#de texto ele já sabe só falta saber ler pessoas direito
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"É o que posso garantir" não queria prometer algo e depois não conseguir cumprir, seria péssimo. Mas logo ouviu com atenção o que Kaveh disse, e por dentro entrou em desespero. Ok, ele acha que entendeu, mas e se tiver entendido errado? E se o loiro ficasse frustrado com sua incapacidade de entender algo que provavelmente era simples? De qualquer forma, não tinha muita escolha a não ser a sinceridade pura "Acho que entendi. Já peço desculpas de antemão se tiver entendido errado, ou se estiver sendo lerdo demais."
— Bem, pelo menos você vai tentar. — Disse se contentando um pouco com isso. — Dizem que Fontaine é linda e vai ter um evento por lá, por isso que eu falei só o fim de semana. Acho que vai ser de Halloween. — O loiro respirou fundo e desviou o olhar para o lado. — Entendeu o que eu quis fazer aqui?
#petição pro alhaitham fazer um curso de interpretação de gente#de texto ele já sabe só falta saber ler pessoas direito#alhaitham:admonishing instruction#alhaitham verse::main verse#roleplay::brazilian portuguese#virtuallghosts::kaveh#virtuallghosts
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Saudades de ti
Aí que saudades de você sério. As vezes eu tenho raiva de ter esse sentimento por ti, mais é inevitável não ter esse sentimento que vira e mexe fica me coroenndo por dentro. E o pior que nem posso te falar sobre isso pois nos afastamos mais uma vez, tô louca pra te mandar mensagem e falar sobre essa saudade que tenho certeza que você também tá com essa saudade também só que você é mais frio do que eu. Tô aqui jogando meus sentimentos pra fora pra vê se eu para de pensar e sentir tua falta um pouco, e vê se para essa perturbação que volta e meia aparece e vem lembranças dos nossos momentos juntos que eram tão bons e gostosos, das nossas conversas bobas, da gente dormindo de conchinha do seu bom dia ao acordar, da gente transando e afins. Fico me perguntando o porquê de duas pessoas ter uma conexão tão rápida e forte e boa pra ambos se afastarem assim. Eu sinto que ainda temos coisas pra viver ainda, que temos muita coisas pra viver e a cada dia isso só aumenta, posso estar enganado ou eu apenas criei uma fanfic na minha cabeça, só que meu coração diz outra coisa, tento ser racional só que quando se trata de você eu não consigo meu emocional grita e aí é nessa também que fico vulnerável eu me permito ser vulnerável tô de corpo e alma nessa. E cá estou escrevendo um texto pra você que eu nem vou te mandar, talvez um dia tu posso chegar a ler ou não, acabei de ver um stories seu e adivinha? Veio a maldita saudade e me vi olhando tuas fotos e teu sorriso que sou apaixonada nele, você sabe que sou apaixonada no seu sorriso isso é golpe baixo muito baixo, e aí veio as memórias, e cá estou te escrevendo e jogando pro universo me trazer tu de volta pra a gente ter aquela conversa que me foi prometida e nos resolvemos e começar do zero, sem muitos textos e áudios longos só um afeto lindo e tranquilo e muitos beijinhos e abraços. Já tá dando três páginas e eu não consigo para de escrever duvido que você ia ler tudo isso kkkkkk se bem que já te mandei uns textos bem grande só que não assim né. Acho que ambos erraram a mão nessa relação que estava sendo construída só que também acho que a pessoa que mais errou 99% foi você por não saber se expressar direito, por traumas do passado, por medo mesmo de se entregar nisso entre outras coisas, meu 10% nessa foi querer acelerar seu tempo e não respeitar ele e querer as coisas no meu tempo, esse foi meu maior erro. Só que também se eu não surtasse e simplesmente ficasse na minha de toda forma a gente iria se afastar e é isso que me pego pensando, a gente ia se afastar de qualquer jeito e a gente sabe muito bem o porquê desse afastamento né?! Tu preferiu me perder mais uma vez do que tomar coragem e ficar cara cara comigo e deixar a vulnerabilidade falar e os sentimentos saírem da sua boca, nas nossas últimas conversas eu te chamei de medroso e você falou que talvez era mesmo. Então quando você vai ter coragem de ficar cara cara comigo ? Uma pergunta que talvez não seja respondida espero eu que essa e outras perguntas me sejam respondidas acho que é isso por enquanto, senão vou escrever um livro de 300 páginas. Só não demora muito tá, saudades de ti. E a certeza que ainda vamos ficar novamente só aumenta, tenho também saudades de ficar te perguntando te mandando mensagem, querendo saber como que foi seu dia, te mandar nudes que sei que você gostava dessa parte, tenho saudades de tudo nessa relação que estávamos criando só que aí tu colocou um muro nela e ficou por isso mesmo, tu até quis tentar né? Mais só a intenção mesmo porque tu não tentou garoto nem o mínimo tu tentou enfim vou parar por aqui. Tá bom já já coloquei muitos sentimento nesse texto que não será enviado e nem lido.
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Amores tapa-buracos. Eu já tive. Se você não teve, provavelmente ainda terá. Sabe aquele momento em que você se ver sozinho? E não estou falando de falta de amor próprio, ou em não amar sua própria companhia… tô falando daqueles momentos em que você quer sim um abraço, que você quer um chamego, receber uma mensagem mais safada…. Só que ai, você não tem ninguém, ou no meu caso, você acabou de chutar o alguém que preenchia essas lacunas na sua vida… Porque fiz isso? Agora sim cabe o “falta de amor próprio”, ouvi de mais os outros, e pouco o meu coração, e dai surgiu o meu amor tapa buraco. Lá estava eu, amando, o problema é que esse alguém que eu estava amando, já tinha sido o rolo de alguém que dizia me amar, e no final quem acabou enrolada fui eu. Difícil de entender eu sei, mas resumindo, me apaixonei perdidamente por alguém, e esse alguém era pra mim como o fruto proibido do jardim do édem, por já ter sido o fruto de desejo de uma amiga. Fazia anos e em minha defesa eu nem a conhecia direito quando o rolo deles rolou e quando esbarrei no olhar dele, e o encanto aconteceu, ele nem era mais o cara que ela um dia descreveu, ele mudou, ela também, mas ainda assim ele era proibido pra mim. Quem inventou essas regras?? Provavelmente a mesma pessoa que inventou o termo “amor tapa-buraco” que deveria inclusive ser o tema desse texto, mas eu tive que explicar do inicio, começar lá de onde eu tive um amor que deixou em mim um buraco para ser tampado. Lembra das lacunas do inicio do texto? O tal fruto proibido preenchia com maestria todas elas, era o dono das mensagens mais fofas de bom dia, e também das conversas picantes na madrugada, era a personificação de preocupação quando algo me afetava, e também despertava em mim a vontade de ser melhor por ele… Que saudade eu tenho de do nada ser lembrada que tenho um sorriso lindo, que meu cabelo tem um cheiro incrível, mesmo que eu só o tenha lavado duas vezes naquele semana… Era fantástico, ate o fantástico não ser mais só nosso, ate aquela que já o desejou invadir o nosso mundinho particular e me lembrar das regras. Sim, sim… Eu tinha a opção de lutar pelo que eu sentia, e não abrir esse buraco em mim, mas teve o lance da falta do amor próprio, sacou? Um medo de arriscar, de ver as pessoas me abandonarem por eu me escolher, então escolhi agradar a tal “lembradora” das regras, resolvi chutar o amor, achando que logo o sentimento passaria, e viriam outras coisas com o que se preocupar… E sabe o que veio? Um vazio, e nossa… Ouvir as pessoas ao meu redor dizendo que fiz o certo, e que aquele “não era o cara certo pra mim”, ate ajudou, mas depois de um tempo, aquilo e todo o resto, misturado com saudade, foi cavando meu peito, me deixando menos eu… Ate que, alguém sugeriu que “um amor só se cura com outro” e voilá, lá estava eu caçando um amor curador, e para né, no que eu tava pensando? Um amor mesmo, não tem cura… talvez tenha costume, evolua, mas ser curado? Nem vem… Só que ai, eu tentei, tentei e tentei, ate achar alguém por quem me encantei, Porem ele foi só o meu tapa buraco, ele era incrível, mas não o amei perdidamente, não construímos nosso mundinho particular, ele era gentil, mas não sabia me escrever o que eu queria ler de madrugada, foi divertido, mas acabou, no final eu vi que nem era amor… E esse texto aqui, deveria ter sido sobre ele, sobre como alguém conseguiu por um breve momento preencher meus vazios, só que aqui escrevendo, me dou conta mais uma vez, que amores tapa-buracos só nos fazem lembrar daqueles amores que valem apena não só serem descritos em textos como esse, mas também vividos, amores para os quais não deveriam existir regras, amores pra ser, e não para abandonar, e para mim, que o erro de um dia ter rejeitado algo assim por me amar de menos e me importar com terceiros de mais, me evolua e que eu siga daqui sabendo bem qual amor devo e preciso encontrar, e não somente me contente em achar pessoas que conseguem meus vazios ocupar.
A VIDA TEM DESSAS COISAS.
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Olá, deuses. Venho mais uma vez aqui (oi... hades fav, né?) mandar uma ask de carinho e também falar algumas coisinhas, se me permitem...
Primeiramente, falo como player antigo do RP e de aproximadamente dois anos na tag, sobre a leva dos "fantasmas na cmm" – o que não é novidade. Já faz algumas semanas que parei de jogar na tag porque me ocupei muito em ooc, então por mais que eu amasse a proposta, não seria legal entrar nas cmm e aparecer uma vez e outra por conta da minha vida em ooc. Mas, o que eu realmente queria pontuar é sobre qual o motivo desse assunto tão comentado ser tão frequente na tag.
Sabemos o que estamos enfrentando hoje em dia na vida ooc e para diversos players o rp, senão hoje, um dia se tornou um escape para quem queria esquecer a vida real. Entretanto, isso é um pouco demais, sabe? Antes de botar a mão na consciência, fiquei por uns dias tentando jogar na tag para esquecer alguns problemas ooc – e jogar me distraia – mas a real é que você não vai desfrutar de uma boa jogabilidade e interpretar se não está bem, e digo isso vindo do indierp que, muitos jogam para esquecer dos problemas ooc mas o próprio rp já traz mais problemas – o mesmo que jogar um joguinho do celular para não se estressar e acabar se estressando mais ainda. São ocupações em ooc, conflitos em casa, no relacionamento, são pessoas queridas perdidas e o isolamento, que de certa forma, nos afeta também.
O que quero dizer, é que com tantos problemas em ooc, o desânimo e cansaço não vai mudar se você for ficar pulando de uma cmm e outra até encontrar algo que não vai ter fim, porque o que você procura não está ali.
Vejo casos de jogadores do indierp que estão esgotados emocionalmente por tudo que rola de mais problemático, pessoas ditando plot alheio e confusões levadas para o ooc – até informações de off vazadas, com qual o intuito?? E mesmo assim, não conseguem desvincular dessa febre.
Assim como eu coloquei minha mão na cabeça e falei "não dá", algumas pessoas deveriam pensar melhor também, porque, pelo visto, essa questão continua sendo a mesma reclamação de muitos, sobre aqueles que só ocupam espaço nas cmm. Por experiência própria, digo que dar um tempo para o rp está me fazendo bem, tive mais tempo para colocar minhas coisas em dia.
Mas claro que, não estou ditando para fazer isso e aquilo, é apenas mais uma ask para refletir. assim como uma resposta de uma ask do panteão me fez questionar sobre o que eu estava fazendo, acredito que alguma hora, sem ser essa ask, você vá se questionar sobre também e decidir o que quer.
Sei também que, assim como eu, tem pessoas que amam jogar, escrever, criar e elaborar seu personagem do seu jeitinho. Não tem sentimento mais satisfatório do que criar um char novinho em folha e se sentir bem com isso, mas quando aplica o desânimo vem e o char vai por água a baixo. As vezes nem é por conta dos problemas em ooc mas sim essa onda de desânimo em todos por algum motivo aparente, e digo que, isso não vai mudar. Sempre tem um aqui e ali que não leva para o ooc os acontecimentos e joga muito bem, mas um, dois, três, não sustentam o jogo quando o plot proposto é bem complexo, e isso me chateia também. Mas acredito que a tag vai ficar melhor, digo, sobre o emocional de cada um e que um dia possamos jogar sem esses stress contínuo. De um player para o outro, espero que fiquem bem.
Essa é só mais uma opinião de um player da tag e sei que é bastante comentado aqui então não precisa responder se não quiserem. Também queria dizer que mesmo longe eu entro aqui para ler as respostas dos deuses e me sinto naquele espaço do jardim, conversando com vocês. Inclusive, sinto muita vontade de os conhecer, bater um papo com todos, na minha cabeça, vocês são o tipo de grupo safe place que você fica horas conversando – papos maduros para refletir e se questionar – e nem v�� o tempo passando. Espero que um dia eu possa os conhecer, admiro a sinceridade. Enfim, se cuidem e não leva ic para o ooc e vice-versa, pessu da tag! Beijo do prince para o panteão – e um xerô no hades.
