem subdivisões de pra onde todas as cartas de amor iriam, eu diria que há um buraco negro onde elas pairam, quando o ser distraído deixa de viver, para ter.
O outro lugar? São as gavetas da memória. Aonde é doce reabrir, tirar a poeira e revisitar e dizer: um dia, eu estava rindo tanto do pobre Alberto que nós dois tropeçamos sobre nossos pés.
Um dia, meu pai pegou o violão e foi pra cozinha. Minha mãe preparava o almoço. Era domingo e nós estávamos numa tagalerice só. Meu pai me disse: neguinha, presta atenção, que essa música é pra sua mãe!
Minha mãe, rio de canto de boca e disse pra ele “deixar de besteira”. Ele cantou: “Eu sei que vou te amar...”, num timbre doce de Vinícius de Moraes. Quando o amor existe, o processo é valioso. Meus pais deixaram de existir na forma física, mas eles pairam dentro de mim daquele momento até hoje. E mesmo que o resultado não seja satisfatório aos olhos humanos, meu querido leitor, se você já teve a chance de experimentar doces realidades como essas, você viveu uma linda história de amor. E elas nunca acabam. Até acho que se transformam, como a neblina, sublimando e levando seu ar úmido pra outro lugar.
0 notes
Text
LIVRO LEGAL ²
3- Sei lá.
Ele foi gentil. Disse coisas sobre a gente e que deveríamos nos conhecer. Foi ai que eu pensei que se isso acontecesse talvez eu me apaixonasse por ele. Hoje é dia quinze e fizemos a aposta no dia treze de novembro, então faltam quinze dias. É pouco, então vai ser fácil. Isso é o que a minha mente acha. Hoje eu acordei com um sentimento estranho e me lembrava da primeira vez que eu andei numa roda gigante, eu sentia um frio na barriga e o que eu sentia era um misto de medo e muita alegria por ver a cidade de longe e tão iluminada. Foi essa sensação que senti hoje. Segui com minha rotina. Estava tudo bem até que eu o vi, com aquele jeito arrogante e com aquela voz que me fazia pensar em mil coisas, talvez ele não fosse o meu tipo para minha mente, mas meu coração ignorava tudo, muito irônico. Ele olha para mim e o que sinto é um misto de medo e alegria, estranho sentir isso por alguém, nunca sei como agir e logo eu que julguei tanto por ele ser chefe, acho que eu estava com medo de mim, inclusive, estou com medo agora, não sei o que eu sou capaz de fazer.
_ Deveríamos sair e tomar uma cerveja. _ Ele sussurrou no meu ouvido.
Eu me assustei e me afastei, ele chegou do nada. Mas eu gostei da abordagem, porém me fiz de idiota.
_ Eu não tomo cerveja, depende. Então não sou a melhor pessoa para fazer companhia. _ Eu disse de um jeito serio e um pouco debochado, deixando ele sem graça.
_ Não, que isso. Sei que está me evitando. _ Ele disse isso se afastando de mim e indo para o escritório dele.
Pensei um pouco e fui atrás, entrando no escritório e fechando a porta.
_ Porque acha isso? Eu não tomo cerveja mesmo. _ soltei uma risada falsa.
Ele ficou surpreso por eu está no escritório dele e disse:
_ Você está sim, acha que não vai aguentar 15 dias.
_ Uau. _ Eu disse olhando ele de baixo pra cima, que homem maravilhoso. Completei minha fala: _ agora você é seguro? Não lembro muito bem disso naquele dia que me deixou falando sozinha e também no dia que fizemos essa aposta. Você quer provar para mim ou para você?
__ Não quero provar, quero só jogar. Mas sei la, te vi e te ach...
Cortei ele.
__ achou diferente por que eu não quis falar com você aquele dia no ponto de ônibus? Ah por favor, não vivemos em um filme.
_ tem razão, vivemos em outro lugar, mas isso não importa. Eu já tinha ouvido falar de você tem tempo, eu li seus Textos antes de você saber quem eu sou. _ falou olhando bem no fundo dos meus olhos me fazendo ficar constrangida.
__ Como assim, quem te mostrou?
__ ninguém, eu vi na internet, você posta no Tumblr.
Meu rosto começou a ficar vermelho e eu comecei a gaguejar.
__ Acho que isso não é uma boa ideia, você me acha diferente por que eu faço textos e posto no tumblr? Varias pessoas fazem isso.
__ Talvez, mas é também por que me desafiou.
Não pude disfarçar minha cara de bosta.
__ Oque? Agora não querer papo é desafiar?
__ Não, não digo nesse dia, no dia da aposta. Você também me desafiou ou você esqueceu?
__ tá, mas isso é impossível.
__ Por quê?
__ Você é muito ocupado para se apaixonar por alguém e também não é assim na base de pressão, tem que ser natural. Por isso que eu aceitei, eu não acredito que somos alma gêmea, isso é uma piada.
_ Não é bem assim. _ Ele deu uma pausa de uns cinco segundos e voltou a falar: _talvez não seja em doze dias mas e se for além? Não quer descobrir? _ olhou para mim e estendeu a mão direita na minha direção.
Eu olhei a mão dele e aquele rosto com um semblante esperançoso, parecia que ele estava envolvido e mesmo assim eu não quis. Pode ser mentira, é isso que ele quer que eu me apaixone em 15 dias.
_ Não. Quero ganhar minha promoção. _ comei a andar em direção a porta. __ tenho que trabalhar.
Sai da sala sem esperar uma resposta. Acho que não acabou o acordo mas abriu meus olhos, achei que era meu príncipe de algum livro romântico, mas era só o Cézar. Eu ganho essa aposta.
4 - Eu sei.
