#Robôs tomando empregos
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CRobôs Tomando Empregos e o Futuro do Trabalho: Governo Pagará para Ficarmos em Casa Consumindo?
Nos últimos anos, o avanço da tecnologia, especialmente no campo da robótica e inteligência artificial, trouxe uma revolução sem precedentes. Os “CRobôs tomando empregos” é um tema que cada vez mais gera debates sobre o impacto da automação nas oportunidades de trabalho. Em um futuro próximo, será que veremos os governos assumindo o papel de provedores financeiros para uma população que, em vez…
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Michael Kors e Irina Shayk conversando Sobre a Magia Eterna de Nova York
Ao comemorar 40 anos no negócio, o estilista e a modelo refletem sobre a cidade que eles não podem deixar de voltar.
O caso de amor de Michael Kors com a cidade de Nova York é profundo. Ele cresceu em Merrick, Long Island, e fazia caminhadas regulares em Manhattan quando era adolescente. Mais tarde, ele se mudou para a cidade para frequentar o Fashion Institute of Technology e o Studio 54. Kors se tornou um frequentador assíduo do último depois de abandonar o primeiro para trabalhar na Lothar's, uma butique sofisticada na 57th Street em Midtown. Lá, ele esperou a clientela brilhante da loja, que incluía pessoas como Rudolf Nureyev e Cher, e logo começou a projetar a linha interna. Um dia, a falecida Dawn Mello, a lendária diretora de moda com o crédito de reviver a vizinha meca da moda Bergdorf Goodman na década de 1970, espiou Kors cuidando das vitrines do Lothar's com uma roupa que ela achou intrigante. Mello se aproximou de Kors e perguntou onde ele conseguiu suas roupas; ele respondeu que ele mesmo os projetou.
Este ano, Kors comemora 40 anos de atividade. Ele marcou a ocasião em abril passado apresentando um desfile de sucesso na Times Square. Uma mistura internacional e multigeracional de suas supermodelos - Naomi Campbell, Helena Christensen, Paloma Elsesser, Karen Elson, Bella Hadid, Shalom Harlow, Liya Kebede, Precious Lee - desfilou pela Broadway com looks da coleção de outono de Kors. Entre eles estava a russa Irina Shayk, agora ela própria uma nova-iorquina há mais de uma década. Para Shayk, a ideia de trabalhar com moda - e morar em Nova York - não era nem um sonho quando ela estava crescendo na vila de Yemanzhelinsk, perto da fronteira com o Cazaquistão. Mas depois de chegar em Nova York, ela descobriu o que Kors sempre achou tão otimista sobre a cidade e a indústria: por todas as suas peculiaridades e obstáculos.
MICHAEL KORS: Eu cresci nos subúrbios e quando íamos para Manhattan, no minuto em que vi o horizonte, era como O Mágico de Oz . Para mim, Nova York era um lugar onde tudo era possível. Você poderia se reinventar. Você pode seguir seus sonhos. Você pode conhecer pessoas de todo o mundo. E ainda acho que é isso que Nova York traz para você.
IRINA SHAYK: Nova York sempre representa a vida para mim. Morei em Los Angeles por dois anos. Eu estava com minha filha lá. Quer dizer, LA é linda, mas Nova York apenas dá essa energia. Se você está solteiro em Nova York, nunca se sente sozinho. Você anda do lado de fora do seu apartamento e tem essa comunidade, essa sensação de que pessoas vieram de todo o mundo para tentar fazer isso aqui. Isso apenas lhe dá a motivação para fazer algo.
MICHAEL KORS: Quero dizer, você cresceu em uma pequena cidade.
IRINA SHAYK: Minha cidade era superminúscula. Meu pai era mineiro de carvão. Minha mãe era pianista, mas por ter seguido meu pai até uma vila de mineração de carvão, ela acabou trabalhando no jardim de infância por 25 anos. Quando crescemos na Rússia, não havia água quente em junho, julho e agosto. Lembro que quando vim para Nova York, pensei: “Eles têm água quente por três meses durante o verão!” Mas não tive nada a ver com moda. Eu nunca soube que modelar era um trabalho real.
MICHAEL KORS: Quando eu tinha 18 anos, era obcecado por moda. Consegui um emprego de meio período vendendo roupas nesta loja, Lothar's, onde todas as pessoas famosas do mundo compravam. Eu voltava para a escola e todos diziam: “O que aconteceu no trabalho?” E eu dizia, "Bem, Rudolf Nureyev comprou um jeans hoje - e ele deixou a cortina aberta para que pudéssemos olhar!" Conheci Jackie Kennedy no Lothar's. Diana Ross. Cher. Gianni Agnelli e sua esposa entravam. Acho que aprendi desde cedo que, porque as pessoas têm dinheiro, não significa que estejam deitadas no sofá comendo uvas. Eles estão ocupados. Eles estão se movendo. Eles querem estar confortáveis. Eles querem ser glamorosos. E, ao mesmo tempo, todos têm suas inseguranças.
IRINA SHAYK: Com certeza.
