Tumgik
#desgostoso
ama-dores · 1 year
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é muito fácil gostar de mim
quando estou bem
no auge dos meus melhores dias
quando estou na minha melhor versão
mas e nos dias desgostosos e deprimidos?
e os meus medos e inseguranças?
você amaria eles?
iria conseguir viver ao meu lado
mesmo sabendo que sou imperfeita?
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 15
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Sou egoísta, eu sei. Mas não quero mais ver você com ele. Sou egoísta, eu sei. Eu te disse, mas sei que você nunca escuta. Espero que você possa entender o estado em que fico, enquanto ele está tocando sua pele. Ele está exatamente onde eu deveria estar, você está me fazendo sangrar.
Pov Matías que vocês tanto aguardaram.
Avisos: ciúmes, possessividade, linguagem imprópria, smut.
Palavras: 8,2 k
Os sonhos de Matías ainda eram assombrados pela fatídica cena do dia em que tudo deu errado, e ele te perdeu. E o pior de tudo, por um erro estupido pelo qual ele se arrepende de todo o coração amargamente. Ele se odeia pelo modo como tudo acabou entre os dois. O modo que você saiu pela porta aos prantos com Fran, assustada, agitada, e procurando conforto nos braços de um amigo. E o grande e terrível desapontamento estampado em seu olhar quando se tratava dele.
Assim que você some de vista indo embora, o que ele teme que seja a última vez que você fosse voltar ali, tudo começa a se dissolver na cabeça dele, até que tudo o que sobrem sejam borrões, e ruídos dos acontecimentos seguintes.
Os garotos o questionando a respeito do que havia acontecido, se vocês realmente terminaram, se o que eles escutaram era verdade, e se ele havia te traído com Malena. E depois dele só conseguir balbuciar meias palavras, contando o que ele tinha feito, é recebido com um julgamento duro e forte por parte deles, quase tão forte quanto o soco que recebe de Enzo pelo desaforo de magoar uma amiga querida do grupo.
Ele sabe que merece tudo isso. O desapontamento, e decepção dos amigos são evidentes e machucavam, mas não tanto quanto te perder foi.
A cada minuto que passava, ele só se tornava cada vez mais consciente em como havia arruinado algo bom, para ficar com alguém de quem ele nem gostava mais, apenas por um desejo bobo de se vingar de você, por ter achado que você estava com outro cara.
Ele não te merecia, e para ser sincero, nunca mereceu. E mesmo escutando isso em alto, e bom tom em esporros altos vindo de Enzo que estava irritado, e os outros garotos desgostosos, ele sabe que mesmo assim, ele ainda não estava pronto para desistir de você.
Ele deveria ter te contado a verdade. Você o teria odiado pelo que ele fez, mas com sorte, e muita conversa, teriam se resolvido, e ele teria te convencido de que você era e sempre seria a única pessoa que ele queria.
Matías ainda se lembrava de quando você disse que o amava, e por tudo que era mais sagrado, o que ele mais queria era te dizer isso de volta. Mas como poderia? Como ele poderia dizer que te amava, se tudo em que ele não conseguia parar de pensar era no segredo que escondia de você?
Pode ter demorado pra ele perceber como realmente se sentia, mas depois de te ver em um vestido de noiva deslumbrante, e com uma de suas primas mais novas nos braços, tudo o que ele desejava e ansiava no mundo, era que um dia você realizasse o sonho da maternidade e matrimônio com ele ao seu lado te dando apoio. E depois que você disse as importantes três palavras primeiro, foi quando uma chave girou na cabeça dele, e ele finalmente conseguiu dar um nome ao sentimento que vinha queimando no peito dele sempre que te via
Ele te amava. Mas não poderia te contar, pois ainda não era merecedor de você.
E enquanto passava dias no quarto, se afogando em autopiedade e se afastando dos amigos para clarear a mente, e pensar em uma solução, ele sabia que tinha que mudar isso.
Ele iria melhorar por você, e se tornaria a pessoa que você merecia.
——
O tempo é um bom remédio para um coração partido, e Matías esperava que isso fosse aliado dele em melhorar as coisas. Mas nada disso aconteceu.
Nas próximas semanas, ele usa todo o esforço em tentar conseguir o seu perdão. Fosse te mandando flores, bilhetes, e alguns poemas que ele sabia que você gostava de ler em seus livros grossos na biblioteca do campus. Mas infelizmente, ele não havia obtido respostas suas, e nem notícias de como você estava.
Ele sentia sua falta. Vocês eram como duas metades de um todo, e perder esse vínculo era como perder o ar que ele respirava.
Mas ele não podia perder a esperança se quisesse te ter de volta, e usava toda essa persistência para conseguir sobreviver, e passar os próximos dois meses em um ritmo agonizante de otimismo cego, e entusiasta de te reconquistar.
Mas por mais que ele estivesse tentando se convencer de que te daria o seu tempo para se curar, e que iria te procurar somente quando você estivesse pronta para recebê-lo, ele joga todas essas palavras ao vento no momento em que te vê na apresentação de trabalhos no anfiteatro da universidade. Quando disseram que a sala dele teria que assistir a apresentação de uma turma abaixo, ele nem prestou atenção no aviso. Muito focado pensando em você, e no que mais ele poderia recorrer para conseguir se desculpar.
O que foi um erro, pois se ele soubesse, ele teria feito mais. Teria te trazido um presente, teria se preparado melhor, e pensado com clareza em como iria te abordar e no que iria dizer. Mas não adiantava reclamar, ele teve dois meses para pensar no que iria te falar, e sem nenhuma alternativa, ele fez o que prometeu a si mesmo que não iria fazer:
Te encurralou, e te obrigou a falar com ele.
Você não queria conversar com ele no começo, o dando um tratamento de silêncio. Mas era óbvio que a atração ainda estava ali. Fossem os olhares hipnotizantes que trocaram quando se viram de novo, ou o modo que ele não conseguia parar de te medir de cima a baixo em sua saia escandalosamente curta e sexy.
E mesmo depois de serem interrompidos, e ele sentir a chance de te explicar as coisas, escorrendo pelos dedos, ele fica mais tranquilo quando finalmente consegue te encurralar de novo, e ambos se encontram enclausurados em uma sala de aula mais afastada.
Os dois. Sozinhos. Juntos.
Ele ainda está chateado por você ter fugido dele, mas entende o seu lado. Ele te conta como não dormiu com Malena e nem com ninguém desde que te conheceu, e é verdade. Explica como não te contou por medo de te perder, e abrir mão do que vocês tinham. E quando você diz que ele escolheu a Malena, e que ela sempre seria a escolha dele, ele tem vontade de se estapear, assim como você tinha feito anteriormente, pelo simples fato dele ser o causador desses pensamentos incorretos passarem por sua cabeça.
Você era a escolha dele. E sempre seria. Sem sombra de dúvidas.
Após mais alguns minutos, com você atirando farpas na direção dele, e despejando sua raiva sobre ele, não demora muito para que todo o ódio que você sentia extravasasse, e se transformasse em um excitação e luxúria sem tamanho. E por mais que fosse precipitado, ele queria muito isso. A intimidade e sintonia dos corpos, o seu calor contra a pele dele, o seu cheiro invadindo o seu espaço, e sua boceta molhada só por tê-lo por perto. Os gemidos que você soltava o levavam à loucura, mas quando foram interrompidos mais uma vez por sua professora, ele praguejou mentalmente querendo matar ela, e já começando a pensar que a implicância da mais velha com ele era pessoal .
E antes que ele perceba, ou possa fazer algo para impedir, você já está saindo pela porta o deixando mais uma vez. Ele até te espera sair da sala daquela velha rabugenta, mas depois de pensar um pouco, ele acha melhor ir embora, e te deixar em paz por enquanto, ou poderia acabar mal para os dois.
——
Após o ocorrido, sem ter nada que ele pudesse fazer, ele se encontrava tendo uma noite miserável em seu apartamento, sozinho e solitário. E para ser sincero, tem sido assim desde que você partiu.
Ele não come muito, o que já não fazia antes, mas agora parecia que havia ficado ainda pior com a sua ausência. Era uma benção e ao mesmo tempo uma maldição o modo como ele te via em todos os lugares. Mas quando ele foi para a cozinha uma noite, vasculhou em um dos armários para pegar qualquer coisa para forrar o estômago, e se deparou com um chocolate extremamente doce e caramelizado, ele perdeu a fome no mesmo instante.
Era o seu chocolate favorito. Ele até tinha esquecido em como sempre deixava alguns armazenados na cozinha caso você viesse, e quisesse comer algum doce, pois já tinha se tornado algo natural pra ele cuidar de você. E ver aquela barra embrulhada, só trouxe à tona o lembrete escancarado em como um dia você esteve ali, mas agora, não iria estar mais.
Depois disso, ele foi perdendo o apetite pouco a pouco. O cabelo está mais comprido, pois ele ainda se lembrava de como você o preferia mais assim, e iria usar todas as cartadas possíveis que tinha para te agradar. Ou ao menos, é disso que ele se convence para não se sentir mais péssimo, e admitir a si mesmo que depois que você se foi, ele não tinha vontade de fazer até as tarefas mais simples, como comer, e cortar a droga do cabelo.
Esta noite, por exemplo, ele está na sala fazendo vários nadas e mapeando a TV em busca de algo para assistir. E quando encontra, ele mexe no telefone com o filme passando ao fundo, e entra mais uma vez nos contatos e redes sociais, buscando pelo seu nome, e se deparando mais uma vez com o fato de que ainda está bloqueado em tudo.
Foi idiotice pensar que depois do encontro dos dois, você poderia ter se sensibilizado um pouco e desejado se abrir com ele. Aparentemente, isso não iria acontecer tão cedo.
Então imagine a surpresa que ele teve, quando mais tarde, já no final do filme, o seu nome aparece brilhando na tela do telefone dele, e ele mesmo com as mãos trêmulas consegue atender, ansioso para saber se você finalmente iria querer conversar e se acertar com ele. Mas quando ele atende, e descobre rapidamente que não era isso, o mesmo tenta não se decepcionar muito quando escuta a sua voz bêbada, sabendo que nada de bom poderia vir disso.
A raiva começa a se tornar presente, não pelos insultos dirigidos a ele, e sim só de pensar no perigo no qual você se colocou ao ficar tão alterada assim longe de casa, tarde da noite, e sozinha. E antes que possa pensar em mais alguma coisa, ele pega as chaves do carro para ir te encontrar, e te defender caso precise. Mas bem neste instante, Fran entra na sala, fazendo barulho enquanto se acomoda no sofá ao lado dele:
- Rghh!!!, ela está aí não está? - Ele escuta você questionando, com uma irritação aparente no seu tom de voz. Você devia estar se referindo a Malena, e ele está pronto pra te falar que você está errada, pois ele não a viu desde que ela apareceu na porta dele aquele dia sem ser chamada, e ele não pretendia de maneira alguma mudar isso. Mas ele não tem tempo para se defender quando você continua - Não vou mais atrapalhar a shua noite, bom proveiito seu otárioh. - E com isso você desliga mal humorada.
-Quem era? - Pergunta Fran, se esticando mais no estofado, pra ficar confortável.
- Ela - Matias responde simplesmente, sabendo que não precisava dizer mais nada, pois só tinha uma pessoa no mundo que poderia deixá-lo tão abalado com uma simples ligação com menos de um minuto de duração.
E assim, ele pega o casaco, e sai com as chaves na mão a caminho de sua casa, deixando o amigo desconcertado no apartamento, e dessa vez, ele promete a si mesmo que iriam tentar ter uma conversa sensata, e se acertar.
— —
Nada saiu como ele esperava, e dizer que a noite teve uma tremenda reviravolta, é no mínimo um eufemismo. Em um momento você estava o chamando de chato e de cuzão, e no outro, ele estava posicionado atrás de você, para tirar sua roupa.
Matías não sabia como havia acabado nesta situação, mas o que ele sabia, é que não iria reclamar nenhum pouco. Pois por mais que as circunstâncias não fossem as mais adequadas, ao menos ele estava ao seu lado, sem que você quisesse se esquivar o tempo todo da presença dele.
Ele sentia as pontas dos dedos formigando conforme descia o zíper de seu vestido, e o tecido caía aos seus pés, expondo a pele lisa e já tão conhecida, o entregando a visão espetacular de suas costas, seus ombros, e seu pescoço fino agora descoberto pelas madeixas que ele puxou para frente, o deixando sem fôlego. O olhar dele te percorre com avidez, completo de sede e saudades, querendo absorver cada pedaço que pode de sua pessoa.
E então ele vê. É singelo, mas está ali.
O seu pescoço, lindo e perfeito está marcado. E mesmo estando um pouco escuro, ele sabe reconhecer que é um chupão que está em sua pele.
“Que porra tinha acontecido?” É a primeira coisa que passa pela cabeça dele quando nota o hematoma, ainda desacreditado, e tentando não ficar furioso com você pela descoberta.
Ele sabe que não adianta perguntar nada pra você neste estado, e também não quer estragar os poucos momentos que têm para ficarem juntos, então mesmo a contragosto, ele deixa isso prá lá. Mas só por enquanto. Na próxima manhã você deveria dar algumas explicações a ele.
Mais tarde quando você já está posta a cama, prestes a dormir, e deixa escapar algumas palavras, o coração dele se aperta com o seu pensamento sobre a breve relação que tiveram e compartilharam:
“Não foi mentira” - É o que ele tem vontade de gritar na sua cara, alto o bastante até que você finalmente entenda.
Ele te omitiu fatos a respeito de Malena, e sabe que errou, mas em momento algum isso deveria apagar o que tiveram no passado. O companheirismo que tinham um com o outro, as piadas internas, o nervosismo quando ele conheceu sua família, ou quando se apresentaram como um casal pela primeira vez. Eram recordações que ele queria guardar com carinho, e não deveriam ser manchados pelo erro estúpido que ele cometeu.
Soltando um suspiro frustrado, ele se sente desolado, perdido e extremamente confuso em como deve prosseguir nesta situação. Ele sabia que deveria ir embora, e te deixar em paz para descansar e ficar sozinha. Afinal, ele já fez o que tinha de fazer: te deixar em casa e em segurança.
Mas ele não conseguia. Você estava tão serena, relaxada e em paz em seu sono, com um estado de espírito tão diferente do que tinha ultimamente toda vez que o encontrava, que ele se via incapaz de ser altruísta o bastante para deixar isso escapar dele novamente. Você estava tão indefesa, vulnerável e entregue, como se confiasse o bastante nele para baixar suas defesas em sua presença.
Ele não poderia ir embora. Não mais, não quando essa era a única oportunidade que ele tinha de passar os próximos minutos tão próximos de você. E com esse pensamento egocêntrico, ele engole em seco e toma coragem de finalmente tirar os sapatos, guardar o celular em seu criado mudo, e se acomodar ao seu lado na cama com o maior cuidado para não te despertar do sono tranquilo.
Com o corpo já acomodado no colchão e debaixo dos cobertores, ele não tem ousadia o bastante para tentar se aproximar, ou tentar te trazer para perto dele de alguma forma, mesmo que fosse um gesto sem segundas intenções, apenas no intuito de querer sentir o seu toque. Mas por um milagre, ele não precisa fazer nada, pois assim que você reconhece o calor do corpo dele emanando perto do seu, você não perde tempo em se aproximar, e se aninhar no conforto do abraço dele.
Você posiciona sua cabeça logo abaixo do queixo dele, com o nariz escondido na dobra do pescoço masculino, e solta um suspiro satisfeito quando inspira o cheiro familiar do rapaz. Depois você se encolhe mais em sua figura, se jogando mais contra o corpo quente na beirada da cama, em um ato óbvio, ainda que inconsciente, de que queria contato. E ele, sendo incapaz de te negar algo, logo cede, e passa o braço por cima de você, serpenteando a sua cintura com carinho, e juntando ainda mais os dois.