Dias cinzas são bons. Sempre me fazem pensar sempre em coisas que acontecem nos filmes. E eu como boa protagonista que sou me imagino em um. Mas de verdade, isso é muito a cara de um filme, fazer uma aposta com o chefe de quem vai se apaixonar primeiro é coisa de filme, eu só não falo que é mentira por que realmente está acontecendo. Eu acho que ele também se coloca num filme, porque não é possível surgir essa ideia do nada na cabeça dele, devia está inspirado depois que assistiu "Como perder um homem em dez dias". Hoje vou falar do meu dia como eu sempre faço, mas antes quero deixar claro que não sou eu que faço as regras (até porque não tem) eu quero ganhar e vou, sou competitiva. Minha amiga disse para eu fazer diferente do que estou fazendo, ela me mandou entrar na dele. Sinceramente tenho um pouco de receio, ele é muito bom para ser verdade. Eu estava inspirada hoje, acordei feliz e crente que eu não ia ver o Cézar hoje, coloquei uma música no Spotify do Red Hot. Fui tomar banho, dançando e cantando as musicas no chuveiro. Meu humor era mais que bom hoje de manhã e isso é muito raro. Quando terminei, eu me arrumei. Minha roupa era a de sempre, calça com desfiados e blusa de lã, só que dessa vez a blusa que eu vesti era rosa. Peguei ônibus sem reclamar e quando eu cheguei no trabalho a primeira pessoa que eu vejo é quem? Ele mesmo, Cézar. Meu humor de menina alegre passou para menina super debochada e chata. Nem eu entendi.
_ Bom dia.
_Oque que tem de bom? _ Eu disse com tom de ironia e ele riu em seguida disse:
_ Nossa, parece que tem alguém brava hoje, mas não fica assim não. Se quiser almoçar comigo você vai melhorar na hora, deve ser fome. _ Ele disse e riu olhando para o meu rosto e eu só queria desmaiar de vergonha.
_ sim... _ falei sem pensar e corrigi logo depois. _ Quero dizer, não. Eu tenho muito trabalho para fazer então com licença. _ Sai andando e segui em direção a minha mesa.
Foi ai que vi a Diana que é uma amiga muito boa do trabalho, sempre me ajuda quando preciso então eu contei tudo para ela. Ela não parava de perguntar o que eu tanto conversava com ele, então eu abri o jogo. Ela na hora ficou rindo horrores e me chamou de sem noção, coisa que realmente sou.
_ Não acredito. _ ainda rindo ela disse isso e passando a mão nos olhos para limpar as lágrimas.
_ A não, você ta chorando de rir? Deve ser péssimo mesmo.
_ Calma, que isso nem é ruim, você já viu quem é o Cézar?
_ E?
_ Ele é gato, dono de várias empresas...
_ Nem termina. _ Eu interrompi Diana e disse:
_ Ele pode ter tudo, mas ele continua sendo inseguro, um cara que acha que todo mundo e tudo está ao redor dele.
_ Joana...
__ Calma que eu estou falando. Eu acho que ele está se aproveitando, no mínimo deve ser um vampiro querendo sugar o máximo de amor próprio das pessoas.
__ Jo...
__ Mas se ele acha que vai conseguir sugar o meu amor próprio ele está enganado.
__ Minha amiga, para de falar, serio. Olha para trás.
Eu fiquei paralisada, olhei para ela fiz leitura labial: "ele está atrás de mim né?”.
Ele acenou a cabeça que sim e eu me virei plena.
_ Oi. _ Com a cara mais cínica e vermelha possível.
_ Você vai almoçar comigo hoje. Se não eu vou sugar seu amor próprio. _ Ele disse num tom de ironia igual o meu e saiu. Acho que tem alguém aprendendo alguma coisa nisso tudo.
Eu fiquei meia hora sem falar nada, só passando a vergonha que eu paguei na minha cabeça por trinta minutos. Fiquei esperando dá a hora do bendito almoço era onze e quarenta e cinco já. Quando deu uma da tarde, ele parou na minha mesa e falou:
_ Você gosta de japonês?
_ Não muito.
_ Então vai aprender a gostar. Bora.
Fomos e chegando lá eu achei bem agradável o ambiente, bonito. A comida japonesa é muito bonita, porém venhamos e convenhamos que não é muito gostoso e nem o meu prato preferido.
_ Nossa que cara é essa?
_ Não gosto de comida japonesa.
_ Mas você disse que não gostava muito.
_ Pois é. Agora não gosto.
_ Ah, para de bobeira, prova esse. _ Ficou com uma carinha tão fofa que eu nem consegui falar não.
_ Até que é mais ou menos.
_ Você gostou, devia ver sua cara.
_ Não é que estou com fome ai parece que é bom, porém não é.
_ Porque você tem se fazer de tão difícil assim, por que não tentamos ser amigos?
_ Não sei se confio em você pra ser meu amigo.
_Porque temos uma aposta?
_ exatamente, quem te garante que você não vai ser aproveitar da amizade, eu nem te conheço direito.
_ Verdade, não me conhece. Então eu vou te falar de mim. _ disse com convicção que nem quis interromper. _ Eu sou Cézar, morei aqui no Brasil até meus doze anos lá no Espírito Santo e depois eu fui para a Inglaterra com os meus pais e moramos até os meus dezessete anos.
_Que legal, já fui ao Espirito Santo algumas vezes. Eu ia com a minha família, já que temos parentes por lá. As praias têm ondas bem legais. Já a Inglaterra eu só vi em filmes. _ Olhei pra ele e soltei um sorriso.
_Sério? Que mundo pequeno, tenho saudades de muita coisa de lá. _Olhou pra mim retribuindo o sorriso.
_Mas enfim, o que houve que você foi embora da Inglaterra?
_ Então, essa é parte triste. Quando minha m��e morreu num acidente de carro não tinha mais o que fazer lá foi ai que meu pai achou melhor voltar para o Brasil.
_ Meu Deus. _ Fiquei meio chateada, do nada o assunto ficou pesado. _ Esse acidente de carro foi como? Não precisa responder se quiser, é um assunto difícil. Eu não consigo nem imaginar.
_Então, relaxa. Foi um motorista bêbado, ele tentou fugir, foi preso e ficou na cadeia por quatro anos.
_Nossa que barra.
_ Mas quem me dera se a coisa ruim fosse só essa, eu comecei a estudar administração porque meu pai já tinha essa empresa, porém nunca peguei pra cuidar, administrar, enfim. Só que meu pai ficou doente quando eu estava com dezenove anos, eu tinha acabado de fazer minha festa de aniversario e morreu um ano depois. Ele tinha um cisto do pericárdio, já estava muito fraco e triste pela perda da minha mãe.
_ Mas gente, que tanto de coisa ruim que acontece com você. Não é justo, mas infelizmente temos que seguir em frente.
