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#abutre-preto
tempocativo · 2 years
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Abutre-preto
Abutre-preto (Aegypius monachus) O meu primeiro registo em Portugal desta enorme ave Local: (PNM) Parque Natural de Montesinho © Tempo Cativo — em Parque Natural De Montesinho.
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cohenmitadas · 2 years
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retorno.
par: césar cohen (pós osnf, SPOILERS!) x você (identificada com o gênero feminino). childhood friends to ???
só porque eu acabei de ver osnf pela primeira ver, amo o cesar e o thiaguelias demais e fiquei com essa possível cena na cabeça.
a cabeça de cesar cohen estava cheia. a semana tinha sido boa, apesar de tudo: ficar uma semana no japão de novo o fez descansar um pouco e ajudou, em parte, a redirecionar sua cabeça e seus pensamentos depois... depois de tudo.
as lembranças, porém, ainda eram claras: santo berço ardendo em chamas enquanto ele, liz, arthur e joui saíam de lá. arthur sem um braço, liz com o dobro da idade, joui e ele destruídos. a imagem de thiago parado esperando que eles se movessem para acionar os explosivos estava gravada a fundo demais em sua memória, assim como as duas novas covas criadas ao lado das dos gaudérios abutres. apesar de já fazerem algumas semanas, cesar se lembrava como se tudo tivesse acabado de acontecer.
tudo doía muito e ele não quase não conseguia suportar, por isso decidira passar aquela semana de volta no japão, o primeiro lugar que ele pôde realmente chamar de casa. refazer os trajetos que fazia quando mais jovem o fez bem, mas não apaziguou toda a dor que sentia. e, lá no fundo, sabia provavelmente nada a iria fazer passar completamente.
tentando desviar seus pensamentos disso (e falhando mais uma vez), ele procurava alguma música para ouvir que o agradasse enquanto esperava no saguão de embarque de seu voo de volta para o brasil. é curioso como, além de tudo, a equipe e havia o mudado a ponto de estar sentindo saudades mesmo depois de só uma semana longe. já ansiava reencontrar arthur e o ajudar a se alocar em são paulo junto com ivete e ajudar joui a cuidar de liz.
apesar de concentrado em vasculhar suas playlists ele estava atento ao seus arredores; era um agente da ordem, afinal, e todo cuidado era pouco. ele percebeu uma moça sentando nos bancos alguns metros à sua frente, mas não reparou muito. pelo menos nos primeiros minutos. a silhueta era muito familiar, e ele franziu as sobrancelhas. o cesar de dois meses atrás jamais chamaria a possível conhecida em voz alta no meio de um saguão de embarque no japão, onde o silêncio é absoluto.
bem, o cesar de dois meses atrás não tinha ficado com a pele cinza e olhos completamente pretos nem deslocado o joelho tentando arrombar uma porta.
é por isso que você ouve seu nome sendo chamado num tom surpreso.
"é você mesmo?"
"cesar, meu deus!" você se levanta de sobressalto e automaticamente o envolve num abraço apertado. ele nunca foi de muito contato físico, mas você é e ele sabe, então você nem lembra de se preocupar com isso. o que te surpreende é que ele te abraça de volta, e forte.
"o que você tá fazendo aqui? você não tava trabalhando naquele jornal lá em campinas?" ele te pergunta, e soltando do abraço você repara nele. as noites viradas sempre o deram um ar cansado, mas ele parecia ainda mais abatido que o normal. olheiras fundas, pele seca, o cabelo ainda mais sem corte, o corpo mais magro que o normal, rugas mais fundas no rosto. tudo isso e a inquietez incomum dele te chamam a atenção, mas são detalhes cujos motivos você ppde sondar depois. cesar cohen é um banco de dados em que você sabe navegar bem desde que eram adolescentes.
"eu ainda tô trabalhando lá! fui transferida pra sede em são paulo, na verdade, mas sigo lá. e é por isso que tô aqui, na verdade, vim apurar um possível furo que foi localizado aqui e tô voltando pra casa agora. fiquei essa semana passada aqui pra isso. e você?"
ele dá uma risadinha seca, desacreditada. "não acredito que a gente tava aqui ao mesmo tempo e não se encontrou. eu tô numa maré de azar mesmo." ele respira fundo e move a mão direita para o bolso da calça de moletom, parecendo segurar algo que está ali. "eu vim... vim tentar relaxar, mas não sei se consegui. muita coisa na cabeça que não quer sair."
você sorri inconscientemente porque apesar dos anos e das adversidades, lá no fundo a essência dele continua a mesma. "muita coisa pra sentir que não quer passar?"
ele te olha como se tivesse sido pego no flagra e você decide mudar de assunto. "mas pelo visto a gente vai pegar o mesmo voo de volta, né?" você levanta seu passaporte e a passagem, os balançando no ar. "pelo menos a gente consegue se atualizar e não morrer de tédio nessa eternidade que vamo passar aí dentro, eu peço pra trocar de lugar qualquer coisa ou só me mudo pro seu lado se tiver assento vazio perto. depois dessa semana eu tô precisando respirar ares conhecidos." você pega suas malas e as arrasta para o banco ao lado de onde ele estava sentado, e vocês dois se sentam ao mesmo tempo. ele te observa por alguns segundos, pensativo, até voltar a falar.
"como assim 'ares conhecidos'? achei que essa semana teria sido boa pra você, cê tá vivendo um sonho seu." você se sente quentinha por dentro ao perceber que ele se lembra das madrugadas que passavam conversando, quando você divagava sobre a sua vontade de ser jornalista e as incertezas que tinha sobre isso. será que ele também lembrava das reafirmações que ele te fazia e sabia o quanto aquilo tinha te dado forças pra não desistir?
"é, eu tô sim. mas essa semana foi bem... esquisita, pra dizer o mínimo. fica em off entre nós dois, tá, mas eu vim investigar um negócio muito esquisito. alguns animais no interior tão morrendo de forma muito esquisita, e os corpos deles aparecem com umas coisas... uns... uns símbolos bizarros riscados neles e um lodo preto que se forma por dentro dos corpos, nas mucosas, depois de mortos. isso tava acontecendo em alguns vilarejos pequenos do interior de sp e o que passou a acontecer em seguida foi que pessoas passaram a desaparecer... aí eu vim aqui apurar pra ver qual a ligação das duas coisas e ver se o que aconteceu lá no brasil poderia se espelhar aqui." você suspira olhando para seus pés, cansada, sem reparar no olhar fixo assustado e abalado que cesar direciona a você. "eu sei que parece doido, mas... tudo indica que sim. que as mesma coisas que já aconteceram lá vão rolar aqui também. eu tentei avisar algumas autoridades locais mas ninguém quis me ouvir. cê não deve estar acreditando em mim mas eu juro que não tô mentindo. tô me sentindo tão burra por não entender isso tudo que você não faz ideia. nossa, me desculpa, eu me empolguei aqui e não parei mais de falar." você finalmente olha pra ele e vê. vê os olhos dele te mostrando simpatia. mas é uma compreensão além. é quase como se... como se ele soubesse do que você tá falando.
o que os olhos dele não te mostram, porém, é o turbilhão de informações e dúvidas que surgem e rodam a cabeça dele: a membrana também tá sendo enfraquecida aqui no japão? literalmente do outro lado do mundo? faz sentido, se as pesquisas pra criar santo berço surgiram parcialmente dos resultados de uma pesquisa feita na nova zelândia, que também é no extremo oposto do mundo em relação ao brasil, mas será que esses esoterroristas japoneses já tinham contato com o esoterrorismo de outros países? a ordem já sabia disso? já tinha feito algo a respeito?
e o mais latente na cabeça dele: ele deveria te contar sobre a ordem?
porque ele sabia que a partir do momento em que ele te falasse sobre a ordem você iria querer se envolver. se ele te contasse sobre tudo que acontecera com ele no último mês, ainda por cima, não teria escapatória. o seu senso de justiça e vontade de ajudar não te deixariam ficar parada, e ele sabe reconhecer que você tem muito potencial pra ser uma força importante na ordem e que a essa altura a ordem provavelmente estaria precisando.
mas ele aguentaria correr o risco de te perder assim como ele tinha perdido seu pai e thiago?
ele decidiria tudo aquilo mais tarde. naquele momento, ele só pôde agradecer o egoísmo que sentia mais forte ali por te ter de volta mesmo que só por algumas horas na vida dele.