Olá, anon. Que bom te ver por aqui de novo. Adoramos quando vocês voltam ao nosso cantinho.
Vou responder na sequência dos tópicos que tu trouxe, ok?
Recentemente recebemos uma ask falando especificamente sobre a busca por um rp de Tumblr que a dash não acabasse ficando parada e ela desencadeou em outras duas mensagens falando sobre como algumas pessoas estão no rp por diversão/distração. Apesar de ter sido um comentário sobre o RPGs de Tumblr, nós que jogamos no Twitter sabemos como esse papo também pode se estender para lá.
Na minha resposta eu comentei sobre como é importante ter consciência das demandas de um RPG e que se não há como se dedicar direito, não se comprometa. Sempre há como buscar distração em outras coisas e, apesar do role-playing ser só algo na internet e facilmente dispensável para aqueles que têm trabalho/faculdade/outros afazeres, há aqueles que têm tempo e cabeça para se dedicar e esse tipo de aparição esporádica desanima interações e também aqueles que moderam.
Os problemas fora da internet também influenciam muito na nossa performance no rp e foi algo abordado no KUWTO que o Zeus escreveu (demorei para responder essa ask porque estava esperando o texto dele), e reforço tudo o que foi dito tanto por ele quanto por tu já que é algo que nós mesmos passamos por diversas vezes. Não joguei no rp indie de twt, mas jogo numa outra área por lá e também nos afeta diretamente em algum aspecto. Ainda que haja uma ótima separação do IC e OOC, a falta de energia para desenvolver interações e o famoso mood swings quando não estamos numa boa fase interfere nos nossos planos sem nem percebermos. Minha dica é ter bom senso ao imaginar que cair no RPG nessas condições mentais vai ser bom, autocuidado consigo mesmo e suas necessidades emocionais (é ótimo fugir de problemas, mas também é importante lidar com eles em algum ponto) e noção mesmo de que essa prática é bem negativa dentro do sistema de jogo envolvendo várias pessoas.
Reconheço que o rp acaba servindo muito de escape (creio que seja majoritariamente isso somado ou não ao gosto por criar personagens, escrever, jogar), mas eventualmente substituindo problemas irl por problemas online porque são problemas suportáveis e conhecidos. Voltamos porque sabemos lidar com esses incômodos e driblamos aquilo que não podemos aguentar de frente. O ciclo vicioso do rp como fuga é mais evidente do que se imagina.
Tua decisão de se afastar por um tempo para focar em si mesmo foi tremendamente sensata e importante, além de necessária, óbvio. Espero que tu estejas melhor, viu? (E fico feliz por saber que foi por meio de uma resposta nossa que tu teve esse insight e pôde tomar uma decisão positiva sobre seu próprio bem estar.)
Desenvolver uma amizade seria ótimo e ficamos gratos pelo retorno positivo daqueles que agregam aqui com seus relatos, desabafos e opiniões. Que aqui continue sendo um espaço nosso e também de vocês, onde possamos ajudar uns aos outros.
Por fim, queríamos saber se tu queres escolher um nick mitológico para te chamarmos e, se for o caso, pode ser um de sua escolha. Só nos deixar saber!
Obrigado pelo carinho por mim, Prince. É mútuo e genuíno. Adoro te ver por aqui outra vez.
#ot: replies#hades talks#[heart eyes emoji]#eu sinceramente fico muito feliz em saber que as pessoas GOSTAM de nos acompanhar#e fico mais feliz ainda quando sei que gostam de mim#CHEIRO PROS HADES BIASED#zeus says: off topic mas queria saber como ele arruma a ask assim#hades says: sim???? prince manda um tutorial pra gente eu imploro#+ palemon
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2 de miopia e 1,5 de astigmatismo
Este não é um texto sobre saudades. Não é sobre sentir falta. É sobre o oposto disso. É sobre todas as coisas e situações pelas quais eu passei ao teu lado – e que me caíram como uma luva, como uma luz no fim do túnel, como o conserto e a limpeza de uma lente esférica num óculos velho e sujo. Eu sempre fui uma criança sonhadora, apaixonada. Fui mais um do clichês femininos que cresce vendo filmes de princesas, lendo histórias de amor, sonhando com o dia que um cara iria chegar pra me salvar de alguma situação perigosa. Apesar de todos os clichês, cresci também em um lar feminista, e que sempre puxou meus pés de volta pra a realidade ao ponto de entender que tudo isso não passava de pura utopia. Mas apesar, também, de toda essa dicotomia, eu acredito que esse meu lado apaixonada e sonhadora sempre esteve comigo, e que, de alguma forma, isso tenha influenciado, mesmo que inconscientemente, a minha forma de enxergar o mundo e os relacionamentos amorosos. Eu sempre fui uma pessoa apaixonada. Eu não gosto de admitir, mas eu preciso, pela primeira vez em quase vinte e um anos de vida, assumir uma verdade pra mim mesma: eu sou uma pessoa que se apaixona fácil. Eu me apaixono fácil. Nunca existiu um período de toda a minha vida em que eu estivesse de coração livre, sem realmente sentir rien por ninguém. É tão fato que eu lembro de me apaixonar aos quatro anos. Arthur. Lucas aos seis. Outro Lucas aos sete. Henrique aos nove. Fernando aos onze. Guilherme aos doze. E aos treze, João. Aos treze eu te conheci. Por você eu me apaixonei perdidamente, de uma forma que todos os anteriores nunca teriam visto, se pudessem. João foi daquelas paixões que ardiam, queimavam dentro de mim. E por sorte ele me correspondeu de volta. Ele chegou com tanto amor pra mim, tão cheio de sentimento em suas mãos pra me dar, que eu não tive nem tempo de pensar, raciocinar tudo o que estava acontecendo. Eu só aceitei. Mergulhei de cabeça. Mergulhar assim talvez seja um pouco de quem eu sou. Eu acho, não tenho certeza – ainda estou me descobrindo. Mas naquele marcante ano de 2012 ele apareceu na minha vida, eu apareci na dele, e a gente começou a se amar, juntos. Sem nem entender nada da vida, do que era a vida, do que significava o amor, do que significava amar. Éramos muito novos para o amor mas só conseguíamos pensar sobre isso. E eu achava que era lindo. Me sentia imersa em muita beleza. Mas como todo túnel, a gente não enxerga o fim; como todo óculos arranhado, a gente não vê. Ou vê embaçado – mas isso é uma metáfora e tanto, que só eu e você conseguimos compreender. Tudo começou em 2012. Parecia coisa de cinema e foi, porque, como sabemos, começou justamente nele. Como cinematografia, passei gargalhando de um filme ao seu lado e você me viu. Completamente por acaso. Tudo se desenrolou como todo mundo sabe e por muito tempo eu não soube quem você era. João foi chegando de mansinho. Tão de mansinho que nem o nome dele eu tive o direito de saber – a propósito, hoje eu me questiono o porquê da manutenção do anonimato e entendo que muita coisa se explica a partir disso. Mas um dia em cima do asfalto, sob céu azul, você me beijou e, em meio a gritos e aplausos, a gente começou a se amar. E eu o amei muito. Amei tanto. Amei ao ponto de seguir a vida com feridas abertas, não só uma, mas diversas vezes. Quantas vezes fui deixada de lado, como nada, como ninguém, e continuei a acreditar nesse amor, te colocando por cima de mim e de tudo o que eu acreditava. Eu amei João tanto que deixei de amar a mim mesma, fazendo com que, com o tempo, eu já não me reconhecesse mais. Hoje, oito anos depois daquele beijo no asfalto, carrego ainda em mim muitas cicatrizes. E só foi possível enxergá-las com muito esforço. Hoje te agradeço, João – não fraternamente. Obrigada por consertar os meus óculos, ainda que você tenha sido, por muito tempo, o vendedor da loja tentando me convencer a jogá-lo fora e comprar um novo. Isso porque a verdade, a qual nunca lhe disse, mas que eu sempre soube, apareceu pra mim ainda em 2016: você não me amava. Quando você, mais uma vez, quis voltar correndo pra mim, eu soube. Eu sempre soube. E ali eu me prometi: – vou mergulhar nesse amor, mas eu sei que vai ter um fim. E quando esse fim chegar, terá sido o bastante. Por todo esse tempo eu soube que o dia da despedida chegaria. De novo. Mais uma vez. Ciclicamente, pois era típico de você. Era mais um verão, quando as ondas quebravam e o vento batia nos nossos cabelos. Eu lembro que te olhei e jurei a mim mesma, não obstante tantos machucados, tentar te amar, mais uma vez, mas não me submeter mais aos teus caprichos. E assim entrei nessa aventura de amar alguém com uma data de validade, cujo rótulo não era possível ler, não era possível decifrar. Jesse e Celine, personagens que você mesmo me apresentou e que você tanto gosta, se questionaram do porquê das pessoas acharem que os relacionamentos precisam durar pra sempre. Celine bem diz, “isso é besteira”. Ela estava certa. O nosso pra sempre durou até três anos depois disso. E hoje, nove meses depois da nossa data de validade, eu compreendo tudo o que aconteceu. João me deixou marcas profundas, as quais enfim compreendo e que as levarei pra vida. Marcas que enfim consigo enxergar e mais ainda: outras que eu, talvez, não tenha sequer encontrado. João foi daqueles relacionamentos que eu não imaginaria nunca ter. Que meu eu de criança gritava tentando me alertar da realidade na qual vivia. Algo que não era possível enxergar pois, enquanto meu lado sonhador vociferava pela falta de carinho e de amor de sua parte, meu lado independente dizia que tudo isso não passava de um mero conto de fadas, e que os homens da vida real seriam assim mesmo. Afinal, sou uma mulher moderna e independente. Que tipo de mulher contemporânea, livre, precisa de amor e carinho? Ternura e romance são coisas do século passado. Careta. Antiquado. E assim, caindo nessa armadilha, foi que eu me deixei levar numa relação medíocre por sete anos. Um amor sem toque, sem cuidado, sem proteção, sem zelo, de uma pessoa que jamais valorizou o tanto de sentimento que ardia dentro de mim. Que não fazia questão de partilhar a minha vida, de me ver feliz... de me respeitar. Depois de tantos anos numa relação como essa, me sinto extremamente culpada e arrependida por submeter uma menina tão jovem à situações tão tristes. Nenhuma mulher merece passar por isso. Muito menos uma adolescente de 15 anos merece passar por isso. Meu eu do passado não merecia ter passado por isso. Se eu pudesse voltar no tempo, eu me daria um abraço e me pediria perdão. Desculpa por não ter sido honesta com você. Desculpa por não ter te amado acima de tudo. Desculpa por ter deixado tudo acontecer. Te grito por desculpas, porque carrego demasiada culpa dentro de mim. Mas apesar disso tudo, eu sei que se você pudesse viajar no tempo e vir me encontrar no presente, você me perdoaria e me suplicaria para que eu não me culpe tanto. Não me cobre tanto. E é verdadeiramente isso que eu estou tentando fazer. Eu sei que você me perdoa, mas entenda, tudo é um lento processo de uma grande aprendizagem. Esse dia vai chegar. A paz e a felicidade são caminhos, não destinos. E é por isso que, por outro lado, me sinto tranquila e feliz de poder sair desse relacionamento e finalmente enxergar o mundo como ele é. Hoje, de lentes novas, vejo que a vida é muito mais do que convenções preestabelecidas sobre o certo e o errado. Sobre o bonito e o feio. Sobre a dicotomia que me assola desde que eu sei o que é amar alguém. Que o amor, de fato, não é um conto de fadas, mas pode, sim, ser doce, tranquilo, repleto de carinho, romance e ternura. Como eu disse, este não é um texto sobre saudades. Não sinto sua falta. Não sinto falta de nada. Te quero longe. Por fim, eu finalmente consegui sair dessa. E a melhor parte é: não foi necessário fazer o menor esforço. Eu demorei pra compreender, mas você fez todo o trabalho duro e difícil por mim. Você sempre faz, você sempre fez. Portanto, muito obrigada. Fico feliz de ter ido ao oftalmologista: descobri que fico muito gata de óculos.
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Hoje seria seu dia, e tenho certeza que se tivesse aqui, seria um dia alegre, mesmo com tudo o que tem acontecido. Mas acabou sendo um dia normal. Tantas coisas aconteceram nesse tempo que vc não tá aqui. Cinco anos atrás, por exemplo. Tava todo mundo ancioso esperando o Diego nascer. Ele é um menino tão especial e esperto. E eu não falo isso só porque sou uma tia babona, mas ele realmente é, e eu acho que se vocês tivessem se conhecido, você ia ser um avô perfeito, assim como você foi um pai perfeito. É triste o que aconteceu dez anos atrás, mas Deus precisava de você no céu, então te levou pra morar com ele.