_ É, mas tem uma coisa boa nisso tudo, conheci você. _Deu um sorriso e pegou na minha mão.
_ Entendi. _ Tirei minha mão da dele e dando uma engrossada na voz, o cara não consegue ficar sem me cantar até no momento desses. _Então? _Tentei prosseguir a conversa.
_ Então ele me disse que eu já estava bom para cuidar dos negócios dele, foi ai que ele me deixou a empresa. Dai decidi expandir para fora, primeiro para o crescimento dos negócios dele e segundo para tentar esquecer das duas perdas que tive quase de uma vez...
_ Nossa que triste.
_ Sim, muito. Meu pai foi um bom pai, minha mãe também. Perdi os dois muito novo. Eles eram novos. Mas ir junto com eles eu não ia. Por isso eu toquei o barco. Fui para os Estados Unidos ser diretor de uma empresa que herdei do meu pai, eu administro há sete anos. Abri outras no Brasil e ai decidi voltar, só que dessa vez para morar em São Paulo.
_ Entendi então por que você nunca apareceu.
_ É eu achei legal te encontrar por que você me fez lembrar o Brasil.
_ Talvez deva ser por que eu sou brasileira e moro no Brasil. _ ironia de novo.
_ haha, engraçada. _ Riu meio sem graça. _Eu amo o Brasil, acho que tem uma beleza extraordinária, tudo bem a política é uma coisa bem triste de se falar, revoltante. Mas tirando isso, tem suas qualidades.
_ É você tem razão, mas se você votou no “você sabe quem” eu cancelo tudo e vou embora.
_ Não, não me ofenda assim. _ soltou uma risada, linda risada. _ Me fala de você.
_ Não tem muito que saber. Sou Joana Duarte, vinte e três anos e eu nunca viajei para fora do país. Meu inglês é fluente e não gosto de comida gordurosa.
_ Ai, já é coisa boa. Você se abrir falando que não gosta de comida gordurosa é bem legal mesmo.
_ Você ta aprendendo direitinho comigo.
_ É? Porque acha isso?
_ Essa ironia ai não é sua, é minha. _ rimos e olhei para o relógio e já eram três da tarde eu tinha que voltar para o trabalho urgente.
_ Nossa conversamos por horas, eu preciso ir trabalhar.
_ Calma, eu te levo.
_ Óbvio que vai você me trouxe. _ soltei e ri.
Ele me deixou na porta do trabalho e foi resolver alguma coisa, eu trabalhei até seis da tarde por cheguei atrasada da hora do almoço. Ele me paga. Fui embora e no ônibus eu ainda estava no pique de ouvir Red Hot, cheguei em casa e liguei para a Diana. Ela me deu dicas como "para de ser difícil, ele tem que pensar que você ta apaixonada, que ta caindo na lábia, mas na verdade é que você que ta achando engraçado e ta fazendo hora com a cara dele." Pensei bastante sobre isso. Acho que pode dar certo, mas e se eu realmente acabar me apaixonando? Ele é órfão. Isso é triste. Não vou me deixar levar por isso, certeza que é joguinho, talvez ele até tenha pais vivos e ta fazendo o órfão fofo para eu ficar com dó. Bora focar. Acho que essa lógica que estou seguindo é ruim, grosseria não vai ajudar nesse caso. Ele tem que gostar de mim, é isso. Vou ser uma fada com ele. Eu não vou me apaixonar, ele é só o Cézar, eu sei.
0 notes
Text
Minha nova vida - A coordenadora Fernanda
A mulher apertar o botão e passo à escutar, ela começa se apresentando:
- meu nome é Fernanda vou ser a coordenadora do Sr. Nikolai no seu processo. Vamos dar início. Por favor tire todas suas roupas!
- Nãooo !!! Oque está acontecendo? - questiono enfurecido.
- É simples meu anjo. Somos uma empresa no mercado negro de tráfico humano que temos um leilão especial a cada 4 anos. Há um grupo de clientes muito grande que tem o desejo de transformar homens em perfeitas mulheres para servi-los! Por isso selecionamos ao redor do mundo homens que tem o corpo perfeito para essa transformação, e você é um deles!
- Não vão me transformar em mulher! Sou homem e gosto de quem eu sou!!!
- Oh querido você pensa isso agora mas o trabalho é muito bem feito! E você tem a sorte de já gostar de homens, muitos dos outros meninos terão que passar a gostar de homens assim que forem mulheres. Eu sou um exemplo!
Nesse momento com medo do que está acontecendo olho para ela com mais atenção tentando entender porque ela é um exemplo? Ela passou por isso também? Seria possível? Ela é extremamente feminina! Branca dos cabelos ruivos comprido, uma cintura extremamente fina que se destacava no seu vestido, com seios médio e um cara de Barbie, delicada e fina. Questiono como ela é um exemplo:
- como assim um exemplo?
- Rsrsrs incrível né? O trabalho é impecável, eu era como você, um menino de 20 anos magro, a única diferença que eu era extremamente mulherengo rsrsrs. Foi em 2003, 12 anos atrás, fui a primeira leva, a primeira tentativa desse leilão especial e como pode ver foi um sucesso e na época não tínhamos a tecnologia que temos hoje!
Percebo que Nikolai está ai sentado, calmo mostrando interesse na história, nesse momento posso enxerga-lo melhor em vez do palco que era longe e escuro. Ele é um homem grande, músculo com uma barba cheia e bem feita seu corpo aparentemente é bem peludo, confesso que ele era o tipo de homem que me dava muito tesao que se não fosse aquela situação eu estaria interessado nele. Pergunto para Fernanda como ela aceitou isso:
- eu n aceitei no começo ninguém aceita! Eles começaram com minha transformação física e em pouco tempo aquele menino tinha ido embora, como eu gostava de meninas comecei a sentir atração por mim mesma, eu não me reconhecia era como gozar vendo uma bela mulher como eu fazia, porém essa mulher era eu! Depois que meu corpo está quase finalizado começaram a transformação sexual, eu passava 24hs vendo hipnose pra me senti atraído por homens e todo dia eu era masturbarda pelo anus aos poucos fui viciando em ser passiva é sentir tesao em homens, mais eu ainda tinha vestígios masculinos e acabava caindo na tensão de usá-lo, meu pequeno penis! Foi então que fizeram a etapa final que foi darem fim a ele e me dar a buceta que mereço! Foi o dia mais feliz da minha vida não tinha mais tentações masculina e me tornei a mulher perfeita que sou hoje.