"a gente vai ter muito, muito o que conversar sobre isso, vai por mim. e pra isso vamo ter bastante tempo no voo. então deixa eu mudar de assunto rapidão: e os namoradinho, como tão? já tá amarrada em alguém?" cesar quase que se encolheu fisicamente com a pergunta constrangedora que fez, mas sentiu que não ia dar pra evitar o assunto.
você ri, sem acreditar na pergunta, e bate de leve no bíceps dele. "cesar, eu tô encalhada desde o ensino médio quando gostei daquele maromba popularzão da escola. é mais fácil arranjar um casamento pra você aqui agora nesse aeroporto do que me arranjar alguém. aliás, eu era especialista no seu tipo de pessoa, cê não quer que eu te ache ninguém aqui agora não? olha que eu consigo, hein!" você sorri, olhando ao redor e apontando para os lados.
bom saber. muito bom saber. quem sabe ele conseguiria reunir coragem pra tentar alguma coisa no futuro. por enquanto ele só riu, a primeira risada sincera que ele dava em algum tempo.
"isso vai dar um trabalho..."
espero que tenham gostado. me deem feedback, por favor! <3
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kinkascarvalho · 2 years
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O ESPÍRITO DA CRUZ! (32) "A Fofoca Profissional!"
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#REFLEXÃO Os acusadores de plantão são aqueles caçadores de defeitos que vivem, o tempo todo, à cata de falhas pessoais para jogar na cara dos falíveis; ou, ainda, na arquibancada, a abutres que se deliciam às custas da falência alheia. Esta turma turbulenta se perturba com as imperfeições alheias e deixa escorrer pelo canto da boca a baba ácida de sua crítica mordaz e feroz.
O cardápio destes antropófagos é alguma alma trincada que normalmente se torna o prato do dia em seus banquetes da fofoca profissional. Ver uma pequena rachadura na parede, uma leve nódoa na toalha, uma desproporção nas sobrancelhas ou uma mancha mínima de nascença no colo são as coisas que estimulam tais mexeriqueiros. Eles se alimentam de senões.
Um dos meus professores de psicologia chegou na sala com uma cartolina em branco, contendo um pontinho preto de tinta, e nos perguntou: o que é isto? Todos, com exceção de uma aluna, responderam que era uma pinta preta – ou coisa do gênero. Todos nós só vimos o detalhe, a mancha. Apenas aquela colega viu o todo, isto é, a cartolina com a mancha. A tendência dos seres caídos é esta – ver o defeito.
Tem gente zarolha que só enxerga o que é torto e se especializa em ver o ponto fraco do outro, para se distinguir como dona da verdade. Mas JESUS indaga: Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Lucas 6:41.
Os juízes da vida alheia são, quase sempre, réus de crimes mais graves. Mas parece que eles têm uma necessidade inconsciente de se justificar, o que faz com que essa classe suba ao tribunal do júri para sentenciar com rigor os defeitos dos outros, e assim se isentar dos seus próprios.
O apóstolo Paulo sabia muito bem dessa torpe atitude equivocada quando questionou: ​Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Romanos 2:1. É próprio do sujeito impróprio se apropriar da vida de outrem para nutrir suas crueldades.
O Espírito da Cruz tem tudo a ver com a extinção dessa cultura maliciosa que se fixa  nos defeitos alheios e nas inexatidões, nas imperfeições e nas outras falhas inerentes à finitude humana. Mas, não se trata de suprimir avaliações criteriosas ou de analisar fatos; trata-se, sim, da substituição da vida arrogante do velho Adão rabugento pela vida graciosa de CRISTO.
Ser cristão não significa ser um idiota, um ausente da realidade do mundo. Nem significa ser alguém inábil para analisar os fatos ou os frutos. JESUS disse que é pelo fruto que se conhece a árvore. Também não defendo aqui a incapacidade de julgar adequadamente a partir dos fatos, mas de não julgar ou criticar pelas aparências. Não condenar sem saber os reais motivos da conduta.
Alguém já disse que o melhor lugar de criticar o próximo é na frente do próprio espelho. Outro foi ainda mais longe: se você começar a crítica consigo mesmo não terá tempo para criticar os outros. Se nós nos víssemos melhor, certamente teríamos mais misericórdia com tantos outros claudicantes.
Amados, vocês que foram alcançados pela Graça, sejam sempre graciosos. Analisem bem os fatos e julguem com critério os frutos da árvore. E prestem toda atenção a essa receita: duas coisas fazem muito mal ao coração: subir correndo escadas e criticar pessoas. Se tiver que fazer isso, faça segundo o caráter de CRISTO, com todo Amor.
❤No Amor de Cristo,
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c-hamdeok · 8 months
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informações
Nome completo: Han Juhwi
Data de nascimento: 13 de novembro de 1999 (24 anos)
Local de nascimento: Seul, Coreia do Sul
Esporte: Hóquei (Defensor 1)
Dormitório: Aurum (dupla)
Hall da Fama: Reconhecimento Nacional e Internacional Moderado
Perfil: @hdc_juhwi
Faceclaim: Wooyoung - Ateez
entrevista
Com tantos Centros de Treinamento Olímpico espalhados pelo mundo, por que o Hamdeok Complex?
A infraestrutura é boa”, Juhwi cruzou os braços. “Também não consegui convencer o treinador Jo a ser meu treinador particular, então não tive escolha a não ser vir para cá. Mas, posso ser sincero?”, o rapaz se aproximou da câmera, descruzando os braços e apoiando-os sobre o joelho. “Assisti a uns dois ou três treinos do time e eu diria que não é de se jogar fora. Alguns, pelo menos.” Endireitou-se com uma risada. “A única coisa que eu não gostei daqui foi que pegaram minha posição. Claro, jogadores do meu nível conseguem trabalhar em qualquer posição, mas eu tenho um apego como Central, entende? Eu só tenho que mostrar que sou melhor que ele.
E como você entrou? Alguém te indicou e você passou pelos testes, você se inscreveu voluntariamente para fazer os testes ou houve alguma contribuição monetária envolvida?
Conteve o revirar de olhos, ainda que seus globos queimassem com a vontade. Mesmo adotando o sobrenome materno, esses abutres ainda o associavam com seu pai. “Oras, foi mérito próprio, é claro.” Desconversou, olhos vagando pela sala em busca de algum detalhe mais interessante. “Me inscrevi como qualquer outro candidato, fiz os testes e obtive um resultado mais do que satisfatório. Não preciso de indicação ou dinheiro para conquistar uma vaga aqui. Podemos ir para a próxima pergunta?
Você certamente se destaca no esporte que pratica. O que motivou a sua escolha por ele?
"Gosto da adrenalina”, direto como era, Juhwi não faria rodeios para perguntas tão bobas. “Hockey é intenso, exige atenção, cálculos, força e, acima de tudo, coragem para entrar numa pista de gelo repleta de malucos prontos para quebrar seus ossos.” O senso de humor único se manifestou novamente, e o jogador voltava a se sentar de maneira confortável na cadeira. “Além disso, quem não gosta de jogadores de hockey?”
Pode nos contar, brevemente, sobre sua trajetória no esporte até o momento?