É tão íntimo, tão envolvente, que por poucos minutos, se ele fechasse os olhos, ele poderia fingir que essa noite havia se desenrolado de uma maneira muito diferente. Por poucos minutos, ele poderia fingir que vocês não estavam brigados, e que essa era simplesmente mais uma noite na qual ele te levou pra sair, e ambos estavam indo dormir depois de um dia muito cansativo.
Ele insiste que não vai se aproveitar e ficar ali por mais tempo do que o realmente necessário para matar a saudade. Afinal, seria apenas alguns minutos, e depois ele iria se dirigir até o sofá onde planejava passar o resto da noite. Mas quando você ronrona no peito dele, como uma gatinha manhosa, e ele sente o cheiro do seu cabelo emanando até a ponta do nariz, ele não consegue aguentar mais, e se entrega ao sono, deixando os olhos cansados se fecharem, e retribui o gesto, abaixando as próprias defesas enquanto está ao seu lado.
E pela primeira vez em muito tempo, mesmo que ele não soubesse, era a única noite em que ambos dormiam tranquilos em uma paz invejável por qualquer um.
Tudo isso, pelo fato de simplesmente estarem em casa, ou mais conhecido como: Nos braços um do outro.
——
Na manhã seguinte, Matias se recusa a abrir os olhos conforme sente os primeiros raios de sol entrando pela fresta da janela que esqueceu de fechar completamente na noite passada. E antes que ele possa soltar um resmungo em protesto pelas luzes indesejadas, ele é interrompido quando sente algo sendo pressionando contra ele, ou melhor, pressionando contra uma área muito específica dele.
Aparentemente, de alguma forma durante a noite, ambos acabaram em uma posição um pouco comprometedora. Em uma posição que ele sabia que se você estivesse acordada, não perderia um segundo em se desvencilhar e por alguma distância entre os dois corpos.
Você estava de costas para ele agora, e diferente da noite passada em que estavam de frentes abraçados, agora nesta nova posição, por mais que ele não conseguisse ver o seu rosto, ele conseguia ver outra coisa muito melhor. O seu traseiro estava fortemente pressionado contra o corpo dele, em uma ereção matinal que ele só se dera conta neste instante. E mesmo você usando um pijama de ursinhos velho e desbotado, não tirava o fato de que ele era extremamente curto e revelador, ainda mais quando você se mexia em seu sono, e fazia o favor de friccionar sua bunda avantajada contra o pau dele. E o pior, você parecia estar gostando.
-Hmmm… - Você murmura, empinando o traseiro e se esfregando nele.
-Porra - Ele sussurra baixo, e morde os lábios para conter um gemido, quando arqueia o quadril e roça em seu corpo para aliviar a sensação.
Ele quer te tocar, te livrar desse pijama fino e te explorar para descobrir se você está tão molhada quanto ele imagina que está. E por um momento, ele realmente considera fazer isso. Te acordar com a boca dele em você, e te dar um orgasmo para ver se assim você ficaria um pouco mais bem humorada com a presença dele em sua cama. Mas assim que ele leva a mão para te trazer para mais perto, o seu cabelo se espalha mais pelo travesseiro, e ele encara de novo as marcas em seu pescoço.
A raiva começa a aparecer novamente, e ele sabe que vai precisar ser cauteloso se quiser que você lhe conte o que aconteceu noite passada. Te fazer gozar, e te fazer admitir que ainda o quer, não é um bom começo.
Então incapaz de continuar suportando essa tortura por mais tempo, ele é rápido em se afastar e se levantar da cama antes que cometa algo do qual possa se arrepender mais tarde. Ele é grato por ter mantido as calças na noite passada, caso contrário, ele poderia até ter gozado nas próprias roupas devido aos movimentos, e o que a abstinência já estava começando a afetar em seu corpo.
Ele queria sexo. Mas só o queria se fosse com você, simples assim.
Ele veste os sapatos, pega o telefone e se dirige para o banheiro, tentando se recompor e depois vai para a cozinha, pensando em te preparar um café para quando você acordasse, o que ele esperava que não demorasse muito, pois ele queria respostas.
Ele não conseguiu parar de pensar nisso pela próxima meia hora, enquanto preparava tudo. Quem era o cara que deixou essas marcas? Você gostava dele? Ou foi algo casual? Mas independente do que fosse ele não gostava da ideia de você com outra pessoa que não fosse ele.
É agonizante, só de imaginar a mera possibilidade de você ter seguido em frente. Isso não poderia ter acontecido, certo? Ele não gostava de se gabar (ok, talvez um pouco) mas ele sabia que você era louca por ele, e o mesmo poderia jurar que sentiu indícios de ciúmes de sua parte quando pensou que ele estava com Malena em casa na noite passada . Então isso deveria significar alguma coisa.
Você poderia estar brava, mas assim como ele, você também não gostava da ideia dele com outro alguém.
Ainda perdido em pensamentos, ele escuta quando a porta do quarto se abre, e passos começam a soar pelo corredor, conforme você vai se aproximando da cozinha.
A mesa já está posta, e ele nem percebe que está prendendo a respiração até que você finalmente entre no cômodo e ele te veja. Você ainda está em seu pijama provocativamente curto, e de pé descalços. Seus olhos estão fundos apesar da boa noite de sono, e seu rosto está em uma boa expressão neutra.
Você não parece surpresa em encontrá-lo ali. E ele se pergunta o quanto você consegue se lembrar da noite passada.
Você continua caminhando e se senta na mesa começando a se servir do café que ele fez. E por mais que não tenha lhe dado um bom dia, ou dito qualquer coisa, pelo menos ainda não o expulsou de sua casa.
Um resmungo de dor sai de seus lábios e ele já sabe que provavelmente é por causa da ressaca que está começando a aparecer, então já é rápido em te estender um remédio e um copo d’água. E você ainda hesitante se deve ou não aceitar a ajuda dele, concorda e agarra o copo.
-Não tomou o remédio que eu te deixei no criado mudo? -Ele questiona, te vendo engolir rapidamente a pílula.
-Tomei, mas minha cabeça ainda tá doendo pra caramba - Você fala, voltando a pousar o copo na mesa, e levando as mãos a testa tentando conter as marteladas em seu cérebro.
-Come alguma coisa, pra ver se melhora - Ele diz, te estendendo algumas torradas, e outros acompanhamentos.
-Obrigado - Você fala, sendo gentil com ele pela primeira vez . E com um aceno de cabeça dos dois, vocês se entendem e concordam em ter uma breve trégua pelo menos por enquanto.
Se era porque sua raiva tinha diminuído, porque você estava com fome, ou simplesmente com muita dor para argumentar contra ele, o mesmo não saberia dizer.
Ele se senta ao lado oposto da mesa, e ambos começam a comer em um silêncio um pouco constrangedor. Nenhum dos dois sabia direito o que falar, ou como começar uma conversa. Era ridículo e triste pensar que antes você era a pessoa para quem ele corria para compartilhar as coisas, e agora, vocês nem ao menos podiam falar algumas palavras sem que tudo ficasse estranho entre os dois.
Realmente patético.
-Você veio. - Ele te escuta dizendo, parecendo um pouco melhor, e continuando a comer, mas se recusando a olhar para ele.
-Eu fiquei preocupado - Ele admite sem vergonha alguma - Você estava muito bêbada, e achei melhor ficar para ver se você ficaria bem.
Ele vê a vontade que você tem de querer retrucar no mesmo minuto, dizendo que você não precisava de cuidados, e que poderia se virar muito bem sozinha. Mas por algum motivo, você não o faz. E assim, o silêncio permanece por mais alguns minutos até que você o quebra novamente, mas dessa vez procurando o olhar dele:
- A gente dormiu junto? - Você pergunta tentando manter a expressão neutra, mas não conseguindo evitar a vermelhidão que começa a se espalhar por seu rosto.
Ele tem vontade de rir com o quão tímida você ainda era capaz de ficar perto dele. Afinal, não é como se há meia hora atrás você estivesse praticamente o masturbando em seu sono, com o seu bumbum provocando a ereção dele.
-Se você quer saber se dormimos na mesma cama, então a resposta é sim. - Ele responde, dando mais um gole no café preto, e não se importando com a sua indignação com a simplicidade dele de tocar no assunto como se estivessem falando de algo trivial como o tempo - Mas a gente não transou - Ele te garante em seguida, e te tranquiliza, até que você solta um suspiro aliviada - É eu sei, tenta não ficar muito decepcionada com isso, nós ainda podemos recuperar o tempo perdido mais tarde. - Ele brinca, mas pela sua cara, você não parece ter achado muita graça.
E neste momento, ele sabe que está entrando em um território perigoso.
-Eu acho melhor você ir embora - Ele te escuta dizer, e assim o momento pelo qual ele tanto temia havia chegado mais cedo do que ele gostaria - Eu não deveria ter te ligado, foi um erro, e não vai mais se repetir - Você conclui decidida, sem hesitação alguma.
Ele sabe que o tempo dele está acabando, e o mesmo não quer ir embora de sua casa mais confuso do que quando entrou. Vocês não conversaram nada sobre o que verdadeiramente importava, ou sobre o que queriam realmente dizer um ao outro. Ele está tenso, mas sabe que precisaria tirar isso do peito mais cedo ou mais tarde, e após vencer o debate interno que estava tendo consigo mesmo, ele finalmente decide perguntar o que tanto estava o pertubando:
-O que aconteceu noite passada? - Ele questiona, cruzando os braços e se escorando mais na cadeira, esperando sua resposta, mostrando que não iria sair do lugar até que você o respondesse.
- O que? - Você diz, pega de surpresa, e não entendendo direito o porquê do interesse repentino dele nisso. - Eu bebi um pouco a mais do que faço normalmente, só isso, não vou mais te perturbar de novo - Se justifica, pensando que ele estava bravo por conta da ligação tão tardia.
Ele franze o rosto com isso:
-Você fez bem em me ligar, não deveria se colocar nessa situação, é perigoso - Ele te aponta os fatos, e você revira os olhos com o sermão - Mas não tô falando disso, eu só tô dizendo porque você parecia ter se divertido muito ontem a noite - Ele retruca ríspido, e rangendo os dentes conforme cada palavra sai de sua boca.
Você fica confusa com a reação do garoto, e quando o mesmo percebe a sua falta de entendimento, ele faz o favor de descer o olhar bem lentamente por toda a extensão de seu pescoço para que você compreenda o motivo do aborrecimento do tal. E ele acha que é bem sucedido quando você segue o gesto, esbugalhando os olhos e levando a mão rapidamente ao pescoço para cobrir a marca, finalmente se dando conta. Mas já é tarde demais, ele já havia visto muito bem as manchas hoje de manhã quando acordou ao seu lado.
-Quem é ele? - Matías pergunta com a voz dura - Quem é o idiota que fez isso!? - Ele pergunta de novo, perdendo a paciência, e começando a se levantar para se aproximar de seu assento.
- Não é da sua conta. - Você retruca firme, e se levantando também para conseguir por alguma distância entre os dois.
Mas é impedida quando ele faz um movimento mais rápido, e consegue se pôr a sua frente e te encurralar, te prensando contra a parede e te deixando presa. Ele chega mais perto, levando as mãos até seu rosto, e juntando ambas as faces até que seus narizes estejam encostando um no outro:
-Só vou perguntar uma vez - Matías avisa com a expressão intimidadora - Você tá saindo com alguém? - Ele pergunta em um sussurro, e aumentando o aperto em seu rosto, mas sem realmente te machucar no processo, apenas querendo te mostrar que ele não está blefando.
Mas infelizmente, isso não é o bastante para te fazer cooperar, e desse modo você continua com sua teimosia e arrogância com o rapaz, não cedendo ou contando o que havia acontecido.
-Não te interessa. - Você responde se recusando a desviar o olhar do dele, e o dar o que ele queria.
E neste momento, ele sabe que independente do que tivesse acontecido, tinha sido algo mais do que atração sexual. Se não tivesse sido nada demais, e apenas uma ficada com um cara aleatório, você teria falado, ou pior, teria jogado na cara dele como tinha aproveitado a noite na companhia de outra pessoa. Mas você não era assim, você não era de ficar sem compromisso, e aparentemente, a pessoa em questão valia muito a pena para você estar até agora escondendo a identidade, ou fatos sobre ele.
Matías estava prestes a perder a cabeça com isso:
- Você vai avisar esse cara que você não está disponível, e que ele pode ir procurar outra, entendeu? - Ele pergunta e ordena ao mesmo tempo, provocando uma explosão de raiva em você como consequência.
-Para com isso! Você não manda em mim, e a gente não tá mais junto, lembra? - Você retruca, começando a se debater, e tentando empurrá-lo para longe, o que você não consegue, pois ele se recusa a se mover.
-Você trepou com ele? - Recalt pergunta com raiva e possessividade, enquanto já espera por mais uma afronta sua.
Mas é surpreendido quando nota o modo como você começa a pressionar suas coxas uma contra a outra, em um desconforto usual que você tinha quando estava começando a ficar excitada. E mesmo com a sua cara se contorcendo em uma óbvia irritação, ele já tinha percebido que uma parte sua estava gostando disso. Estava se deliciando com a reação ciumenta e obsessiva dele com sua pessoa, e o mesmo já estava começando a reconhecer os sinais sutis que o seu corpo apresentava.
Você tinha parado de se debater, e estava mais tranquila sobre a proximidade dele. E o modo como pressionava os seus seios no peito dele disfarçadamente estavam só comprovam isso. Suas bochechas estão coradas, e antes o que ele achava que era por causa da raiva, agora já não tinha mais tanta certeza. Ele sabia que de alguma forma, essa briga idiota tinha conseguido acordar um resquício de desejo em você, e ele iria tirar o melhor proveito possível disso.
- Sim - Você responde hesitante a pergunta dele, e o mesmo não acredita nenhum pouco.
-Você tá mentindo - Matías diz - Se você tivesse ocupada montando no pau de outro cara, não teria ligado ontem a noite pra mim como uma putinha carente - Ele se inclina mais para poder sussurrar lentamente em seu ouvido - Era o que você queria não é? Que eu te fodesse com força - Ele provoca, e com a sua falta de resposta, o mesmo desce o olhar até seus lábios com desejo e deposita um beijo casto em seu queixo, descendo até o pescoço, onde começa a distribuir pequenos selinhos molhados na pele - Até vestiu algo especial, só pra me agradar - Ele se gaba, e te abocanha de surpresa com os dentes, o que com certeza iria deixar marcas mais tarde.
-Você é um idiota. - Você consegue dizer, antes de se entregar totalmente ao prazer, e fechar os olhos para aproveitar o momento. Logo em seguida, você inclina o pescoço para o lado, o dando mais acesso para te usar como quisesse, e começa a correr os dedos pelos fios castanhos e sedosos do garoto o encorajando.
-Pode ser - Ele concorda, ainda explorando sua pele sensível - Mas ainda assim sua boceta me adora - Ele diz com convicção, te agarrando pelas coxas, e você responde o gesto entrelaçando as pernas na cintura do garoto o acompanhando.
E antes que percebam, no minuto seguinte ele está te posicionando acima da mesa da cozinha, sem se importar com qualquer uma das coisas que caem no chão no processo, enquanto se põe entre suas pernas, e junta os lábios nos seus em um beijo avassalador, repleto de luxúria, mas acima de tudo, saudades. As mãos dele se movem para sua cintura, te apertando com força, enquanto as suas permanecem nos fios castanhos, o guiando e o devorando com tudo o que possuía.
Matías sentia como se tivesse finalmente saído do purgatório do qual estivera nos últimos meses. Finalmente te tendo desse jeito, e podendo saciar a necessidade de sua presença. Mas não era o suficiente, não ainda. E com isso em mente, quando suas respirações ficam ofegantes, e são obrigados a se separarem para conseguirem mais fôlego, ele rapidamente se põe de joelhos na frente da mesa ficando no meio de suas pernas, e levando as mãos até a parte interna de suas coxas, com os dedos se aproximando de sua intimidade já úmida.