Há mais ou menos dois anos, eu acabei descobrindo meu talento pra escrita. Não sou uma escritora perfeita, até porque só tenho 16 anos e acho que ainda posso melhorar. Mas é algo que eu amo fazer de coração, apesar de algumas pessoas verem isso como coisa de adolescente. Eu não acho que seja, e acho até que um dia eu possa fazer isso pra valer.
Aqui tá tudo bem, na medida do possível. Talvez a pior parte de não te ter aqui, é que algumas coisas ruins aconteceram, e você não tava aqui pra ajudar. Como o meu problema na coluna. Acho que tudo que eu passei teria sido menos pior com você aqui. Talvez. Infelizmente não foi só isso que eu tive/tenho que lidar. Eu acho que talvez possa ter problemas psicológicos, que foram desenvolvidos depois que você partiu, mas talvez nunca saiba, a mãe não vai querer me levar num especialista pra saber. Mas tudo bem também. Eu guardo tudo pra mim igual sempre fiz, e você pode me ajudar de onde estiver.
Tem outra coisa boa acontecendo além da existência do Diego. A minha irmã tá namorando. E ela tá tão feliz com ele. Acho que você ia estar orgulhoso dela. Eles pretendem casar, e é difícil imaginar que essa foto aqui você tava no casamento do meu irmão, mas no meu casamento e no dela não vai ter uma foto sua. É meio louco pensar nisso.
Acho que eu nunca vou esquecer de uma coisa que aconteceu quando você tava doente. Era dia dos pais, se não me engano, e tinha um desenho na escola pra gente colorir e dar de presente para nossos pais. Mas eu não podia te dar, eu era criança e não sabia direito o que tava acontecendo, e não podia te ver no hospital, mas eu queria muito te dar aquele desenho. Era um urso filho e um pai, e estava escrito "te amo um tantão assim" e um dos ursos tinha o braço esticado até o topo da folha. Eu queria ir no hospital te dar o desenho, mas alguém, não me lembro quem, disse "Não leva agora. Espera ele sair do hospital. Vai ser um presente" e eu esperei. Esperei muito ansiosa. Mas eu nunca pude te entregar o desenho, já que quando você saiu do hospital, você não tinha mais vida.
Eu ainda me lembro perfeitamente do dia que você se foi. Eu tinha só sete anos, e não sabia de nada da vida. Era só uma criança normal. Eu e a minha irmã estavamos em casa, mas não lembro o que a gente tava fazendo. Aí o telefone tocou. Era da casa da minha tia. Alguém falou "Desce pra cá. É urgente." E a gente foi. A gente tava bem. Mas quando chegamos lá, tinha alguma coisa errada. Tava todo mundo triste ou chorando. E um dos meus tios chegou perto da gente chorando. E eu já tava triste, só de ver eles tristes. Mas eu desabei quando ele disse: "Infelizmente, o seu pai faleceu."
Eu não lembro mais de muita coisa depois disso. Só de todo mundo triste, chorando. Lembro mais ou menos do seu enterro. A última vez que eu te vi pessoalmente foi no caixão. E era estranho. Você tava pálido, de terno, e com algodão no nariz. Eu não fui ver você sendo enterrado. Não me deixaram ir por ser pequena. Eu lembro de ter ficado com a raquel essa hora. E eu lembro dela dizendo pra sarah "se você achar uma florzinha no caminho, joga lá pra gente." Até hoje eu não sei se ela achou uma florzinha. Outra coisa que eu lembro desse dia, era eu e a raquel andando pelo cemitério, entre os túmulos. Eu tava com medo. Medo de andar por ali. Parecia tão sombrio na época. É tudo muito vago, mas eu lembro dela falar que às vezes conversava com a mãe dela, que tinha morrido há pouco tempo também. E eu achava aquilo estranho aquela época, mas eu faço isso com você hoje. E olha só...tô aqui fazendo um texto pra você, mesmo sabendo que você não vai ler.
Eu lembro pouco dos primeiros anos sem você. Eu chorava muito no natal e ano novo. Dava meia noite e eu chorava por ver todo mundo comemorando, menos você. Quando chovia, eu sempre desejava que você tivesse aqui. Uma vez eu tava com a minha irmã na rua, e tava chovendo muito, e como sempre eu tava com medo. Eu lembro de dizer chorando pra ela: "eu queria que o pai tivesse aqui". Eu não lembro da resposta dela.
O dia dos pais é sempre difícil. Eu só consigo imaginar como seria se você tivesse aqui pra juntar todo mundo e te dar um presente. 7 de setembro também é difícil, já que você se foi nesse dia. Dizem que foi dia 8, mas eu me lembro de ter sido numa quarta, que era dia 7.
Lembra de quando eu era criança, e tinha um porta retrato com duas fotos, uma minha e outra da minha irmã? Pois é. Elas às vezes contam que toda vez que alguém chegava aqui, eu mostrava e falava "aqui as princesinhas do pai", e isso porque você dizia isso pra gente.
Tem outras coisas que eu me lembro. Como por exemplo, sempre que a gente ia no mercado e eu pedia você pra comprar minhoquinhas. Sempre que eu como lembro de você. Ou de quando eu pegava alguma coisa e te pedia pra levar pra minha irmã também.
Eu sinto falta disso. E também de quando você chegava do serviço e geralmente a gente tava na cozinha. Você aparecia no corredor e eu saia correndo pra abraçar você. Você sempre abaixava e me dava um beijo no rosto.
Lembra quando eu aprontei e você tava me dando uma bronca daquelas e acabou cuspindo? A gente tava relembrando disso esses dias, da minha fala: "E precisa cuspir?" Isso acabou arrancando uma risada sua, e sinceramente, eu tenho saudade dela.
Mas sabe...Não foram só coisas ruins que aconteceram dez anos atrás. No dia 23 de julho de 2010, uma banda chamada One Direction foi formada, mas eu só virei fã ano passado (2019) e foi num momento horrível pra mim. Eu tinha começado a sentir dor nas costas, muito forte, por conta do meu problema de coluna. Mas eu tava um pouco melhor duas semanas depois, então eu fui pra escola. E tava tudo normal, eu ri com meus amigos, matei a saudade, abracei minhas amigas. Mas depois do intervalo, minha perna começou a doer de novo. Muito forte. E eu fiquei um bom tempo com ela parada, só sentindo dor e me segurando pra não chorar tanto. Era horrível. Uma professora me ajudou a chegar na secretária, e eu fiquei lá sentada até minha irmã chegar. Depois a gente esperou a mãe chegar. A gente teve que pedir um uber, já que eu não andava direito. Quando a gente chegou em casa, a mãe falou pra eu ficar na cama dela, só até eu me sentir melhor. Eu tava me sentindo tão mal. Eu me senti horrível por não poder nem ir pra escola mais.
Até que um dia eu tava vendo vídeo no YouTube, e cheguei até um vídeo que tinha Harry Styles. E eu me lembrei de algo sobre "larry stylinson", mas eu não sabia o que era direito. Resolvi pesquisar, e descobri que era um casal que shippavam na 1D, e eu gostava das músicas que tocaram nos vídeos. Aí descobri que eram da banda, e aí eu me apaixonei completamente pelos cinco. Pra alguns pode ser besteira, mas realmente me ajudou a esquecer um pouco os problemas que eu tinha aquele momento. Eles mesmo de longe, me ajudaram de alguma forma. Eu sinto que as coisas melhoraram quando eles entraram na minha vida. Eu não tinha você ali, mas eu sentia que tinha eles do meu lado.
Acho que já contei muita coisa não é? Bem, eu acho que precisava disso. Foi como um desabafo meu pra você, mesmo que eu saiba que você não vai ler isso. Não fisicamente.
Eu não sei o motivo, mas me deu vontade de fazer essa homenagem pra você. Acho que é a minha forma de dizer "adeus". Eu não tive como me despedir de você na época, e agora que eu tô crescida, achei que seria bom.
É isso. Eu te amo muito mesmo, e espero que esteja feliz do lado de Deus, e que esteja sempre comigo. De onde você estiver, feliz aniversário, pai ❤
Ass: sua princesinha 💜
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Erro de tipo e erro de proibição
Teoria do delito
Erro de tipo e erro de proibição
O erro de tipo incorre na ausência de dolo, sendo um problema de tipicidade, enquanto o erro de proibição é um elemento da culpabilidade. Mas o que isso quer dizer?
Teoria do Delito
Dentro do direito penal há uma área de desenvolvimento doutrinário chamada Teoria do Delito. A Teoria do Delito ocupa-se de construir uma sólida estruturação para explicar o Código Penal, visto que o equivocado entendimento desse pode gerar enorme insegurança jurídica. Portanto, a Teoria do Delito, pode-se assim dizer, estratifica um modelo segundo o qual o delito é a “ordem” que abarca duas “famílias”: a do caráter genérico e dos caracteres específicos. O caráter genérico é a conduta. Os caracteres específicos, os “gêneros”, que constituem o delito, são: a tipicidade, antijuricidade e culpabilidade.
Com isso, é o mesmo que dizer que o delito é uma conduta típica, antijurídica e culpável. Em razão de o erro de tipo ser um problema de tipicidade, e o erro de proibição situar-se na culpabilidade, a antijuricidade não será propriamente objeto deste texto - no entanto, é interessante saber do que se trata antes de continuar a leitura -, e o motivo pelo qual cada um é de um respectivo “gênero”, você logo entenderá.
Conduta, tipicidade, antijuricidade e culpabilidade
Em verdade, não se “escolhe” em qual área situa-se cada erro, por exemplo, mas se conhece. Isso quer dizer que não é uma atitude arbitrária, mas um processo de conhecimento lógico pelo qual os teóricos se empenham e, por isso, acabam estruturando e situando cada “espécie” em seu “gênero”. No entanto, antes de conhecermos o erro de tipo e de proibição, precisamos saber o que é o delito. Quando se quer saber se algo é delito, deve-se começar questionando: é uma conduta (humana)? Se não, não é delito.
Se sim, questiona-se: é típica? A conduta só pode ser típica se algum tipo penal a individualiza e proíbe. Por exemplo: “Art. 121 - Matar alguém”; ou “Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.”. A conduta deve ser previamente tipificada a fim de cumprir o requisito ���tipicidade” do delito, atendendo ao princípio da legalidade (Art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal). Se não cumprir a tipicidade, não há motivo para continuar questionando se certa conduta é ou não delito.
Cumprindo o requisito da conduta típica, questiona-se: é antijurídica? A antijuricidade é a característica de uma conduta típica de ser contrária à ordem jurídica. O Código Penal elenca algumas possibilidades na qual a conduta é típica, mas não antijurídica, ou seja, quando há justificação para realizar tal conduta. São chamadas também de causas de excludente de ilicitude. Exemplo é o Art. 23 do Código Penal: “Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.”
Se a conduta típica se enquadrar numa excludente de ilicitude, não há delito. Caso não se enquadre, é conduta típica e antijurídica, mas ainda não constitui delito. Deve também ser culpável. Para que a conduta seja culpável, ela deve ser reprovável ou, o que é o mesmo, que o autor não tenha tido a possibilidade de agir de outro modo. Isso quer dizer, por exemplo, que aquele que é “louco” e cometeu uma conduta típica e antijurídica, pode não ter tido a possibilidade de agir de outra forma porque o agente é acometido por uma condição mental. Portanto, não culpável, não reprovável. Nesse caso, também não há delito.
Erro de tipo
Findo o “quadro geral” dos requisitos de conduta, tipicidade, antijuricidade e culpabilidade, tão necessário para entender do que se trata o erro de tipo e erro de proibição, vamos ao primeiro desses. Eis que o erro de tipo é tratado na parte geral do Código Penal:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Isso quer dizer que o erro de tipo exclui o dolo. A circunstância em que cabe o erro de tipo é aquela em que falta o reconhecimento do que requer o tipo objetivo, por exemplo: quem acredita estar atirando contra um urso, e em verdade está atingindo o companheiro de caça, porque sua conduta dirigiu-se para “caçar o urso” e não para “matar alguém”, não pode responder por homicídio doloso. Há, portanto, erro de tipo, que exclui o dolo, constituindo uma conduta atípica (nesse caso, não há delito para a hipótese de homicídio doloso).
Quando não há finalidade típica, mas o incidente acontece (o agente matou alguém), diz-se que houve tipicidade objetiva, mas não subjetiva. Dessa maneira:
No erro de tipo, o agente não sabe que pratica um fato típico. No caso do caçador, ele não sabe que "mata alguém". Portanto, o erro de tipo afeta o dolo, afastando a tipicidade dolosa.