Tinha certeza de que uma breve pesquisa no Naver responderia essa pergunta, mas aquele não era o momento adequado para malcriação. “Vejamos…” Pensou por um momento, inspirando fundo antes de começar a contar. “Meu primeiro grande campeonato foi em 2017, minha equipe ficou em primeiro lugar nos campeonatos universitários. Depois em 2018, no último jogo, me colocaram no banco e ficamos em terceiro. Participei das Nacionais de Inverno, veio bronze, que não é ruim para um primeiro campeonato dessa escala, mas queria que tivesse sido melhor...” Reclamou em um muxoxo e precisou de um momento para pensar na trajetória seguinte. A época de 2019 não tinha sido a mais promissora devido a alguns problemas familiares. “Em 2019 eu competi só pelo time da faculdade, campeonatos distritais e coisas assim. Mas em 2020,” voltou a se animar, aproximando-se da câmera. “Nossa, 2020 foram os jogos de Verão, digo as olimpíadas mesmo! Me chamaram de última hora e eu te juro, acho que eles nunca acertaram tanto! Quer dizer, quase deixaram o cara que fez o gol decisivo de fora, consegue acreditar nisso?” O coreano contava em tom de piada, rindo. “Inclusive, foi graças a esse jogo que o Red Eagles, aquele time do Japão, fechou contrato comigo.” A expressão de júbilo dominava o rapaz, cuja estatura se esparramava pela cadeira de escritório revestida em couro preto. “Enquanto estive no Japão, em 2021, ganhei a prata no mundial de hóquei, ouro em alguns campeonatos dentro do país. Em 2022, a mesma coisa, apenas dentro do Japão, mas nessa época eu já estava em contato com a Hamdeok e, finalmente, em 2023, vim para cá assim que meu contrato com o Red Eagles encerrou! Nos Jogos Asiáticos, fui convocado para a seleção, mas, por algum motivo, não joguei na final.” Revirou os olhos, o incômodo de ter ficado no banco enquanto via os companheiros jogarem era, ainda, muito recente. “Pretendo jogar só nos Nacionais esse ano.”
Quais são suas maiores qualidades e maiores defeitos? Como elas influenciam seu dia a dia como atleta?
Qualidade é fácil.” Ergueu a mão esquerda, passando a levantar os dedos conforme falava. “Sou confiante, dificilmente erro, também me considero uma pessoa muito tranquila e fácil de dialogar, sem contar que dificilmente você vai me encontrar começando uma briga. E, por fim, para completar cinco qualidades, eu tenho um rostinho lindo, perfeito para a cara do time.” Sorriu, encaixando o queixo entre o polegar e o indicador em um sorriso que logo veio a se tornar uma risada.
“Agora, defeitos…” Suspirou, ainda com bom humor e rosto pensativo. “Acho que eu não aceito nada e nem ninguém que não seja “o melhor”, de acordo com os meus próprios critérios, é claro. Posso acabar sendo um pouco… Pouco cordial, digamos assim, em situações assim.” Claro, deveria acrescentar que gosta de implicar, seja com adversários ou mesmo pessoas da mesma equipe, mas isso era algo que deixaria que descobrissem com o tempo.
Sabemos que é uma grande honra ser convocado para representar seu país nos jogos olímpicos, mas existe alguma outra razão pela qual você deseje isso?
Deu de ombros, querendo evitar o pensamento emocional que forçava seu espaço em meio aos outros. “Acho que eu quero provar que não existe padrão que não possa ser quebrado. Um jogador de hóquei não precisa ser uma muralha de dois metros cheia de músculos e agressiva. Qualquer um pode jogar hóquei, ser um patinador artístico, skatista, ginasta, esgrimista ou seja lá o que quiser ser.” A unha arranhava o tecido jeans em suas pernas, onde o olhar havia se perdido por um momento antes de erguer novamente e se encontrar com aquele que o observava. “Ninguém pode te dizer o que você deve ser, a não ser você mesmo."
atributos
Dedicação: 13
Determinação: 19
Equilíbrio: 14
Sorte: 08
campeonatos
Olimpíadas de Inverno (2018) - Medalha de Bronze, 3º Lugar
Nacionais de Verão (2020) - Medalha de Ouro, 1º Lugar
Jogos Mundiais de Hóquei (2021) - Medalha de Prata, 2º Lugar
Jogos Asiáticos (2023) - Medalha de Prata, 2º Lugar
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echoesinmymindcry · 11 months
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o que eu faço com essa perda? com essa falta? com essa bagunça de sentimentos na minha cabeça?
entender.
compreender.
desmoronar.
minha mente volta naquele montante de terra.
naquele céu azul com os abutres pretos voando.
o vento que bateu.
o céu que abriu.
isso nunca vai embora. essa lembrança sempre sera minha né? eu acolho ela porque foi a única vez que de fato eu pude expressar a falta que você sempre fez.
a angustia dos dias seguintes.
entrar na sua casinha vazia doeu tanto. queria me afundar no chão e atravessar o espaço-tempo e consertar tudo isso. eu queria tanto.
suas plantinhas no cantinho do quarto, tenho certeza que elas absorveram alguma parte da sua ida.
foi tão triste pai, tão triste.
eu sinto sua falta.
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sophia-millers · 2 years
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O email era bem claro e objetivo e obviamente que se ele tivesse vindo buscar nós dois algo ou alguém apareceria e não seria de forma agradável. Acordei o Caleb agora mais recuperado, tomamos o café da manhã e descemos no horário marcado. O carro estava na frente do hotel, estava vazio e a chave estava dentro. Coisa rápida, entramos, dei a partida e o GPS nos coordenou.
August, n°13, realmente não tinha erro, era bem óbvio e nada do que imaginamos na verdade. Um pub, onde motoqueiros se reuniam e naquele horário nada convencional estava bem cheio. Estacionei na frente, descemos e entramos. Tinha música heavy metal tocando, alguns motoqueiros jogando sinuca, outros só conversando mas nada do Arthur, então fui até o balcão e mostrei o email ao bartender... nem sei se foi o certo, mas se ali tinha uma ordem escondida, não seria qualquer um que iria trabalhar lá.
O rapaz ruivo de jaqueta pesada com o emblema dos Gaudérios Abutres nos encarou por uns segundos, avaliou nosso ferimentos que estavam a mostra como os do rosto e braços e olhou para um grupo de outros caras mal encarados que estavam encostados em uma jukebox antiga.
— O que vão beber? Recomendo a Black Sabbath, não está no cardápio mas é a especial da casa e ganha uma música no jukebox.
O Caleb e eu nos olhando e já tínhamos entendido a mensagem.
— A música é boa caso não conheçam, o mesmo nome na jukebox.
Ele disse trazendo dois copos pequenos e quadrados com um líquido preto dentro e duas pedras de gelo em cada. Pegamos os copos, agradeçemos e seguimos para a jukebox. Havia botões com numerações e o último quase com os números apagados mais ainda legíveis continha o mesmo nome "Black Sabbath". Apertei o botão e a nossa direita, no final do corredor uma luz verde acendeu indicando que a porta estava aberta.
Um homem de estatura média, ruivo e vestido da mesma forma que os motoqueiros do pub abriu a porta e acenou com a cabeça nos chamando. Não olhamos ao redor e acho difícil alguém ter notado algo, já que estávamos bem no fundo do pub. Seguimos para a porta então e depois dela havia uma escadaria pra baixo como um porão e com muitas luzes em neon, e antes de descermos o ruivo falou atras de nós:
— Bem vindos a Ordem Ressusgentium. Estão esperando vocês lá em baixo.
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blogbirdfeather · 2 years
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Black Vulture - Abutre-preto (Aegypius monachus)
Freixo de Espada à Cinta/Portugal (17/05/2022)
[Nikon D500; AF-S Nikkor 500mm F5,6E PF ED VR; 1/1600s; F5,6; 640 ISO]
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†  𝗣𝗘𝗥𝗙𝗜𝗟 𝗗𝗔 𝗔𝗚𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗢𝗖𝗨𝗟𝗧𝗜𝗦𝗧𝗔  †
— 𝐍𝐎𝐌𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐏𝐋𝐄𝐓𝐎: Gabriella Cervero.
— 𝐅𝐀𝐌𝐈́𝐋𝐈𝐀: Cervero.
— 𝐔𝐒𝐀𝐃𝐎: Gabbie.
— 𝐀𝐋𝐂𝐔𝐍𝐇𝐀𝐒:
↳ Gab — por praticamente todos que o conhecem;
↳  Ella — por praticamente todos que o conhecem;
— 𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄: 25 anos.
— 𝐍𝐀𝐒𝐂𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎: 23 de Fevereiro de 1996.
— 𝐒𝐈𝐆𝐍𝐎: Peixes.
— 𝐋𝐎𝐂𝐀𝐋: Carpazinha, Rio Grande do Sul.
— 𝐀𝐓𝐔𝐀𝐋: São Paulo, Brasil.
— 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐌𝐀𝐒: Português (Brasil — fluente); Inglês (Básico); Italiano (Péssimo).
— 𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎: Caótico, bom.