-Me fala o que você quer. - Ele sussurra, brincando com a barra do short de seu pijama, já sabendo que você não usava nada por baixo.
-Você, eu quero você Matías, por favor - Você implora, tentando não pensar no quão desesperada está parecendo, mas não se importando com nada, contanto que isso significasse que a boca dele logo estaria em uso contra seu corpo.
- Deixa eu te tirar desse pijaminha minúsculo primeiro -Ele diz, começando a deslizar o short para baixo - Pra mim poder dar uma olhada nessa boceta linda que você está guardando só para mim. - Ele continua, com a possessividade ainda presente, e as palavras te enviando um choque por todo o seu sistema. Ele não espera que você diga nada ou retruque, e imediatamente vai para a bainha do seu short e o abaixando pelas suas pernas com sua ajuda, expondo mais de suas coxas nuas e intimidade pulsante.
- Porra - Ele diz, com a voz baixa e rouca de excitação - Olha só para você, uma coisinha tão bonita, não é? - Ele diz, com a respiração contra o seu núcleo, e a voz quente te causando sensações além das imagináveis.
- Você está toda molhada, pra mim não é? - Ele pergunta suavemente, e calmo - Quer que eu te toque, não é? - Questiona te provocando.
Você só consegue soltar pequenos sons em concordância, e outros barulhos estranhos que lhe escapam entre os dentes, incapaz de pronunciar qualquer coisa corretamente. Mas ele não desiste, querendo ouvir verbalmente a sua aceitação - Você gosta disso, não é? Você gosta de ser minha garota? - Ele pergunta, e começa a te explorar com a boca, em um contato ardente com a pele macia de suas coxas.
- Sim - Você sussurra, não pensando direito no significado de suas palavras, mas sabendo que elas eram verdadeiras.
Ele mal hesita, antes de estender a mão, e finalmente tocar os seus lábios externos com os dedos, e sua boca se espalhar contra sua boceta necessitada. Você se contorce com a sensação, e franze as sobrancelhas quando ele gentilmente te aperta nos lugares certos, e começa a sugar sua intimidade, e o nariz desliza e esfrega em seu ponto sensível.
- Tão molhada - Ele sussurra, investindo mais contra você - Tudo pra mim. - Ele se gaba, dando tudo de si para o seu prazer, e estufando o peito em saber que é ele quem está causando tais reações em seu corpo. Só ele poderia te tocar assim, mais ninguém, e quanto mais rápido você entendesse isso, melhor.
-Me fala - Matías sussurra com o nariz em seu clítoris - Me fala qual a sensação.- Ele ordena.
-É- é tão bom - Você admite, jogando a cabeça para trás, e arqueando mais os quadris contra o rosto dele.
Com isso ele te dá o que você quer, e mesmo não conseguindo ver, ele consegue imaginar perfeitamente quando sua boca se abre em um perfeito “O” , e os seus olhos se reviram para trás enquanto ele te estimula perfeitamente, te fazendo finalmente gozar na boca dele. Ele está muito ocupado te acariciando com os dedos para frente, e para trás em um ritmo rápido e profundo, mas ainda assim consegue sentir os seus espasmos contra a língua, e o líquido viscoso de sua excitação o inundando.
Em sua cabeça, você não consegue nem se sentir culpada por ceder tão fácil aos encantos do rapaz, muito sobrecarregada pela sensação de finalmente chegar ao orgasmo.
Ele se sente orgulhoso por conseguir te levar ao limite assim, e sente quando você enrijece as pernas contra ele, tremendo incontrolavelmente e se contorcendo em seu êxtase. Ele desacelera um pouco os movimentos, mas continua te chupando e te fazendo aguentar tudo o que ele tem pra te dar. E depois de alguns minutos te sussurrando elogios, e coisas que te fazem corar com facilidade, adicionado ao fato de que você ainda estava sensível, ele consegue te fazer chegar a um segundo orgasmo com a boca.
Ele sente a sua respiração pesada, e o seu peito arfando com o esforço enquanto você grita, com lágrimas ardendo em seus olhos pela superestimulação dele em seu íntimo.
-Ma-Matías- Você choraminga, puxando os fios castanhos com certa brusquidão, e o avisando que não iria aguentar mais dessa tortura por muito tempo. Você só não sabia se estava pedindo por uma pausa, ou se estava o apressando para que entrasse logo em você.
-Shhh - Ele murmura, retirando os dedos e deixando você relaxar um pouco - Tá tudo bem, eu estou com você - Ele diz, enquanto se levanta, e entrelaça os braços ao redor de sua cintura, te firmando e te segurando enquanto você tenta acalmar sua respiração a normalidade. O mesmo apoia a cabeça em seu ombro, enquanto afaga suas costas e passa as mãos por seus cabelos, te dando carinho e cuidados.
Ele quer rir, e comentar como você não havia mudado, e ainda ficava completamente manhosa e carente depois do sexo, faminta por cuidados posteriores que ele gostava de te dar. Mas ele não queria acabar com o clima, então se controla. Você murmura em satisfação com os toques leves dele, e entrelaça os próprios braços ao redor da cintura do rapaz, o pegando de surpresa e o prendendo a você.
Por poucos minutos vocês poderiam fingir que estava tudo bem, e esquecer do resto. Uma espécie de acordo que nenhum dos dois sabiam quanto tempo iria durar, mas que ainda assim poderia ser desfrutado com a maior pacificidade do mundo.
Ele ainda está com a cabeça apoiada em seu ombro, quando o telefone do mesmo começa a tocar, e sendo esquecido na bancada da cozinha. Ele está relutante em se afastar e ir pegar o aparelho, então deixa que o mesmo continue a soar pelos próximos segundos até ir para a caixa postal. Por sorte, você ainda está presa na nuvem pós-orgasmo, não se importando o bastante para reclamar do barulho irritante.
Mas infelizmente o toque incômodo reinicia, e com um revirar de olhos, ele se desvencilha de seus braços, pronto para xingar quem quer que fosse o estraga prazeres da vez. Mas antes que ele tenha chance de fazer isso, a ligação é encerrada na hora que ele vai atender, sendo recebido apenas pelo nome do Fran se apagando, junto com uma mensagem preocupada do garoto perguntando onde o mesmo estava.
Ele responde a mensagem rapidamente com alguma desculpa, e volta rapidamente para a prioridade dele. Você.
-Era só o Fran, querendo saber onde eu estava - Ele diz, voltando a se aproximar de você.
-E o que você respondeu? - Questiona ainda se recuperando.
-Que com sorte, mais tarde vou estar dentro de você. - Ele brinca, mas você não o acompanha. Aparentemente, ainda não estavam neste estágio de intimidade ainda, independente do que havia acabado de acontecer. E a ligação, foi um bom lembrete para te fazer voltar a forma fria e distante em que se encontrava antes.- Desculpe, foi uma brincadeira. - Ele diz tentando reverter a situação - Ele sabe que eu estava vindo aqui ontem, e eu só disse que estava bem e que voltaria pra casa mais tarde. - Se justifica, e estende os braços para voltar a te abraçar.
-Não. - Você diz, o impedindo e descendo da mesa, enquanto levantando os shorts- É melhor você ir agora, Isso não devia ter acontecido. - Proclama com a voz ainda rouca dos gemidos altos, implorando e gritando pelo nome do rapaz.
-Você parecia estar gostando. - Ele zomba, com os dedos ainda molhados com a sua excitação, e com seu gosto na boca.
-Isso foi tudo foi um erro - Você diz, revirando os olhos em agonia - Você não deveria estar aqui, e eu não deveria ter te ligado - Admite em um suspiro desanimada - Mas eu estava bêbada, e não posso mudar o que fiz - Se afastando mais ainda, você caminha até a porta de saída da sala e continua - O que eu sei, é que agora estou lúcida e não quero mais te ver, então vai embora. - Você fala, abrindo a mesma, e o convidando a se retirar. E neste instante, ele pode jurar que nunca se sentiu tão pequeno.
Ele quer retrucar, e apontar como você não estava bêbada quando o abraçou agora pouco, ou quando ele te deu o melhor oral de sua vida. E ele está prestes a fazer isso quando é interrompido mais uma vez pelo toque do aparelho soando alto pelo lugar. Ele não tem escolha a não ser ir embora em total descontentamento para não te irritar, e novamente com uma ereção entre as pernas.
- Eu só…- Ele começa a dizer enquanto sai pela porta, mas é cortado no meio da frase assim que bota os pés para fora, sendo recebido apenas pelo bater alto da madeira que se choca contra o batente, e por pouco o acertando no rosto que agora estava perplexo.
Matías deixa os ombros caírem em desânimo, e vai embora para casa, caminhando pensativo pelo corredor, e se dirigindo ao elevador. Ele tenta não pensar em como suas palavras o machucaram profundamente, ao refletir em como você falou com tanta naturalidade que tudo o que havia acontecido, havia ocorrido apenas em um momento de fraqueza por conta da bebida.
Você não o queria lá, e deixou isso bem claro. Talvez ele ainda fosse útil quando estivesse entre suas pernas, mas não em seu coração. Ele podia tentar se enganar e dizer a si mesmo para não perder as esperanças, mas estava ficando cada vez mais difícil prosseguir assim.
Alguns dias depois, Matias ainda está cético e frustrado enquanto caminha mal humorado pelo campus até a próxima aula a qual ele está pouquíssimo interessado em assistir. Seus passos são duros e a expressão fechada e franzida em aborrecimento. Ele ainda estava chateado pela forma como saiu de sua casa, pois você nem ao menos o procurou depois daquilo. Aparentemente, ele só valia o esforço de suas ligações quando você estava bêbada e alterada o bastante para querer encontrá-lo.
Enquanto está se afogando em sua própria mágoa, algo o faz parar e o dá a sensação de que hoje ele deveria pegar um caminho diferente do que pega todos os dias. É como se fosse um instinto, ou uma intuição que estivesse o chamando e mandando ele ir por ali. Talvez ele estivesse enganado, e fosse apenas a preguiça o despistando e o guiando para casa discretamente. Independente do motivo, ele só segue, se importando cada vez menos com a aula que o aguardava.
E que bom que ele foi.
Pois assim que ele se afasta dos domínios da faculdade, ele passa em frente de um parque e para imediatamente com o que encontra a frente dele.
Você está ali, tão perto e ao mesmo tempo tão longe que ele sabe que não vai conseguir prestar atenção em mais nada até te ter de novo.
Desse modo, ele desiste da aula entediante e segue em sua direção, ainda não sabendo o que vai te dizer, mas sabendo que vai se arrepender se não tentar.
Enquanto ele se aproxima, ele não consegue deixar de pensar em como a cena à frente dele não poderia ser descrita como nada a menos do que uma completa obra de arte. Você está parecendo totalmente despreocupada, em seus shorts jeans curtos, e sua regata colada aos seios. Seus cabelos estão soltos ao vento, e um sorriso enorme adorna o seu rosto, enquanto fazem os seus olhos se fecharem em uma alegria genuína, e suas bochechas corarem devido a sua animação.
Ele acha que nunca te viu tão bonita, linda, ou maravilhosa quanto agora, e talvez seja somente porque ele não sabia o quanto estava sentindo falta do seu sorriso. Seguindo em frente, ele engole em seco e pensa em como tudo estava caminhando bem, e o destino decidiu trazê-lo até aqui, até você. Em como tudo estava perfeito para se encontrarem novamente.
Mas rapidamente ele muda de pensamento quando avista um cara se aproximando ao seu lado.
Matías fica tenso na mesma hora ao ver um desconhecido entrando em seu espaço pessoal, mas fica ainda mais tenso, ao ver como você não parece desconfortável com isso. Muito pelo contrário, parece até mesmo estar gostando da companhia dele. E após constatar isso, Matías de alguma forma sabe que só poderia ter sido esse cara quem te deu os vergões roxos em sua pele.
Ele só não entendia o porquê. Esse cara na opinião de Matías era totalmente maçante, sem graça, e jamais faria o seu tipo. Afinal, desde quando você gostava de loiros? Ainda mais os de sorrisos açucarados. Um desperdício total de tempo.
Uma parte dele sabia que ele só estava usando tudo o que podia para negar o fato de que obviamente você se sentiria atraída pelo garoto, pois mesmo a contragosto, Matías tinha que admitir que ele era a própria imagem de um príncipe encantado em pessoa. Tão perfeito que não poderia ser real. Mas Matías não precisava conhecê-lo para saber que já o odeia. Odeia a forma com que os cabelos loiros do rapaz se espalham pelo rosto, fazendo com que você leve a mão até ele, e o arrume com ternura, e cuidado, empurrando para o lado. Odeia como você encara o garoto vidrado no olhar dele, e odeia, com todas as forças as mãos do rapaz que agora estavam em seus quadris te puxando para mais perto.
Muito, muito perto.
E quando pensa que esse desdém pelo rapaz não poderia piorar, ele é surpreendido com uma cena nojenta, e nauseante bem a frente de seus olhos.
O garoto se inclina, e então começa a te beijar e te devorar com os lábios imundos dele, enquanto você retribuí o gesto entrelaçando os braços em volta do pescoço do mesmo.
Na mesma hora, ele apressa os passos para chegar logo até os dois e acabar com isso, mas é impedido por um carro chegando, o fazendo ter que esperar o sinal fechar e ele poder atravessar a rua. Enquanto isso, Matías consegue ver quando vocês se separam do breve beijo, e em seguida, você sussurrando algo no ouvido do rapaz. Algo que o dá mais liberdade, e faz tudo ficar mais obsceno quando o garoto pousa as mãos em seu traseiro, apalpando a área com vontade.
“Desgraçado.” Matías pensa, finalmente atravessando a rua e se aproximando dos dois como um cão raivoso.
Infelizmente, nenhum dos dois parece notar a presença dele chegando, distraídos demais olhando um para o outro com coração nos olhos, para acabar com o que estavam fazendo.
- Você é perfeita - O loiro idiota diz, com a testa grudada na sua, e roçando os lábios nos seus.
- Você é mais - Ele escuta a sua voz dizer com afeto, antes de aninhar o rosto no pescoço do garoto.
Matias tem vontade de vomitar com a cena. Porque você está com toda essa intimidade com esse cara? Quem é ele? Porque drogas você está o encorajando, e não afastando as mãos desse loiro abusado e de farmácia de você?
Se vocês fazem toda essa demonstração de afeto em público, ele não queria nem imaginar o que fazem quando estão sozinhos. Ou o que já não fizeram. Não que isso fosse acontecer mais, pois ele não iria deixar. Jamais. Isso já tinha ido muito longe.
O que ele sabe, é que em um instante ele está observando os dois no maior chamego, e no seguinte, ele está empurrando o loiro usurpador de cara no chão, e acertando um soco com toda a força que consegue na cara dele:
-Eu vou te matar, seu filho da puta - Matías diz, desferindo mais um soco no aspirante a modelo, e escutando um grito alto seu ao fundo.
No fim das contas, hoje não seria o dia em que vocês fariam as pazes. Mas Matías faria com que cada soco na cara desse idiota valesse a pena o esporro que ele levaria seu depois.
Afinal, ninguém tocava no que era dele.
Decidi postar de surpresa hoje ! Não vou dizer que foi um dos melhores capítulos que escrevi, mas até que gostei. Escrever tem sido difícil pra mim ultimamente, mas espero que tenham gostado 💖
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marrziy · 8 months
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Billy Loomis & Stu Macher x Male Reader
"Pertença e obedeça"
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• Filme: Pânico (1996)
• Gênero: dark
• Sinopse: eles te querem de corpo e alma, e você se entrega, aceitando aquela dinâmica pouco favorável. Paixão e burrice são palavras próximas, e nessa história, o leitor vacila entre elas ao se perder em um labirinto de carícias por apego e cortes por ciúme.
• Avisos: violência, insinuações sexuais e relacionamento tóxico (tudo em nível elevado, então se liguem!)
• Palavras: 1.3k
1° pessoa - presente
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As coisas não acontecem do nada; tudo vem de um processo movido à porquês.