- Como assim buceta ? Todo mundo passa por isso?!!!
- É lógico querido, já viu mulher de pau ? Mas não se preocupe todos quando chegam nessa etapa do processo de transformação que é tão bem feito que elas mesmo pedem ansiosas pela cirurgia.
Não estava acreditando! Como aquilo podia ser real? Fernanda logo pergunta:
- mas chegar de papo e vamos começar! Sr.Nikolai como dono qual será o nome que vc dará a sua nova boneca?
- Deixe ele decidir - ele tem uma voz grossa mais suave como de um narrador.
- Então garota qual vai ser seu novo nome?
Fico sem responder, não quero me entregar aquela situação. Fernanda logo intervém:
- Querida se eu fosse você escolheria, você terá novos documentos o menino que vc é hoje morreu! É raro os compradores deixarem suas garotas escolher seus próprios nomes! Escolha que sera para sempre!
- Masss eu gosto do meu nome!
- Então oque acha de Daniella? O feminino do seu passado. Meu dono escolheu o meu assim, antes esse corpo era de um Fernando e agora de uma Fernanda rsrsrs.
- Pode ser! - respondo como se não fizesse questão por não acreditar que isso tudo estava realmente acontecendo -
- Ótimo!! Tudo bem pra você Sr. Nikolai?
- Sim! Como ele desejar.
- Humm! Daniella você é uma pessoa de sorte um dono bonito como esse e respeitoso! Fiquei com inveja rsrsrs
Nikolai dar uma risada de leve, como aquele homem era emblemático, era calma e parecia não pertence aquele lugar. Fernanda manda eu tirar minhas roupas, nesse momento entra dois guardas grande e armados, Fernanda manda eu entregar as roupas para eles e com isso as roupas significaria o corpo morto do Daniel e que se eu me recusasse os guardas estavam autorizados a usar a força necessária para isso. Começo a tirar as minhas roupas e fico pelado na frente de todos! Extremamente envergonhado e entrego as roupas para eles. Foi como Fernanda disse, nesse momento sentir que estava entregando o meu passado e que aquela situação se mostrava mais real para o meu terror!
Fernanda fala que tem diversas roupas novas mo guarda-roupas no quarto, para eu ir colocá-las, vou pro guarda-roupa já sabendo os tipos de roupas que eu encontraria, quando abro o guarda-roupa Fernanda intervêm perguntando pro Nikolai oque ele escolheria para eu vestir. Nikolai responde “ele decide, me surpreenda” Fernanda dar uma risada e diz novamente como fui sortudo por ele ser meu dono. Com medo dos guardas que permaneciam no quarto eu decido escolher um conjunto de roupas o mais discreto possível, uma calcinha fio dental preta (todas eram fio dental mas essa era a mais grossa), uma calça legue preta um sutiã preto e uma blusa cinza parecida com as masculinas porem com as alças finas. Quando vou colocar a calcinha Fernanda logo interfere:
- não pode deixar o penis normal como de homem! Já viu mulher com volume? Colocar o penis pra trás e empurrar as bolas pra dentro em direção da barriga. E por sinal que penis! Uma pena não ter nascido homem o suficiente para honrar esse penis!
Realmente meu penis era grande 20 centímetros duro e 16 mole, fiz oque Fernanda mandou e então coloquei a calcinha, foi meu primeiro choque porque ficou com muito pouco volume era incrível pensar que ali tinha uma penis escondido! Fernanda logo diz que deixei um volume mas que é normal aos poucos vou me acostumando a fazer melhor e logo não teria que me preocupar em escondê-lo pois logo ele não estaria mais ali. Sinto um incomodo mas algo controlável e logo começo a pensar em como sairia dali pos logo não teria mais volta, visto a calça legue e coloco o sutiã que tinha preenchimento, acho engraçado pois por mais que ele desse o volume de peitos quando eu olhava para baixo podia ver que não tinha nenhum seios e logo coloco a blusa. Fernanda perguntar oque Nikolai achou e ele responde que achou simples e bonito. Logo Fernanda fiz que essa foi a apresentação e no dia seguinte os procedimentos começariam com tudo, antes de ir embora ela manda eu abaixar a calça, eu obedeço e entra na sala um homem vestido de medico com uma injeção e alguns comprimidos, questiono oque é aquilo por mas que já desconfiava da resposta, então Fernanda me responde:
- Seus hormônios querida! Quanto mais cedo melhor!
- Oque??!! Naoo vou tomar!
- RAPAZES!!! - nesse grito os guardas a pontam suas armas para mim -
- VAI!! Atirar!!! Oque tenho a perder hein?!
- Vou poder sair?
- Sim! Assim que o processo terminar e se você comprar sua liberdade do seu dono! Nossa empresa funciona á anos e temos contato direto com a maioria dos governos é impossível nos achar. Muitas garotas compraram suas liberdade ou seus donos cansaram delas e lhe deram suas liberdade e hoje elas vivem normalmente entre sociedade. Sou umas delas que trabalho aqui por escolha pelo grande dinheiro que ganho, então qual sua decisão?
- Tudo bem.
- Tudo bem oque ?!
- Pode dar os hormônios!
- Escutou doutor dar os hormônios da moça!
O médico me dar a injeção de hormônios e alguns comprimidos, eu choro nessa hora e Fernanda logo diz que é só uma picada! Mas o choro não é de dor e sim de pânico porque agora estava mais perto de me tornar uma pessoa que não sou e quanto mais tempo eu ficava ali mais irreversível seria! Fernanda e Nikolai saem da sala apagando a luz fazendo o vidro se tornar um espelho novamente, nesse momento me vejo, me sinto humilhado e por mais que fosse magro eu parecia um homem vestido de mulher para uma festa de carnaval. Por um lado fico feliz de me reconhecer naquelas roupas, por outro lado fico em pânico de continuar ai e a imagem daquele homem que sou desaparecer! Os guardas e o médico saem do quarto e me deixam ali sozinho trancado.