— 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐄𝐑𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎: 25% Sanguíneo / 31% Melancólico.
— 𝐏𝐀𝐑𝐄𝐍𝐓𝐄𝐒𝐂𝐎𝐒:
— Brúlio Cervero — Pai ↳ Status: Falecido.
— Amanda Cervero — Mãe. ↳ Status: Falecida.
— Arthur Cervero — Irmão Mais Velho. ↳ Status: Vivo.
— Henrique Cervero — Irmão Mais Novo. ↳ Status: Falecido.
— Ivete Beicur — Mãe Adotiva. ↳ Status: Viva.
     † 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐈𝐒𝐒𝐀̃𝐎:
↳ Agente da Ordo Realitas; ↳ Ocultista; ↳ Digital Influencer; ↳ Youtuber.
   † 𝐓𝐑𝐀𝐔𝐌𝐀𝐒:
↳ Quando mais nova, em torno de três anos atrás, presenciou a morte de seu pai, o que causou uma ferida que nunca cicatrizou nesta.
↳ A morte dos Gaudérios Abutres, que eram como uma família para a jovem, também a traumatizou.
      † 𝐅𝐎𝐁𝐈𝐀𝐒:
↳ Claustrofobia: deriva da Agorafobia, o medo de estar em lugares abertos ou fechados e que tenha uma quantidade considerável de pessoas. Se caracteriza pela aversão a lugares públicos em geral. Pessoas agorafóbicas normalmente tem medo de sair de casa desacompanhadas, ir a shows, usar elevadores ou transporte público.
↳ Aracnofobia: Caracteriza por ser um medo extremo de aranhas e de outros aracnídeos de oitos patas, como os escorpiões e os opiliões.
     † 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎́𝐑𝐈𝐀:
Ao entrar para o Caso de Carpazinha após saber do irmão sobre Getúlio, que era amigo deles, morto por criaturas que pareciam ser aranhas gigantes escorrendo lodo preto. Os membros da Ordem tentam convencê-los que tais acontecimentos se tratam de experimentos em animais feitos por cientistas loucos, escondendo o paranormal. Pedem que Arthur e Gabbie evacuem o bar Suvaco Seco, onde aconteceria um show de sua banda, para segurança de todos. Arthur volta ao bar e tenta convencer a todos sem sucesso e pede desesperadamente para seu pai, Brúlio, ajudá-lo e diz que irá explicar mais tarde. A ordem então decide investigar e Arthur e Gabbie se juntam a eles para terminar a missão, pois agora haveria suspeitas que a gangue rival dos Gaudérios estariam envolvidos no caso. Durante a batalha com o Carniçal Preto da Morte, Arthur tenta ser esperto e se esgueirar por detrás da criatura, mas num contra-ataque, acaba ficando à beira da morte após receber três cortes profundos no rosto e desmaiar, já Gabbie sai sem arranhões. Mesmo machucado, ele volta ao bar acompanhado de seus amigos e a irmã para enterrar seu pai e seus amigos, juntos com a única pessoa que ainda tinham algum afeto e que estava viva, Ivete. Os três ficam desolados com a situação, mas Arthur e Gabbie decidem que irão terminar esse caso junto com os membros pelo seu pai.
     † 𝐂𝐔𝐑𝐈𝐎𝐒𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒:
↳ Sempre teve um apreço pela Internet e acompanhava tantas pessoas que iniciaram sua carreira como Influencer e/ou singelos Youtubers, que não demorou para que a mesma focasse e com o passar do tempo criasse um canal que hoje possui quase dois milhões de inscritos.
↳ Ela ama ler e é uma nerd por natureza, mas sempre escondido de todo mundo.  Ama principalmente quadrinhos, ainda mais da dc onde acompanha Harley Quinn e a Princesa Koriand'r.
↳ Tem fixação em chocolate, podendo comer o dia todo se deixar.
↳ Ela pode ser estourada ou calma, tudo depende de como as pessoas interagirem com ela. Há comparações que a deixam frustrada.
↳ Ama ler história de outras pessoas. Por isso criou uma parte do seu canal onde fala das histórias bizarras alheias.
↳ Ama Internet e ama estar nela, por isso quase sempre está no Twitter, no Instagram ou assistindo vídeos no YouTube. Gosta um pouco do tiktok também.
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consuma-me · 4 years
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Woman in the box
Está muito apertado aqui dentro Difícil me mover Difícil respirar Mas sei que ele não irá perceber Enquanto for bom me olhar Talvez eu morra antes que ele descubra Talvez a próxima seja mais jovem e mais burra Estou embrulhada nesse vestido preto Que não me deixa me mover direito Antes que os abutres cheguem ele me cobre com sua proteção Mas quando os abutres partem ele me sorri uma negação “você não devia usar esse vestido” Na porta de casa o discurso muda “ele deixou seu corpo tão bonito!” Ele espera que eu apenas fique muda Está muito apertado aqui dentro Eu não me encaixo onde você me colocou E para tudo que eu quiser ser você tem uma caixa reservada pra mim A negra barraqueira A mulata exportação Abençoada proteção Está sufocante aqui dentro
“Agora eu quero ver vocês duas se beijarem” “E essa bagunça? Vocês são mulheres!” “Nunca fiquei com uma negra, mas sou doido pra pegar!” “Morenas são mais quentes...” “Você escreve bem, mas o meu texto...” “Você fotografa bem, mas a foto que eu tirei...” “Você desenha mal, eu preciso te dar umas aulas” “Eu te amo, mas mulher perfeita é essa loira, de olhos verdes, corpo sarado, cabelo liso e longo aqui...” “Adoro essa sua cor do pecado” “Você era mais bonita com o cabelo liso” “Por que você foi estragar seu cabelo?” “Já rolou peitinho entre vocês duas?” “Seu pai me disse que você entende de computador, podia vir me ajudar na loja... (e daí que eu tenho 32 e você 14?)” “Com uma dessa, eu nem sairia de casa (e daí que eu tenho 50 e você 15?)” “Mas você não é santa, já te vi beijando vários” “Você é muito certinha, vou te ensinar a se soltar mais” “Você é uma morena linda” “Você é a mais feia da sala” “Você é uma morena linda” “Você é a mais feia da sala”
Está sufocante aqui dentro Por isso estou saindo dessa caixa que você envolve em papel bonito para parecer um presente A minha raiva é diferente da sua Não foi ensinada Pois pra você é apenas natural A minha é motivada Por anos sendo tratada como animal Objeto retornável A carne mais barata do mercado Então entenda que não sou raivosa Sou a própria Sekhmet pronta para destruir todas as prisões em que você me enjaulou.
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loficreepy · 4 years
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Luzes que te apagam, sombras que te fazem ser
O primeiro raio de luz atingiu a pele do seu rosto através da fresta da janela que não fechara da melhor maneira possível no crepúsculo do dia anterior. Uma nova chance de interpretar os sinais de uma maneira menos sórdida, talvez, mas o pensamento era muito denso para os primeiros momentos do dia. Sim, ele começou. O novo dia acabara de ter começado, que difícil admitir. Como sempre, encara e julga, o começou com um detalhe do ontem, como uma assombração. Maldito seja o ontem. A sensação era diferente, entretanto, o ar soava como se não pertencesse ao passado. A luz parecia carregar sinceridade, pertencimento ao agora. Duzentos e noventa e nove, setecentos e noventa e dois, quatrocentos e cinquenta e oito metros por segundo – não existe nada mais presente que a luz, tola.
Isso incomodou. O que me aguarda?
Alguns segundos passaram e foram desperdiçados em raciocinar se levantar. Desperdício. Enquanto isso, a luz viajava aquela quantidade absurda de metros e metros e metros... O corpo se cansou da indecisão, os músculos começaram a se contrair involuntariamente - como tudo nessa vida.
A água gritou gelada no rosto, um esforço descomunal para se reconhecer no espelho sujo de pasta de dente. O novo dia existia, mas ela ainda não. Os passos descalços pelo corredor obviamente incognoscível fazem com que – aos poucos – a mente reconheça o corpo, e os músculos – aos poucos – voltem para o controle superior: eu.