MICHAEL KORS: Eu não me importo com quem você é, há algo que faz você se sentir melhor consigo mesmo. Trabalhar em uma loja e interagir com as pessoas ao invés de estar no ateliê ou estúdio de um designer moldou totalmente a minha maneira de projetar.
"Se você está solteiro em Nova York, nunca se sente sozinho. Você anda do lado de fora do seu apartamento e tem essa comunidade, essa sensação de que pessoas vieram de todo o mundo para tentar fazer isso aqui." - Irina Shayk -
IRINA SHAYK: Eu cresci em uma família de mulheres. Perdi meu pai quando tinha 14 anos e nunca conheci meu avô, então cresci com minhas duas avós, minha irmã e minha mãe. Meu ícone era com certeza minha avó, mãe de meu pai. Quando ela tinha 19 anos, ela foi enviada para a Segunda Guerra Mundial e trabalhou nos serviços especiais. Ela perdeu o marido e criou meu pai como mãe solteira, e depois perdeu meu pai. Mas ela era a mulher mais positiva e realista. Cada vez que você ligava para ela, ela ficava muito feliz por acordar e ter água na pia. Ela sempre deu o exemplo de que a felicidade não é o apartamento onde você mora, quanto dinheiro você tem. É sobre as pessoas reais em sua vida - sua família, seus amigos. Ela era um ícone de beleza para mim também porque sua beleza era de dentro para fora.
MICHAEL KORS: Minha mãe ainda está na minha cabeça. Ela sempre será uma musa. Mas então eu penso sobre como eu cresci amando a cultura pop. Eu estava colado a filmes, livros, revistas, televisão e teatro. Eu cresci amando todos os cisnes sociais. Então, a próxima coisa que você sabe, eu tenho 18 anos e conheci Nan Kempner no Studio 54 e estou sentado com ela, bebendo champanhe em um banquete. Conhecendo Muhammad Ali. Ele e sua esposa foram fazer compras na casa de Lothar. Foi uma confusão nas ruas. Tivemos que trancar as portas. E designers - quando conheci Bill Blass, fiquei com tanto medo. Eu o conheci em um show de tronco em Oklahoma. Mas ele era tão engraçado, autodepreciativo e maravilhoso. Conheci Barbra Streisand no Lothar's. Fiquei tão animado que esqueci de pedir a ela para assinar o recibo do cartão de crédito, então corri para a Quinta Avenida com a máquina de cartão de crédito, gritando: “Sra. Streisand! Em. Streisand! ” Ela olhou para mim e disse: “Vou matar você”. Encontrar o presidente Obama pela primeira vez foi simplesmente alucinante. Mas o que aprendi ao longo dos anos é que não importa o quão bem-sucedido alguém seja ou o que faça, somos todos humanos. Todos estamos passando por altos e baixos na vida, e sempre adoro quando as pessoas que admiro acabam tendo senso de humor sobre si mesmas e o mundo. Quando estávamos montando o desfile de 40º aniversário, eu disse: “Esse desfile é sobre mulheres fortes e confiantes. Irina é perfeita para isso. ” E então você entrou e foi tão engraçado. Sempre acreditei que você pode ter senso de humor e ainda assim ter uma ótima aparência, ser confiante e ter glamour.
IRINA SHAYK: Você deveria me ver no meu apartamento. N��o é tão glamoroso.
MICHAEL KORS: Quando te chamamos para voltar para uma segunda prova, acho que você estava tomando uma margarita.
IRINA SHAYK: Sim. Eu estava em um restaurante. Eu estava no 4 Charles. Você esteve?
MICHAEL KORS: É um dos meus favoritos.
IRINA SHAYK: Finalmente, estou conseguindo uma reserva lá, certo? E eu estou sentado, tomando minha margarita com gelo como uma garota russa, e eles estão me ligando. Eles falam tipo, "Você pode voltar para a segunda prova?" Então terminei todas as minhas margaritas e pensei, “Não tenho certeza em que condição estou, mas tenho certeza que posso experimentar minha roupa”.
MICHAEL KORS: Eu amo que você estava no 4 Charles. É a reserva mais impossível de conseguir.
IRINA SHAYK: Terminei meu jantar.
MICHAEL KORS: Voltaremos juntos.
IRINA SHAYK: Mas acho que é importante apenas ser real. Eu sou capricorniana. Eu levo as coisas muito a sério. E eu sou russa, então adoro controlar as coisas. Mas você tem que deixar ir. Tenho a sorte de ter este emprego e poder ajudar minha família e viver com conforto. Basta ser gentil, tratar bem as pessoas e ser real, e o universo vai retribuir.
"Trabalhar em uma loja e interagir com as pessoas ao invés de estar no ateliê ou estúdio de um designer moldou totalmente a minha maneira de projetar." - Michael Kors -
MICHAEL KORS: Acho que a melhor coisa que tirei de toda a experiência da pandemia foi ter um senso de apreciação sobre tudo, como ver amigos e família e poder viajar. Mas mesmo as menores coisas, como dar um passeio no seu bairro ou ir ao seu restaurante favorito, e apoiá-los. Quantos anos tem sua filha agora?
IRINA SHAYK: Minha filha tem quatro anos.