Ainda, o erro de tipo pode ser vencível ou invencível (ou evitável e inevitável). O erro vencível ou evitável é aquele que poderia não incorrer em um injusto caso as diligências cabíveis fossem tomadas. É evitável matar o companheiro pensando se tratar de um urso, por exemplo, caso o caçador tivesse averiguado primeiro. No erro evitável, apesar de afastar a tipicidade dolosa, pode caber a tipicidade culposa (condicionada à recepção da modalidade culposa para o tipo penal, consoante o art. 20). No entanto, no erro inevitável, toda forma de tipicidade é descartada. É o exemplo da mulher grávida que toma o remédio prescrito pelo médico e sofre um aborto porque o mesmo contém propriedades abortivas, pois ainda que tomasse as medidas necessárias (como ler a bula), devido ao rótulo não fornecer nenhum aviso a respeito disso, não pôde evitar o erro. Dessa maneira, termina a análise do erro de tipo.
Erro de proibição
O erro de proibição situa-se na culpabilidade. A culpabilidade, como se disse, é a qualidade reprovável da conduta típica e antijurídica, o último requisito para saber se uma conduta é delito. O que se reprova, no entanto, é o injusto praticado por alguém que devia ter se motivado pela norma, mas agiu contrário a ela. Entende-se, a partir disso, que a norma exige uma atitude específica (ou uma não atitude específica) do sujeito, que, quando poderia ter agido de tal maneira, agiu contrariamente. Grosso modo, o Código Penal versa sobre o erro de proibição como “erro sobre a ilicitude do fato”:
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço
É possível notar uma diferença, por exemplo, na reação que temos ao depararmo-nos com duas situações: 1) um sujeito bem instruído, com grande poder aquisitivo, furta uma roupa em uma loja, sem que seja ameaçado; e 2) Um sujeito sem muita instrução e com nenhum poder aquisitivo furta pães em uma mercearia, a fim de que consiga alimentar sua família (desconsidere o furto famélico como causa de excludente de ilicitude, caso seja necessário, para entendê-lo como um problema de culpabilidade. Para esse caso, ainda há discussão doutrinária). Mesmo que ambas situações enquadrem-se no mesmo fato típico (art. 155 “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”), entendemos que o primeiro caso é, com efeito, reprovável, enquanto o segundo, não (ou apenas menos reprovável).
Diferente da antijuricidade, na inculpabilidade o direito não “justifica” a conduta, tampouco a permite, tão somente entende não poder exigir do sujeito que tivesse agido de modo diverso. Ainda, na antijuricidade, como existe uma justificativa para a conduta, seu autor não responde juridicamente em nenhuma esfera. Já na culpabilidade, apenas os efeitos jurídico-penais são afastados. “A viúva daquele que agrediu antijuridicamente, e morreu em consequência de uma ação em legítima defesa, não pode reclamar ao autor indenização alguma, mas a viúva daquele que foi morto por um louco tem direito a fazê-lo, porque neste caso há um injusto. [inculpabilidade]”. (ZAFFARONI; PIERANGELI, p. 522)*.
Isto posto, entende-se que o erro de proibição diz respeito à compreensão da antijuricidade da conduta. O erro de proibição afasta a culpabilidade quando, mesmo tomando todas as diligências possíveis, o sujeito não pode compreender a antijuricidade de sua conduta, sendo esse o erro de proibição inevitável. O erro de proibição evitável não afasta a tipicidade dolosa ou culposa quando já afirmada no requisito tipicidade.
O erro invencível/inevitável sempre impede o entendimento da antijuricidade. O faz, no entanto, por diferentes maneiras: a) afeta a possibilidade de conhecimento da antijuricidade; ou b) apesar do conhecimento da antijuricidade, não se pode exigir sua compreensão ou entendimento. Nesse caso:
Em conclusão, segue o quadro comparativo entre o erro de tipo e erro de proibição:
* Todos os exemplos foram retirados do livro Manual de Direito Penal Brasileiro, de Zaffaroni e Pierangeli. O livro pode ser encontrado nas mais diversas livrarias, por exemplo, na Amazon. A bibliografia consultada limita-se à mesma obra. As tabelas são as mesmas utilizadas pelos autores, a última apenas encontra-se resumida.
As ilustrações pertencem à sketchify, no Canva.
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*sinto sua falta*
Olá, tudo bem?
Eu consigo entender agora quando você dizia que não queria parar de fumar, a calmaria é boa
A cada trago, é uma lembrança.. e que lembranças em
O cheiro, o barulho que o isqueiro faz quando eu o acendo, o barulho que escuto a cada tragada, tudo isso me lembra nós, tudo me lembra você
As vezes eu me pego pensando se o que vivemos foi real. As vezes parece que tudo foi coisas da minha cabeça, e que você não existe e que nunca existiu
Eu não lembro direito do som da sua voz, e nem do seu toque, mas lembro que amava te sentir e te ouvir.. não me lembro muito bem da sensação do seu abraço, mas lembro que eu me sentia em casa nele.
Como o fim de algo pode ser doloroso e assustador né?
Eu particularmente nunca gostei do fim, se bem que, quem gosta né?
A cada dia eu fico com mais medo, pois eu não sei o que devo fazer, e não sei o que vai acontecer daqui pra frente
Eu gostaria muito de entender o ser humano, de entender o mundo, acho que nunca irei, e duvido muito que alguém irá conseguir
Fazemos coisas que sabemos que irá nos fazer mal, mas mesmo assim fazemos, isso não faz sentido algum
Hoje mesmo, eu poderia ter deixado a mensagem pra você ver, mas eu apaguei, as vezes eu paro pra pensar nas coisas e eu fico tipo *porque????*
Eu nem sei o pq desse texto, isso não irá mudar as coisas
Eu sinto que a cada dia você está mais distante, e isso me assusta muito.
Esse é o 32° dia que você está longe de mim, mas parece que faz anos..
Eu fico me perguntando, será que estou louca? Será que você é real? Será que eu sou real? Ou será que alguma coisa realmente é real?
Antes eu me afastava das pessoas por você, mas de um tempo pra cá (na verdade foi mais hoje) eu pude ver que você tinha razão sabe? Acredito que todos possuem qualidades, assim como defeitos, mas as vezes é melhor manter a distância mesmo
Talvez eu esteja louca, talvez eu esteja sonhando, mas, se você for real vê se você se cuida tá
Acho que eu já disse isso umas mil vezes né? Mas é pq eu realmente quero te ver bem
Eu espero que você consiga construir uma família, espero que você consiga tudo o que um dia sonhou para você. Não perca seu tempo com coisas fúteis, não se estresse por pouca coisa, não de importância em algo que não mereça tal importância
Eu sinto que os nossos dias de mensagens, de conversas estão chegando ao fim, é triste, mas é necessário
*um dia serão só cinzas... Sorria*
Temos que sorrir né ;)
Se quiser ler e responder, fique a vontade
Se quiser só ler, fique a vontade também
O meu amor por você é e também foi real. Ele está aqui ainda!
Ah, se quer saber mesmo o que mandei hoje mais cedo, é só ler a primeira linha de novo, falei que não era nada de importante 😅
Se cuide 💘
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Faz um tempo que não apareço aqui, lembro que tinha um costume muito bom de escrever, e me orgulho de cada uma das poesias que compus. Eu sabia me expressar bem, no momento que meus dedos tocavam o teclado tudo fluía tão facilmente, que o alívio surgia rapidamente enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Hoje, em 2019, não estou preocupada em fazer um texto bonito, com palavras rebuscadas e com aquela sonoridade impactante. Não. Eu mudei. Antes de me preocupar com a métrica ou quaisquer recursos textuais eu preciso focar em algo que perdi e não tenho mais facilidade nenhuma em fazer: me expressar. Mesmo que aqui saiam palavras embaralhadas, repetitivas ou até mesmo sem conteúdo nenhum, é importante que eu escreva, e eu espero ler o que escreverei agora no futuro e ter orgulho de mim mesma também, só que por um motivo diferente: eu consegui dizer o que sentia! Confesso que tive um impulso. A minha terapeuta pediu para que eu escrevesse um pouco sobre mim, sobre quem eu penso que eu sou, e as coisas que ando sentindo. Desafiador, não é mesmo? Mas já que está tudo tão pesado... Talvez eu consiga aqui me aliviar um pouco. Quem eu sou? Quais são as coisas que mais odeio e que mais amo em mim? Quem eu amo? Quem eu sinto falta? Eu me amo? Espero de verdade que essa experiência seja bem terapêutica. Mas enfim, vamos lá. Eu sou a Amanda, bonito o nome, não é? Sempre gostei, acho que ele tem um toque suave, e ao mesmo tão forte, que me causa certo prazer em pronunciá-lo. Nasci em Janaúba, cidadezinha ao norte de Minas, que faz um calor terrível. Nunca gostei de lá, e quem me dera se o motivo fosse apenas o calor... Aquela cidade me depenou. Não sei se ela é realmente terrível. Talvez seja somente para mim. Eu cresci em uma casa grande, em que morava eu, a minha irmã, minha mãe, meu pai e uma rotatividade de cachorros (já tivemos 5 simultaneamente). Confesso não gostar de casas grandes, porque elas transmitem uma sensação de que há muito espaço pra pouca gente, e essas pessoas tendem a ficar distantes... Mas não era tão o caso. Nem sei ao certo porque mencionei isso. Mas continuemos. Meu pai é caminhoneiro, então raramente ficava em casa. Sinceramente, não sei ao certo se sentia tanta falta dele... Cresci com ele tão distante que nem sei, mas eu tinha uma certeza, eu era a filha favorita dele. Lembro-me de quando ele carregava balas no bolso e me entregava, mas por algum motivo, não entregava pra minha irmã. Hoje em dia eu me culpo por isso. Se eu sinto rejeição, ela sente muito mais. Ele me carregava pros bares, pra roça, e se orgulhava muito pela forma como eu nadava. Exibia-me para todos os amigos e parentes, porque eu era um peixinho... e sempre tive tanta conexão com a água. Ele me deu um violão, comecei a fazer aulas e me encontrei na música, não pelo violão, mas pela minha voz que o acompanhava... Cantar é algo tão bom, e sempre foi pra mim. Era realmente uma pena que eu não gostasse de tocar as músicas que ele pedia. Mas enfim. Ele me ensinou a dirigir aos meus 9 ou 10 anos, em um Gurgel, mas não deu tão certo, até hoje não dirijo bem. Sempre me incomodava a forma agressiva que ele falava. Uma coisa eu tenho certeza, meu pai nunca foi bom em ensinar. Nada. Nada. Meu pai me deu amor. O problema está quando deixou de dar. No início ele até tentava... Mas eu passei a deixar de querer receber. Houve uma época em que ele ficou desempregado, teve que devolver o carro que nem tinha terminado de pagar, e isso feriu intensamento o ego dele. Então ele comprou uma moto. Começou a fazer trilha. E nessa época... Ele só chegava bêbado em casa. Eu, com 10 anos, perguntava a minha mãe inocentemente se meu pai já havia vomitado hoje. E ele só sumia... Eu não gosto quando ele bebe, inclusive, já tive fortes receios com bebida por causa das coisas que ele fazia quando estava bêbado. As brigas começaram a ser constantes, até que um dia ele tentou agredi-la. Sóbrio. Eu não estava lá. Estava do outro lado da porta. Mas não pude fazer nada. Só sentir medo. Simultaneamente, naquele momento, meus dois avós maternos estavam doentes. Minha avó com câncer, meu avô infartando. Eles moravam no Rio de Janeiro, mas devido às péssimas condições da saúde naquela cidade, foram buscar tratamento em Montes Claros, cidade vizinha de Janaúba. Se mudaram lá pra casa enquanto tudo acontecia. Eu presenciei todo aquele momento. Carreguei minha avó na cadeira de rodas. Vi aquelas costas roxas devido a alguma cirurgia que não sei qual, e meu avô com uma cicatriz no peito decorrente do ponto safena. Meu pai os mandou ir embora. Ameaçou matar o cachorro preferido da minha mãe. E o inferno estava ali, em 2011. Quando a minha mãe veio me contar sobre a ideia de divórcio, eu fiquei feliz por ela, pela minha irmã, e por mim. É como se eu tivesse figurado uma imagem de monstro e esquecido de tudo que meu pai foi pra mim. Mas ele foi importante. Ele só se esqueceu... Passei uma adolescência conturbada, e não deveria ser. Sempre fui exemplar na escola, obediente, não bebia, não fumava. Eu não sei o motivo dele não ter reconhecido essas coisas mim. Talvez ele tivesse se sentido rejeitado também. Mas nada, nada que eu fazia, era suficiente. Frequentar a casa do meu pai não era prazeroso, por mais que ele comprasse sorvete, iogurte, ou sei lá, um