Mas a lógica disso só existe quando é de você para si mesmo. Ao ser aplicada de você para outro alguém, aí sim as coisas surgem do absoluto nada e além.
Afinal, você não sabe o que se passa na cabeça do próximo, não o conhece ao ponto de saber exatamente qual trauma, influência ou gosto o levou a tomar determinada atitude ou escolha, então para você, tudo o que ele faz ou deixa de fazer vem do nada.
Tirando os psicólogos da rodinha, isso meio que se aplica a todo mundo.
Eu poderia dizer exatamente o momento em que a merda começou a feder na sola do sapato.
Foi uma frase curta, mas de magnitude gigantesca.
"Nunca mais conversa com ele."
Certamente, na perspectiva de Billy, houve um trajeto de uma vida até essa fala, mas para mim, que a ouvi em um sábado à tarde, durante um passeio descontraído em um parque, não houve nenhum antecedente, simplesmente surgiu e eu tive que lidar.
Mas eu não lidei, eu não soube lidar e continuo não sabendo.
Eu congelei, foi tão abrupto que me tirou a fala. Meu olhar substituiu o trabalho da boca e, se pudesse ser traduzido, estaria perguntando a Billy se ele era maluco.
E ele é.
Fui descobrir isso quando interpretei a fala dele como hipérbole e não a levei a sério. Era um exagero grande demais para ser verdade...
— Desculpa! — eu disse essa palavra tantas vezes nos últimos cinco minutos que ela perdeu o sentido. — Eu prometo não fazer de novo! Já disse que vou cortar contato, que vou obedecer, então chega disso, por favor! — tentar revidar é inútil, cansa e faz doer mais, então me limito a implorar. Talvez minha lamúria desperte empatia...
Esse sou eu tentando me enganar. Me ver chorar só deixa os filhos da puta mais excitados.
— Para de se contorcer, vai acabar se machucando! — Billy repreende, terminando de traçar o "y" do próprio nome na minha barriga. Ele dá uma pausa após finalizar, afastando a lâmina ensanguentada.
— Você tá me machucando!
— Porque você merece, porra! — Billy, deitado na cama com o torço entre as minhas pernas, apoia o peitoral no meu colo e põe a língua para fora, mantendo minha camiseta erguida com uma das mãos enquanto lambe os cortes que ele infligiu à minha carne. — Eu te dei todos os avisos, mas mesmo assim, você preferiu ignorar e continuar de papinho com o fracassado do Randy... — a voz alterada dele não deixa dúvidas quanto à raiva que infla no peito. Mas a pupila está dilatada... — Cê teve sorte. O plano original era rasgar o seu cu com uma faca e depois te foder. — o olhar vultoso não abandona o meu, e condiz com o jeito que Billy me deixa lambuzado e com a forma que ele esfrega o quadril no colchão.
— Billy tá certo, gatinho. — sinto a respiração de Stu na minha nuca. Pendendo a cabeça para trás, me deparo com seu rosto sorridente. — Você meio que pediu por isso. Agora, aguente as consequências como um bom menino. — o Macher mantém meus pulsos presos, me impedindo de usar as mãos para afastá-los.
Eu bati propositalmente minhas costas contra o peitoral de Stu, o fazendo colidir na cabeceira da cama. — Você sempre está do meu lado... Por que essa agora?
Eu sei que doeu quando o ouço resmungar e descontar com um aperto bruto nos meus pulsos. — Foi mal, cadelinha, mas Billy me prometeu algo irrecusável caso eu o ajudasse a te castigar.
Billy ri contra meu estômago e morde minha pele ferida, me arrancando um gemido desgostoso.
Eu me odeio por estar intrigado e minimamente animado em um momento onde eu deveria me sentir apenas revoltado. — Que merda ele te prometeu? — o embargo na minha voz desaparece à medida que as lágrimas escorridas secam nas minhas bochechas.
Talvez isso significasse estar doente de amor.
Foi tão desesperador e doloroso sentir a faca separando a pele que agora só consigo aproveitar o alívio.
A raiva e a tristeza de ter uma cicatriz com o nome de uma pessoa no meu corpo... isso eu sinto depois.
— A bundinha. Você sabe como é raro o Billy liberar o rabo? Eu faria coisas piores por isso. — Stu tenta selar meus lábios, mas eu viro o rosto para o lado oposto.
Erro rude.
— Você quer jogar duro? Tudo bem, vamos ver o quão durão você realmente é. — Stu não poupa força na mandíbula ao morder meu pescoço. Como um cão arrependido, eu alinho nossas faces e, choramingando, aceito seu beijo. — Porra... foi mais fácil do que eu pensei. — ele murmura com nossas bocas unidas.
Billy para de me lamber quando não há mais sangue escorrendo. — E não pense que você não estará junto. Enquanto Stu estiver me fodendo, eu vou estar metendo em você. — a mão dele pousa nas minhas coxas, arranhando ao ponto de deixar vergões. — Afinal, somos um trio...
É aqui onde eu duvido dos meus sentimentos.
Eu sei o quão errado é, sinto na pele a dor de perceber que a porra da vida não é um morango... ou é, porque essa fruta é azeda pra caralho.
A questão é que, após o pior, depois de refletir e repensar minhas decisões, cogitar um milhão de vezes me impor e dar fim a essa relação, eles me tratam bem, e novamente, eu não sei lidar.
É tão bom durante o tempo em que tudo são flores, quando sinto as pétalas e não os espinhos.
Eu os amo quando não são monstros.
Mas é exatamente isso que eles são.
— Você parece bem calminho agora. Fiquei com medo de ir longe demais com a faca, sua respiração tava muito pesada e o seu abdômen contraia bastante. Mas então... tá preparado? Falta escrever o nome do Stu ainda.
Monstros.
Calafrios serpenteiam pelo meu corpo no instante em que vejo Billy com a faca na mão. — Por favor, não faz isso! Ainda tá ardendo... Essa merda dói pra cacete! — passo a me contorcer, em outra tentativa inútil de escapar desse inferno, mas Stu me acorrenta, com mais afinco dessa vez.
O filho da puta quer o próprio nome me rasgando.
— Relaxa, nem vai ser o primeiro nome completo, só o apelido, três letrinhas. — Billy tenta amenizar a situação absurda.
Absurda só para mim.
— Qual foi, cara? Não quer uma cicatriz com meu nome? — Stu abocanha a minha orelha.
Cachorro!
— E-eu faço qualquer coisa! Só... só para com isso! — a cada palavra, eu aumento o tom, em sincronia com a aproximação da faca.
Billy levanta a sobrancelha, me encarando com um sorriso, no mínimo, suspeito. — Qualquer coisa, é? — ele pausa o punho fechado no cabo quando a lâmina toca minha barriga, pressionando o suficiente para ser desconfortável, por estar próxima da região machucada. — Então me beija. Se você fizer isso, eu paro.
Billy ergue o torço e eu me curvo em sua direção. Começa lento, mas logo ele está com a língua dentro da minha boca. Meu estado entorpecido me impede de tomar iniciativa, estou apenas à disposição.
Exatamente como eles querem.
Billy se afasta quando o ar faz falta, unido a mim por um fio transparente de saliva.
— Pronto, a-agora me deixa ir!
O Loomis ri. — Você é burro ou ingênuo? Independente de qual for, apenas continue sendo, é divertido pra caralho. — ele aperta minhas bochechas, molda meus lábios em um biquinho e me dá um selinho. — Viu? Posso roubar um beijo de você quando eu quiser, então por que eu pararia por isso?
— Anda logo, Billy! — Stu se manifesta. — Faz ele chorar de novo! Ele fica tão fofo chorando... Porra, meu pau tá duraço!
Sei lá...
Talvez eu mate meus namorados algum dia desses.
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xolilith · 10 months
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[00:16] JJH - NONSENSE
Jaehyun entra soturno em casa naquele fim tarde de agosto. Troca os sapatos que veio da rua pela pantufa, o boné, que protegia o topo da cabeça e rosto do sol que castiga a cidade naquela época, é pendurado sobre o cabideiro.
Nota a casa silenciosa demais para o horário. Caminha em passos vagarosos pelo correrdor.
– Querida?
Chama por você até ter visão do seu corpo nu deitado no chão de madeira. Agradece por ser o décimo andar porque, imagina só verem a mulher dele assim? Tsc! Não podia. Você vira a cabeça para fitá-lo, abre um sorriso preguiçoso.
– Jae – Mia arrastada. – Você chegou!
O Jung sorri também. Como não sorrir também com a expressão do seu rosto ao vê-lo. Aproxima-se para se juntar a você, deita por cima, junta os lábios num beijinho úmido constata o gosto alcoólico da sua boca. E quando repara mais precisamente seu rosto, nota as bochechas avermelhadas demais.
– Que visão pra ser recepcionado.
– Gostou?
– Não posso fingir que não. – Roça a ponta do nariz pela pele do seu pescoço, a mão traz sua coxa até a altura do quadril, aperta a carne entre os dedos. Gostou demais de encontrá-la assim. – Faz tempo que você chegou?
– Mmm... – Chia ao pensar. – Umas duas ou três horas atrás?
Jaehyun assente, indaga:
– E o que você fez?
– Eu comi, tentei ler alguns textos, mas eu não conseguia focar e me irritou... – Franze o rosto numa expressão arisca para dar mais veracidade ao que conta. – ...então eu tomei um banho gelado e quis ficar nua porque tá tão calor... – Explica num muxuxo desgostoso. – ...fiquei um tempo deitada aqui no chão e depois me deu tanta vontade de tomar um vinho, Jae. Eu queria esperar você chegar, mas eu não sabia que horas você voltava. – Dá de ombros, mas logo segura as bochechas magras, aperta as duas formando um beicinho no Jung. – Mas você está aqui agora.
O Jung sorri pela explicação sem necessidade e ébria que você dá.
– Magoado que você não me esperou.
Faz drama, exibindo um beicinho. Você ri, acha graça de como ele age fofo.
– Quer um pouco?
Oferece, levanta o tronco para se sentar e alcançar a garrafa quase no fim. O Jung também ajeita a postura, entorna um pouco do líquido que é oferecido sob seu olhar atento. Você pisca os olhos devagar.
– E eu estou com taaanto sono. – Prolonga o adjetivo, bocejando. – Vamos deitar um pouquinho?
– Você espera eu tomar um banho?
Jaehyun pede, você assente, volta a deitar sobre o chão enquanto ele sela os seus lábios e levanta-se a caminho do banheiro.
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mistiskie · 1 year
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⠀ ⠀⠀Made in Brasil !
Haechan smut !
Avisos: Haechan!big!cock! / masturbação feminina! / leve degradation kink! / leitora virgem! / sexo sem proteção! (Já falei pra vocês não repetirem isso.) / apelidinho fofinho as vezes! / clima de eliminação na copa ! (Maior aviso de todos.) / e outras coisinhas que eu não lembro!
Nota da autora: Esse smut aqui foi iniciado justamente um dia depois do Brasil ser eliminado. Só que eu sumi né, como sempre, e não terminei. Recentemente, tipo bem recentemente mesmo eu tava lendo meus arquivados no Google docs até que encontro essa bela obra de arte, pensei em tirar esse clima de copa, mas trás uma vibe legal, relembrar bons momentos!!! Caso tenha erro de escrita desconsidera aí eu sempre escrevo de madrugada e é quando eu to crogue de sono. Então basicamente é isso, FALANDO QUE: talvez tenha parte dois 😼. Boa leitura!
⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀🇧🇷
Segunda-feira, dia do Brasil jogar na copa do mundo mais uma vez, finalmente as oitavas de finais. A animação estava por todo o canto, as ruas pintadas de verde e amarelo por onde quer que andasse, a empolgação em apostas envolvendo o placar final e conhecendo bem sua rua dava até para ouvir o hino nacional misturado com batidas de funk. Esse era o jeitinho brasileiro da situação que você amava.
Dentro da sua casa não estava diferente, o churrasco nos fundos estava a todo vapor junto com o som alto e o galvão narrando o primeiro tempo. A coitada de sua mãe andava para lá e pra cá a cada segundo com um prato diferente de comida, lasanha, uma panela de arroz, feijoada e jurou por Deus ter visto uma buchada de bode no meio, o motivo daquilo tudo?
── Não vai me ajudar em nada, peste? ── Grita lá da cozinha, você bufa fingindo estresse, caminha até a cozinha e encosta no balcão.
── Qual foi mano, você que inventou de chamar todos meus amigos para cá… eu disse que seria corrido. ── Sente um tapa bem na sua nuca, resmunga e massageia o local dolorido.
── Me respeite! não é "mano" é "mãe" e não é "você" é "senhora" ou "toda poderosa". ── Dá de ombros e espera o momento em que ela se vira para poder mostrar a língua sem que ela visse. ── E qual é o problema? Você vive saindo com eles, vai pra casa de uns e tudo, não quero que eles pensem que aqui em casa não se dá para receber visitas, claro que dá, eu que sou a dona!
── Não é isso, Mãe! Tenho certeza que eles nem pensaram nessa sua doidice… eu só não quero ver uns dando em cima de você! ── Sua mãe para de mexer a comida, cai na gargalhada.
── É o fardo de ter uma mãe gostosa, aceite essa lapada! ── Revira os olhos, sua mãe não leva a sério nada que vem do ciclo de amizade que você tem, já aceitou esse fardo.
── Fodase! Vou terminar de me arrumar, se esses cara chegar aí a senhora diz que eu logo apareço, tendeu? Eles vão tá mais preocupados em comer mesmo. ── enfatiza o "senhora", dá meia volta e entra no quarto.
── Cuidado com essa sua boca, jumenta! E não demora, daqui a pouco o jogo acaba e você não vê é nada. ── bate a porta, senta na penteadeira para continuar a maquiagem.
Claro que não era só sobre eles darem em cima da sua mãe, quer dizer, também era por isso, adorava brincar com esse tipo de piada, mas simplesmente não conseguiu lidar quando a piada voltou para você e envolveu sua progenitora, sobretudo era por conta dele em especial. E quando se referia a alguém do jeito mais desgostoso possível, esse alguém era Lee Donghyuck.
Não passava de um meio asiático metido a besta, que vinha com "oi princesa, cê tá lindona hoje" e acabava com toda sua postura ou então aquele perfume marcante, essencial masculino, que ele sempre usava e te fazia delirar no secreto desejando beijar quantas vezes fosse necessário aquele pescoço só para continuar sentindo o cheirinho bom. Nunca foi de dar muita bola pra nenhum menino, enrolava qualquer um que chegasse até o pobre coitado desistir e partir pra outra, talvez um dia admitisse que gostava da bajulação excessiva apenas para conseguir uma ficada com você, aumentava seu ego, te deixava feliz.
E é por conta disso que com Haechan ー um dos vários apelidos que ele tinha. ー foi diferente. Ele não correu atrás de você, foi direto, falou que queria um beijo teu ou até algo a mais, óbvio que o rejeitou, não que isso significasse que não o queria, claro que queria, apenas desejava que ele corresse atrás. isso definitivamente não aconteceu e nem aconteceria.
Não o quis? Beleza. Haechan não insistiria, nem te cercaria com a ideia até se tornar um idiota hetero top, ele só aceitaria e talvez partisse pra outra rápido demais. Aquele ego enorme te pegou desprevenida, não era acostumada com esse tratamento, machucou o seu dogma interior e infelizmente te fez desejá-lo.
Ah e ele sabia, Donghyuck sabia da sua intenção, provocava todas as vezes que vocês estavam juntos, ninguém sabia responder se toda aquela implicância era ódio mesmo ou desejo retraído, os dois levam tudo a sério demais. Dito isso, pensou, por que em sua própria casa aquilo seria diferente? Exatamente! Não seria e se lamentava por aquilo.
Tão perdida no próprio pensamento, brava só com a ideia de ter que aturar aquele cara insuportável se assusta com a silhueta do diabo parado bemm na sua porta, com postura relaxada e mãos no bolso, aquela maldita corrente de ouro que não saia do pescoço e o perfume marcante, filho de uma puta como odiava aquilo.