Não tem café da manhã pronto e a primeira pancada de solidão se manifesta nos primeiros minutos da manhã. Que merda. Sol, outono, tudo em vão. O caminho para as realizações daquele dia, que começou ontem quando não fechou a janela direito, se torna de repente cheio de crocodilos, rodeada de atiradores de arco e flecha profissionais, questões sem resposta, alternativa. Que merda.
Calça os pés, os seios, os dentes. Não necessariamente nessa ordem. As decisões são um misto de impulso e vontade de sair daquele mangue pegajoso. Vou sair de casa em busca de pão fresco, que desafio. A vontade mesmo, era contato humano de café da manhã. Comer suor e reclamações, angústias e alegrias de uma outra pessoa. Escapar do buraco que sou. A sacola de pão, era sabido, repousaria ridiculamente na mesa, até que alguém decidisse experimentar um – e não seria ela. Ignora o fato, continua. Continua. Só continua.
A chave virou na porta, o barulho deu mais dicas do absurdo que é existir. Se tranca com medo do que? De outras pessoas? Por favor entre, vamos tomar um café preto. Me conta uma história divertida, ou triste, ou inventa. Foco no pão, é simples. Que medo de olhar pra trás. Não quer embarcar no raio de luz que te acordou há 7 minutos atrás. Tudo parece ser um convite tão atraente pro devaneio. Que... merda.
Quarta feira de abril, agora no abrigo da casa, o corpo volta a se mover involuntariamente enquanto o raciocínio se aloja em algum lugar que ela não conhece – e nem ousaria. Mais regular que isso? Aquele aperto sutil na consciência pulsante, alojada nas tripas, diz e diz alto: que angústia conviver sem nenhuma novidade, sem surpresas. O ar vai embora durante alguns segundos. Em poucos passos na rua, enquanto toma fôlego, o tempo se estende e aquela angústia acaba por findá-la. Em breve me enterrará viva nos meus lençóis com cheiro de amaciante.
O racional vem junto, nunca deixou de existir, sussurra nos primeiros tempos da manhã. Agora, se espreguiça: depois de abrir o presente, depois de comer o primeiro pedaço do bolo, depois de encontrar um amigo antigo no mercado sem ter planejado, depois... A emoção acaba, a sensação do novo vai embora. Justamente. Não existiria essa sensação se não fosse exatamente desse jeito. Não existiria o novo se ele não se comportasse exatamente com essa feição ridícula. Sanguinolenta. Do mesmo jeito que se espreguiça, ele volta a se esconder: então porque estou aqui? Em busca de pequenos pontos de prazer diluídos numa existência fajuta e mesquinha? Não, melhor não pensar nisso. Talvez nem os lençóis aguentem esse peso, me expulsem da cama, me comam morta como abutres. Que merda. Só vai pegar o pão, ouvir o beep da moça da padaria passando as compras dos outros.
Enquanto vira a esquina, a sensação de deixar o lar melhora as coisas. Pega o celular, coloca o fone, tá tudo bem, tudo normal. Não tem porque afundar agora. Playlist, clica no aleatório: flauta doce, vento no cabelo, palavras do Cartola ecoam na sua mente enquanto anda sem rumo, mas em direção ao pão fresco. Preste atenção, querida. Embora eu saiba que estais bem resolvida, em cada esquina cai um pouco tua vida e em pouco tempo não serás mais o que és. O ar passa facilmente entre as narinas: ele me entende. Não preciso mais do devaneio, alguém me entende. O Cartola me entende. Virei a esquina nos seus primeiros acordes... só pode ser um sinal. Um bom sinal.
De repente a primeira forma de vida cruza seu horizonte sem estar dentro de um carro, ou em cima de uma moto. Um gatinho branco. Que coisa linda. Tá tudo bem. Bom sinais. Foda-se a luz de hoje de manhã, tudo é possível, existir faz sentido quando se vê gatinhos brancos. Existir faz sentido quando a música canta quem sou, mesmo sem eu ter escolhido. Tudo se encaixa como um quebra cabeça.
A padaria estava gelada. Bom dia, moça. Segura a vontade de perguntar “como vai, tudo bem?”. Todos achariam estranho, estão trabalhando, ou comprando pão. Sua mente entra dentro dos olhos da mulher, começou a nadar dentro da sua íris, escalar seu nervo óptico, tudo sem sua permissão. Enquanto invade a individualidade da moça do pão fresco, sem ela saber - uma falta de respeito! - uma curiosidade: qual foi a ultima música que ela ouviu? A pergunta não cabe para o momento, não caberia nem se fossemos íntimas. É necessário cumprir o papel da ida: buscar o pão fresco. Tudo tem um propósito.
O propósito da brecha de luz era isso? Comprar pão fresco? Não é possível. Duzentos e noventa e nove, setecentos e noventa e dois, quatrocentos e cinquenta e oito metros por segundo. Patético.
O quebra cabeças fica na vertical, cai como um castelo de cartas. Nem uma música muito boa que toca no aleatório salvaria. O fone somente em um ouvido, aquele sentimento de não pertencer ao universo, nem a ela mesma, vomita: “gostaria de oito pães”. Inadmissível comprar um número ímpar de pães, não faz o menor sentido. Espero que entenda, moça do pão fresco. A vontade de perguntar – você também não acha um absurdo comprar um número ímpar de pães? Foda-se.
Rasgue as minhas cartas e não me procure mais, assim será melhor, meu bem. Concordo, Adriana Calcanhotto. Música boa, mas não salvou nada.
Pega o pão, tá quente. Que sorte, outro ótimo sinal. Chega a dar vontade de deixar ele ali em cima do balcão pra esfriar um pouco, a mão sentia um desconforto em segurar o pão fresco. E olha que era o objetivo do dia. Trazendo dor. Sorrio pro nada... Paradoxos me excitam. A tarefa do dia seria leva-lo quente para casa, mesmo sabendo que só comeriam frio. É travada a batalha, a mão suando, vai até o caixa. Ninguém na fila. Sem ouvir o beep do caixa passando a compra dos outros. Que merda, outro péssimo sinal. O pão tá quentinho, dirige essa frase vazia, que não te representa nem um pouco, pra moça do caixa da fonte de pão fresco. A resposta é um sorriso cansado.
O que ela carrega? Como ela dormiu noite passada? Será que ela acabou de voltar de um atestado de óbito do pai, da mãe? Vítima de alguma coisa? Ela bateria no gatinho branco, ou faria carinho nele? Ou nem olharia. A luz entrando pela manhã, a acordaria, a desviaria ou faria fechar a janela e voltar a dormir? Provavelmente ela prefere comer pão velho, acho que existem pessoas assim. Definitivamente, o sorriso foi em virtude disso. Tá tudo bem na vida dela, ela só não acha legal comer pão fresco, e tá tudo bem. Dois segundos se passaram, os pensamentos vão embora, pago o pão. Nem assimilo a quantidade. Penso na nota de dez reais que entrego pra ela. Por onde viajará? Por onde viajou? Peguei na mesma nota que a Adriana Calcanhotto? Ela tá cantando no meu ouvido agora. Seria muita sorte.
Que inferno viver em uma mente que não sabe conviver com o silêncio, com a falta de obrigações, horários, agendas. A mente de criança, perguntando repetitivamente os porquês de coisas que não precisam de porquês, ou que precisam tanto e ninguém consegue decifrar.
O caminho de volta pra casa é solitário, o pão agora está dentro de uma sacola de plástico. Ela sofre por mim, minha mão agradece, obrigada. Parabéns por cumprir seu papel.
Como previu, o pão foi largado em cima da mesa, a chave foi deixada em cima do móvel, volta pro quarto. Quando abre a porta, cadê a luz? Maldita. Vou abrir a janela, fazer com que essa luz perca sua individualidade. Vingança, ela me perturbou. Bate a cama, dobra edredom e tudo mais. O ar tá lindo, cheio de micro poeiras fazendo dança e graça pro sol. Suspensas no gás que respiramos, com certeza entrando dentro dela e conhecendo seus alvéolos pulmonares. Puxa com mais força, deixe que entrem. Façam morada, poeirinhas.
O dia se perde em outro alguém, em outra refeição, não importou. As obrigações diárias te tiram do mundo que criou, ainda bem. Obrigada.