tanto de coisa que eu gostava. Qualquer forma de tentativa de agrado era degradada quando ele insistia em ofender a minha mãe, que sempre foi tão importante pra mim. Todas as formas de tentativa de demonstração de afeto falhavam, quando ele ofendia o próximo na rua, ou destratava o atendente de uma loja qualquer. A grosseria dele só me afastava, e eu não conseguia admirá-lo. Meu pai não comparecia nas minhas apresentações de escola. Não queria saber das minhas notas. Não queria saber como o meu psicológico estava porque depressão é coisa de gente que não apanha. Meu pai me julgava porque eu namorava, e me reduzia à somente isso, um pedaço de carne que outro estava comendo. Ele não percebia o quanto eu era comunicativa, educada, ou sei lá qualquer outra qualidade que eu tenha. Mas enfim. Ele não notava. Acho que ele focava tanto na posse de TER uma filha, que esquecia da parte de SER um pai. Nossas brigas foram incontáveis. E até hoje é assim. Eu sinto que sou uma decepção, sabe? Me tornei aquilo que ele não esperava, que ele não queria. E eu sinto muito, mas essa sou eu. Mas calma, quem sou eu? Por que é tão difícil responder essa pergunta? Eu posso dizer aqui as coisas que gosto e não gosto em mim, porque involuntariamente estarei me descrevendo, né? Vou começar pela parte mais fácil. O que eu não gosto. O significado de Amanda é "digna de ser amada". Talvez eu não me sinta digna, mas sinta a necessidade de ser amada. A minha mãe me diz que essa é uma atitude sombra, que ninguém deve exigir amor do próximo, e ela tem razão. Eu sou o tipo de pessoa que fecha a porta pro mundo berrando pra que alguém a abra... E existe ambiguidade maior que essa? O problema é que quando ninguém abre, procuro motivos... e percebo que estão todos em mim. O que eu tenho de interessante? Por que alguém tentaria abrir uma porta trancada? Acho que essa é a característica que eu mais odeio em mim. Ela me faz exigir amor, fortifica a sensação de rejeição. Eu tenho tanto medo de rejeição, que evito falar! E se eu falar algo errado? E se eu afastar alguém? E se eu ofender alguém? Estou atrapalhando? Por que estou aqui? Desculpe-me... Sou egocêntrica. Tudo é por minha culpa, como também sou a razão de tudo. Se alguém fala sobre si mesmo, eu vou ter que me esforçar muito pra não falar sobre mim, e eu odeio, odeio, ser assim. Sou emocionalmente instável, e isso decorre de um masoquismo enraizado. Eu procuro a dor, procuro motivos pra ficar triste. E é tão estranho porque eu amo ficar alegre... e qualquer coisa me desestabiliza, os pensamentos apenas chegam. O que eu gosto em mim? Eu amo a conexão que eu tenho com a natureza e seus entes. Adoro a minha capacidade e vontade de amar. Amo a minha inteligência. A forma como sou esforçada com qualquer coisa que decido fazer. Gosto do jeito que eu abraço as dores do mundo. Me faz mal emocionalmente, mas mostra que tenho a tão escassa empatia do mundo. Eu me acho uma pessoa amável, carinhosa. Quando estou feliz, pareço irradiar... E faço o máximo pra contagiar a todos que estão ao meu redor! A forma que eu desejo mudar o mundo... E o quanto isso é latente desde cedo. Acho que esse é um dos motivos pelos quais as vezes sinto-me deslocada no meu curso. Parece que só estou ali pra manter o status quo... O direito, uma área que deveria buscar a justiça, é a mais injusta. Mas estou colocando na minha cabeça que a única forma de fazer a mudança, é estando inserida no sistema. Então eu vou entrar ali. Eu preciso tentar, né? Eu tenho tanta coisa pra dar ao mundo... mas é tudo tão contingencial, que não depende só de mim. O tal do efeito borboleta nunca fez tanto sentido, mas é isso, a gente não faz o que quer, a gente faz o que consegue fazer. O peso está desvaindo. Conseguirei dormir melhor. Mas não é assim. A leveza não dura. Queria que durasse. Enfim.
Amanda Pedroso
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Eu te encontrei não foi fisicamente nem na minha mente
mas eu te reencontrei e meu sangue concorreu com as garrafas quem continha mais álcool
minha vida é insignificante mas não só a minha
Talvez você já tenha chegado a assistir esses vídeos que mostram nosso planeta e a câmera vai se afastando
É
a gente é bem insignificante
Uma hora o laço vai arrebentar as janelas vão trincar e os dedos vão buscar caminho no rosto perfeito para nossas insignificantes passagens pelo prazer.
Eu já fodi com minha vida e com algumas pessoas também mas não nesse sentido, isso mesmo não nesse sentido mas naquele sentido sabe?
Vai de cada um o sentido da coisa igual meu coração flecha que dispara contra o concreto quente do meu apartamento que não consigo deixar escuro
Viver machuca e meu cigarro já tá na bituca
Sem novos raps ou velhos livros sim bukowski é um merda todos merdas BK falou que só pode falar merda e antes de BK falar
eu já tava falando sem saber ler direito fodido com a esquerda sonhando com a anarquia da nossa infância
Sim a gente era criança viver machuca desde cedo onde é que se enfiaram os punks ou o contrário de punks sei lá eu te encontrei não foi fisicamente
NEM NA MINHA MENTE foi numa dessas telas por aí
Telas infinitas esse texto causa falta de ar você consegue sentir o mar te engolindo
Será que eu consigo te dizer que não sei o que é saudade
Que sei o que é amor que já vi meu amor morrendo eu falei com meu amor enquanto ele morria e eu tinha esquecido a data que meu amor morreu por que eu chorei feito criança e eu era criança e outro amor também tava lá
e também outros tipos de amores
Alguém podia por fim na polícia alguém podia por fim no meu cérebro teclando palavras inconcebíveis vem aqui vem aqui
Vem logo que tá chegando as seis horas que hora você costumava chegar em casa?
Que horas você costumava me chamar pra sair?
Quando é que a gente deixou de sair?
BK falou que é só merda mas porra cortaram o Lil Raffa eu achei alguma coisa?
O carinha ruim sumiu mas e eu sou só um carinha ruim que escreve pra causar falta de ar
Da pra sentir as mãos na garganta gargalhando os princípios familiares tradicionais que encherguei nos vídeos que assisti hoje no facebook eu te encontrei não foi mentalmente
a gente não tem essa conexão mundana a gente não tem conexão nenhuma
A gente costumava rir juntos agora eu costumo rir com outras pessoas mas quando é que eu perdi meu semblante sério que me apresentou pra pessoas que entraram AQUI SABE?
da pra saber onde é aqui?
Da pra saber que é lá no Sidil que minha carne vai morrer e começar a feder por que deixa eu te falar as coisas erradas começam a feder
eu encontrei umas notas antigas nada de dinheiro umas anotações antigas com Raul lembro direito a gente sentado
Tomando um café fumando um cigarro perto do Bingo perto do Costa Rangel
mas como é que eu me lembro só disso e não do resto do dia EM? me avisa!
Eu queria lembrar de muita coisa.
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Texto da minha vida.
Bicho do Mato - Gabito Nunes
Foi alguma coisa que eu fiz? Que eu não fiz? Que você nem queria mesmo que eu fizesse, mas seria legal demonstrar interesse em fazer?
“Foi uma coisa que você disse.”
Já sei, alguma das minhas piadas estúpidas. Olha, não vou me desculpar, eu sou assim, se eu tiver que desdizer qualquer bobagem que eu disser, não terei mais tempo para outra coisa. Não leva sério esse papinho freudiano de que as brincadeiras têm um fundo de verdade.
“Você disse que estava gostando de mim. Foi isso.”
Ah. Bom, isso eu falei sério. Há um penhasco de verdade aí. Isso chateou você?
“Digamos que foi uma frase mal colocada. Despropositada e fora de lugar.”
Bom, vou ter que me desculpar por dizer o que eu estou sentindo?
“Eu sei onde você quer chegar. Olha, vou ser honesta contigo, algo me diz que você merece. Eu não sou interessante. Você entende? Sei como é, só porque eu sou bonitinha, eloquente e meio exótica, com seus olhos você enxerga uma garota inteligente, divertida, culta, impressionante, talvez boa de cama. Eu não sou nenhuma dessas coisas. Eu não tenho graça nenhuma.”
Bom, isso quem decide sou eu, não é mesmo?
“Falo sério. Talvez eu até mereça essa sua atenção momentânea, mas a longo prazo sou uma garota que não funciona direito. É como se eu fosse uma vitrola antiga, com a agulha defeituosa. Se você parar para prestar mais atenção em mim, vai se dar conta que eu fico roçando no vinil e atrapalhando a música, provocando aqueles ruídos que dão agonia nos dentes. E sabe o que é pior? Eu não tenho conserto, não há peças de reposição no mercado, sou uma causa perdida. Por que você não abraça uma árvore? Vai dar na mesma.”
Você só anda com problemas de autoestima. Eu acho você bonita e atraente. Você se acha pouco, e por mim tudo bem, eu não preciso de muita coisa para ficar feliz.
“Não. Gostar de mim mesma não é autoestima, é humor negro. Sou realista, não passo de uma boboca vazia e sem glamour. Meu corpo faz umas promessas que meu cérebro não pode cumprir. Eu sou burra, gosto de novela e comédias românticas, não leio Sartre e esses troços.”
Admiro você por não ler livros de filosofia. Quem entende aquele papo? Eu acho que as pessoas dizem que leem Sartre só para parecerem letradas e cerebrais. Esse tipo de gente não me encanta. E você não é burra, é apenas... pop. Como os Beatles.
“Não é só isso. Aí do outro lado você deve estar me imaginando de calcinha e camisetão da Janis Joplin até as coxas, fazendo as unhas do meu pé, no sofá, cheia de esmaltes coloridos espalhados em volta, com aquele separador de dedinhos e tudo. Você deve achar que eu fico bebendo Carménère e escutando Ella Fitzgerald pela casa, na escuridão. Parte da sua admiração são essas visões sexies que você tem. Quer saber, eu estava agora mesmo desentupindo o ralo do meu banheiro, e logo antes liguei para minha mãe perguntando daquela receita de família que tira o chulé. Sabe qual foi meu jantar? Pão, café-com-leite e banana. E agora estou sem as lentes de contato, usando uns óculos que tapam metade da minha cara. E aí, o que você acha, ficou com tesão?”
Não muito. Você só está tentando me afastar. Não está conseguindo. Pelo contrário. É isso que eu gosto em você, seu realismo, sua espontaneidade, sua falta de modos. É isso que eu acho bonito numa pessoa, você vive sua vida, aceita suas limitações, não dá muita bola para o que os outros vão achar. Às vezes eu acho as pessoas tão igualmente diferentes, sempre pendurando arengas no pescoço e fazendo um esforço tremendo para parecer legal. Você é você. Estou certo que existem almas formidáveis por toda a cidade, mas se eu fui gostar logo de ti, isso quer dizer alguma coisa.
“Eu fico aqui pensando, que problema mental será que você tem pra gostar tanto assim de mim. Inábil, patética, dentes tortos, queixuda, e de cabelos oleosos. O próprio bicho-do-mato. Na escola, eu tinha uns 14, fizemos uma viagem de final de ano para o Chile, e eu gostava de um menino. Perguntei se ele ficaria comigo e ele disse que sim, claro, se o nosso avião fizesse um pouso forçado na Cordilheira dos Andes ou coisa assim. Sempre que um cara diz que gosta de mim, acho que ele está zoando comigo. Sério, a última pessoa que ficou arrebatada por mim foi o dono do circo Vostok, ele disse que tinha uma atração para mim, se fosse embora da cidade com o pessoal. Eu não tenho sal nem sex appeal, eu não sou legal, às vezes coloco um vestido e me revisto umas três vezes por que a roupa parece sempre do avesso. Um dia eu saí na rua depois do banho, fiz uma careta contra o vento e fiquei assim.”
(Risos) Abobada. Tudo bem, Você não é nenhuma Zooey Deschanel, mas você não é feia, só anda se sentindo desse jeito porque não está sendo amada por alguém, no momento. Mas isso pode mudar. Sabe, você não é do tipo que ficaria nem cinco minutos no telefone com qualquer pessoa sem o mínimo de interesse. Se está deixando rolar essa conversa, é porque gosta de mim, ou então já teria desligado e me mandado às favas. Você só está complicando as coisas porque está preocupada que isso possa ser uma coisa importante. Você não quer se comprometer.
“É, eu não quero me comprometer. Eu agradeço sua atenção, mas estou dando todas as chances pra você desistir. Aceite minha oferta e pense bem, caia fora, garoto. Ou eu não me responsabilizo.”
Não existe motivo para pânico. Você age como se eu quisesse descarregar um caminhão de mudança na sua sala de estar. Por enquanto eu só quero te chamar pra sair.