── O jogo não vai pausar pra você poder terminar de se arrumar não, queridinha. ── resmungou impaciente, confiante na dádiva de ignorá-lo até ele cansar, voltou a passar rimel.
Pelo espelho da penteadeira você conseguia ver Haechan andando pelo quarto, observava tudo, as vezes ria, um riso de zombaria ou sorria sugestivo, com aquele olhar travesso, um aviso nítido de que ele planejava algo pra te deixar zangada.
── Dá o fora empecilho do capeta, você tá me atrapalhando, não percebe? ── "Na verdade, não." Senta na cama tirando a Kenner que usava nos pés.
Você empurra a cadeira giratória e firma o pé no chão quando ela está de frente para Donghyuck, solta o produto que tinha em mãos, cruzando os braços.
── Vou ficar aqui até cê terminar, pra não demorar. ── O encarou incrédula, levanta da cadeira só para ficar cara a cara com ele.
── O que foi em? Você gosta de testar minha paciência? Vai ficar com os outros logo ou eu vou… ──
O restante da frase não saiu, percebeu muito bem quando o olhar dele desceu pra sua boca e parou ali de forma descarada, seu interior ferveu, mais tarde saberia explicar se era de raiva ou tesão.
── Uhum, uhum. ── te encara, puxa sua cintura num movimento só, te incapacitando de sair dali. ── Ou você vai o que?
Nada respondeu, concentrada em manter o ar de brava, este a qual já havia ido embora a muito tempo, não fez força para sair daqueles braços, nem queria.
── Tu não leva nada a sério mesmo né? Fica sempre de brincadeirinha, que perturbação. ── Haechan sorriu, dentre todos os outros sorrisos que já viu em seu rosto, aquele parecida diferente, mais presunçoso do que antes.
── Pode acabar com essa sua marra, tô ligado que cê quer me beijar. ── Pausou a fala, a mão esquerda deslizando em um carinho bem na polpa da sua bunda. ── Não se faz de difícil não, tu sabe que eu também te quero, pô.
Ponderou, mas ponderou muito, tinha que parar de ser tão difícil assim quando o próprio muleke que você queria dar uns pega tava bem na sua frente admitindo isso, deu o braço a torcer, jogando tudo pro alto, por enquanto nada de brigas ou implicâncias, o foco seria outro. Donghyuck percebeu pelo seu olhar a rendição pros charmes dele, queria muito fazer alguma gracinha na qual te deixasse com raiva, só que não fez. Levantou de onde estava só pra ficar em pé de frente pra você, colocou a mão envolta do seu pescoço te puxando por ali pra um beijo.
Falando em beijo, você poderia parar aquilo agora apenas pra aplaudir Donghyuck por aquela pegada. A forma como ele te segurava, trazia seu corpo pra perto do dele, mordia seus lábios, sorria durante o beijo e apertava sua bunda, poderia e estava indo ao delírio apenas com aquilo.
── Cê tá ligado que o jogo tá rolando, né? ── Diz depois de pausar o beijo.
── Ah, qual foi! Tu me enrolou pra caramba, quando consigo te pegar cê vai correr? Só um pouquinho, linda.
── Se minha mãe vim aqui e ver você me macetando ela vai matar nós…
── Fica de boa aí, cê tá preocupada demais, a porta tá trancada. ── "Como se isso adiantasse" pensou.
Só que, a ideia de ter ele macetando sua buceta, indo bem fundinho, era tão irresistível que resolveu se arriscar, o que era engraçado porque a minutos atrás não queria saber de beijá-lo e agora estava dando bandeira verde pra te comer.
Adianta o processo, tira a camisa do time brasileiro e o short que usava, entre beijinhos e carícias Haechan acaba fazendo o mesmo, segundos depois seu corpo já estava por cima dele, beijando a pele bronzeadinha enquanto rebolava, a cintura bem pertinho da virilha dele, o intuito era provocar. O Lee aceita de bom grado cada rebolada sua, tem pena de tirar a tua lingerie, acabar com aquela visão tão linda seria um pecado, rendido pela ideia apenas colocou o tecido de ladinho.
Passa o polegar por suas dobrinhas, fudidamente molhadas, ameaça enfiar, não faz, quer brincar com sua emoção, afinal, não seria Lee Donghyuck se agisse normal, certo? Você percebe a intenção, resmunga impaciente o encarando com aquele olhar de garotinha mimada, ele amava. Com a outra mão livre puxa seu cabelo, odiaria ter que bagunçá-lo em outras ocasiões, mas nessa nenhum pouco, em seus lábios tinha um sorriso sujo, esbanjando desejo, pedindo por mais desse toque bruto. Haechan só quer te olhar por cima, mostrar a autoridade que tem sob você mesmo com todo convencimento da sua parte.
"Toda desesperadinha em cima de mim, imagina se os outros ficassem sabendo da cachorra obediente que cê se torna quando um ta preste a te foder?" Delira, excita ainda mais só de escutar aquilo, como Donghyuck conseguia ser tão destrutivo assim? Não mede esforço, pressiona seu clitóris bem em cima do dedo áspero dele, você arfa com um gemido esganado na garganta. "idiota" deixa escapar. Aquilo não o afeta, pelo contrário, o instiga, sente seu líquido escorrer pelos dedos, iria perder a cabeça e te foder tão fundo, só que antes, antes iria te dar um pequeno trato.
Não te tortura mais, por enquanto. Te masturba rapidinho, deixa seu pontinho de prazer entre os dedos e esfrega com vontade, você revira os olhos presa naquele estímulo sem igual, desconta toda vontade de gemer o nome dele no peitoral moreninho, crava a unha, arranha e até o morde. Hyuck move os dedos, desliza de novo para sua entrada, sem rodeios dessa vez, entra com dois, em um movimento só. Geme frágil, baixinho, sente aquele ardor incômodo e gosta da sensação. O Lee faz questão de não deixar nenhum espaço sobrando, empurra os dígitos de maneira forte, fundo, entra e sai rapidinho alucinado por mais dos seus gemidinhos.
Enfraquece o corpo, as pernas tremem e uma sensação eletrizante percorre tudo, Haechan tampa sua boca, sente todo seu melzinho quente escorrer mais ainda pelos dedos os apertando sem poder controlar. "Me fode, por favor." Solicita, ainda embriagada com a sensação. "Cê gosta é disso né, lindinha? Tá apertando meu dedo igual uma virgenzinha e ainda pede por mais, nunca transou não foi?" Ficou calada, mordeu o interior da bochecha e não quis encará-lo, achou que poderia passar despercebida sem que ele notasse.
"Não…quer dizer, só com os meus dedos, tipo agora." Donghyuck riu desacreditado, é um prato cheio pra ele usar contra você depois.
── Não vou te foder agora. ── Admite, puxando sua calcinha pra fora do seu corpo.
── Mas eu consigo, cê disse que ia ser rapidin, qual foi hyuck, não faz isso comigo…── De fato, era muito bom pra ele te ver desse jeito, implorando por mais, mais dele, alguém que tinha "rejeitado" como os outros.
── Eu sou golpe, mas também não sou tanto, vai. Sua virgindade é coisa séria, lindinha, não vou tirar ela nas pressas como se fosse qualquer coisa. ── Sente convencida com as palavras e frustrada ao mesmo tempo, não era sempre que não lhe davam o que queria. ── Mas, a gente pode fazer outra coisa…
Os beijinhos no seu pescoço de repente ganham um toque mais carinhoso, complacente. "O que?" Murmura curiosa.
── Cê se esfrega em mim, do jeitin que preferir, igual cê tava fazendo no começo, lembra? ── Concorda. ── prometo que depois eu te fodo com bastante vontade e calma.
Abraça a ideia o ajudando a tirar a cueca. O pau pula fora, grande, meladinho com o pré-gozo e a cabecinha arroxeada, segurou a base, punhetou, vez ou outra roçava a mão na glande olhando para Haechan com falsa inocência. "Caralho lindinha, cê me faz perder o juízo…" Gemeu entre dentes tirando o cabelo suado da testa. Você parou com o estímulo, lambeu os dedos presunçosa sendo agraciada com o leve gostinho salgado. "Você vai deixar eu te mamar depois, Hyuck?" "Deixo quando você quiser, lindinha." Assente satisfeita, decide parar de enrolar, volta a ficar por cima, foi cuidadosa com a descida encaixando as dobrinhas no cacete do rapaz. Arrepia todos os pelos do seu corpo, se contém muito para não gemer como gostaria, no entanto não deixa de chamá-lo baixinho da forma mais manhosa que conseguia.
As mãos de Haechan foram diretamente pra sua cintura, apertando com força. Mexe o quadril, escorrega fácil sob ele, ambas intimidades molhadas trazem um som promíscuo agradável de escutar. Faz novamente, dessa vez com as mãos apoiadas no abdômen masculino, aumentando o contato, revira os olhos em puro êxtase com tão pouco, realmente uma virgenzinha metida a besta que só estava esperando por outra cantada de um cara gostoso convencido. Hyuck repara tudo, desde a delicadeza em seus movimentos até suas expressões, não abandona o sorrisinho, infla o ego quase de imediato só de pensar na quantidade de vezes que ia poder maltratar seu corpinho 'intocável' a partir daquele dia.
Agarra a pele da sua bunda, esmaga entre os dedos, não solta daquele aperto nem tão cedo, você aumenta a velocidade, querendo mais daquele prazer, a essa altura não era necessário explicar que já não ligava mais para jogo nenhum rolando, estavam presos no próprio mundinho, descontando uma pequena fração do tempo que perderam se odiando e também a falta da presença nos fundo da casa não havia sido percebida todos estavam ocupados e putos demais vendo a Croácia empatar nos últimos minutos.
Gozou de novo, dessa vez no pau do rapaz, gemeu o nome sem medo e pouco se fedendo caso alguém tenha escutado, aquilo foi o estopim para Hyuck que veio logo depois sujando a própria barriga e um pouco da sua virilha com a porra esbranquiçada. Você relaxou o corpo, deitou em cima dele assimilando a situação e se perguntando "fez aquilo mesmo com o idiota do Haechan?"
Quando apareceram nos fundos todos estavam desolados, a cara de confusão foi nítida até porque não tinha parado de acompanhar o jogo.
── O que aconteceu? ── Perguntaram em uníssono olhando para a TV.
── Tá vendo não, cega? A Croácia eliminou o Brasil de novo enquanto você se arrumava.
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idollete · 4 months
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acabei de perder 2h da minha vida vendo um filme sobre uma tonhona velha jararaca pedófila E nazista mas eles tentaram me fazer ter pena dela botando ela pra ser analfabeta, oh como ela é sofrida!!! por mim ela deveria ter virado camisa de saudades quando teve a chance 🍃 de verdade não entendi LEGAL o que eles quiserem fazer nesse aqui (ok eu entendi mas minha cabeça não me permite gostar disso) e simplesmente achei tenebroso, horrível, horripilante, assombroso, desgostoso, nojento, asqueroso, terrível, pior filme já feito sobre a segunda guerra mundial
tipo assim ????? o lek tinha QUINZE anos e a tonhona TRINTA, ela SABIA que ele era uma criança porque ELA CHAMAVA ELE DE KID e segundos depois tava DANDO PRA ELE sério é pra me fazer dar risada né só pode SÓ PODE!!!!!!!!!!!!!!
depois eles tentaram construir toda uma história de sofrimento pra cima dela sendo que a monilda LITERALMENTE sentiu mais vergonha de ser analfabeta do que ter sido responsável e permitido o assassino de uma penca de gente, sendo que a maioria eram MENINAS GAROTAS JOVENS
E DEPOIS!!!!!!!!! não satisfeitos com tanta miséria!!!!!!!! a mulher pegava essas meninas nos campos de contratação e mandava elas irem pro quarto dela de noite (eu gelei nessa parte e já tava esperando a segunda bomba na minha mesa) e mandava elas lerem pra ela. até aí tudo ok, né? NÃO!!!!! porque essa diaba fazia o MESMO com o MENINO, ela mandava ele ler pra ela também e tratava igual fazia com as garotas 🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻
minha honesta opinião é essa aqui 👇🏻
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e eu ainda achei que seu foi muitas estrelas, eu vou dar 1 só pq tem o ralph fiennes eterno voldemort
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mariliva-mello · 1 month
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Ela se jogou de cabeça!
Ela pensou que aquilo era o melhor pra ela...
Sabia que seria julgada, mas ela tinha certeza de que viveria uma história feliz indo por esse caminho e que ninguém poderia atrapalhar
Ela estava disposta a lutar contra tudo e todos para viver o que planejou
Mas não foi bem assim 😔
Tudo aquilo que ela acreditou desmoronou
Aquilo que ela pensou que lhe faria feliz, mudou seu futuro para sempre
A feriu e trouxe uma dor dilacerante no seu peito, marcando toda a história
Muitas vezes também temos a certeza de que será o caminho certo
E acabamos nos decepcionando, nos frustrando até com nós mesmos
Mas quando entregamos nosso caminho ao Senhor, Ele pode transformar o nosso futuro, que foi frustrado pelo presente desgostoso de nossas escolhas
Com Deus há esperança e um futuro
Ele lhe diz "Eis que tenho planos de lhe fazer bem! Transformarei sua história!"
M a r i l i v a Mello
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blues-nocturne · 1 month
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transverberação
É assim que sou feito, sabe Deus por que: vou sempre esperar que a luz de um bom futuro me atinja e me crucifique. Para isto, nem é preciso muito. Basta só que eu pare, e de repente todas essas coisas boas fluem de mim como a corrente tortuosa de um rio. O sopro natural de Zéfiro.
Como então explico que, nesta data que passa, sigo pesadamente triste? Eu tenho olhos tão desatentos quanto sonhadores, e por isso não sei o que me aguarda nesta nova revolução solar. Exceto que será um caminho de fogo. Fogo fixo. E no meu íntimo, saberei que estou sozinho. Sim, eu já sei que estou, e essas coisas que sei eu empunho como uma espada cega, um athame que foi arrancado de meu próprio peito no momento de meu nascimento.
Tento ferir a vida de volta. São tentativas infantes, tolas, e isto é bem a minha cara. De queda em queda eu fui costurando minhas experiências e saberes. Sabe o que aprendi nos últimos dias? Aprendi do modo mais amargo possível que eu só conseguirei tirar alguma coisa da vida se meu coração estiver em chamas ininterruptas. Que meu grande esforço por vezes não será suficiente. Que mesmo o meu amor mal resvala no sentido do outro. Que meu sentimento é meu inimigo oculto. E no entanto meu próprio calor deve me bastar. E que isso deverá ser o suficiente pela vida inteira da minha alma. Minha alma que, no escuro, canta para espantar o medo de não ser. Eu sei que, no fim do dia, não sou mais do que uma tocha apagada na fonte. Então é por isso que meu peito está tão tão tão frio, inferno? É por causa deste amor impossível, sem toque? É porque eu só posso observar a minha estrela azul cortar o céu para longe de mim — é porque, em meu destino, somente eu estico os braços no desejo de alcançar — e eu não queria que a esperança me encontrasse sozinho. Para além do espírito, eu queria alguém de corpo, carne e perfume para sofrer comigo, em silêncio confortável e redentor. Eu não queria ser tão esperançoso, nem tão ansioso. Eu não queria ter de manter a vela acesa até o último minuto da madrugada, e sim poder andar de pés descalços no vale da sombra da morte. E me saber corajoso, porque sou amado. Mas estou tão desgostoso, tão desgastado dos meus amores. Nada tem sido suficiente — e parece que só eu posso tentar. Eu estendo a mão e ela não a pega.
Mesmo no exílio das emoções, fico aqui sentindo algo vivo tomando-me por dentro. Quem é que mora aqui, é Deus? Por que este Deus não morde de vez este meu coração maltrapilho e fajuto? Eu deixo um rastro de fagulhas, de sonhos antigos que já se extinguiram. É como se eu adorasse as cinzas, por tudo que um dia significaram. Pela nostalgia do brilho que antes havia. E fico aguardando a fênix. Minhas mãos, tão ansiosas, também estão sujas — sujas de algo que não vão conseguir nunca construir.