MICHAEL KORS: Quando você se veste, ela é totalmente opinativa sobre o que você está vestindo?
IRINA SHAYK: Ela olha para mim e diz: "Mm-mm ... Tire isso." Na verdade, no meu aniversário em janeiro, eu estava na Flórida e usei este vestido fofo. Eu nunca comemoro meu aniversário, mas eu estava tipo, ok, vou colocar um vestido bonito, alguns amigos vieram. Coloquei um vestido preto lindo, meio fofo. E o rosto da minha filha - ela olha para mim e diz: "Tire isso". Eu digo: “Por quê? Mamãe não está bonita? " Ela disse não. É muito bonito. ” Então ela não quer que eu seja mais bonito do que ela porque seu vestido não é fofo. Não é uma competição! Eu estava tipo, não. E eu expliquei a ela, eu falei, “Todo mundo é lindo à sua maneira”. Mas ela já tem isso. Eu estava tipo, “Isso definitivamente não é de mim”.
MICHAEL KORS: Ela escolhe todas as suas próprias roupas?
IRINA SHAYK: Ela quer. Ela quer apenas coisas de princesa. Brilhos, ouro, joias. Eu era uma moleca. Eu queria usar coisas masculinas. Ela quer ser fofa e tem muitas opiniões.
MICHAEL KORS: Você e sua filha são o oposto de minha mãe e minha avó. Minha mãe era uma moleca. Com minha avó, era purpurina. Foi glamour.
IRINA SHAYK: O ano passado me fez querer priorizar mais tempo com minha família. Antes, às vezes, eu me via como um robô, indo de trabalho em trabalho em trabalho. Mas, para fazer uma pausa e reconectar, isso é importante.
MICHAEL KORS: Eu acho que sou muito Tipo A. Mas esta pandemia provou a todas as pessoas Tipo A no mundo que você não pode controlar tudo. Acho que a maior lição que espero que todos aprendam com essa experiência é realmente essa compreensão de como todos nós estamos interconectados. Estamos incrivelmente entrelaçados como pessoas. Você nunca pode dizer: “Oh, bem, isso está acontecendo lá. Mas estamos bem aqui. ” Estamos conectados. Espero que o mundo não se esqueça disso.
ㅤㅤㅤㅤ Tradução e Adaptação por Irina Shayk Brasil
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Idade: 25 anos.
Gênero: Feminino cis.
Qualidades: Extrovertida, agradável.
Defeitos: Impaciente, teimosa.
Nacionalidade/Etnia: Japonesa/coreana.
Temas de interesse: Angst, crack, fluffy, romance, smut.
Faceclaim: Soojin - Ex-(G)Idle.
Twitter: MV97MI.
OOC:��+18 qualquer pronome.
TW: Nenhum.
TW: Negligência e abandono parental, uso de álcool.
Miki é uma jovem japonesa de classe média alta que nasceu e cresceu em Tóquio, juntamente com seus pais e seu irmão mais novo. Filha de um pai coreano e uma mãe japonesa, dois cirurgiões bem sucedidos, sempre teve do bom e do melhor, vivia uma vida quase perfeita e nunca teve do que reclamar. Pelo menos era isso que as pessoas de fora diziam.
Apesar de todo o dinheiro e os bens materiais, Miki nunca teve pais presentes e acabava ficando mais tempo com a empregada que tomava conta da casa do que com os próprios pais. Sempre precisavam trabalhar e nunca deram muita atenção nem para ela e nem para o irmão caçula. A verdade é que eles nunca quiseram ter ela, por princípio. Sempre a trataram como se fosse uma pessoa que tivesse estragado seus planos. E a mesma coisa com o irmão.
Miki nunca foi muito estudiosa, mas se esforçava pra não tomar bronca dos seus pais e piorar tudo. Esse abandono dos pais perante à ela resultou na sua complicada adolescência. Miki, como vivia praticamente sozinha já que seus pais começaram a viajar muito, quase não ficava em casa. Preferia ficar com os amigos da escola, fumando, bebendo e saindo para festas escondidos, claro, sempre escondendo tudo isso dos pais. Tentava conciliar tudo isso com a escola, mas claro que as notas começaram a decair depois de um tempo e os pais perceberam.
Tudo começou a piorar depois que demitiram a empregada, a acusando de estar sendo uma má influência para os filhos e contrataram uma governanta. Era tão rígida quanto os pais, mas presente. Daí pra frente, a vida de Miki foi só abaixo, pelo menos pra ela. Era obrigada a estudar constantemente e não podia nem ver os amigos fora do ambiente escolar. E foram assim por três longos anos, os últimos da ensino médio. Miki era tratada como um robô, feita apenas para receber as ordens dos pais, repassadas pela governanta.
Ao se formar, claro que teve que seguir a faculdade que os pais decidiram pra ela. Já que ela não queria de jeito nenhum ser cirurgiã e nem levava jeito para a coisa, escolheram enfermagem para ela e ela não teve outra escolha. O bom da vida adulta é que ela tinha um pouco mais de liberdade dentro e fora de casa, já que já era maior de idade. Com o tempo foi tomando gosto pela enfermagem e conseguiu fazer amigos e se formar com ótimas notas na faculdade, parecia que a vida de Miki tinha finalmente se estabilizado.