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Oi amor, eu desisti, mas queria que você lesse esse texto toda vez que pensar em mim ou que sentir minha falta e imaginar que estou te abraçando beeeem forte, eu to tentando achar maneiras de deixar esse texto o menos melancólico possível, queria que lembrasse só dos momentos bons que tivemos. Bom, eu não sei como fazer isso sem te machucar, isso era a última coisa que eu queria, acho que eu devia ter começado pelas desculpas, mas ai vai minhas desculpas, amor desculpa por todas as vezes que fiz você chorar, por as brigas, por ser assim, eu queria que tudo fosse diferente, eu não queria que isso tivesse acontecido, desculpa mesmo.
É, eu desisti, eu tava tentando me expulsar da sua vida a um tempo, por achar q isso era o melhor pra você, eu não achava que você merecia uma pessoa como eu sabe, eu sou doente e sei que vou te magoar, eu te amo o suficiente pra não ser egoísta e te prender nisso.
Eu queria que você soubesse algumas coisas antes de qualquer coisa, então vou listar elas aqui pra você. (algumas delas você já deve saber, e que com certeza vai ser as coisas que vão me dar saudade).
Eu amo o jeitinho que vc fica com a língua na boca quando está concentrado em alguma coisa
Eu amo quando você dorme com as mãos debaixo do seu rosto ou o braço, fica igual um bebê (vou mandar uma foto)
Eu amo passar a mão na sua barriga, pq eu gosto pra caralho dela
Eu amo o toque das suas mãos, e o jeito que ela consegue deixar tudo melhor, isso vai de um cafuné até as coisas mais íntimas que fazemos
Eu amo quando você fala "mor te amo"
Eu amo quando você aperta minhas bochechas e fala alguma coisa com voz de neném (eu faço marra só por charme, mas eu adoro isso)
Eu amo te ver dormindo (foto)
Eu amo sua bunda snnsksk
Eu amo quando vc deita com o nariz no meu pescoço
Eu amo seu carinho nas costas
Eu amo o formato e o desenho perfeito da sua boca, e amo seu beijo
Eu amo quando faz carinho na minha coxa
Eu amo quando tira minha maquiagem
Eu amo quando você me troca
Eu amo quando a gente deita e vc solta meu cabelo
Eu amo sua massagem nos pés
Eu amo quando a gente ta andando e você me tira do lado da rua
Eu amo seu abraço e seu beijo na testa
Eu amo quando eu não deixo você fazer alguma coisa e vc faz cara e uma voz de manha
Eu amo seus olhos e seus cílios
Eu amo seu macarrão, seu misto quente, seu suco de laranja e seu bolo de chocolate
Eu amo nosso sexo
Eu amo nossa intimidade
Eu amo como você consegue deixar qualquer coisa boa, e o domínio que vc tem sobre mim
Eu amo você sem roupa e com roupa
Eu amo seu corpo todo, até seu nariz e sua orelha e seu pé
Vou falar umas coisas sobre mim agora e algumas manias
Eu só durmo com pijama se for par
Eu tenho toc, se eu mexo o dedo de uma mão, tenho que mexer na outra, isso se aplicada a tudo
Eu faço as coisas tudo em número par
Eu penso em você todos os dias, e encaixo você em tudo oq eu faço
Eu lavo seu cabelo de final de semana pra vc
Eu pego o cel de 5 em 5 segundos p ver se tem mensagem sua
Eu finjo que to deitada toda noite com você antes de dormir
Eu odeio quando vc usa aquele shorts cinza
Eu gosto da sua cara de sono quando vc acorda (vou te mandar umas fts que provam isso)
Eu morro de vergonha de ficar te encarando muito tempo
Eu faço tudo pra te agradar, isso inclui cabelo, roupa, comportamento
Me irrita quando vc dorme e me deixa acordada, mas eu adoro te ver dormindo (ja disse isso)
Eu tenho mais de 1 personalidade e sou bipolar, uma das minhas personalidades ama preto e a outra rosa com glitter
As vezes tenho 60 anos e as vezes 3 anos
Eu sonho com você umas 5 vezes por semana, tenho sonhos obsessivos por isso não te conto
Tenho muito medo de você me trair, acho que é a coisa que mais me dá medo, eu digo qualquer tipo de traição, pq você é a pessoa que eu mais confio
Eu sou viciada em sangue e em mortes, a minha cabeça pensa nisso o tempo, sangue sangue sangue sangue
Quando eu era criança eu era inteligente pra caralho, e achava que iria ser médica
Eu perdi a fé em tudo, não consigo me prender a religião e em pensamentos comuns sabe? não consigo me encaixar em nada que me doutrine, eu acho q não acredito em nada mais
Eu não sei o que me fez se tornar uma pessoa tão diferente sabe, isso é bom, mas é assustador, eu não me encaixo nem na minha família
Eu não tenho um pingo de auto estima, eu me sinto mal em público e sempre me boto p baixo
Eu não tenho muito o que falar de mim, mas eu costumava ter muitos planos sabe, e eu queria muito eles, eu sempre achei que ia conseguir tudo oq eu quis, pq eu acreditava nisso, e agora eu me pergunto aonde foi parar essa parte otimista que tinha em mim, eu olho minhas fotos antigas ou coisas antigas e eu lembro que era uma época foda também, mas eu não desistia sabe? eu conseguia lidar bem com aquilo, mas eu fui me afundando, e faz uns anos que eu desisti de tudo, inclusive de mim, meus dias tem sido pesados, eu sinto como se eu ja tivesse morrido faz tempo, eu não tenho perspectiva e expectativa de nada mais, eu não sinto nada além de vazio em mim, eu perdi totalmente o prazer nas coisas, eu to sozinha amor, faz tempo que estou sozinha. Eu tenho você nos finais de semana e isso me anima pra caralho, eu sinto que meus problemas sumiram, eu esqueço de todas as merdas quando estou com você, eu sinto que tem motivo pra eu ficar e tentar sabe, mas quando vou embora eu sinto tudo de novo, tudo oq ficou acumulado cai em mim, e eu não consigo mais, são 5 dias contra 2 eu to sozinha o tempo todo, amor eu sinto uma agonia enorme e eu não consigo explicar, mas mano é uma coisa sufocante que faz eu perder o ar e parece que não ia conseguir sair disso, tenho a sensação que estou me afogando constantemente, e eu to me afogando e várias pessoas ao meu redor, mas eu to sozinha afundando, talvez eu seja dramática e tudo isso seja exagerado, mas eu realmente acredito que sou doente, e não soube lidar com isso, eu to te escrevendo isso porque não quero que sinta culpa pelo oq aconteceu comigo, queria te falar que você é o amor da minha vida, e sempre vai ser, eu sei que é difícil pra você, mas não acabou pra vc, você tem a chance de recomeçar e achar outra pessoa, eu quero você feliz, mesmo que não seja comigo, mesmo que eu não esteja aqui pra ver, eu to vendo como vc tá progredindo e eu tenho muito orgulho de você, na moral, eu tenho orgulho de ter você como namorado, e eu não quero que aceite alguém que não veja isso em você, e eu quero agradecer pelos melhores dias da minha vida, você fez eu sentir coisas que eu jamais achei que pudesse sentir, eu nunca amei uma pessoa, eu nunca quis ter alguem do meu lado pro resto da vida, desculpa por acabar com nossos planos, eu queria ser forte pra ter ficado pra poder ver você acordar todos os dias, eu imagino nós dois em uma casa, com uns bichinhos, a gente largados em um sofá, pensando em como tudo valeu a pena, é só nisso que eu to pensando no momento, e acho q é isso que vai ficar cmg, daqui 14 dias, faz 2 anos que te beijei pela primeira vez, nem imaginava que você seria a minha pessoa, dia 20 a gente faria 1 ano e 8 meses juntos, 608 dias que eu sinto como é ser amada, como é dividir uma vida com você, 608 dias que você fez tudo por mim, 608 dias que eu tive o melhor apoio e o melhor colo, eu te amo mais do que 608 vezes, eu te amo mais do que tudo, eu te amo tanto que não dá nem pra por em uma escala, mano eu só queria grudar seu rostinho no meu e ficar pra sempre, quero que saiba do meu amor por você, quero que acredite nele, porque é tudo de mais verdadeiro. Eu queria que achassem isso e te mostrassem, mas você é a unica pessoa que eu quero que leia isso, é feito só pra você, então eu vou te mandar, mano eu to chorando no banheiro agora kskskksks eu sei que esse é um texto diferente dos que você costumava ler, mas eu quero que leve pro lado de que é uma declaração de amor.
Meus dias tem sido difíceis pra caralho, eu não aguento mais chorar sozinha amor, é toda noite a mesma coisa, eu nem sei qual foi a última vez que dormi direito, eu to cansada de não ser suficiente, eu não queria decepcionar ninguém, inclusive você, eu to bebendo p caralho pq é algo que me tira da consciência sabe, eu não gosto de pensar as coisas que eu penso, mas não consigo controlar, no momento eu estou tendo outra crise fodida, e eu acho que vc é a única pessoa que sabe das minhas crises, elas acabaram comigo, desculpa por não ter sido mais forte, eu tentei por você, mesmo, eu não consigo tirar da cabeça "você é doente", me entreguei nisso, todo mundo me vê de um jeito que eu não sou, eu to cansada de fingir, eu nunca fui eu mesma, meus pais estão melhor sem mim e vc tbm vai ficar, eu estrago tudo.
Espero não te magoar tanto, espero que fique bem, não se sinta culpado por eu ter desistido, quero que prometa que vai ficar bem, e acima de tudo me desculpa, eu te amo pra caralho e eu acho que vc vai ser a única coisa daqui que eu vou sentir falta, eu fiquei vendo essas fotos e gifs (vou te mandar) e vi que vou sentir falta pra CARALHO, você é muito lindo na moral, eu sou pirada no seu rostinho. Não queria dizer adeus pq eu acho muito forte, então eu te amo e me perdoa ta?
13/02 00:30
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De verdade, eu pensei em milhões de formas pra te descrever. É que eu queria, sabe.. Geralmente, cultivo essa mania de transformar meus amores em alguma inspiração textual que eu vá ler mais tarde e sentir de novo, aquele mesmo arrepio e sentir o rosto corar. Meus desamores por exemplo, hoje são parte dos meus textos e por isso, não os tiro da cabeça. Não quer dizer que seja péssima em deixar o passado pra trás, até porque meu desapego, quando ele vem, é certeiro. Aprendi da forma mais brutal, que quando um amor não preenche, ele na verdade, esvazia e que se esvazia, a gente enterra. Mas isso não diminui o meu carinho. Mesmo pelos que vieram sem intensão de ficar. Mesmo pelos que sobreviveram ao custo de uma falta de reciprocidade, e isso tudo porque sei separar as coisas. Aprendi também. Mantenho o carinho porque, mesmo na pior das hipóteses, sei bem lá no fundo, que quando o amor passar, as lembranças vão restar pra substituir o sentimento e só isso, já é muito. Não dá pra descartar assim tão fácil.
É por isso que quis escrever sobre você, mas sem sucesso, resolvi começar da maneira como dava pé. Quis te escrever porque sinto que está na hora de você seguir e talvez, já esteja até fazendo isso sem nem saber o que se passou aqui dentro de mim. Mas tudo bem... Acho que pra jeitos tão opostos tais como os nossos, seria um verdadeiro erro te deixar saber da quantidade de vezes que tive vontade de deixar tudo por aqui e me meter na estrada pra te encontrar. E falo isso literalmente. Ressalto isso porque sei que você não acreditaria e que de mim, você não espera mais do que um amor água com açúcar. Não faz mal. É isso que gosto de deixar aparente pras pessoas: o meu mínimo. Porque o meu limite, já te adianto, quero quebrar por alguém que chegue nesse intuito. Alguém que, com gentileza e ao mesmo tempo ousadia, tenha a sensibilidade de me pedir licença antes de mudar certas coisas dentro de mim.
Isso aí, hoje sei que seria exigir demais de você. E eu te respeito. Não acho que deva mudar nada, afinal, foram por esses impulsos que me vi encantada por você sem saber direito como. Foi inacreditável, não porque não pensasse em dividir nada com você. Mas foi inacreditável porque você era de certa maneira, tudo o que faltava em mim — e muito ao contrário do que dizem as canções, isso é assustador, às vezes.
Na prática, ter do lado alguém que tem tudo o que te falta é como estar frequentemente com aquela voz que te manda sempre fazer o oposto do que você acha certo. Pode realmente dar muito certo. Mas também pode dar muito errado e vindo de você, talvez seja loucura pagar pra ver.
Mesmo assim, paguei. Quis ver até onde iria a sua vontade de se desprender pra estar aqui. E você se desprendeu até onde pôde. É uma pena que esse seu poder, aos meus olhos, é ainda muito pouco. Preciso de alguém que insista...