Mas logo fecho os olhos, e então me é permitido voar. E de repente vejo.
Cena de verão límpido e iluminado. Calor vivo. Eu vejo fadas, elementais, anjos e demônios decorando o espaço invisível. Seres feéricos caçando astromélias e estrelícias, crisântemos e gerânios. Faunos e ninfas adormeceram no pasto — tudo é vivo feito pintura, e escuto a música da criação diretamente na pele. Tudo se exulta, tudo me exalta, e somente eu participo. Há êxtase em existir.
Vou percebendo tudo devagar — aceitando que também sou criatura de Deus. E que ele me fez por um motivo superior.
Sim, sim, o trabalho é em silêncio e a festa é no espírito.
É meu aniversário. Meu âmago está mais pesado que o Sol.
O que eu quero é incendiar o meu destino.
Ter o coração transverberado pela luz, ferido por delicadeza. O caminho por onde o lume se derrama. Farol aceso na constelação íntima do ser.
Queimando de amor divino.
Eu vou seguir a via cardíaca. E aquele que encontrarei do outro lado da morte será eu mesmo.
E para mim estenderei a mão.
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dead-n-heaven · 4 months
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Eu como símbolo de toda maldade nesse mundo e rainha de tudo o que é mais perverso e desgostoso que vc poderia imaginar, a encarnação do mal, venho dizer...
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@corrupted-willy @born-in-hell @braziliancryptid @phoenixdellaverita
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klimtjardin · 2 years
Note
como você acha que eles reagiriam/se comportariam indo a uma típica festa brasileira? com você conversando, abraçando as pessoas, bebendo e dançando
De lei, nenhum deles se acostumaria com o fato de que a gente beija e se abraça toda a vez que se vê. Vão ficar super sem graça caso alguém os aborde dessa forma.
Taeil: fácil de se enturmar. Dá uma caipirinha pra ele e seus amigos viram amigos de longa data dele, idem com seus familiares.
Johnny: ele ficaria só um pouquinho surpreso, mas mais por ser a primeira vez que te vê nesse contexto. Assim como o Taeil, logo se enturma. Pede para você ensinar ele a dançar como os brasileiros, arrisca falar em português e tudo.
Taeyong: como pra ele tudo é novidade, se admira de várias coisas e comenta com você, mas mantém aquela postura polida dele, acima de tudo ele quer causa uma boa impressão. Aos poucos ele vai se soltando e replicando os costumes, até se arriscar pra fazer churrasco. Se ele te vê dançando fica todo 😏 "não sabia que você sabia fazer isso".
Yuta: pra ele tudo é festa. Pode ser que cometa algumas gafes engraçadinhas que vocês irão rir, até se acostumar.
Kun: como Taeyong, ele vai ficar quietinho na dele observando. Pode ser que não se adapte tão fácil, mas não é algo que o faria desistir do relacionamento.
Doyoung: gosta de interagir e perguntar aos seus amigos/familiares sobre os costumes, se enturmar mesmo sem você por perto. Depois fica mais quietinho só observando e curtindo na dele. Não é grande surpresa que seus costumes sejam extremamente diferentes, ele já estava bem preparado pra isso.
Ten: no começo ele parece até desgostoso da situação, cinco minutos depois ele está dançando funk com seus amigos/família numa rodinha e falando mal de você com eles.
Jaehyun: ele fica todo :) e enquanto estiver bebendo e curtindo a música, não é um grande problema para ele.
Winwin: se incomoda com o barulho e a aproximação, mas como ele é muito educado, não deixa transparecer. Logo logo ele se acostuma, mas não vai mudar diante disso.
Jungwoo: de todos, acredito que ele seja o que mais se solta, mas sem querer ser igual a você e seus costumes, e sim, como ele é. Sabe aquela música do Tchan "essa é a mistura do Brasil com o Egito"? Assim, só que do Brasil com a Coréia, perfeitamente.
Lucas: também fica mais calado pelo cenário não familiar. Interage apenas com você e o necessário, pois gosta de te ver no seu próprio espaço. Você até vai achar que ele não gostou da experiência, mas ele gosta bastante e já pergunta quando é a próxima.
Mark: parece super confuso com tudo o que acontece, mas ao mesmo tempo não quer parecer alguém que faz desfeita ou que vá fazer seus amigos/familiares comentarem “ó lá aquele namorado chato de s/n”, então ele fica um pouquinho tímido sim, se tiver um doguinho na festa ele faz amizade com o doguinho.
Xiaojun: fica incomodado com a diferença de costumes, mas tenta disfarçar, apesar do semblante sério. É só uma questão de se acostumar, da segunda vez ele já vai estar mais aberto. “Você podia ter me avisado como eram as festas aqui kkkkk.”
Hendery: todo 👀 para tudo e qualquer coisa que acontece, se sente deslocado com certeza, tenta rir para disfarçar. Fica quietinho bebendo e comendo num cantinho até entender como a gente age, depois ele se solta mais.
Renjun: ri de nervoso cada vez que ele vê algo que o faz ficar “?”, do tipo seus amigos/parentes que gritam e se abraçam. Mas ele acha divertido.
Jeno: o mesmo que o Renjun.
Haechan: tímido apenas nos primeiros minutos, logo ele se solta e faz o mesmo que todo mundo, e vira da família.
Jaemin: ele é simpático com todo mundo, também se oferece pra assar o churrasco se tiver, mas prefere mais observar do que participar. Se for uma festa num clube ele se anima super, dança e tudo mais, mas provavelmente não vai uma segunda vez (ele não tem cara de quem gosta de ir à clubes).
Shotaro: se junta para dançar/beber e ferver com você.
Sungchan: se adapta super, conversa com as pessoas, parece que já nasceu de regata e chinelo havaianas. Assim como o Johnny, ele fica um pouco surpreso por ser a primeira vez vendo como você age nesse contexto.
Chenle: gosta de te observar com seus amigos e com seus costumes, apesar de ficar mais na dele.
Jisung: gruda em você feito um bebê, então, duvido muito que você tenha chance de fazer algo sem tê-lo enganchado em você. Provavelmente optam por ficarem sentadinhos conversando.
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bossyjuicyy · 5 months
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▬▬▬ ★ Tom Kaulitz 2008 × Fem!Reader
▬▬▬ ★ 𝗮𝗹𝗲𝗿𝘁𝗮𝘀 :: nada demais, apenas dedos machucados e fofura.
▬▬▬ ★ 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀 :: fiquei sabendo que o mecanismo de mensagens do wattpad vai acabar a partir do dia 30 desse mês, agora estou considerando a ideia de me mudar pra cá definitivamente 😭 perdão qualquer erro ortográfico, boa leitura <33
៹ ───` 𝗠𝗔𝗖𝗛𝗨𝗖𝗔𝗗𝗢𝗦, 𝑻𝑶𝑴 𝑲𝑨𝑼𝑳𝑰𝑻𝒁.
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𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐄𝐑𝐀 uma das noites mais esperadas por você; a noite qual seu namorado se senta em algum canto do quarto e decide praticar alguns riffs que você, particularmente os acha satisfatórios e harmoniosos. Sua cabeça repousou sobre o travesseiro macio, seu corpo sendo abraçado pelo cobertor grosso e aquecido enquanto você fechava lentamente seus olhos, ouvindo a melodia um tanto nostálgica atingir seus tímpanos carinhosamente.
E, em menos de alguns segundos, sua mente havia sido evacuada de qualquer pensamento tenebroso que pudesse lhe assustar, lhe preocupar. Seu peito, se esvaziando de sentimentos ruins e assustadores capazes de maltratar emocionalmente qualquer um. Tudo estava em perfeita sincronia, tudo estava em plenitude quando seu namorado, Tom, começava a praticar aleatoriamente por aquele quarto.
Logo, sons de passos calmos foram ouvidos, o que significava que ele estava começando a ficar animado com o riff que era tocado - caminhando de um lado para o outro, alguns tropeços aqui e ali quando seus dedos atingiam as cordas de uma forma um pouco mais bruta. A voz um pouco rouca começando a soar, fez você sorrir de olhos fechados ao notar que ele estava um tanto agitado, a letra da música que se era tocada saindo por entre os lábios dele.
Lentamente aqueles benditos dedos começaram a se moverem com mais rapidez, mãos ágeis sendo movimentadas contra aquelas cordas cumpridas. O riff estava começando a tomar um rumo conturbado, rápido e bruto demais para o que ele estava acostumado.
Creek!
Um som agudo ecoou, um estalo. Resmungos desgostosos soando logo após o barulho, o que fez você rapidamente se sentar sobre a cama, olhos assustados e surpresos sendo direcionados para o garoto alto que andava de um lado para o outro. Xingamentos baixos sendo desferidos, mãos juntas e seu semblante dolorido e angustiante.
── Porra. - Ele soltou baixo, diversos palavrões sendo soltos quando ele pôs a guitarra de forma atrapalhada em qualquer lugar.
Os olhos dele estavam fechados, seu rosto levemente vermelho pela dor que começava a formigar em seus dedos.
── Ei, ei Tom! - Você o chamou, atraindo a atenção do garoto atordoado. - Anda, vem aqui.
Ele caminhou até você, rosto emburrado como o de uma criança mimada enquanto andava rapidamente. Sentou-se na beirada da cama, impaciente.
── Mostra. - Você pediu, seriamente.
── Ah, não! Você vai querer passar aquele remédio horrível, não, não! - Negava, amedrontado.
── Me mostra logo, anda! - Você ordenou.
Mesmo contra sua vontade, ele esticou sua mão para você, resmungando e resmungando sobre como não queria ter aquele remédio ardido em seu machucado. Seus olhos caíram sobre o machucado, o sangue escorrendo levemente por entre os dedos esguios; eram apenas alguns leves cortes, mas que haviam causado forte impacto ao ponto de sangrar.
Um suspiro escorreu por entre seus lábios, suas sobrancelhas franzidas em tristeza pelo machucado feito.
Umedecendo seus lábios, você ergueu-se da cama macia deixando o garoto confuso para trás, que logo começou a reclamar desesperadamente quando a viu retirando de dentro de sua mochila uma bolsa, armazenando todos os pertences medicinais para tratar do hematoma. Um sorriso passou por seus lábios, risonha ao ver o medo do garoto.
── Ah, vamos lá, não é nada extremamente horrível assim. - Tentando convencê-lo, você se sentou ao lado dele novamente.
Tom escondeu a mão dos dedos machucados, negando com a cabeça que iria querer limpar os ferimentos. Mas mais uma vez, você venceu a batalha pegando a mão dele contra sua vontade e começou a analisar cada detalhe ensanguentado.
── Hm.. não foi tão feio assim. - Comentou, vasculhando dentro de sua bolsa o que precisava.
Um sorriso cresceu em seus lábios ao encontrar o procurado frasco de remédio, o sacudindo para cima e para baixo para misturar as substâncias existentes no líquido transparente. Tom bufou irritado, se dando finalmente por vencido.
O garoto virou o rosto e você tinha certeza de que ele estava fazendo um pequeno beicinho, apenas para aguentar a fraca ardência que lhe atingiria nos dedos. Umedecendo um pedaço do algodão, você começou a dar pinceladas leves e breves sobre o local afetado, limpando todos os resquícios de sangue da região.
E uma risada sua escapou quando o sentiu estremecer sobre os toques úmidos do algodão, xingando e murmurando ofensas horríveis não à você, e sim à aquele maldito remédio ardido.
── Acabou? - Ele perguntou um pouco irritado, voltando a lhe encarar.
── Espera. - Pediu enquanto enrolava os dedos em um curativo, sorrindo com seu trabalho bem feito. Um beijinho foi deixado sobre os dedos agora livres de qualquer sangue. - Agora sim, prontinho.
Ele sorriu, olhando para seus dedos agora limpos e cuidados. Uma risada fraca escapou, antes de ele direcionar os olhos até você.
── Obrigado. - Agradeceu, gentil. - Agora eu quero um aqui.
Ele ergueu o dedo indicador, apontando para os lábios em forma de um beicinho. Um brilho malicioso iluminou os olhos do garoto atrevido.
── Tudo bem, tudo bem. - Você riu.
E um breve selar foi deixado sobre os lábios rosados.
── Eu te amo. - Um sorriso cresceu em seus lábios ao ouvir isso. - Mas nunca mais usa esse maldito remédio em mim.
Concordando com sua cabeça, você gargalhou achando graça de que um garoto de grande ego como ele pudesse ser tão medroso com um remédio para uso infantil.
No fim das contas, você sempre usará esse remédio.
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nakakitty · 1 year
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"Se foi você que errou, por quê é que eu me sinto culpado?" - Johnny Suh
avisos: angst baseada na música Hotel Caro - Baco Exu do Blues e Luísa Sonza; menção à traição e ao Jaehyun; uso de bebida alcoólica e o Johnny é fumante (não recomendo, não fumem).
notas: mais uma pra fechar a noite, essa veio dos rascunhos.
Seu nome brilhou na tela do aparelho. Johnny apenas tragou o cigarro e expeliu a fumaça ignorando sua vigésima ligação enquanto bebia um gole de uísque sentado na banheira vazia do quarto do hotel que reservava para se encontrarem. Perdeu as contas do quanto fumou nessa noite apenas para relaxar a mente perturbada pelos acontecimentos da última semana.
Você e Jaehyun, quem diria. Riu desgostoso ao pensar sobre. Vocês não se amavam mais, não sentiam nada além do prazer carnal um pelo outro então por quê ele se sentiu tão mal de saber que você estava com outra pessoa? Talvez seja porque você está com o homem com quem o traiu, ou talvez ele não tenha te esquecido, afinal.
"Vai me ignorar até quando?", sua figura apareceu na porta do cômodo.
"Até você terminar com o Jaehyun. Namora e 'tá vindo me procurar pra quê?", Johnny respondeu a olhando com desdém.
"Você não me esqueceu mesmo...", você balançou a cabeça. "Sabe que não foi culpa minha."
"Então agora a culpa é minha? Você me trai com um dos meus melhores amigos e a culpa é minha? Agora eu vi mesmo...", Johnny responde nervoso.
"Não foi bem assim, Johnny.", você abaixou a cabeça, um pouco triste.
"A culpa não foi minha mas eu me sinto culpado. Acho que a única culpa que eu tenho foi de ter me envolvido com você, que sequer teve a coragem de me assumir, agora por favor, vai embora." Essas palavras a atingiram em cheio, você sentiu seu coração apertar. Acredite, doeu mais nele do que em você.
Assim você o fez, o deixou sozinho naquela banheira vazia fumando um cigarro, dominando os pensamentos dele mesmo que sem querer.
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dreanwitch · 8 months
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Never Give Up Your Dreams
Onde, uma funcionária de um karaokê explica para Denji que alcançar seus sonhos depois de lutar e dar seu sangue e suor em prol deles pode vir a ser uma merda, mas que ainda assim está tudo bem e que ele não precisa se preocupar, afinal, viver é sobre isso.
| Denji x F!Reader | - | 3.500 palavras | - | Conteúdo Sugestivo, sob o corte |
Denji caminhava lentamente pelas ruas movimentadas da cidade. Seu corpo seguia em completa letargia, um passo após o outro, e então tudo novamente, sem realmente prestar atenção no trajeto. Já havia repetido aquele trajeto incontáveis vezes, cada desvio e buraco pelas ruas já estavam gravados no fundo de sua memória.
Bastava ir reto, entrar na rua a esquerda então no beco a direita. Subir a rua novamente, e continuar caminhando até sentir o cheiro da barraca de yakisoba na calçada e então virar a direita novamente.
O ritual foi o mesmo de sempre. Cumprimentar o atendente feioso-cara-de-bunda da forma mais mal eduacada possível e em seguida caminhar pelo corredor barulhento.