Enganada estava ela de achar que os pais a dariam um pouco de paz. Em um dia comum, chegaram em casa dizendo que se mudariam para os EUA e que ela e o irmão iriam com eles. Miki recusou na hora, não queria sair dali e nem ir para um país do outro lado do mundo. Os pais então disseram que então ela teria que ficar sozinha no Japão e que parariam de ajudá-la financeiramente. Claro que Miki sentiu o baque momentâneo, mas queria provar para os pais que conseguiria ser independente, sem precisar de nenhuma ajuda deles. Esse era o momento perfeito.
Após os pais e o irmão partirem, Miki ficou completamente sozinha em uma das mais movimentadas capitais do mundo. Começou a procurar um emprego desesperadamente, já que o dinheiro estava acabando àquele ponto. Estava morando com uma amiga e não tinha perspectiva nenhuma de como sairia daquela. Até que sua amiga a informou sobre uma pequena vila, que estaria precisando de pessoas formadas em enfermagem. Claro que ela se interessou, o único problema é que era um pouco longe dali, na Coreia do Sul. Ela pensou bem antes de ir, já que não queria sair do Japão, mas como sabia falar coreano decido ao pai e precisava muito daquele dinheiro, aceitou o desafio. Afinal, a Coreia fica bem do lado do Japão, não seria um choque tão grande e ainda poderia visitar os amigos.
Depois de um tempo se planejando decidiu tentar a sorte e foi. Chegou em Seul sem saber nada, apenas pedia informações para as pessoas na rua. E foi pedindo informações que ela chegou em Mugunghwa, uma pequena vila bem escondida. Se assustou um pouco com a diferença de onde nasceu para o local, mas daria uma chance, talvez tudo aquilo fosse para seu bem.
Depois de algum tempo morando em um Hotel, conseguiu uma casa alugada, em um bairro não muito nobre, sem todas as mordomias que ela tinha em seu país de origem, mas com certeza mais calmo e com mais liberdade do que tinha anteriormente. Agora ela já chegou em Mug há dois meses e finalmente, após conhecer bem o lugar, se sente confiante para começar a ter uma vida de verdade no lugar. Sem mordomias, sem preocupações e sem ninguém saber onde ela vivia. Estava confiante.
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PX.0098992-83.2165.0. Marken O’Donnel. Mark. Humano. 35. Solteiro. Filho de Ada Collin e de Gerrard O’Donnel. Classe Alta. Comandante da Polícia. Posicionamento a favor do Governo. Heterossexual. Sem passagem pela polícia ou manicômio. (Marken O’Donnel)
A família O’Donnel refugiou-se para Gallica I logo no início de tudo; não viram outra alternativa, já que seu antigo país teve um fim trágico assim como muitos outros. Era triste ver um país como os Estados Unidos desaparecer do mapa, levando todo seu orgulho e história se resumirem ao nada. Muitos cidadãos norte-americanos tentaram fugir, refugiar-se em outros lugares e sobreviverem, entretanto, nem todos conseguiram. Porém, a família O’Donnel sim. Eles tornaram-se cidadãos de Gallica I. A família resumia-se em uma mãe, Ada Collin O’Donnel, um garoto de cinco anos, Marken O’Donnel e, por fim, a caçula de dois anos, Jude O’Donnel; infelizmente, perderam o pai no meio da transferência para seu novo país. A causa da morte nunca foi revelada.
Por sorte, a família adaptou-se bem ao país e seus regulamentos. Não se espantou com a forma de Governo e, por outro lado, Ada até sentia-se mais segura daquela forma, educando os próprios filhos a enxergarem o atual Sistema como algo bom. Ada conseguiu um emprego em uma empresa que produzia pequenas peças para automóveis, logo destacando-se e sendo promovida a Coordenadora da ala de logística, dando assim, uma vida mediana para seus filhos. Quanto a Marken, ele cresceu como qualquer criança com boas condições financeiras viveriam. Frequentou boas escolas — não as melhores, entretanto, a sua era tão bem falada quanto as que os filhos dos grandes nomes de Gallica I frequentava. O garoto nunca dera problemas reais à família, justamente pela educação que recebera em sempre andar dentro dos padrões. Marken era quase um robô em relação às leis do país. Nunca ousou em desobedece-la.
O tempo passou e dentro do garoto cresceu o sonho de ser policial. Antes de completar dezoito anos, o mesmo passava muito tempo treinando seu físico para que quando atingisse a maioridade, estivesse apto para encarar os famosos treinamentos da equipe policial de Gallica I. As más línguas contavam que o treinamento era tirano, que muitos acabavam cedendo e/ou morrendo durante. Porém, isso nunca assustou a Mark. Sentia-se mais que preparado para servir o país que salvou sua família da destruição. Para o jovem, era uma forma de agradecer a todos os Chanceleres por sua vida e da sua família.