Cê me perdoa o mal jeito, espero que não se ofenda, mas preciso de alguém que já esteja pensando no depois. Essa coisa adolescente de viver "agora" seguido de "agora" já não me causa mais desejo. Nem vontade, nem tesão. Gosto de viver o instante, mas espero sempre um "depois" vindo dele. É como se alguma coisa me dissesse que já não tenho idade pra não pensar no amanhã. Quem sabe por isso, esteja ficando louca, quem sabe..
Mas o que tá feito, tá feito. E eu não queria enterrar o meu afeto antes de assumi-lo mais do que já fiz. Antes de te descrever. Porque você merece, viu.. E como.
Aprendi, do seu lado, a gostar mais de mim: porque você nunca esquecia de me elogiar e me colocar pra cima mesmo nas horas mais aleatórias.
Aprendi, com você, que a gente não pode ter medo de se machucar: porque você me disse que se fosse pra sentir tudo isso, a gente não viveria nada.
Entendi, por sua causa, porque de fato, os opostos se atraem: porque mesmo tão diferente, sempre te quis por perto sem entender o motivo.
Percebi, te conhecendo, que as pessoas estão constantemente se machucando. E que isso não vai mudar: você foi a primeira pessoa a me dizer que eu era uma pessoa boa quando desistia da raiva e perdoava até quem tivesse me feito o pior de todos os males. "Cê é que nem eu" — você falou. E mesmo com tantas divergências, vi naquele dia, que realmente tínhamos coisas em comum.
Hoje, são tantas coisas que tenho pra ser grata.. E ainda bem, porque não quero ver você ir embora sem voltar. Quero com você, uma relação eterna de até logo, porque mesmo distante, sempre vou acreditar que em algum lugar nesse mundo, você também vai estar na vontade de voltar pra uma de nossas conversas, nossas risadas.. Enterro hoje, um dos amores mais improváveis e repentinos da minha vida. Mas também mantenho em mim, o carinho que sinto por ele. Você mudou a minha vida e ninguém mede o quanto vou me lembrar de te amar por isso.
#textosdaval#conhecencia#projetoversografando#procaligraficou#buscandonovosares#julietario#amor#projetosonhantes#love#procaligrafou#vida#projetoautorias#novospoetas#texts#brasil#feelings#projetoautoria#sentimentos#life#brazil#ecodepoeta
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Eu, passarinho: Amai-vos uns aos outros
Por Tassia Cobo
Texto originalmente postado no blog Epílogos e Finais (clique para visitar o blog) em 22/10/18.
ATENÇÃO: Em tempos de literalidade nua e crua e indigência mental na interpretação de textos, é melhor avisar. Esse texto contém ironia. Ele não expressa, de forma alguma, o meu pensamento e minha conduta. *** O outro. Deus me livre do outro. Essa feminista peluda, suja, biscate, pouco higiênica que ousa querer o domínio de seu corpo, de suas decisões e de sua vida. Lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos e eu só não estupro feministas porque elas são feias. Mas dou umas porradas pra elas saberem seus lugares. Essa prostituta safada, que ousa sair da clandestinidade e quer exigir direitos. Que nos faz correr o risco de escancarar para o mundo os homens de família canalhas que somos. Esse negro imundo. Como é que ele tem o desplante de pensar que pode ser igual a mim? Eu, que sofro preconceito por ser branca demais, eu, que sempre sofri com meu cabelo liso escorrido, vou ter que aceitar esses pretos nos mesmos lugares que eu? Graças a Deus meus filhos são bem educados e não correm o risco de se envolver com esse tipo de gente. Preto não é gente. Preto quando não faz merda na entrada, faz na saída. Esse gay, essa lésbica, essxs transexuais. Essa gente pervertida que quer esfregar na minha cara seus desvios de conduta? Isso aí é falta de porrada na infância. No meu tempo não tinha essa coisa de LGBT, não. Era tudo viado, sapata, traveca, tudo quietinho nos lugares deles. Eu não sou obrigada a conviver com pessoas assim. Por que é que eles querem ter privilégios? Casamento é entre homem e mulher, tá na bíblia, gente. Órgão excretor não reproduz, dois iguais não fazem filho. A família é o propósito do casamento. Essa gente só quer espalhar a ideologia de gênero deles. São pedófilos ameaçando nossas crianças. Esses professores. Cambada de esquerdista. Tudo fazendo doutrinação ideológica nas escolas, ninguém quer dar aula. Eles querem é ensinar sobre sexo e drogas pras nossas crianças, temos que protegê-las! Temos que revisar os livros e contar a verdadeira história sobre 64. Temos que ensinar criacionismo. Escola sem partido já!!!! Vamos fiscalizar esse povo. Gordo. Nossa, gente, eu tenho uma raiva de gordo. Que gente vitimista. Se não gosta do corpo, fecha a boca! Fica se entupindo de comida, não tem saúde, e depois reclama. Tenho raiva de gordo preguiçoso e bronca de gorda nojenta, acomodada. Opera o estômago. Eu nunca me relacionaria com uma gorda, credo. Como é que eu ia apresentá-la pra minha família, pros meus amigos? Mas dizem que elas são ótimas na cama. Talvez um dia desses eu coma uma só pra ver como é. Esses pobres. Mulher pobre só sabe fazer filho pra ganhar Bolsa Família e ir no bar comprar cigarro e pinga. Bando de vagabunda. Na hora de fazer, é uma delícia, na hora de criar, né? Aí reclama. Pobre é uma desgraça, agora tem pobre querendo cota, querendo passear, trocando uma cesta básica por voto. Essa gente nem sabe ler. Outro dia passei perto de um mendigo e o cheiro dele me embrulhou o estômago. Povo preguiçoso, ganha muito dinheiro pedindo no farol, aí vem querer direitos humanos? Tem mais é que tacar mangueira de água gelada de manhã, mesmo. Eu não quero essa gente fedida no meu caminho. Já faço muita caridade, distribuo minhas roupas velhas todo ano, doo minhas bolsas e sapatos de marca pro bazar da igreja, não preciso ter contato com eles. Me diz, pra que ativismo? Cruzes, tudo agora é política no Facebook, a gente que não quer discutir isso não tem mais prazer de entrar. Eu não quero saber desse povo fanático pelo Lula, que vai pra comício em troca de pão com mortadela. Essa gente fanática por bicho, por pobre, por criança, aff. E sindicalista, então? Eu já tenho meus benefícios na firma, meu salário e meu dissídio certinho todo ano, pra que eu preciso do sindicato? Até o humor não é mais o que era. A gente não pode contar uma piada que, nossa, todo mundo já se arrepia. O politicamente correto acabou com o humor do brasileiro. A gente era tão divertido, mas agora não pode mais, porque alguém se ofende. Tudo agora é preconceito? É racismo, machismo, misoginia, nazismo? Não é discurso de ódio, poxa, eu tenho direito de não gostar dessa gente, tô só dando minha opinião. Sou pela família, por Deus, pela pátria, tem mesmo que proibir aborto, proibir drogas. Tem que reduzir maioridade penal e dar carta branca pra PM e pra Civil matarem esses bandidos que empesteiam nosso país, que ameaçam nossa soberania. Tem que varrer essa gente daqui. Calar a boca desses vendidos que nem o Papa Francisco, a Madonna e o cara do Pink Floyd - eles não são brasileiros, não têm nada que dar palpite aqui. *** Eu poderia continuar aqui infinitamente, reproduzindo discursos que já ouvi de pessoas próximas a mim. Mas estou literalmente doente e enjoada do que tenho lido e presenciado nesses últimos tempos. Então só queria deixar uma mensagem: quando todos esses "outros" se forem, mortos, calados, escorraçados, sem direitos, sem rumo, sem país, olhe bem seus olhos refletidos no espelho - o próximo outro será você. E, nesta hora, só restarão você, suas escolhas e a solidão.
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Holy Spirit
Sim, já faz quase um mês que escrevi aqui pela última vez. Por que? Eu confesso que senti vontade de vir aqui escrever várias vezes, mas como eu queria escrever algo sobre o Espírito Santo, eu senti que, por mais que eu já tenha o conhecido ( graças à Deus ), eu deveria ler muita coisa novamente para que eu não tivesse a infelicidade de cometer algum erro.
Como falar sobre isso ? Então, esse era o assunto que eu mais queria escrever sobre, já que ele não é muito conhecido e compreendido pela maioria das pessoas. E por que isso ? Porque as pessoas atualmente crescem e vivem acreditando que elas são capacitadas de suportar tudo que elas passam e que somente elas podem decidir seus caminhos. Eu me lembro que o que mais me impedia de voltar a frequentar a igreja era o meu pensamento de que eu deveria antes me limpar de tudo de ruim que eu fazia. Eu já tinha o conhecimento sobre meus pecados porque eu fui criado na igreja, porém, como eu saí muito cedo, eu não conhecia o Espírito de Deus, eu acredito que eu era muito novo pra compreender e eu também não buscava o suficiente na época.
Quero que vocês entendam que eu quero mostrar como que eu saí daquela escuridão a qual eu vivi por quase 13 anos e como que tudo isso aconteceu, já que nos meus primeiros textos eu não revelei praticamente nada.
No meio deste ano eu estava á beira de entrar em algo muito próximo ou até mesmo em uma depressão, eu já não sabia mais o que fazer da minha vida, já que eu não via saída em tudo aquilo que eu estava sentindo e guardando dentro de mim. Então eu resolvi me afastar de tudo e deixar o Senhor agir na minha vida. Como? Eu peguei a bíblia, abri no livro de Provérbios e comecei a ler, em alguns dias eu já estava lendo Eclesiastes, depois Coríntios, isso tudo muito rápido, porque eu não conseguia parar de ler as páginas, já que tudo aquilo que eu lia fazia completo sentido, eu acreditava em cada palavra que passava pelos meus olhos.
Tá, mas você não ia falar sobre o Espírito Santo? Então, quando eu comecei a ler o livro de Provérbios e Eclesiastes, eu pude ter a consciência e o entendimento de que tudo que eu fazia ou pensava era errado e que eu não queria mais fazer aquilo. Por que? Porque o Espírito Santo já estava agindo, então tudo aquilo que eu sentia vontade, aquelas necessidades que eu tinha já não eram tão poderosas sobre mim, o que era impossível resistir se tornou muito mais fácil, toda a ansiedade que eu sentia e toda a insônia que eu sofria desapareceram.
Mas então quer dizer que você não peca mais ? E que você não seu preocupa com nada mais? É claro que eu tenho minhas fraquezas, mas eu consegui abandonar tudo aquilo que me dominava, porque o Espírito Santo me tirou da escravidão do pecado. Geralmente as pessoas pensam: “ Vocês crentes são escravos da igreja, vocês não bebem, não saem direito...”, mas é aí que está, eu não sinto vontade de ficar bêbado, eu não sinto vontade de sair em algum local pra buscar nada e encontrar apenas o vazio, ou até mesmo uma alegria momentânea que passa rápido. Mas eu lhes pergunto, vocês conseguem ficar sem seus vícios? Vocês conseguem deixar de fazer as coisas erradas que vocês SABEM que fazem? Vocês, quando deitam a cabeça no travesseiro, vocês sentem paz com tudo que fizeram ou fazem de suas vidas? Olhe bem, se vocês fazem suas coisas erradas e se sentem em paz com isso, tudo bem, nem precisam continuar lendo isso, mas eu sei que a maioria das pessoas, por mais que queiram passar a uma falsa felicidade, mal conseguem dormir porquê são infelizes e não entendem o porque disso acontecer.
Eu não estou julgando ninguém, até porque como eu julgaria alguém se eu pensava de uma maneira tão parecida e sofria dessa mesma maneira? Eu só quero que vocês entendam que há como sair disso tudo, a gente só precisa dar uma chance e acreditar que nem tudo depende de nós. Ele quer nos ajudar, Ele quer cuidar de nós, porém vocês precisam ceder e deixar Ele fazer isso por vocês. Ele vai enfrentar suas lutas e lhes mostrar que é sim possível viver em paz e se afastar de tudo que é ruim e que nos mata por dentro. É bem simples, abra a porta do coração de vocês, leiam a palavra e orem com toda a sinceridade que vocês têm, peçam a ajuda a qual vocês já sentiram que NINGUÉM poderia conseguir lhes dar e assim vocês irão conhecer o Espírito do qual eu estou falando.