Denji seguiu ininterrupto e então entrou tranquilamente na última porta vermelha à direita, da mesma forma que fazia todas as vezes. Ao tempo em que seguia em frente, cantarolou dando pulinhos alegres, atitude bastante controversa ao péssimo humor que o assolava em forma grandes nuvens de chuva escuras nos últimos dias.
Ele apenas não conseguia controlar as emoções direito.
No relógio localizado no topo da porta marcavam sete e quinze da noite. Um fato irrelevante para o garoto, afinal, ele não sabia olhar as horas no relógio analógico.
O terceiro passo foi o telefone. Segurando a respiração por um certo motivo desconhecido, pegou o aparelho no gancho da parede com os dedos inquietos e discou a única tecla disponível. Chamou algumas vezes, e, por fim, ela atendeu.
Era como se já o esperasse do outro lado da linha — Denji abre um sorriso imediatamente.
Ele sentiu o suor escorrer pela testa, ansioso. Gostava de pensar que ela realmente sempre o esperava.
— Oi! — Ele fala, meio nervoso e até meio alegre pela primeira vez na semana.
— Já chegou, é? — A voz do outro lado soa cansada. Denji solta uma risada e brinca com o fio do telefone, ansioso.
— Porra, cadê você, hein? Tá atrasada. — o menino questiona fazendo um bico de meio metro.
— Você lá sabe ler as horas no relógio para me acusar disso? — ele consegue visualizar o rosto zombeteiro dela quando escuta as palavras do outro lado da linha e em resposta, Franzen as sobrancelhas.
A voz dela soou divertida. Denji vacila um pouco com o comentário astuto, olhando para o relógio de ponteiros e números romanos no topo da parede da sala. Aquilo foi o suficiente para sua mente entrar em combustão espontânea.
Ele realmente não tinha a mínima ideia do que aqueles pontinhos significavam. O que ela disse não estava errado. Entretanto, em sua defesa, sempre quando ele chegava, ela o estava esperando na sala. A garota havia o deixado mal-acostumado.
O jovem caçador de demônios até tenta falar mais algumas coisas em resposta, mas acaba não tendo nada coerente para dizer. Sendo assim, decide desligar, ainda ostentando em seu rosto uma carranca. Desta forma, Denji vai logo se sentar no sofá fedido de grudento, observando as luzes coloridas girarem no teto. Estava morrendo de fome e mais desgostoso com a vida do que nunca.
Demora um pouco, mas a maçaneta velha da sala chacoalha um pouco e então a porta é aberta. O menino vira a cabeça ao minimo sinal de som quase que imediatamente, levantando o corpo do apoio do sofá para se voltar em direção a entrada da sala.
Um rangido feio, cheio de agonia vem das engrenagens velhas da fechadura da porta de madeira anuncia finalmente a entrada da funcionária. Sua silhueta brilha como a de um anjo em uma visão de sonho, enquanto a luz branca e forte atrás dela ilumina o corredor. Um anjo com um cheiro maravilhoso de fritura.
A jovem carrega uma bandeja com refrigerante e uma porção gigante de batatas fritas oleosas e murchas cheias de queijo. O que apenas faz o favor de tornar aquela visão ainda mais divina e abençoada para Denji.
O jovem garoto engole seco enquanto a observa caminhar em sua direção. Então sua apatia recente dá lugar a uma agonia fulminante. Suas mãos estão suadas e seu coração bate rapidamente.
Ela tem aquele cheiro de perfume de flores misturado com um aroma forte de fritura, o que torna tudo delicioso e sobrecarrega a mente de Denji quando domina a sala. Ele inspira fundo para egoisticamente tentar roubar com seus pulmões todo aquele perfume delicioso que estava sendo desperdiçado se espalhando pelo cômodo assim.
— Aqui seu refrigerante. — ela riu, olhando Denji nos olhos ao mesmo tempo que colocava os lanches sobre a mesa. O garoto perde alguns segundos assistindo à menina desamarrar o avental e o jogar em um canto da sala antes de se sentar e começar a mexer no celular. Quer dizer, aquilo era algo quase íntimo, não era? Se ele se esforçasse, talvez pudesse imaginar que ela estivesse tirando outras coisas também. — o pensamento gerou nele um sorriso abobalhado.
Sempre quando ela retirava o avental ele tinha um leve vislumbre do seu sutiã através na blusa transparente do uniforme e... — ele bateu nas bochechas com ambas as mãos, balançando a cabeça de um lado para o outro logo em seguida para dissipar os pensamentos. Chega de peitos por um tempo, Power já havia o traumatizado o suficiente. Ele não confiava mais em nada que via.
Assim, Denji não permitiu sua mente vagar por muito mais tempo e tratou logo de atacar as batatinhas murchas e encharcadas de óleo que foram recolhidas dos pratos dos últimos clientes.
Notando que a garota o estava atentamente observando em silêncio, ele apontou para ela com uma batatinha, com a boca cheia após um longo gole de refrigerante e "charmosamente" perguntou:
— O que foi?
Ela deu de ombros para a pergunta mesquinha de Denji e tomou sua bebida.
— Você é muito feio comendo, Denji. — a jovem respondeu simplesmente e foi a vez do garoto dar de ombros e retrucar:
— Pelo menos sou um feio de barriga cheia.
As conversas dos dois eram sempre assim, curtas e grossas. Começavam das formas mais variadas e flutuavam sobre os mais diversos tipos de assuntos, com a maioria deles sendo completamente irrelevantes, como por exemplo: por que pombos são animais tão feios e sem alma? Ou se cachorros fossem chefs de cozinha, que tipo de coisas iriam cozinhar.
Denji não tinha o mínimo de tato, mas aquilo a divertia bastante. Discutir com ele nunca levava a lugar algum e os assuntos eram intermináveis e variados.
Como de costume, desde que havia iniciado seu trabalho na divisão pública de caça, ele começou logo a falar sobre os últimos acontecimentos e demorou por um longo tempo, visto como sua vida andava bastante agitada nos últimos tempos. Bem mais que o comum, até para o Denji.
De toda forma, a garota se acomodou no sofá bastante satisfeita em ouvir Denji com suas lamurias ao mesmo tempo que rolava o feed do instagram. Ela etava mais que feliz em poder o escutar reclamando de algo simples, como ter que fazer a limpeza da casa ou dar descarga no vaso, já que a colega de quarto não se importava o suficiente para fazer isso.
Contudo, enquanto ele falava, a garota notou facilmente sua falta de entusiasmo, Denji parecia frustrado. Muitas vezes parando e encarando o nada em silêncio, enquanto mastigava as batatas.
Ela aguardou pacientemente ele contar sobre seu último grande empreendimento no resgate de um gato que estava sendo refém e caiu na risada, incrédula com tudo o que o jovem caçador de demônios havia lhe contado em primeira mão sobre o desfecho da história.
— Então quer dizer que sua amiga estava usando enchimento de sutiã? — A menina limpa as lágrimas dos cantos dos olhos e segura a barriga com força, rindo das mágoas de Denji. Sempre muito solidária enquanto ele despejava toda sua frustração para fora, reclamando do golpe que Power havia passado nele por causa da porra de um gato.
— Não dê risada de mim! — Denji grita com ela, possesso, empurrando de leve o ombro da menina. Ela respira fundo, tentando conter a gargalhada aos poucos e falha algumas vezes antes de ter sucesso. O grande absurdo de toda aquela situação deixava tudo quase inacreditável. Caso não conhecesse Denji como conhecia, nunca iria acreditar em nada parecido com o que ele tinha acabado de relatar.
— Me dá um motivo pra não dar? Cá entre nós, você é bem ridículo.— Ela aponta, jogando uma batatinha na boca dele. Denji faz uma careta e apanha o petisco com a boca, quase abocanhando o dedo dela junto. A jovem repete o processo e se prepara para jogar outra batata frita na boca de Denji, mas dessa vez o engana e a come, atiçando ainda mais a fúria de do menino.
A garota assiste Denji pegar um punhado de batata ainda mais revoltado e mastigar com raiva para não ter que falar com ela novamente. É engraçado. Ela sorri e por fim, volta sua atenção para as redes sociais novamente, ves ou outra olhando de canto para o amigo, ainda se lembra bem de quando o conheceu pela primeira vez.
Seus amigos estavam todos em uma roda em volta de um garoto estranho. Curiosa, ela foi logo verificar o que estava acontecendo. Aparentemente, todos estavam atormentando um menino de rua que, surpreendentemente, fazia qualquer coisa por alguns trocados.
Eles testavam para ver até onde o menino poderia ir e como ela não tinha nada de bom para fazer no momento, decidiu se juntar à brincadeira que perdurou por alguns dias até que o grupo de adolescentes se tornasse desinteressado. Mas foi bom enquanto durou, o menino era bem ridículo e aquilo a divertia bastante.
— Vai se foder.— Denji mostra do dedo do meio para a garota, que, novamente, cai na risada. Agora em resposta à toda bravata dele.
Ela relaxa no sofá ao lado dele e guarda o celular no canto, voltando toda sua atenção para o amigo. Na cabeça dele parece existir apenas ar em um espaço vazio. Ela sorri.
Uma vez sozinha na companhia do estranho garoto, a menina o convidou para aparecer ao fim do dia no karaokê onde ela trabalhava para pegar algumas sobras. Talvez por pena, talvez por tédio, mas independentemente do motivo aquilo se tornou algo recorrente a partir de então.
E mesmo que não se resumisse mais apenas a ela buscando descobrir até onde o garoto faminto iria por algumas sobras de batatas fritas do lixo que sobravam dos pratos dos clientes. Apenas estar na companhia dele já era simplesmente muito bom e leve, as vezes falta um pouco desse tipo de sensação no dia a dia.
Seu novo amigo não tinha a mínima vergonha de mendigar. Contudo, aparentemente as coisas haviam mudado um pouco de uns tempos pra cá, já que ele havia aparecido com os dois olhos, supostamente as duas bolas e alegando um emprego como caçador de demônios após se fundir com seu cachorro motosserra.
Ah sim! Também tinha Pochita, ela definitivamente sentia muita falta dele durante as visistas de Denji. Nunca em sua vida havia antes imaginado que um demônio pudesse ser tão fofo.
— Assim eu fico triste. Sabe que eu amo esse seu jeitinho, né? — Ela brinca e se finge de ofendida, cutucando a bochecha de Denji com a unha colorida de esmalte descascado. O garoto não evita corar, mesmo sabendo que ela está rindo dele. Os sentimentos em seu peito são bastante conflitantes, mas ele sabe bem que gosta muito daquela sensação de formigamento que ser feito de bobo por uma mulher bonita causa nele. Além do mais, ela tinha acabado de dizer que o adorava, isso deveria significar alguma coisa, certo?
Denji pensa em Makima por um segundo. Ela não ficaria mal com isso, não é mesmo? Ele não estava fazendo nada de mais...
Como de costume, eles seguem com a conversa enquanto compartilham o lanche.
Aliás, outro ponto sobre ele o qual a jovem gostava muito era que a vida de Denji vida era tão absurdamente terrível que, quando colocada em comparação, servia de anestesia para a dor dos próprios problemas. Era muito bom poder olhar as coisas de outra perspectiva de vem em quando.
— Enfim… ultimamente as coisas estão bem merda. — Denji termina seu monólogo sem chegar a lugar algum, esticando-se no sofá grudento. Ele gostava de verdade de ter alguém com quem apenas reclamar das coisas sem pensar muito e ainda por cima, fazer isso enquanto come algumas batatinhas. Era o auge. Pochita também adorava tudo aquilo.
Além disso, acima de tudo, ele gostava dela. Ela tinha um corpo gostoso, um cheiro maravilhoso e sorriso bonito... mas muito mais que isso, pois muitas garotas têm um sorriso bonito... ela o olhava como se o entendesse e realmente parecia interessada em sua vida de merda. Perguntando sempre o que ele havia feito no dia, mesmo que soubesse que a resposta iria consistir basicamente em vasculhar lixo, cortar madeira e eliminar demônios. Nenhum ser humano antes havia o considerado interessante o suficiente ou digno de um olhar mais profundo.
Nada que Denji havia experienciado até hoje, nem mesmo a mais doce e saborosa das geleias, conseguia se comparar com aquela sensação calorosa de ser escutado de verdade, aquela que te deixava com vontade de falar por horas e horas e horas a fio, por mais merda que seja aquilo que ele tenha a falar. Era inexplicavelmente bom.
— Então… resumindo tudo… quer dizer que você caiu numa crise existencial sobre o vazio de perseguir um sonho e percebeu que nunca foi o que você imaginou? — Ela, que agora apenas tinha se limitado a responder a tudo que ele dizia como monossílabos até o momento, decidiu se manifestar. Olhando para Denji com olhos grandes e curiosos, enquanto lambia os dedos engordurados.
Ultimamente, as questões e problemas que ele trazia estavam chegando em um nível mais complexo e o fazendo ter de pensar.
Era engraçado o assistir sofrer, enquanto os seus neurônios se esforçaram para concluir um pensamento funcional sobre qualquer coisa minimamente complexa.
— Bem-vindo ao mundo real. Agora deixa eu te contar uma parada, Denji. A culpa foi sua, pequeno gafanhoto. — Ela fala, séria. Agarrando um dos ombros dele.
— Minha? — Denji questiona, confuso.
— É. Você colocou expectativas demais em uma coisa sem pensar direito no que estava fazendo. Basicamente quis chegar sentando na janelinha e tomou no cu. — Zombou.
— Mais você tá uma merda hoje. — Denji deu um tapinha no ombro dela e virou a cara.
— Na verdade, tô uma merda todo dia. E é apenas assim que a vida funciona, saca? Nem tudo vai ser como você planejou, então nunca se limite a apenas uma meta. Agora que você percebeu que um teto quente e comida na mesa não e tudo, trace varias novas metas e tome várias vezes no cu para as alcançar. Uma hora ou outra, vai acabar se sentindo realizado por tudo. Seja pelo o que consegiu, ou pelo caminho que trilhou para chegar até lá. Bom, talvez...
A jovem termina seu monólogo e da de ombros. Desta vez, seu tom de voz é mais suave e Denji presta atenção no que ela tem a dizer em silêncio, apesar do ponto de vista pessimista. Nada do que ela disse faz muito sentido na cabeça dele.
A garota riu baixinho do próprio conselho, defendia o ponto de vista, apesar de não saber exatamente como aplicar aquilo na própria vida. Talvez estivesse vendo muitos vídeos de filosofia existencialista no YouTube.
De toda forma, doi estranhamente bom, entrar naquela rara conversa mais profunda. Quem diria que o assunto surgiria por causa de um gato e um enchimentos de sutiã.
— Uau, eu com certeza estou bem animado agora.— Denji murmura.
A garota fecha cara diante do comentário azedo do amigo, mas ainda assim se sente bem. Estava meio orgulhosa de si mesma pelas palavras e de Denji também, mesmo sem entender bem o porquê.
Talvez ele mesmo não percebesse, mas estava cada vez mais diferente desde a primeira vez em que eles tinham se encontrado, diferente de uma forma boa.
— Consigo ver a milhares de quilômetros de distância. — Ela olha para ele de canto, desacreditada, sem dar muita atenção procurando pelo telefone no bolso da saia do uniforme para dar uma última olhada no Twitter antes e voltar ao trabalho.
— Ei… todas as coisas são mesmo assim? — Denji se inclinou lentamente em direção à garota, falando baixinho e olhando para ela de canto. Perguntando quase como quem não quer nada.
Não queria bem transparecer sua incerteza sobre as coisas e parecer um idiota. Mas, ao mesmo tempo não tinha outra pessoa a quem perguntar, Power com certeza não saberia lhe responder aquilo e ele também ainda estava meio puto com ela por conta das próprias frustrações. Aki não tinha muita cara de manjar dessas coisas e ele estava envergonhado com a ideia de questionar Makima, mesmo gostando muito dela. Quer dizer, ele não queria parecer uma criança que não sabe de nada na frente dela.