Após os dezoito anos, a vida de Mark engrenou, tomando o rumo desejado. Entrou para a polícia e resistiu a todos os treinamentos. Com o tempo e aprimoramento de técnicas, o rapaz tornou-se um grande policial. O melhor de seu batalhão, diga-se de passagem. Carregando sempre o orgulho de Gallica I em seu peito. E nunca deixando missões pela metade. Acabou sendo conhecido entre os outros por sua lealdade e obediência ao país que serve.
Ao completar trinta anos, recebeu o maior presente que poderia ganhar: sua promoção a Comandante. Ninguém vestiria aquela farda tão bem e com tanto orgulho além de Marken. Mesmo com sua nova patente, ele nunca deixou de patrulhar as ruas da cidade, acompanhando de perto seus policiais e neutralizando qualquer tipo de baderna que envolvesse Rebeldes. Desde então, o grupo dos Rebeldes ganharam um carrasco, onde sua principal missão era exterminar um por um até chegar aos grandes líderes do grupo.
Atualmente Mark está com trinta e cinco anos e é a principal fonte financeira de sua casa após a aposentadoria de Ada. Virou raridade qualquer momento em família. O policial está sempre ocupado demais com os afazeres e missões da Polícia. Qualquer tempo vago, Marken utiliza para investigar e procurar fraquezas dos Rebeldes e seus principais líderes, tornando a prática uma obsessão.
Encontra-se indisponível (OC).
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12 séries recentes da Netflix para maiores de 18 anos
Dentre as milhares de produções disponíveis no catálogo da Netflix, escondem-se algumas não indicadas para menores de 18 anos. Para ajudar o público que procura esse tipo de conteúdo, a Bula reuniu em uma lista 12 séries recentes cheias de cenas sensuais e picantes. Os seriados selecionados foram bem avaliados pelo público.
Dentre as milhares de produções disponíveis no catálogo da Netflix, escondem-se algumas não indicadas para menores de 18 anos. Para ajudar o público que procura esse tipo de conteúdo, a Bula reuniu em uma lista 12 séries ótimas e recentes cheias de cenas sensuais e picantes. Os seriados selecionados também foram bem avaliados pelo público e possuem tramas envolventes, com destaque para “Nós Temos um Grande Problema” (2020), de Tanada Yuki; “Amor, Morte e Robôs” (2019), de Tim Miller; e “Areia Movediça” (2019), dirigido por Per-Olav Sørensen e Lisa Farzaneh. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Nós Temos um Grande Problema (2020), Tanada Yuki
Kumiko, uma garota do interior do Japão, se apaixona por Kemiche, um colega da universidade. Eles começam a namorar, mas não conseguem ter relações sexuais, já que Kumiko sofre com vaginismo. Mesmo assim, eles decidem se casar. Enquanto Kumiko se sente inferior e tenta compensar o marido de todas as formas, Kemiche acha que é o culpado por não conseguir satisfazer sua mulher. Com o tempo, esses sentimentos ignorados acabam afastando o casal.
Seguidores (2020), Mika Ninagawa
A série acompanha a história de duas mulheres modernas em Tóquio. Limi Nara é uma fotógrafa de sucesso que trabalha em campanhas publicitárias, mas também adora capturar imagens das pessoas da cidade. Natsume é uma garota pobre, que está lutando para se tornar atriz, mas não consegue uma boa oportunidade. A vida de Natmuse muda quando Limi posta uma foto sua. Em poucos minutos, ela ganha milhares de seguidores e se torna uma celebridade digital.
Toy Boy (2020), Iñaki Mercero e Javier Quintas
Depois de uma noite de festa, Hugo Beltrán, um jovem stripper, acorda ao lado do cadáver queimado de um homem. O morto é marido de Macarena, uma mulher poderosa com quem Hugo teve um caso. Ele sabe que é inocente, mas acaba sendo condenado a 15 anos de prisão. Quando recebe liberdade condicional, Hugo pede ajuda à advogada Triana Marín para provar que foi vítima de uma emboscada.
Vampiros (2020), Vladimir de Fontenay
Doina vive em uma casa abandonada, no subsolo de Paris, com sua família de vampiros. Diferente dos outros, que precisam se esconder da luz do sol, Doina nasceu híbrida, sendo metade humana, e consegue viver como uma adolescente normal. Tomando alguns remédios, ela esconde suas tendências vampirescas. Mas, com o passar do tempo, Doina sente seu desejo por sangue aumentar cada vez mais.
Amor, Morte e Robôs (2019), Tim Miller
A série animada possui 18 episódios com histórias independentes, todos com menos de 20 minutos de duração e produzidos por diferentes elencos e equipes. Cada animação tem em comum três temas: amor, morte e robôs. As narrativas misturam ficção científica, fantasia e terror e abordam temas importantes na atualidade, como o avanço da tecnologia, sexismo, intolerância e violência. O conteúdo é proibido para menores de 18 anos.
Areia Movediça (2019), Per-Olav Sørensen e Lisa Farzaneh
Em um dos bairros mais nobres de Estocolmo, um tiroteio ocorre em uma escola. Maja Norberg é a jovem acusada de homicídio que vai à julgamento pelo massacre. A investigação traz à tona segredos da vida de Maja, incluindo sua relação com Sebastian Fagerman, um garoto milionário e problemático, famoso por dar grandes festas na cidade. A série é baseada no livro “The Bridge”, de Malin Persson Giolito.