Nós vivemos em um mundo onde crescemos assistindo filmes, séries e às vezes até mesmo nossos parentes nos forçam a acreditar que devemos suportar tudo que acontece com a gente, nos forçam a acreditar que devemos crescer, estudar e fazer de tudo por um trabalho que às vezes só vai nos proporcionar o dinheiro. Então batalhamos, conseguimos o diploma, buscamos a vaga e quando estamos empregados e com o dinheiro, percebemos que ainda falta alguma coisa. Alguns batalharam tudo isso na esperança de conhecer alguma pessoa que a complete e finalmente poder ter a alegria que ela sempre quis, mas busca essa pessoa da maneira errada, ou às vezes faz tudo acontecer da maneira errada, as pessoas hoje não querem mais conhecer ninguém, apenas querem deixar a atração falar mais alto e depois não entendem como que o seu relacionamento teve tantos desentendimentos.
Não estou dizendo que não há relacionamento algum que não dê certo, e nem que vocês devam ficar com alguém que não lhes atraia, se vocês entenderam isso quer dizer que não leram direito as minhas palavras, pois o que eu quero lhes mostrar é que mesmo que uma pessoa atinja todos os objetivos que ela tenha na vida, sempre irá faltar alguma coisa na vida dela. Conheço pessoas que têm uma vida qual todos desejam, mas ao olhar no fundo de seus olhos consigo ver que mesmo com tudo aquilo, um carro que todos querem, uma pessoa bonita do lado, filhos saudáveis, trabalho dos sonhos, ela chega onde quer e mesmo assim não fica satisfeita, porque ela simplesmente não consegue preencher o vazio que apenas o Senhor pode.
Ao mesmo tempo que conheci essas pessoas que tem tudo, e esse tudo é nada, também conheci pessoas que mesmo tendo nada, tinham tudo. Porque elas não sentiam esse vazio na coração delas, pessoas que mesmo sem dinheiro e brigando contra o desemprego, tinham ali um parceiro que estava completamente determinado a estar junto e ao invés de reclamar, batalhava junto e o mais importante, esse casal tinha a fé e a esperança de que o Senhor iria ajudar nas dificuldades e entregar a vitória no final disso tudo.
O maior problema de vocês conseguirem adquirir todo o material que puderem é que pessoas serão atraídas por tudo isso que vocês adquiriram, e por mais que vocês saibam e vocês achem que está usando elas com os seus bens materiais, são elas que estão lhes usando, até mesmo porque vocês vão se acostumar a viver de uma maneira que vocês irão enlouquecer e quando surgir um alguém que valeria a pena manter lado de vocês, vocês já não serão mais capazes de enxergar que essas pessoas estavam determinadas a ficarem com vocês independente de tudo aquilo que vocês possuíam.
Eu só queria deixar um pouco mais claro como que as riquezas não podem nos proporcionar a alegria que almejamos, e nem mesmo um certo alguém. Eu já tive dinheiro, eu já tive ao meu redor pessoas que estavam comigo apenas pelos bens materiais e não tenho raiva delas, muito pelo contrário, se não fosse por elas, eu nunca teria aprendido tudo isso. Então busquem alguém que queira estar com vocês e conheçam essa pessoa acima de tudo, a amizade é essencial pra tudo dar certo. E assim vocês podem pelo menos tentar ter alguém melhor com vocês enquanto buscam essa vida que vocês desejam, mas falei tudo isso apenas pra mostrar que é tudo ilusão e que mesmo com tudo e alguém do lado de vocês, o vazio permanecerá.
Mas então, você não ia falar do Espírito Santo e acabou fugindo do assunto? É claro que não, sabe todas essas decisões que vocês tomaram e fizeram suas vidas chegar nesse mesmo fim, o fim que vocês nunca conseguem escapar, um fim chamado insatisfação? Tudo isso teria sido diferente se vocês tivessem deixado o Espírito Santo lhes guiar, e é através do arrependimento que vocês receberão as direções corretas. Então eu torço para que vocês abram essa porta a qual vocês tem deixado fechada durante tanto tempo, uma porta que vocês fecharam pra se esconderem ou até mesmo se protegerem depois de sofrerem tanto por causa desse mundo que nos força a nos culparmos por tudo que passamos. Tenham a esperança e a fé e lhes garanto que tudo vai melhorar, lhes garanto que a saída dessa labirinto finalmente surgirá.
Há também uma coisa muito importante que preciso esclarecer antes de finalizar tudo isso, no começo, quando conhecemos e vemos claramente o Senhor agindo em nossas vidas, ficamos extremamente felizes e queremos sair dizendo pra todo mundo como é maravilhoso isso tudo, mas um pouco depois dessa sensação, vem a correção do Senhor, ou seja, a hora em que ele vai lhes colocar à prova e ver se vocês realmente o amam e se estão dispostos a trilharem nos caminhos dEle. E eu lhes digo, façam de tudo pra resistir às provações que virão e saibam que quando passamos por elas, a nossa fé fica ainda mais forte, é depois delas que vemos a misericórdia e o poder de Deus. Então saibam que eu não quero lhes desanimar com este aviso, mas sim lhes alertar de que por mais que Ele nos traga a paz que buscamos, também passamos por dificuldades, mas passamos as dificuldades com a alegria de saber que no final tudo é apenas mais um teste.
Deixo aqui alguns versículos para que saibam o que eu quero mostrar pra vocês:
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. “ - Provérbios 28:13
“ se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto; se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o Senhor e achará o conhecimento de Deus. “ - Provérbios 2:2-5
“Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.” - Provérbios 14:12
“Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu.” - Provérbios 23:4,5
“Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.” - Provérbios 15:16
“De tudo quanto meus olhos e meu corpo desejaram não lhes neguei nada; jamais privei meu coração de alegria alguma; sabia desfrutar de todo o meu trabalho; essa, pois, foi a recompensa que obtive de todo o trabalho que realizei dedicadamente. Contudo, no momento em que passei a examinar tudo o que minhas mãos haviam produzido e o trabalho que eu tanto me esforçara com alegria para realizar, compreendi que, na verdade, tudo não passava de vaidade, um inútil e enorme vazio, como correr atrás do vento; ou seja, não há qualquer valor real, nada útil, em tudo o que se faz debaixo do sol.” - Eclesiastes 2:10,11
“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai".- Romanos 8:15
"Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca." - Mateus 26:41
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” - Romanos 8:26
“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. “ - Romanos 8:6
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.“ - 2 Coríntios 3:17
“Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão. Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.” - Provérbios 3:11,12
Alan Coura
18/10/2018
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ESTAÇÃO DE INVERNO
(essa é uma carta para você Lelis)
De: Pedro Lelis 'øreden.†or 018
Para: Pedro Lelis 'estação de inverno 019
Não sei se essa carta vai ao público, mas eu estou escrevendo para à minha propia pessoa. Pra saber aonde eu me perdi, porquê eu mudo tão rápido, ou até mesmo antes da hora. Talvez o meu melhor dia do ano não era mais o dia que eu podia ser eu mesmo. Talvez meu foco mudou tão rápido que eu não me dei conta do que eu gosto agora... O que houve com você Pedro Lelis?
Bem, o meu rolê que era pra ser "o rolê", não foi o meu "o rolê"... Complicado isso né, uma decepção dessas, ainda mais quando é algo que você mais gosta de fazer... Desde a fase "NOT RELE∆SED", eu decidi que meu ano que vem se chamaria "Estação de Inverno". Já aconteceu muita coisa na minha mente desse texto pra cá, mas eu acho que eu me cansei do Lelis que eu sou no momento, e estou esperando/procurando uma estrada pra fugir e achar um zero pra começar...
Mas me conte Lelis, o que houve com você?
Bem, domingo 08.07.18 teve a parada gay de Belo Horizonte, eu vou todo ano, já que é o meu dia, onde eu posso ser solto de verdade, onde eu sei que nada vai acontecer nessas horas de rolê. Eu me diverti de início, vi meus amigos, beijei algumas bocas, e dancei, gritei até, bebi como um louco, e até lá foi uma tarde maravilhosa... Mas de repente, tudo a minha volta ficou cinza, como se eu estivesse deslocado vendo isso, eu senti falta de algo dentro de mim, de um sentimento, (amor) e novamente eu me senti sozinho entre as pessoas...
Eu me dei por conta depois do namoro que deu errado no início desse ano (que deu errado por causa de mim), vi que eu não me apaixonava mais pelas pessoas, eu ficava perto pela carência e o medo de ficar sozinho, e eu estou me sentindo assim agora, mas eu não quero alguém pra me dar seu coração para eu usar só para uma fase minha, eu não quero magoar alguém como eu já fui magoado muitas vezes, pois é horrível sentir essa dor, e eu não gosto de causar aquilo que eu não gostaria que fizessem comigo...
"Parece que o universo está me testando agora, pra ver até aonde eu aguento."
Mas depois do término desse namoro, eu não quis ninguém em minha vida para eu magoar, e foi assim que o mundo me notou, quase todo mundo queria sair comigo, namorar e tal, e eu sem nem saber me amar direito. Quando eu estava bem, os fantasmas batiam na minha porta. Quando eu não queria ninguém na minha vida, todo mundo queria a minha atenção, parece até conspiração né "puffs". E o legal de tudo é que o meu mês das paranoias (agosto) está chegando, mas, eu nem sei como será esse mês¹. Pois na minha época das paranoias², eu já nem vou estar mais amando sair como antes...
(edit de correção: agora sei sim,eu não confio nas pessoas... Estou igual a Lady Gaga e seus medos no álbum The Fame Monster...)
(onde eu sou louco rolezeiro, que chuta o balde, diz não sorrindo e amando, e que está cagando pra a merda que esta se causando...)
E tipo, a minha época das paranoias começou em 2016, onde eu entrei na minha primeira grande depressão, e vivi escondida de todos, era só eu e meu mundo na minha cabeça, e meus desenhos e músicas, eles eram os meus melhores amigos,os meus Redentores, nisso eu saía, era louco, fazia tudo, era o meu fundo do poço, e voltou em 2017, ainda pior por ter perdido a razão do meu viver na época, e agora estou nesse mesmo ponto, mas é diferente, é como que se fosse resumidamente assim;
Enfrentei o fundo do poço 3 vezes; a primeira vez, foi consolador; a segunda vez, foi divertido; já a terceira vez que é agora, eu me pergunto, aonde eu estou? parece que estou velho e isso não faz mais sentido...
Faz falta amar as pessoas... Eu tenho saudades disso, mas eu não acredito mais em amor, não no mundo onde eu vivo agora.
Mas então Lelis, essa carta vai ser o motivo de você saber lidar consigo mesmo em 2019 e não desistir, pois se tu se perder, esse é o seu Lelis “ØRENDEN.†OR” escrevendo a carta para o Lelis “ESTAÇÃO DE INVERNO” pois você vai se perder as vezes, e isso é normal, mas volte sempre a ler essa quando sentir que vai precisar.
Agora por que “Estação de Inverno”? Eu sempre citei nos meus textos o verão como o cenário das minhas paixões, pois o verão é quente não é, já o inverno é frio, esse será o meu coração, frio, fechado para as visitas de agora, pois eu quero me limpar internamente, para poder acreditar nas pessoas novamente, mas para isso, eu tenho que parar de sair de boca em boca, de coração em coração, de pessoa em pessoa, mas não parar de ser a pessoa que você é (sua personalidade), mas deixar para se conhecer e ser de novo o melhor amigo da sua mente. Então pra isso é necessário trocar as estações no seu coração, e outra, eu não quero que se entregue fácil Lelis, pois você se apaixona com o tempo (e se entrega rápido por carência), lembre-se disso, você adora romances de história, daqueles que o amor vem vendo os defeitos e convivendo, pois assim é a paixão pura, pois você não fantasia alguém que não existe e se quebra por dentro, você se apaixona por alguém que existe, alguém real. Lembre-se que essa é a forma que você vê o amor. Então não caia nas lábias, caia nas histórias e aventuras que irão te abraçar nesse seu ano.
Mas fique feliz Lelis, pois em breve, talvez em anos tudo que você passou na sua piores fazes serão memórias distantes, até talvez um tema muito louco pra se chamar "essa foi a melhor fase da minha vida nessa época, pois minha melhor época de verdade é o que eu faço agora. Sim, eu sou meu melhor momento”.
Mas no final leve ao pé da letra a frase do seu personagem favorito, Ken Kaneki; "eu não sou aquele que está errado, o que está errado é esse mundo”. Então não tenha medo de ser a diferença e o diferente. Seja o que você é!
E sorria Lelis, esse ano você vai se limpar mentalmente dos seus demônios ou da sua mente, chame-a como quiser e viva sendo a sua melhor pessoa para poder se embarcar em novas histórias que virão em breve.
Esse é o Pedro Lelis do ano de 2018 (øreden.†or) falando para o Pedro Lelis de 2019 (estação de inverno) para não se perder, e não tenha medo de se buscar no Tumblr quando precisar, lembre-se você é seu melhor momento, sua mente é sua fuga desse mundo, apenas seja amiga dela de novo, pois você sabe porque puxa tantas pessoas a sua volta né... Seja você mesmo.
Abraço. Pedro Lelis - 09.07.18
Editado e revisado - 16.07.18
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