Mundo que criou com dor e com certeza de que era aquilo que mais te representava. Nada era mais ela, nada é mais eu, do que isso. Mas cansa. E não existe devaneio ou poesia que floreie um dia de obrigações, tarefas, compromissos, só elas. Tão mais fácil viver pra máquina, tão mais fácil não conhecer nós mesmos. Obrigada, capitalismo.  
O dia passou, foi embora aos poucos, sem avisar. De repente os números na tela do celular fazem sentido e representam uma despedida – outro crepúsculo se aproxima, meu bem. O inconsciente agradece: me deixe repousar, viva para os outros, para a higiene e para o conhecimento científico. O inconsciente agradece: me deixe repousar.
Amou daquela vez como se fosse a última, beijou sua mulher como se fosse a última. Chico não me conhece, que saco.
O final da tarde é mandatório fechar a janela, regras da casa, lições da avó-tia-mãe-irmã. Se não, entra muito pernilongo. Eu concordo, apesar de nunca ter feito o teste, acredito nos meus. Fecho a janela. De repente a carga da manhã, a densidade dela mesma que se manifestou nos primeiros minutos do dia volta como um tapa na cara, um copo de água gelada sendo jogado contra o meu cabelo quente de sol. Um contraste, um tiro no peito, uma perna sendo arrancada por um tubarão fora do mar.
Que se foda. Apesar de saber que a luz que te acordou aquele dia não será a mesma, ousa e desafia o futuro. Ela machucou, lambuzou minha cara de mim mesma. Desmoronou minha solidez, abriu um buraco na minha barriga e queria preencher minhas tripas me fazendo engolir existencialismo fajuto. Fecha a janela, mas deixa entreaberta, de propósito. A luz do amanhã será diferente, e a viagem me desafiará de novo. Uma provocação pro amanhã, que não chegou ainda, e uma vingança pro hoje. Vingança que disfarça gratidão: obrigada por me fazer tornar eu. Por permitir que eu possa ser dona das minhas próprias surpresas e reinventar minhas alucinações cotidianas. Ela se conhece. Obrigada, acaso. Obrigada por permitir que ela seja sua própria luz.
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notesandletters · 5 years
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É ele, digo, eu o amo.
Sabe; todo santo dia me lembro do dia que o conheci, aquele clichê de que eu era eu e ele era ele sabe. Mas lembro bem, e eu adoro contar essa história, nunca perde a graça.
Eu era eu, meu cabelo era um pouco maior do que está hoje, lembro que não usei maquiagem porque era de manhã e eu odeio me dar o trabalho de me maquiar as 07:00, calça jeans, que ja estava um pouco gasta, um sapatênis preto com bolinhas brancas, camisa cinza que tinha um detalhe de borboleta de bolinhas brilhantes e uma blusa preta, a camisa cinza e a blusa preta ainda guardo; acumuladora de lembranças.
O tempo estava fechado, era época de chuva, mês de julho, minha blusa de frio preta era fina e eu tremia na sala com os ventiladores ligados;
Ele era ele sabe, o próprio Thor chegando em Wakanda, tão digno quanto Steven Rogers e tão lindo quanto loki vestido de preto. Chegou de terno e camisa branca, gravata e mochila nas costas, ciente do atraso e com fone nos ouvidos, chegou como se quisesse dizer "me ame", e eu amei, ali mesmo, naquele instante, foi a primeira batida que meu coração deu e me alertou " olha, é ele viu".
Cada palavra que ele falava eu só ouvia o eco, me perguntando da onde ele tinha surgido, e logo eu que destestava acorda cedo passei a levantar as 05:00 para ir pro cursinho, seu perfume dominava a sala, e sua doce voz sobressaía diante de todas não importava o barulho,
Lembro que uma vez ele mandou no grupo da turma
" Tem alguém aqui que ja me bloqueou mais vezes que o 7x1 " [É um hábito de desespero],
Ai fudeu tudo, o que era suspeita, tornou-se óbvio, eu o queria, e maldito foi aquele amigo dele que comentou " Isso é ódio demais ou muito amor "
" Eu acho que é muito amor " foi a resposta dele, era óbvio, as meninas do grupo como abutres foram no privado me perguntar o que diabos era aquilo, de fato, era amor, muito amor.
E anos não foram capazes de fazer deixar de ser amor, nem mesmo as mentiras, as máscaras, as traições e a dor, nada foi capaz de tirar de mim sabe, o perfume dele ainda é o melhor, e merda ninguém é tão lindo quanto ele, nem mesmo o Cris Evans e meu Deus, Cris Evans é um hino de homem, ninguém me arrepia como ele, é so ele chegar perto, me desarma e derruba minhas defesas, teu sorriso é poesia, e eu sei que é poesia das boas.
Ele é tipo aquelas missões suicidas, designadas para soldados especiais, ama-lo é suicídio, mas quer saber, vale a pena morrer por algumas coisas não é mesmo?
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gustavohjort · 6 years
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Elementais - O Herdeiro dos Tronos - Capítulo 1: O Príncipe
            As batalhas pelos elementos cessaram finalmente. Os Elementais venceram Zinteck, o Meio-Máquina, como as pessoas o chamam agora. Graças a essa vitória, Nether está novamente em paz, mas com sacrifícios. Não apenas muitos soldados morreram nessas batalhas, mas também uma perda maior aconteceu para os Elementais. O Elemental Ígneo, Tegiz, sacrificou sua vida para derrotar Zinteck. Sua morte, assim como sua vitória, abalaram reinos, líderes e pessoas, principalmente o irmão mais novo de Tegiz, Grico, o Elemental do Alvorecer. Os outros Elementais: Cibra, o Elemental Celeste; Dorik, o Elemental do Crepúsculo e Kira, a Elemental Selvagem, sentiram o peso da morte de Tegiz, cada um da sua maneira.
           Muitos líderes políticos viram isso não como a perda de uma pessoa, mas sim como a perda de poder, uma vez que cada um dos Elementais possui uma das Gemas. As Gemas são cinco pedras mágicas poderosas, consideradas antes uma lenda, forjadas pelo Grande Arcano dos Elementos, Windar, com o poder de amplificar os poderes dos magos, que as utilizam, e controlar os elementos. Os Elementais batalharam por elas contra Zinteck. Eles as conquistaram e junto com as forças dos exércitos de Sarie derrotaram o Meio Máquina. Tegiz possuía uma das cinco Gemas, mas, assim como o corpo do Elemental Ígneo, ela está desaparecida.
           Durante a última batalha, na invasão à cidade fortaleza de Zinteck, uma grande explosão de energia engoliu e destruiu a cidade. Ninguém sabe ainda o que provocou essa explosão, mas o que sabem é que ela foi poderosa. Poderosa o bastante para desintegrar a cidade, junto com Tegiz, sua Gema e o próprio Meio-Máquina.
           O que restou da explosão foi uma enorme cratera, maior que a cratera onde estava antes a cidade fortaleza de Zinteck. Do Meio-Máquina restou sua perna mecânica, seu braço mecânico e sua máscara prateada em forma de crânio. Do Elemental Ígneo nada restou, nada foi encontrado.
           Graças a esses eventos, os olhos de todas as nações e reinos de Nether se voltam para o reino de Sarie, o reino no qual os Elementais vivem e servem.
Desde então, muitas reuniões têm sido realizadas entre os políticos de Sarie, com a Rainha Calim, regente do reino de Sarie, e o Primeiro-Ministro Shuber, líder eleito para o parlamento. A maioria dessas reuniões são para discutir qual o destino os Elementais terão e o tipo de relações com as outras nações e reinos de Nether, agora que, apenas um dos reinos possui uma parte do poder de um dos cinco Grandes Arcanos, os cinco magos poderosos que salvaram Nether da destruição há mais de quatro mil anos.
           Todas as reuniões sobre a política de Sarie acontecem dentro do castelo de Zarkiem. Um castelo prateado com quatro prédios cônicos ao redor de um quinto prédio cônico maior. Dentro do castelo, na sala de reuniões do congresso, mais uma reunião está sendo realizada. A sala em que ocorre a reunião é bastante grande, com um palanque no centro de um semicírculo composto de cem cadeiras e mesas. Nessas cadeiras os parlamentares, o primeiro-ministro e a rainha podem se sentar e discutir leis, projetos ou propostas. Dentro das reuniões há representantes da imprensa, ao redor das cadeiras, registrando cada conversa e ação que é tomada por cada um dos líderes. Também há secretários, registrando os acontecimentos da reunião e passando informações aos líderes presentes.