0 notes
Text
Room
Hoje eu entrei no meu quarto, e vi muito de você lá. Por cada canto, cada aresta, cada vértice, cada fase, em cada traço daquele cubículo bagunçado. Geralmente o meu quarto é uma junção de tudo que eu sou. Nele tem meus moletons pretos e o meu vans no fim da vida, tem meus mapas mentais coloridos da faculdade, meu calendário rabiscado, os meus discos das minhas bandas favoritas, e também daquelas que você me mostrou, você sempre teve bom gosto pra músicas.
Eu entrei, dessa vez sem pressa de pegar uma blusa correndo no guarda roupas, derrubar tudo no chão e sair correndo pra algum compromisso que eu já esteja muito atrasada. Eu encostei na porta, ao lado do guarda roupas, nem acendi a luz, porque o sol raro de agosto invadia o quarto. Geralmente eu sinto o cheiro dos meus perfumes misturados no quarto todo, mas hoje eu senti o seu, talvez porque a sua blusa vermelha estava pendurada na porta do guarda roupas. Em meio a minha parede de mapas mentais colados com durex, entre a revolução francesa e os pensamentos de Aristóteles, (e até a conta de luz atrasada do mês passado), aquele desenho de algum anime que eu não faço ideia de qual seja que você me deu, ao lado do desenho tem uns rabiscos feitos rapidamente de uma caricatura que não tem nada a ver com você, dizendo que este foi feito pra mim.
Eu passei a mão sobre a escrivaninha e sentei na cadeira com a minha almofada de donuts. Apesar de toda a correria da nossa semana, entre faculdade, trabalho e 23 km de distância, todos os sábados do meu calendário tinham o seu nome.
Em cima da escrivaninha, alguns marcadores em tons pastéis que eu sou fascinada, um coração com a bandeira LGBTQ+ e algumas pinturas de Van Gogh coladas na parede, minha garrafa gigante de água, e ao lado do meu computador rosa as minhas rosas brancas, aquelas que você me deu em um dia tão frio alguns meses atrás, estávamos desanimados com muita coisa e eu jurava que naquela conversa você terminaria comigo por sempre agir do jeito contrário em tudo, mas você pegou em minha mão, e jurou me conquistar novamente todos os dias, me disse que dias ruins sempre virão e que iríamos sobreviver a todos eles, e me entregou as rosas brancas, essas eram de plástico porque as últimas flores você acabou esquecendo de cuidar e matou elas antes de me entregar.
Acima da escrivaninha, tem a estante de livros, não têm muitos porque eu sou uma apreciadora moderada de contos (ou porque eu simplesmente esqueço de terminar todos eles) mas tem alguns muito bons, atualmente estou folheando as páginas de 1984 de George Orwell, para uma prova da faculdade na semana que vem, tem alguns da Bruna Vieira e John Green. Aquele que eu te obriguei a ler muito rápido só pra me emprestar ainda está aqui, você acabou me dando mas eu ainda quero a minha dedicatória pelo livro que eu basicamente tomei de você, ta ?.
A minha penteadeira fica em uma das partes do guarda roupas, meus pincéis estão meio jogados, mas é sempre a mesma coisa, preencher a sobrancelha, blush pra parecer que eu tomo sol, e um delineador de vez em quando, mesmo que você ainda diga que prefere me ver de cara limpa, e que sou linda sendo só eu. Aquele perfume que você adora está aqui também, ao lado de mais dois frascos vazios do mesmo. Eu nunca fui de gostar muito de batom mas, aquele batom roxo que eu usei no Halloween e que você passou a noite toda olhando pra minha boca também está aqui, você estava assustadoramente bonito naquela noite, com aquela maquiagem branca e sentado na mesa de DJ. Apesar de você ter bom gosto pra músicas, você me provou aquele dia que não conhece nenhum dos hits bregas de festa de adolescentes.
A minha cama ainda está uma bagunça por causa da noite passada. Meu vestido preto está jogado no chão e o meu sutiã de renda em cima da cabeceira. Os lençóis estão revirados com o teu cheiro, e eu acho que o meu salto está na sala. Vi que meu número ainda está na tua agenda porque eu posso ver os seus status do Whatsapp, então quando quiser me manda uma mensagem pra vir aqui buscar o seu blazer, você deixou aqui em algum lugar. Suas marcas estão por todo o meu corpo e quando elas sumirem você pode vir refazê-las. Já tem tanto de você por aqui, que eu não me importaria se você quisesse ficar por aqui mesmo, eu posso me acostumar a tomar café e acordar todos os dias com você mexendo no meu cabelo e me olhando como se eu fosse a mulher mais bonita do mundo.
0 notes
Text
Capítulo 4.
Antes de sair, Samantha me conta que foi demitida depois de anos trabalhando ali. Questiono o motivo, mas como percebo que isso a deixa mal, mudo de assunto e digo que vai ficar tudo bem. Ela tem o próprio negócio, então as coisas não estão indo tão ruins. Sem fazer mais perguntas, nós nos despedimos e eu volto para meu apartamento.
Agradeço em pensamentos por já estar em casa. Começou a trovejar assim que pisei no prédio. Tiro minhas roupas novas da sacola e as guardo em meu armário. O dia foi tranquilo, exceto pelo acontecimento com aquela mulher. Eu sei que já passou, porém sinto que nada do que aconteceu foi culpa dela. Tomo um banho quente e passo o resto do sábado assistindo séries antigas.
**
"Bom dia! " a secretária me cumprimenta quando entro no consultório na terça de manhã.
"Bom dia. "
"Como foi seu final de semana? "
"Foi bom, e o seu?"
"Que bom, o meu também" Sarah sorri. Ela tem apenas 19 anos e é o seu primeiro emprego. Não tive dúvidas em contratá-la, pois é muito competente e esforçada. Após o trabalho, ela vai direto para a universidade. Está cursando jornalismo.
" Alguma novidade? " pergunto enchendo a minha garrafa no bebedouro.
" Oh sim! Parece que terá um evento beneficente do Hospital St. Mary, daqui a uns 4 meses. "
"Que ótimo, eu irei adorar comparecer" sorrio e entro em minha sala. Ligo o meu notebook e analiso os pacientes que terei para hoje. Franzo o cenho ao ver que um deles está sem nome. Ouço uma batida na porta e me levanto para abrir. Vejo meu melhor amigo segurando dois copos de cappuccino e sorrio instantaneamente.