Crônicas de San Francisco (2019), Lauren Morelli
Vinte anos após abandonar o ex-marido e a filha Shawna para se dedicar à carreira, Mary Ann retorna à pensão em que vivia, em São Francisco, para o aniversário de 90 anos da dona do local, Anna. Ao lado de seu novo marido, Mary Ann conhece os novos habitantes da pensão e revê seus melhores amigos. Ao mesmo tempo, ela precisa lidar com a aversão de Shawna, que está surpresa com seu retorno.
El Club (2019), Raúl Caballero e Camila Ibarra
Pablo, um jovem rico, tem várias ideias de empreendimentos, mas nenhuma dá certo. Então, ele recebe um ultimato do pai: se não conseguir um bom emprego, terá que trabalhar na empresa da família. Fugindo dessa obrigação, Pablo se junta aos amigos para vender ecstasy. Em pouco tempo, ele começa a ganhar muito dinheiro e se envolve com pessoas influentes, mas perigosas.
O Diretor Nu (2019), Eiji Uchida
Baseada em uma história real, a série apresenta detalhadamente a trajetória de Toru Muranashi, o “O Imperador do Pornô”, que transformou a indústria pornográfica do Japão nos anos 1980. Após uma decepção em seu casamento, ele resolveu recomeçar a vida e entrar no mercado de entretenimento adulto. Assim, Toru criou o estilo semidocumental, um dos gêneros mais famosos ainda hoje.
Baby (2018), Andrea De Sica e Anna Negri
Chiara e Ludo são duas amigas de 15 anos que moram em um bairro de classe média e frequentam uma boa escola, em Roma. Enquanto Ludovica enfrenta problemas financeiros com sua mãe, Chiara está cansada das brigas dos pais. Em busca de dinheiro, as amigas decidem se prostituir. Rapidamente, elas conseguem muitos clientes e conquistam uma vida de luxo e glamour. A série foi inspirada em um caso real ocorrido na Itália, em 2014.
Elite (2018), Carlos Montero e Darío Madrona
Problemas na construção causam o desmoronamento de uma escola pública e o governo envia três jovens que estudavam no local para Las Encinas, uma das melhores e mais exclusivas escolas da Espanha, frequentada apenas pelos filhos da elite. Os novatos não são bem recepcionados e o confronto entre alunos ricos e pobres acaba levando a um assassinato. Agora, a polícia tenta descobrir quem é o responsável pelo crime.
Vis a Vis (2015), Daniel Écija, Álex Pina e outros
Macarena Ferreiro é uma jovem ingênua que se apaixona pelo patrão e aceita ajudá-lo a cometer crimes fiscais. Descoberta e condenada a sete anos de prisão, ela é enviada para a penitenciária feminina de Cruz del Sur. Macarena se assusta com as regras das prisioneiras, mas precisa deixar sua bondade de lado para sobreviver. Enquanto isso, sua família procura um jeito de pagar a fiança e libertá-la.
12 séries recentes da Netflix para maiores de 18 anos publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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Impactos da tecnologia e do avanço da inteligência artificial na sociedade
Os progressos da Inteligência Artificial (IA) parecem um caminho sem volta. Cada vez mais as máquinas ganham força e os robôs passam a interagir, capazes até mesmo de conversar entre si. Uma importante reflexão diz respeito a substituição da mão de obra humana pela máquina. Por um lado, pode-se pensar que sim, muitos equipamentos com o auxílio da tecnologia têm uma enorme facilidade de aprender coisas em pouquíssimo tempo, o que acaba sendo vantajoso para grandes empresas.
Observando por outro viés, a máquina é criada pelo homem. Logo, o ser humano tem um certo controle do que os aparelhos tecnológicos podem ou não fazer, limitando-os e não deixando com que substituam por completo o trabalho braçal dos seres humanos em geral.
Os avanços da tecnologia são de fundamental importância para algumas áreas como saúde, educação, segurança, entre outras. Na saúde, por exemplo, equipamentos com a inteligência artificial são fundamentais para diagnosticar doenças e, na área da biotecnologia, encontrar remédios que são realmente eficazes. Já na educação aplicativos são criados para auxiliar alunos e professores. Docentes podem avaliar o nível de aprendizado do aluno de forma individualizada, por meio de métodos estatísticos. A segurança tende a melhorar cada vez mais com o avanço da IA. São vários os setores beneficiados dentro dessa área. Exemplo recente ocorreu no Carnaval de 2019, quando vários indivíduos foragidos foram presos com a ajuda das câmeras de reconhecimento facial.
Equipamentos de alta tecnologia auxiliam profissionais da área médica a fazer diagnósticos.