— Mais ou menos… — A menina suspirou profundamente e virou-se de frente para ele. — A questão Denji é… bom, não se preocupe muito com isso, sabe? — Ela deu um tapinha de leve na cabeça dele e bagunçou seus cabelos loiros.
— Você é tipo um filhote de cachorro experienciando as coisas pela primeira vez. Todos nós somos na verdade, tá meio que todo mundo vivendo pela primeira vez. Nem tudo vai sair da forma como você sempre sonhou, afinal, você em sabia como sonhar. Muita coisa também vai dar errado na sua vida, tipo muita coisa mesmo. Olha pra mim, eu já tentei fazer muita coisa e me sinto uma merda por isso. Estou quase reprovando no colegio e tudo o que eu tenho é a bosta de um trabalho de meio período que eu achei que iria resolver minha vida, mas tudo o que ele me trouxe foi vontade de falecer. E olha que eu ainda tenho muito o que viver, então isso não é nem o começo. — Ela reclamou. — Faça o que você faz de melhor e só não pense muito sobre isso, tudo bem?
Denji assente, mesmo sem registar bem o significado daquelas palavras agora, ele ainda vai pensar sobre isso de forma profunda mais tarde. Sua voz passa a sensação de que ela compreende os seus sentimentos, sentimentos esses que nem ele mesmo entende, ou achou que fosse capaz de sentir. De toda forma, ele está feliz agora. Olhar nos olhos dela é difícil, então ele se limita a abaixar a cabeça, corado.
— Ah! E outra coisinha. — Ela sorri para ele se divertindo com uma ideia travessa que surgiu de repente em sua mente. — O mais importante de tudo é nunca deixar de tentar perseguir seus sonhos nem de tentar, mesmo se tudo der errado e parecer uma bosta. Afinal, às vezes a vida pode ter pena da gente e decidir dar uma recompensa por ser resiliente.
Dito isso, a jovem se levantou e ficando de frente para o amigo agarrou a mão direita de Denji com a sua palma macia e gordurosa. Segurando as costas das mãos dele com suavidade, trouxe até o seu rosto e então esfregou a bochecha contra a mão calejada do garoto. Sorrindo para ele, parecia até que era inocente, as bochechas tingidas de vermelho.
Denji engoliu seco.
— Denji, você quer tentar novamente, não quer? — Ela perguntou para ele com a voz manhosa, um sorriso sapeca nos lábios.
Denji que apenas a observava com os olhos arregalados enquanto afundava no sofá assente com a cabeça. Ele não sabe ao que ele está se referindo agora, mas independentemente do que for, ele quer. E como quer.
— Quero sim! Quero muito! — O garoto praticamente grita, esbaforido sem saber bem com o que ele estava concordando mesmo. Sua pobre mente estava em branco e ele não conseguia pensar em nada, preso naquele momento igual a um cervo preso no cruzamento, observando o carro enquanto espera pelo momento de ser atropelado.
E, inferno, aquele carro parece que vai bater com tudo para cima dele.
Denji não consegue mais olhar diretamente para o rosto dela. Sem poder recuar, ele engoliu seco e olhou para baixo fugindo do olhar intenso dela, o que não exatamente melhorou sua situação. Afinal, ele deu de cara com aquele monumental e lindo par de peitos balançando perto demais dele. Pareciam até estar o chamando.
Denji ouviu uma risadinha e olhou para cima cautelosamente.
— Que tocar neles? — Ela pergunta baixinho, como se estivesse lendo a mente dele. Suas bochechas estão rosadas.
— O quê? — Denji estava atordoado. Aquilo não parecia lá muito real, ele já havia fantasiado com isso algumas vezes então duvidou da própria sanidade. Não podia ser real, se fosse assim tão simples, ele teria perguntado antes.
A falta de resposta deixou a jovem inquieta. Ela observou Denji alguns momentos, ele alternava entre encarar seu rosto e os seus seios pesados de boca aberta, quase babando. Sem mais hesitar, ela segurou ambas as mãos de Denji e as colocou sobre os seios salientes, pressionando com firmeza, incentivando o amigo a apertar os montes macios com vontade.
Guiando as mãos dele com movimentos circulares enquanto estava de joelhos no sofá, inclinada sobre ele. Muito perto. Denji podia sentir o cheiro doce que ela tinha misturado com cheiro de comida. Era perfeito.
Ele estava no céu, nem sequer sabia descrever a sensação. Já tinha ido dormir mais de uma vez pensando em uma situação similar àquela, mas nunca sequer imaginou que algo assim fosse possível de um dia acontecer com ele. Mas muitas coisas boas andavam acontecendo ultimamente, então por que não ser grato? Além do mais, nada que ele pudesse imaginar havia o preparado para a sensação real da coisa.
Mais uma vez ela riu, agarrando as mãos dele para fora do alcance ao abrir os braços. Sua expressão confusa foi divertida, ele parecia uma criança após alguém ter tomado o seu brinquedo ou doce preferido. Denji teria protestado se não fosse pelo fato dela, logo em seguida ter unido as mãos atrás do pescoço dele, trazendo ele para perto da maciez do seu corpo novamente.
Merda pochita, tá vendo isso, né? — Ele pensou eufórico.
Denji fechou os olhos sentindo-se no céu, com o rosto no meio dos peitos da moça, enquanto ela o guiava a apertá-los. Se não estivesse sentado e encurralado teria caído no chão. Suas bochechas estavam quentes e ele parecia até aflito, atônito demais com a situação.
Boquiaberto e sem reação, apenas sabia estar adorando. Sabia que seu pau não tinha perdido tempo e estava duro, e como se soubesse ela encostou a ponta do joelho ali. Ela era um anjo e, ao mesmo tempo o pior demônio do inferno e uma vagabunda e ele estava completamente apaixonado por ela (para variar). Ela riu baixinho, soltando ele e segurando suas mãos, antes de se sentar na mesinha.
— Esse tipo de coisa não pode ser feito com qualquer pessoa. Sinta-se especial. — Ela murmurou. — Mas eu até entendo você nessa questão de expectativas e tudo mais. — ela falou como se nada houvesse acontecido, cruzando as pernas na mesinha e os braços rentes ao peito. — Quando eu tive meu primeiro beijo a sensação foi a mesma. — afirmou.
— Beijo?…— Denji repetiu em um murmúrio, ainda se raciocinando direito.
— Sim. Eu imaginava que ia ser igual nos filmes e nas fanfics e tava doida pra poder beijar logo. Escolhi o primeiro cara bonitinho da escola e tomei no rabo, foi horroroso, ele deixou a língua dele parada na minha boca. Parecia até uma lesma morta. Irck. — Ela estremeceu com a lembrança.
— Uma lesma? Mais que merda. Sabia que uma vez eu achei umas no meu barraco depois da chuva? Eu tava morto de fome e comi todas elas junto com o pochita. Não foi tão ruim. —
Ela ri dele. — Você é um cara bem nojento.
— Valeu. — Ele riu meio orgulhoso, afinal, pareceu um elogio. Ainda um pouco nervoso, Denji olhou para a garota, fazendo uma careta estranha enquanto batia a ponta dos dedos no sofá. — Aí, me deixa enfiar a cara nos teus peitos mais uma vez? Assim, uma última vez antes de ir para casa.
A garota ficou surpresa com a ousadia, então riu baixinho de Denji dando de ombros.
— Nem. Meu intervalo terminou. — Ela deu um tapinha no ombro dele e vestiu o avental novamente. Denji olhava para ela com a cara de um cachorro que havia acabado de cair da mudança. Era meio triste, deplorável e fofo em simultâneo. — Talvez outro dia, quando eu estiver de bom humor. Se você der sorte, talvez da próxima vez eu até fique sem sutiã para você.
E com isso, saiu da sala deixando um Denji completamente incrédulo para trás, dando pulinhos em cima do sofá enquanto comemorava a estranha vitória com uma dancinha. Ele agradecia a Power mais tarde por, sem querer, ter acabado causado tudo isso.
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waves-and-babes · 19 days
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Quem: @navegadorsolitario Onde: Oceanus Adventure
Parte de si se sentia um pouco culpado sempre que se animava demais quando encontrava com Robert, talvez por que parte de sua mente se preocupava de estar traindo a confiança da família de Ariel ou de não intencionalmente acabar guiando a cunhada para a morte inevitável. Ainda que o príncipe odiasse aquela ideia de coisas inevitáveis, nunca gostou de se sentir controlado ou como se não tivesse opções. ❝Você fuma?❞ Perguntou enquanto pegava um cigarro, estavam em uma área mais afastada do movimento do parque, destinada majoritariamente aos funcionários e longe dos peixes fofoqueiros. ❝Tenho tentado parar, mas uma vez que se começa é difícil parar... Mas não nego que tenho uma motivação mais forte pra parar agora.❞ Fez uma careta ao seu lembrar de Úrsula, a ideia de possuir qualquer coisa em comum com a bruxa do mar lhe deixava desgostoso e pensar que quase se casou com ela um dia. Mas mesmo que dissesse aquilo, não impedia Eric de estar fumando outra vez, era como se agisse antes que o cérebro computasse suas ações de verdade. ❝Já se encontrou com a Úrsula?❞ A pergunta poderia ser súbita, mas era justificada, Eric sabia melhor do que ninguém o quanto a bruxa marítima poderia enganar aqueles que não a conheciam.
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ativonaocirculante-1 · 9 months
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É que também, só escrevo quando ninguém está observando, quando ninguém sabe como posso ser egoísta e mordaz. Assim como a masturbação individual e prazerosa. Não gosto de cobranças, não gosto quando cruzam os braços e lançam um beiçinho de pena para mim. Temos que ser honestos o tempo todo. Eu tenho um certo nível de agressividade. As palavras ajudam, a vida não.
A gordura é o que há de mais antigo dentro de mim.
A vontade de comer corrói o meu estômago, assim como os cupins corroem a madeira do meu quarto. E estou tão entediada, estou no fundo do poço, logo abaixo daquela densa e pesada merda condensada. Os meus dias são disciplinados e insignificantes, não acontece nada de surpreendente. A vida foi ficando lenta, desinteressante, e tudo gira em torno de calorias, comida, exercícios, compulsão e metas. Vivo um alqueire de terra nivelado, não há um morro sequer, tudo limpo, vasto, infinitamente desgostoso. 
Cada pensamento, cada fissura na minha pele está dizendo “Morra, morra como uma louca”.
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crvants · 22 days
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✶ 𝗪𝗘   𝗗𝗢𝗡'𝗧   𝗧𝗔𝗟𝗞   𝗔𝗕𝗢𝗨𝗧   𝗘𝗩𝗔   𝗟𝗨𝗡𝗔         ❜   task   001   .   
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apesar  das  enormes  janelas  e  do  belíssimo  dia  que  acontecia  lá  fora  ,  o  primogênito  mantinha-se  no  computador  ,  enfurnado  na  biblioteca  de  sua  casa  .  até  os  melhores  livros  dentre  os  milhares  que  haviam  ali  ,  eram  incapazes  de  roubar  sua  atenção  .  e  ,  bem  ,  vicente  era  um  ávido  leitor  —  quando  a  leitura  era  de  seu  interesse  ,  é  claro  .  ler  artigos  publicados  por  seus  professores  não  era  bem  sua  praia  .  porém  ,  a  notícia  sobre  a  morte  de  uma  tal  de  eva  luna  cativou  toda  sua  atenção  .  o  quê  mais  o  surpreendeu  foi  a  similaridade  entre  ela  e  o  falecimento  de  sua  namorada  ,  linnet  .  ambos  os  corpos  encontrados  no  mar  de  mallorca  ,  altos  índices  de  álcool  e  substâncias  no  sangue  .  talvez  ,  mallorca  fosse  um  lugar  amaldiçoado  ,  especialmente  a  água  extremamente  azul  .  preferia  acreditar  que  era  uma  circunstância  de  exagerada  coincidência  ,  do  quê  algo  sobrenatural  .  a  convivência  com  saavedra  estava  cegando  um  pouco  seu  raciocínio  lógico  .  há  onze  anos  atrás  ainda  era  um  adolescente  e  sequer  lembrava  de  ter  visto  qualquer  coisa  relacionada  à  eva  luna  .  
a  única  coisa  que  o  fez  desviar  atenção  da  tela  brilhante  foi  o  ranger  da  porta  ,  então  ele  girou  a  cabeça  para  flagrar  quem  o  incomodava  .  se  fosse  a  irmã  ,  ela  certamente  escutaria  horrores  .  mas  ,  para  a  sorte  dela  ,  eram  apenas  os  pais  .  sua  mãe  ,  elegante  como  sempre  ,  caminhou  em  sua  direção  ,  os  saltos  ecoando  contra  o  chão  de  madeira  .  ‘  meu  filho  ,  você  precisa  desfazer  as  suas  bagagens  .  sabe  que  não  temos  mais  a  empregada  para  fazê-lo  por  você  .  ’  disse  ,  colocando  ambas  as  mãos  sobre  os  ombros  de  vicente  e  dando  uma  leve  apertada  .  com  os  gastos  do  pai  ,  que  se  mantinha  escorado  no  vão  da  porta  ,  foi  necessário  cortar  alguns  gastos  .  e  ,  por  causa  dele  ,  viviam  como  se  fossem  pobres  coitados  .  ‘  certo  ,  mãe  .  assim  que  eu  acabar  aqui  ,  farei  isso  .  ’  a  assegurou  ,  oferecendo  um  pequeno  e  desgostoso  sorriso  .  ela  estava  prestes  a  deixá-lo  ,  quando  ,  de  repente  ,  o  filho  a  fez  uma  pergunta  que  quase  foi  capaz  de  arrepiar  os  pelos  de  sua  nuca  .  ‘  vocês  chegaram  a  conhecer  essa  tal  de  eva  luna  ,  certo?  a  morte  dela  está  em  todos  os  jornais  .  ’  interrogou  ,  curioso  .  a  progenitora  foi  incapaz  de  esconder  o  imediato  desconforto  ,  respondendo-o  com  um  sorriso  amarelo  .  ‘  sim  ,  meu  filho  .  costumávamos  frequentar  alguns  eventos  juntos  ,  mas    já  faz  muito  tempo  que  isso  aconteceu  ,  não  a  conhecíamos  muito  bem  .  ’  por  mais  que  a  voz  fosse  assertiva  ,  ele  soube  que  aquela  não  era  a  verdade  .  pois  bem  ,  assim  como  os  pais  ,  também  era  um  mentiroso  nato  .  
‘  e  você  ,  pai?  ’  vicente  perguntou  ,  encarando  o  homem  distante  dele  .  fora  uma  pergunta  o  tanto  quanto  provocadora  .  o  jovem  e  o  pai  não  estavam  em  bons  termos  há  muito  tempo  ,  desde  que  recebera  a  notícia  sobre  os  maus  hábitos  alheios  .  então  ,  apertá-lo  ,  naquele  momento  ,  pareceu  a  decisão  correta  apesar  de  não  gerar  nenhum  fruto  .  ‘  bem  .  .  .  ’  a  frase  foi  interrompida  por  um  pigarro  ,  quase  como  se  precisasse  daquela  interrupção  para  formar  um  raciocínio  coerente  .  espalmou  as  mãos  na  calça  ,  secando  o  suor  .  ‘  é  como  sua  mãe  disse  ,  não  a  conhecíamos  muito  bem  .  ’  confirmou  a  versão  da  esposa  .  ‘  o  almoço  já  estava  quase  pronto  .  estamos  te  esperando  para  podermos  almoçar  .  ’  disse  ,  por  fim  .  com  a  sua  partida  ,  a  mulher  entendeu  que  também  deveria  ,  seguindo  o  marido  .  almoço  em  família  é  uma  ova  ,  pensou  vicente  .  estavam  ,  mais  uma  vez  ,  escondendo  algo  dele  e  era  só  questão  de  tempo  até  isso  explodir  em  suas  faces  .   
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