"Zac! Que surpresa maravilhosa! " faz alguns dias que eu não o vejo devido ao fato de ambos estarem sempre muito ocupados. Ele deixa um dos copos em cima da mesa e mais dois brownies.
"Você realmente sabe ler minha mente. " comento abraçando-o fortemente.
"Senti sua falta, então vim aqui ver você antes de ir para o trabalho. "
"Também senti sua falta. "
Zachery Smith foi um dos primeiros amigos que fiz assim que mudei para Londres. Formou-se na universidade de Oxford e se tornou pediatra devido ao seu amor por crianças.Ele contém cabelos negros,como os meus,bem alto e olhos castanhos.Logo na primeira conversa,senti que nos tornaríamos muito próximos,hoje em dia é muito raro encontrar homens que sejam tão educados e respeitadores como ele.
"Podemos almoçar juntos hoje? Preciso conversar contigo. " ele sugere de repente.
"Claro, mas tenho um paciente agora. Depois vejo você. "
Ele assente com a cabeça e deposita um beijo em minha bochecha, saindo logo em seguida.
"Srta. Jones, o seu paciente chegou. " Sarah bate na porta e avisa alguns minutos depois.
"Pode deixá-lo entrar. Qual o nome dele,por favor? "
"Heron Scott. " ela diz e sai da minha sala.
Encaro a porta à minha frente e respiro fundo.Não posso deixar de ficar ansiosa para saber quem é o meu novo paciente. É inevitável não permanecer neste estado já que é uma nova pessoa,uma nova história.
Uns dois minutos depois,um homem de pele pálida, cabelos longos enrolados e bem alto adentra minha sala.Ele dá passos lentos e até mesmo cuidadosos até mim.
"Pode se sentar. " sorrio de maneira simpática. O homem não sorri de volta, apenas faz o que mando e permanece olhando para baixo.Eu o analiso por algum tempo.
" Você é Heron Scott,certo? " novamente sorrio,entretanto o homem nem sequer responde,só passa a mão esquerda em volta da barba.
"Tudo bem não falar no primeiro dia...isso é normal. " digo num tom agradável.Sempre faço o possível para deixar todos que vem até aqui confortáveis e é claro,espero que se sintam prontos o suficiente para se abrirem.
Heron,então,parece finalmente notar que estou falando com ele e me encara fixamente.Fico um tanto surpresa por achar que o conheço de algum lugar.E devo admitir que é um homem muito bonito,porém contém olheiras profundas e olhos sem brilhos.Tenho a impressão de que também não come a dias.En
"Pode conversar comigo, senhor Scott. "
Ele continua me encarando e quando penso que ele não reagirá ou fará algo do tipo,ele dá um risinho com um certo...sarcasmo,talvez? Fico confusa por não ter ideia do que está acontecendo neste momento.Heron fica sério novamente e percebo que ele está olhando para uma foto em cima de minha mesa.Estico o pescoço levemente.
"Esta é Sue,minha afilhada.Esta foto foi tirada quando estávamos na Disneylândia. – digo dando um sorrisinho. " Sou completamente apaixonada por crianças.Você tem filhos?
"Eu amo crianças. Você tem filhos?"
A expressão do homem muda novamente, dando lugar à raiva.
"Está tudo b... " antes que possa terminar a frase,Heron Scott se levanta bruscamente e sai de meu consultório,deixando-me completamente atônita.
*************
Como o combinado,Zac me busca para almoçar às 14h.Vamos ao meu restaurante preferido que fica bem perto do hospital onde ele trabalha.Pedimos a comida e esperam pacientemente.Mantenho uma expressão calma,apesar de estar pensando em mil coisas ao mesmo tempo.Como aquele homem poderia ter sido tão... rude daquela maneira? O que eu fiz além de tentar ajudá-lo?Fui super agradável a todo tempo,e ele foi um arrogante.Não posso evitar de ficar cada vez mais intrigada para saber mais sobre Heron Scott,todavia estou mais do que certa de que ele não voltará para meu consultório.Apenas não entendo o motivo dele ter ido lá.
"O que você está pensando? " Zachery pergunta curioso.
"Em meu paciente... acredita que ele nem mesmo falou comigo?"
"Talvez seja só uma questão de tempo, Ally. Você não sabe pelo o que ele passou. " e não talvez nunca saberei.
"Pensando assim, é verdade. Mas me fala sobre você... como andam as coisas? " pergunto.Sinto muita falta de conversar com ele.É um dos caras mais inteligentes,cultos e com opiniões fortes que já conheci.Infelizmente,nas últimas semanas ambos estavam atarefados com seus compromissos.
"Bom, para falar a verdade... tem algo que eu quero lhe falar há muito tempo. " Eu o analiso.Ele olha para baixo,e de repente solta uma risadinha tímida.É a primeira vez que o vejo daquela maneira.Já o vi trabalhando ou nas reuniões,sempre muito sério e seguro de sim.Isso aqui sim é uma cena inédita.
"Pode me contar qualquer coisa. " Zachery, então , para minha surpresa, segura a minha mão direita e sorri calorosamente.
"Estou apaixonado por você,Ally. " sim, desse jeito. Zac nem ao menos hesita ao admitir isso.Não sei como isso é possível,mas engasgo com o ar.
"E-eu realmente não sei o que lhe dizer. " Jamais poderia imaginar que ele sentia algo por mim. Que eu saiba, ele namorava com uma mulher da Irlanda.
"O que aconteceu com Jenna? " pergunto com medo da resposta.
"Não deu certo, para falar a verdade nunca deu certo. Ela tinha planos completamente diferentes do meu, além de termos personalidades diferentes... mas você não, Allison. Sinto que posso ter um futuro ao teu lado, entende? "
Olho para ele e vejo o quanto está sendo sincero.Sei o homem maravilhoso que é, é o cara que todas as mulheres desejam em suas vidas.Gentil, romântico, inteligente, entre várias outras. Todavia, nunca pensei na possibilidade de ter algo a mais com Zac,talvez pelo fato de estar totalmente cega por Gregg.... ainda.
Ao notar meu nervosismo,ele sorri fracamente e beija minha mão.