É evidente que os benefícios trazidos pela inteligência artificial são muitos, porém em alguns casos é necessário ficar atento. No primeiro capítulo do livro “Eu, Robô” de Isaac Asimov, a história é apresentada como um ótimo ponto de reflexão. A menina de oito anos tem um “robô de estimação” que brinca de tudo o que ela gosta e faz tudo o que ela manda. Com o desenrolar da história os pais da garota decidem se desfazer do robô para, assim, ela ter uma infância “normal” e brincar com outras crianças. Quando a menina percebe que o robô não está mais ao seu lado o desespero toma conta, nada mais tem graça para ela. Todas as coisas que seus pais viessem a fazer tinha, na cabeça da garota, alguma conexão com a máquina. Assim, vale ressaltar o cuidado que é preciso ter em relação a inteligência artificial, que ajuda muito em alguns aspectos mas atrapalha em outros, como no caso da menina que acabou ficando dependente de um robô. No livro de Asimov as três leis da robótica são inseridas:
AS TRÊS LEIS DA ROBÓTICA
1 – Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2 – Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3 – Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.
O avanço da Inteligência Artificial (IA), além de tudo supracitado, ajuda a humanidade a evoluir cada vez mais. Embora exista há muito tempo – desde 1956 - com o passar do tempo e o aumento das tecnologias ficou evidente que as máquinas são criadas para, cada vez mais, auxiliar a humanidade.
Podendo ser definida, entre outros aspectos, como o ramo da ciência da computação que se ocupa do comportamento inteligente ou o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que os humanos fazem melhor, a IA começou a se expandir e a ganhar mais espaço no mundo com o surgimento do computador moderno. A partir daí também aumentou o número de pesquisas e estudos onde, através de gráficos e tabelas, tornou-se mais fácil visualizar dados de forma mais simplificada a fim de prestar esclarecimentos à população nas mais diversas áreas: política, econômica, esportiva e até mesmo para mostrar o uso da inteligência artificial nas empresas.
Como é possível ver no gráfico acima, a IA, nos últimos tempos, chegou forte nos empreendimentos mundiais. Desde inovar em produtos e serviços até cortar custos diminuindo a força de trabalho, a inteligência artificial é fundamental para os negócios do mundo todo. Porém, vale ressaltar que o preço da IA não é muito acessível, o que vem mudando com o tempo também. A forte concorrência entre empresas de tecnologia permite que os preços dos sistemas não tenham valores tão caros, facilitando o uso de companhias de menor porte. Grandes empresas de banco chegam a gastar o dobro do que estão acostumadas para investir no ramo da nova tecnologia, a fim de utilizar robôs que conversam com clientes e sistemas que analisam milhares de dados em questão de segundos. Assim, empresas gastam bastante ao investir em tal tecnologia, mas os sistemas de IA dão respostas imediatas, fazendo valor todo investimento.
Já no que diz respeito a substituição do homem pelas máquinas, uma questão importante é sobre a geração de empregos que as novas tecnologias vão trazer. A inteligência artificial promoverá uma nova relação entre a humanidade e as máquinas, o que irá mudar a natureza do trabalho que se conhece hoje. Como já foi citado, toda nova tecnologia é criada pelo homem, ou seja, a medida que a IA for tomando conta do mundo, a humanidade vai acompanhá-la, obrigatoriamente. Os sistemas de inteligência artificial precisam de pessoas para criá-los. Obviamente, criadores dos sistemas, por exemplo, vão precisar ter uma qualificação na área, o que vai fazer, teoricamente, pessoas se obrigarem a mudar de profissão. Então, uma grande mudança vai acontecer com o passar dos anos no mercado de trabalho, todavia, novos empregos serão gerados.
Ao analisar os aspectos abordados, pode-se concluir que as novas tecnologias, exclusivamente a Inteligência Artificial (IA), são de suma importância para o crescimento de negócios ao redor do mundo. São várias as áreas beneficiadas, ocorrerá geração de empregos, além de reduzir gastos e aumentar a produtividade de empresas. Vale ainda ressaltar o cuidado que é preciso tomar com novos aparelhos tecnológicos, como no caso do livro de Isaac Asimov. Por fim, é importante salientar a modernização pela qual a sociedade está passando. As máquinas evoluem “automaticamente”, junto com o processo, o que obriga a humanidade a seguir no mesmo ritmo.