           A única diferença dessa reunião para com as outras é a presença de Kira, a Elemental Selvagem, que está acompanhando a rainha Calim e fazendo sua guarda.
Todos os presentes estão usando ternos, gravatas e roupas executivas, incluindo a Elemental Selvagem Kira, que se veste com uma saia verde até a altura dos joelhos, combinando com um casaco com detalhes pretos. Está usando sandálias rasteiras pretas. Ela justifica as sandálias porque assim fica mais fácil para lutar, caso ocorra alguma. Mas a verdade é que ela não se sente à vontade com sapatos de salto alto. Preso a sua cintura está seu chicote Lipsos, o último presente que recebeu de sua mãe, Yliss, antes dela morrer. Preso ao redor de sua cabeça, como uma coroa bem simples, um aro de ouro, com detalhes que parecem escamas de algum réptil, em sua testa. Incrustado no adereço, uma joia verde, a Gema Verde de Kira, que lhe permite ampliar seus poderes sobre os elementos que controla, respectivamente, flora e fauna.
           O Primeiro-Ministro Shuber está vestindo um terno preto com uma gravata vermelha. Um homem acima dos seus cinquenta anos, de cabelo grisalho, também não muito alto, orelhudo, magro, porém com certa barriga saliente, começa a falar a todos pelo microfone a sua frente na mesa do palanque, sentado a direita da Rainha Calim:
           – Acho que devemos discutir nossas relações com os outros reinos e nações. Muitos começaram a aumentar os preços de seus produtos. Principalmente os manufaturados.    
           – Eu concordo! – fala pelo microfone o parlamentar e ministro das relações exteriores, Chelter Mimer, vestindo um terno cinza com gravata listrada de preto e cinza. Um homem que passou de seus setenta anos, de cabelos brancos, penteados para trás, rosto velho, com certa expressão macilenta natural.
           – O motivo disso é óbvio: é porque temos os Elementais. – começa a falar, através de seu microfone, o parlamentar e ministro do trabalho, Vesae Cione, vestindo em um terno azul escuro com uma gravata azul claro, com o detalhe de penas. Um homem acima dos cinquenta anos, um pouco acima de seu peso, com uma barriga saliente. – Eles temem que os utilizemos como armas de guerra.
           – Outros reinos e nações também solicitaram que os Elementais os auxiliassem com problemas internos. – fala também ao microfone o parlamentar e ministro da saúde, Jera Nhamo, com um terno preto e uma gravata amarelada. Um homem que passou de seus setenta anos, careca, magro e narigudo, com a cara parecida com a de um abutre. – Acho que devemos deixar que façam uso dos Elementais, desde que paguem o preço adequado.
           Começa um pequeno rebuliço entre todos os presentes. A Rainha Calim, que usa uma saia que chega até os joelhos, preta e um casaco cinza, sentada atrás do palanque, entre o Primeiro-Ministro Shuber e Kira, está em silêncio. Kira, sentada ao lado da rainha, também está em silêncio, com os braços cruzados, apenas observando e ouvindo calada cada comentário e opiniões sobre os Elementais, não sabendo como reagir e nem como responder.
Kira lembra-se, todos em Nether lembram-se, que se não fossem por ela e os outros Elementais, não apenas Sarie, mas toda Nether estaria agora nas garras mecânicas de Zinteck. Eles não conseguiram esse feito facilmente, fizeram sacrifícios, como a perda de Tegiz, a perda de um deles, um dos Elementais, de um amigo. Mas não podia falar isso, pois ela, assim como os outros Elementais, apenas tiveram a sorte de conseguir as Gemas e caíram, por acidente, nessa discussão política.
O Primeiro-Ministro pede que todos se acalmem pelo microfone, todos vão se acalmando aos poucos.
– Perceba, penso eu, que devemos reduzir nossas regalias políticas. – começa a falar o parlamentar Tagiro Zomes, um homem com seus sessenta anos, calvo, com um pequeno resto de tufo de cabelo na cabeça, como uma pequena ilha de cabelos em um mar careca e uma barriga saliente, usando um terno cinza escuro com uma gravata vermelha, com uma postura séria e diligente. – Não acho certo recebermos tantas regalias com o povo ficando na miséria. Não podemos permitir que nossas dificuldades, em promover diplomacia com os outros povos, causem problemas para o povo sariense. Ainda acredito que a diplomacia seja melhor opção, pois agora, com os Elementais, não podemos nos deixar cair no parafuso de “piração” de entrar em guerra com as outras nações por conta...
– Isso é uma besteira! – exclamou com fúria pelo microfone, e interrompendo o parlamentar Tagiro Zomes, o parlamentar Slob Orano, também ministro da defesa, usando um terno bem preto e uma graveta preta. Um homem magro que não aparentava seus sessenta anos, com o cabelo preto tingido repartido para direita, com uma franja caindo-lhe à testa. – Aliás, devíamos nos aproveitar disso! Ou seguem o que falamos ou começamos uma guerra, usando as Gemas e os Elementais! Pronto! Acabou! Não tem conversa!
– Isso é um absurdo! – gritou a parlamentar Meria Panham, uma mulher de quase mesma idade que a rainha, de cabelos castanhos tingidos, usando óculos e casaco branco.
Isso apenas retoma a discussão, com mais fogo ainda, rendendo insultos e xingamentos entre os políticos. Cada um dos líderes tenta falar mais alto que o outro, todos achando que possuem a razão, mas ninguém diz coisa alguma. Repórteres e câmeras transmitem toda essa discussão e gritaria, a qualquer um que estivesse assistindo.
           No meio daquele caos de ideias, palavras e grosserias, o som repetido de madeira sendo batida é ouvido. É a Rainha Calim que bate com um malhete na mesa, uma mulher magra, próxima de seus 50 anos, com cabelos loiros, usando salto alto e um elegante casaco, com mangas e uma saia combinando. Quando todos ficam em silêncio, prestando atenção em sua majestade, a rainha fala por seu microfone:
           – Acredito que a decisão de como as Gemas devem ser usadas devem partir dos Elementais. Felizmente, a Elemental Selvagem está presente e falará pelos outros.
           Kira desde o começo queria falar, ainda quer falar, mas não sabe o que dizer ou como dizer. Mesmo sem saber o que falar, a Elemental Selvagem aproxima a boca ao microfone, se mantém sentada em sua cadeira, junta coragem, respira fundo e começa a falar:
           – Nós, os Elementais, fomos escolhidos para sermos os únicos a terem as Gemas. Ainda não sabemos o motivo, mas com certeza não foi para dar início a uma guerra, ou qualquer tipo de conflito. Nós Elementais, assim como as Gemas, não somos moedas de troca, tão pouco somos armas de guerra. Também não é para isso que os Elementais foram formados. Fomos formados para tentar manter a harmonia de todos em Nether, pelo menos é o que eu, e os outros Elementais acreditamos. E o povo também acredita nesses ideais. Portanto, encontrem outra forma para resolver seus problemas diplomáticos.
           A Elemental fica em silêncio e passa a palavra para a rainha, que diz:
           – Como ouviram senhores, nem os Elementais e nem as Gemas serão usados como arma de guerra ou moeda de troca. Nem agora e nem no futuro. Portanto, encerro essa reunião.
           O som do malhete batendo encerra a reunião. A rainha Calim levanta-se, junto com Kira e as duas se dirigem para fora da sala de reuniões. Todos os lideres voltam a discutir uns com os outros, alguns concordando com a atitude da rainha e da Elemental, outros não admitindo tal decisão. Ao mesmo tempo, uma onda de repórteres, com câmeras e microfones, aglomera-se ao redor da rainha e da Elemental, todos eles pedindo uma declaração das duas. Uma corrente humana feita de seguranças, com ternos e gravatas, ao redor da Rainha Calim e de Kira, separando-as dos repórteres, enquanto saem da sala de reuniões e caminham pelos corredores do castelo.