"Sei que você não estava esperando por isso, me perdoe.Mas realmente precisava dizer o que sentia, caso contrário iria explodir. "
"Eu entendo,só que realmente não sei o q... "
"Fique tranquila quanto a isso,não quero que nossa amizade se torne diferente por conta disso,está bem? " suspiro aliviada.
"É tão bom ouvir você dizer isso. " sorrimos um para o outro.
" Vamos dar tempo ao tempo. "
0 notes
Text
Dezembro, 12
O fim do ano está aí e eu estou terminando 2018 do mesmo jeito que comecei: gorda, zero sociabilidade e zero namorados. Eu deveria tentar salvar meu ano só que eu prefiro deixar as coisas como estão e me dedicar somente ao ano que vem - afinal este já está perdido mesmo. Hoje foi o último dia no curso e eu estou bem triste. Tristeza esta que eu deveria ter sentido ao sair da escola. A vida é mesmo bizarra! Fiquei onze anos na escola e menos de um ano no curso e foi logo do curso que senti mais falta e gostei mais. Fora que tenho boas lembranças. Pfff vá entender. A única coisa que sei é que o DeP é terrivelmente lindo e hetero <3 - raro já que os caras bonitos gostam de caras também. Hoje em dia concorrência ficou maior e eu já não estava muito vitoriosa. Acho que vou começar a escrever alguma história. Não sou boa falando, mas sou boa escrevendo então vou passar meu tempo me dedicando a escrita. Honestamente eu adoraria escrever mais notas só que não há nada acontecendo. O último evento que fui foi na igreja e pra variar fiquei mais calada e entojada que tudo querendo ir embora e me amaldiçoado eternamente por tentar ser social. Quantas vezes tenho que passar por esse tipo de situação até enfim desistir de vez de tentar ser social? Espero que ano vem esse tipo de coisa não aconteça mais. O pior é que a Nicolly sempre me arrasta pra esse tipo de evento e fica brava quando eu digo que quero ir embora. Entendam uma coisa: quando há muitas pessoas em um lugar conversando e eu tenho que participar da roda, a última coisa que farei é conversar. Principalmente se eu só falo com duas pessoas nessa roda (sendo uma delas a minha irmã!) e se quando eu falo ou me interrompem ou me ignoram e tendem a me achar um tédio. As pessoas têm esse direito, óbvio, mas eu também tenho o direito de não querer estar lá. Será difícil entender isso Nicolly? Que droga! Sem dúvida alguma o curso é o melhor lugar pra onde eu vou. Lá eu falo normalmente com qualquer um e nem dá tempo de falar (ou fazer) besteira já que só fico lá por 1:30. Além disso fica no centro o que significa que a cada esquina existe uma lojinha onde TUDO custa R$ 1,00. É o verdadeiro paraíso e até tem um anjo que dá aula de inglês. Meu ano foi um tédio, mas pra balancear teve a realização do sonho de cursar inglês. E olha que o sonho foi realizado da maneira certa. Só espero que ano vem eu ainda fique lá e que eu não faça nenhuma besteira (fico com um mal pressentimento quando paro pra pensar na minha conduta em 2019). Amém!
PS: Não me responsabilizo por mim ano que vem!
0 notes
Text
Eu me arrumei, me senti incrível, me olhei no espelho com amor. Desejei-me. E isso andava sendo tão raro antes, a falta de consciência de mim, do que eu sou, do que eu posso, do que quero. Eu não me via e não me sentia capaz de ser notada, se quer eu desejava isso. Então eu fui de encontro ao meu final de semana, a tempos que eu não em relacionava com alguém. Refiro-me a manter um diálogo sensato, a abrir meu coração, sorrir com o olhar e a sentir que o prazer não é apenas carnal. É engraçado quando duas almas se encontram e se dão bem, compartilham suas ideias e se deleitam em verbalizar seus pensamentos. Um encontro de almas faz o corpo vibrar. Mas o maior encontro é a consciência de si. É absurdo e machuca, é doloroso ver-se em sua totalidade com seus defeitos e qualidades. Aceitar-se é prazeroso e dolorido. Aconteceu que eu encontrei alguém que eu gostaria de manter no meu dia a dia, de uma forma íntima. Gostaria de mantê-lo na minha mente e na minha cama. Sim, gostaria. Durante a festa do final de semana tivemos uma conversa sobre nós, eu verbalizei que gostava dele, ele me afirmou que gostava da minha companhia e que estava comigo caso algo desse errado. Ele foi legal, de uma maneira que eu também tinha vontade de ser com ele. De uma maneira que me passava tanta confiança que eu senti medo e uma vontade de nunca esquecer aquele momento. Senti que tínhamos dado um passo a mais, não em direção a um relacionamento, mas em direção a nossa sinceridade. Voltei para a festa, ele também. Nós separados. Durante um tempo em êxtase com a nossa conversa, depois não mais. Depois eu cometi um erro. Comigo. Com o que eu acredito. Com o que eu sou. Eu feri a minha própria moral. E isso o feriu também. O afastou e eu continuei pensando o que seria de mim nos próximos dias já que ele não estaria mais ali, no meu cotidiano. E isso dói. Dói porque eu o conheço a poucos dias e não sei das reais intenções dele. Dói porque eu acredito que não saberei. Dói porque eu falhei comigo, porque agora eu sei a postura que eu gostaria de ter tido e fiz o contrário. Ser sincero consigo, dói. É bonito ver o quanto a gente cresce, o quanto a gente é capaz de avaliar nossos comportamentos conforme o tempo passa. O problema é aprender a se olhar com amor quando a gente erra. A entender os motivos que desengatilharam uma ação ruim. Todas as pessoas que passam em nossa vida fazem quem a gente é. Há alguns anos atrás um garoto me feria da mesma forma que eu feri a alma dele naquela festa. O garoto me feria e justificava-se dizendo ser inseguro, jurando que aquilo era apenas uma forma de assegurar-se bom o suficiente pra mim. Ele me deixou marcas na alma e eu não o culpo. Tudo o que eu faço diz respeito a mim, agora eu vejo, sinto e repenso. Antes não o fazia. Hoje em dia eu me daria uma segunda chance, antes não. Hoje em dia minha consciência desperta. Desperta a cada dia que passa, respeitando a velocidade de minha pessoal evolução, contínua e devastadora. Vivi num casulo durante anos. Hoje em dia espero alcançar um néctar diferente a cada perdão comigo. A voar até minhas asas sentirem-se encantadas pelo chão e decidirem rolar na areia. Hoje em dia o cansaço não me freia mais, a insegurança não me habita. E a culpa, serve apenas como um sinal pra eu descobrir o meu caminho. A culpa não me domina mais. Entretanto, se ele quisesse, poderia dominar-me dentro do meu quarto quantas vezes desejasse. Até seu corpo despejar-se ao lado do meu e escapar de seus lábios aquele sorriso satisfeito. Mais uma vez.
- LMP 17 Setembro de 2018 ás 16:06
0 notes
Photo
Em nenhum instante de nossas vidas achei que dizer “para sempre” seria superestimado e, de forma sincera, complemento: não foi do jeito que eu imaginava, mas os meus dias ainda serão compostos ao menos pela lembrança do seu toque, do seu olhar e do seu sorriso maravilhoso, principalmente aquele especial que era todinho relacionado ao que tínhamos, aos nossos momentos e à felicidade que sentíamos por ter uma na vida da outra.
Quando penso no que vivi ao seu lado, me sinto uma pessoa de muita sorte. Tenho em mim que a explosão de sentimentos bons que tomou conta do meu ser por consequência do que vivemos juntas é algo bastante raro e, que por ventura, eu pude experimentar. Por esse motivo, me sinto grata e escandalizo para o universo que está tudo muito bem, porque o gozo que me foi concedido me trouxe plenitude por toda uma vida.
Hoje acordei e percebi que mais uma vez tinha sonhado com você. São no mínimo 120 dias em que ocupas repetidamente as abstrações que tomam conta do meu sono. Às vezes parecem bem reais, contudo também existem as ocasiões compostas de devaneios e utopias, baseados na imensidão que senti contigo. O que não muda mesmo é a tua presença em todas as vezes que meu corpo adormece. Engraçado, não? Mesmo vivendo uma realidade dessemelhante à nossa e adentrando outras galáxias, essas que por vezes fazem com que eu passe parte do meu dia sem lembrar da saudade que sinto do nosso amor, o meu inconsciente traz você para mim. Um mundo quimérico, onde a gente ainda se encontra e coloca em prática a conexão infinita, que nos foi inerente.
Aquelas músicas ainda trazem a exorbitância das condições sublimes que a nossa soma trouxe para mim. Algumas ainda não tive coragem de ouvir, eu confesso. Difícil aceitar que o meu último romance não será o que mais me completou, ou pensar que quando bate aquela saudade eu não vou poder matar e, cara, quando penso em equalizar você em uma frequência que só a gente sabe, me recordo que não estás mais aqui e por isso essas e algumas das nossas músicas de nosso repertório ainda não foram tocadas. Além do mais, você também não ouviu os novos sons que rememoram a pureza do amor bonito que tive o prazer de sentir por você. Nesses ao menos não me afogo, porque tudo o que me dão é vontade de guardar em um lugar seguro os melhores momentos da minha vida que, sim, foram ao seu lado.
É, meu querido bem, o nosso para sempre em mim ainda existe. E enquanto o oxigênio necessário à vida introduzir-se ao meu ser, precisamente o carinho, o afeto e o amor que sinto por ti ainda estarão presentes aqui, pois negar a tua permanência em mim é negar também o que sou.
0 notes
Text
Esses dias li um texto dizendo que a principal diferença entre a paixão e o amor era que este era duradouro e aquele era momentâneo. Me peguei mais uma vez pensando em você e em como te chamava de "paixão": um jeito simples de tentar demonstrar o que você era pra mim e você, como boa conhecedora de meu caráter, reconhecia o meu esforço em tentar demonstrar meus sentimentos. Coloquei a nossa música no volume mais alto e tentei colocar em prosa tudo sobre nós, ja que ela sempre foi a minha acolhedora nos momentos em que não soube me expressar verbalmente. Como sempre, não consegui escrever uma palavra, um lexico bonito ou raro, uma simbologia ou palavra usa no seculo XIX que só quem lê Camões sabe o significado. Acho que me acostumei tanto a te guardar, a esconder o que tínhamos, tudo ficou tão enjaulado dentro de mim que eu quero soltar o sentimento e não encontro a chave da cela, como teia se juntou tanto que ouso a dizer que se fundiu com o que sou. Viramos tantos nós que não consegui desatar nenhum deles até hoje. A escrita foi minha fuga, tentei colocar em palavras o que fomos ou deixamos de ser, mas como sempre com você tudo foi diferente. Desde o começo até hoje. Eu que nunca tive ciúmes, eu que nunca me entreguei a ninguém, eu que nunca senti nada, nunca fui de comprar presenter e me importar se realmente ia dar certo, dessa vez eu tentei. Tentei me moldar ao seu "esteriótipo" e me entreguei de uma forma nunca vista antes, até os mais próximos de mim estranharam. Permiti que você visse uma parte de mim nunca revelada a ninguém, corri riscos e abri mão de meus princípios só pra tentar dar certo, eu achei que ia dar . Comecei a ouvir músicas que não ouvia, falar gírias que não usava, me reservar mais pra não causar ciúmes, preocupar pra onde meus desejos levariam meus olhares e olhava pra onde os seus se encontravam também. Me acostumei a ter você. Você faz parte de mim, da minha rotina e do meu cotidiano, as musicas da anavitoria que escuto pra lembrar quando você me dedicou, casais que encontro, lugares que frequento, frases que leio e me identifico, musicas que eu canto, sardinha que as pessoas têm no rosto e até mesmo os pontos do terreiro me lembram você. Você é o meu primeiro e último pensamento do dia. Como sempre ainda não consigo falar sobre como me sinto, a descrição do fogo que incendeia meu corpo quando te vejo e o aperto que sinto ao perceber que sou impotente perante a nossa relação. Você foi embora e levou uma parte de mim que sempre teve: meu coração. Apesar de te chamar de paixão, cheguei a conclusão de que você é o amor, pois paixão passa e o que eu sinto por você só aumenta.
05/12/2017
eu que nunca consegui guardar nada, te guardo pra mim
0 notes