           – Por favor, majestade, uma declaração! – pede um dos repórteres com o microfone apontado para o rosto da rainha.
           – Os preços dos importados continuaram a subir? – pergunta um outro repórter.
           – A possibilidade de entrarmos em uma guerra? – pergunta uma repórter.
           Para todas as perguntas a resposta é mesma: Silêncio.
– Elemental Selvagem! – chama a atenção um repórter. – É verdade que a Gema do Elemental Ígneo está destruída ou apenas desaparecida?
           – Sem comentários! – responde Kira, com o rosto inexpressivo. Afastando com a mão o microfone do repórter do seu rosto, tentando não demonstrar incomodo com a pergunta. Pois a pergunta lhe fez relembrar Tegiz, do qual ainda se sente culpada por sua morte.
           Tegiz foi forçado a enfrentar Zinteck sozinho, pois enquanto os Elementais fugiam, a aeronave em que estavam foi atingida, fazendo um rombo no casco. Tegiz caiu pelo rombo, sobreviveu à queda, provavelmente graças a sua Gema, mas não podiam resgatá-lo. Esta é a versão oficial. Uma parte não foi contada, talvez por não ser importante ou não ser necessário contar, a parte em que diz como a Elemental Selvagem tentou salvar o Elemental Ígneo da queda e falhou. Quando Tegiz estava caindo da nave, Kira tinha tentado usar o seu chicote para alcançar Tegiz, para que ele o segurasse, mas não conseguiu pegá-lo. O Elemental Ígneo sobreviveu à queda, decidiu lutar com o Meio Máquina para facilitar a fuga dos outros Elementais. Kira tem guardado essa culpa em silêncio de todos, até mesmo de Grico, irmão de Tegiz, por ter deixado um amigo lutar sozinho com Zinteck e morrido.
           Presa em suas lembranças, mais repórteres avançam, insistindo com mais perguntas. Uma parede feita com a corrente humana de seguranças bloqueia o avanço dos repórteres, enquanto a Rainha Calim e a Elemental Selvagem pegam um elevador para os andares de cima do castelo, onde apenas pessoas autorizadas podem subir.
           No momento em que as portas duplas de correr do elevador se fecham, Kira põem as mãos nos joelhos, respira fundo e suspira cansada.
           – Ainda bem que acabou. – diz Kira. – Como a senhora aguenta isso?
           – Depois de um tempo você se acostuma. – responde a rainha, mostrando ainda certa compostura. – Você foi muito bem com eles.
           – Obrigada!
           Kira se endireita, sentido calor, despe o casaco verde, ficando apenas com a pequena blusa verde claro e a saia verde. Mais à vontade, Kira volta a falar:
           – Mas qual é o problema daqueles velhos? Nós salvamos eles e nos tratam como bandidos.
           – A maioria deles olha vocês como uma forma de obter lucro ou poder, outros têm medo que vocês os tirem do poder, de alguma forma. – responde a rainha Calim com calma. – Tenho que lhe agradecer por ter me acompanhado à reunião. Apesar de não precisar ter que fazer isso.
           – Não é problema. Como ultimamente as reuniões tem envolvido os Elementais, achei que seria bom a presença de pelo menos um Elemental.
           – E quanto aos outros, não quiseram vir?
           – Cibra não gosta desse tipo de coisa, preferiu aproveitar as mordomias do castelo. Dorik recusou, ele não liga sobre o que as pessoas falam sobre nós ou pensam de nós, tanto é que voltou a trabalhar com a avó no novo hotel deles. Já Grico, eu não perguntei, tem estado bem estranho esses dias, mais deprimido.
           – Deve ser difícil para ele viver sem o irmão.
           – Sei como é. Perdi a minha mãe quase na mesma época. Sei muito bem como é essa dor.
           – Falando em Grico. O aniversário dele está chegando, pensaram em onde comemorar?
           – Ainda não.
           O elevador chega ao seu destino e se abre.
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pacosemnoticias · 2 years
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GNR resgata abutre-preto em Belmonte
A GNR, através do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) da Covilhã, no dia 20 de setembro, resgatou um abutre-preto, Aegypius monachus, no concelho de Belmonte.
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No decorrer de uma ação de patrulhamento, os elementos do NPA foram alertados que o animal se encontrava na via pública, debilitado e incapaz de voar. Deslocaram-se de imediato para o local, resgatando-o.
O animal foi entregue no Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CERAS) em Castelo Branco.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de eventuais situações de maus-tratos ou abandono. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.
Foto GNR
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escrevamaria · 3 years
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em cheque
será que temem tanto nossa pele porque ela representa força, luta e determinação?
afinal,sabem que somos a maior concentração de negros fora da África e que todo esse racismo é covardia,
têm consciência de que fizeram merda e que cobraremos um dia,
eles sabem que todos esse país foi levantado pelos nossos,
aí na escola tentam nos fazer lavagem cerebral e esquecer quem foram nossos heróis e de quem somos,
mas a realidade aos poucos te desperta, e logo no teu espelho tu pode se ver de qualquer cor, menos branco
é aí que eles perdem, pra sua decepção descobrimos que ao invés de nós, pretos, são os homens no poder que fedem,
os abutres imundos,
os vagabundos reais,
queimarão no inferno por causarem tanta desgraça e não deixarem nosso povo em paz.
podem continuar tentando apagar nossa identidade,
estamos construindo o maior quilombo já visto na história,
é na expressão da palavra que negros e negras terão enfim sua vitória,
porque não se perde uma guerra quando se é guerreiro de verdade.
o cheque do Bispo já foi dado, logo logo será dado cheque-mate.
#FORABOZO
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editado última vez em 17 de janeiro de 2020
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albanus74 · 3 years
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Símbolo do tempo tecnológico e do todo. Formado como uma ovelha, a força e a potência de um tigre, amando como um beija flor/coelho, abelhinha com a fúria dum dragão, metarmofo como uma borboleta, vivendo nesta atmosfera como um peixe, mergulhando como uma baleia, lutando como um Leão, veloz como um guepardo, defensor de ideias como uma onça, leal e amigo como um câo, tradicional como um gato, contenporâneo como um pavão, nas alturas como uma águia, razante como um morcego, sagaz como uma raposa, verdadeiro como um ornitorrinco, majestoso como o sabiá, misterioso como corvo, mentiroso como um bicho pau, devoto como louva Deus, profundo como um tatu, ingenuo/inocente como vagalume, cego como uma topeira, teimoso como um burro, ativo como um cavalo, um príncipe como falcão, soberano como um tubarão branco, inteligente como um golfinho, científico como uma minhoca em buraco de maça, pestinha como um pica-pau, criança como um pintinho, protetor como um galo/ganso, cumprido como uma girafa, chato como a mosca na sopa, chiclete como uma lula ou povo, ácido como uma lagarta, escalador como um calango em corações de pedras quentes, respondão como um porco espinho, paterno como um canguru, espreito como um lobo, manso como um boi, corno como um touro, confiante e ávido como um jumento, paladar como um porco, materialista como um camundogo, caloroso como um urso pardo, preto e panda, frio como um urso polar/pinguim, simples como as pombas e prudente como as serpentes, uma memória de Alzheimer de um elefante, rebatedor em calda como um crocrodilo/jacaré, venenoso como um araquenideo, acuado como um escorpião, chorão como uma hiena risonha, sábio como uma coruja, careca como abutre, sapiente como um chimpanzé, feio como um sapo, lindo como filhotinho de gato, cantarolante como um pintassilgo, logaz como um papagaio, forte como um bezouro rola bosta, seletivo como um cavalo marinho, fiel ao amor como as araras azuis e adultero como os macacos bonomos, saltitante como uma gazele/hipopotamo de Wallt Disney e mesmo assim tendo um eterno apilido de cabrito, speak really! Porém resistente, reagente e adaptável como um vírus e uma bacteria. Ah! Imprevisível como uma ZEBRA.🌻🔥⚡ https://www.instagram.com/p/COyZVGzD2I5/?igshid=k9yrs4q46w5c
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blogbirdfeather · 5 years
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Black Vulture - Abutre-preto (Aegypius monachus)
Mértola/Portugal (7/05/2019)
[Nikon D500; ∑ 150/600mm C; 1/1600s; F9; 500 ISO]
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