Fontes:
https://www.uol/tecnologia/especiais/inteligencia-artificial-vai-acabar-com-empregos-.htm#os-empregos-do-futurohttps://super.abril.com.br/cultura/as-tres-leis-da-robotica/
http://www.globalmediait-pa.com/novedades/silicon-valley-apuesta-a-la-inteligencia-artificial-en-la-medicina/
https://exame.abril.com.br/tecnologia/6-exemplos-de-como-usar-computacao-cognitiva/
https://www.uol/tecnologia/especiais/inteligencia-artificial-vai-acabar-com-empregos-.htm#os-empregos-do-futuro
https://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-vantagens-desvantagens-quanto-seu-uso/
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Cansaço
Quando se é criança vemos nossos pais, os pais dos nossos amigos e todos os outros casais e então imaginamos aquilo pra gente, meninas brincam de casinha, fantasiam maridos e filhos, planejam todo um futuro baseado em um amor que ainda só existe na imaginação, e tudo parece tão perfeito, crescer, encontrar um garoto bonito, se apaixonar, casar, ter dois filhos, um cachorro, quem sabe até um pássaro, passar os domingos almoçando em família enquanto discutem sobre a semana exaustiva que cada um teve, acordar cedo pra fazer o café e mandar as crianças pra aula e dar um beijo de bom dia no marido antes dele ir trabalhar. Então, a gente cresce, as perspectivas começam a mudar, um relacionamento já não é uma prioridade, o objetivo é uma carreira de sucesso, amigos legais, shows e bares nos fins de semana, uma faculdade, e o amor a gente vai adiando, empurra a família feliz com a barriga, a faculdade termina, o emprego dos sonhos chega, os amigos se mudam, de repente o emprego exige tanto de você que nem shows e bares nos fins de semana dá pra frequentar mais, o cansaço é tanto que as noites parecem cada vez menores, e o vazio só aumenta, a casa escura e silenciosa quando chega do trabalho, algo totalmente diferente do que imaginava quando tinha 5 anos, não tem comida pronta, os móveis estão cheios de pó, a cama nunca é feita, a roupa suja tá espalhada, boletos por todos os cômodos, não há crianças correndo pela sala, o cachorro não vem cumprimentar, o pássaro não canta ao amanhecer, não tem beijos de bom dia, e é nesse exato momento que se percebe o quanto o amor é essencial, o quanto seria melhor ter uma casa mais simples e um emprego com salário inferior, mas chegar em casa triste por ter sido maltratado pelo chefe e ter alguém pra ouvir seu problemas e dizer que tá tudo bem, abrir a porta bufando pelo trânsito parado e receber um abraço de saudade ou uma lambida do cachorro mais bagunceiro do mundo. E ai tem os encontros de turma, seus amigos tem namoradas, esposas, filhos, e você só tem a si mesmo, enquanto eles falam sobre as viagens de casal, as manias do outro, das dificuldades e prazeres de uma vida compartilhada, tudo o que você tem a dizer é sobre o quanto de papéis assina por dia no escritório, como dorme cada vez menos, o quanto a gastrite tá atacada pelo excesso de café e energético, e então você olha pro lado, vê as pessoas felizes, lembra da infância e percebe que o sonho mais simples você não foi capaz de realizar, e que talvez tenha priorizado as coisas erradas, seguido caminhos que não eram seus, perdido a essência, e pensa em como é tudo só pó, igual o que tá há meses na estante da televisão que você nunca teve tempo de assistir, e quando se dá conta percebe que também nunca sentou no sofá, ou se quer parou num fim de tarde pra observar o pôr do sol lá dá varanda, porque foi por isso que comprou aquele apê, pra ter tardes prazerosas tomando café enquanto o sol se deitava, mas nem os seus novos sonhos você realizou. Então você se olha no espelho, as olheiras são enormes, o cansaço é gritante, a veia da testa parece saltar pro céu, seus ossos estão cada vez mais evidentes, mal dorme, mal come, mal vive, você é um robô, alguém programado pra fazer as mesmas coisas todos os dias, porque pensando bem até às discussões no trabalho são as mesmas, todos os contratempos tem o mesmo motivo, nada é novo, você se tornou exatamente o que nunca quis ser. Filhos, família, cachorro, o próprio amor, bom, é só um sonho de criança.
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i’m one woman army || POV
Implorar para que Gabe colocasse todos os códigos que tinha decifrado nas últimas horas era inútil. Tanto ela, quanto o irmão, renderam-se ao desespero da luz que tomou conta do laboratório da mãe. Era desesperador. Era horrível. O sistema de segurança sendo acionado, os robôs mantendo-os longe e impedindo que Fred e George fossem em direção ao local. A situação era tão vívida quanto a do dia que mudou o jeito que olhava o mundo. Lys alternava os pesadelos, mas a visão da irmã aparentemente sendo queimada tomou mais sua mente que a anterior. Lysandra alternava entre dar atenção aos menores, ir ao quarto de Gabe implorar para que saísse ou abrisse a porta para conversarem (atos falhos) e ficar perto da bolha de Manon. Cada segundo pareciam horas quando estava ali. Torcia para que acordasse logo. Já estava ficando sem desculpas a dar para Fred e George. A curiosidade dos dois estava cada dia pior.
Lys propôs um dia que fizessem cartas e desenhos para Gabe e Manon. O primeiro passariam por debaixo da porta, pois pedir para os robôs estava fora de cogitação. Para Manon, contudo, guardaria até a irmã acordar. Depois, levaria-os para um dia de diversões. Faria tudo que queriam fora da propriedade, distrair-los ao máximo para que, ao final do dia, estivessem tão cansados que não aguentariam mal jantar e iriam direto para cama. Estava decidida a fazer isso até ter respostas mais concretas para suas inúmeras perguntas que, mesmo herdando a inteligência, não sabia nem por onde começar. Os dias se seguiram e Lysandra estabeleceu uma rotina: era sempre a primeira a acordar, fazia o próprio café e dos irmãos e pais, enviava o café favorito à Gabe pelo sistema e, então, levava os mais novos para a escola e os buscava no final do turno para uma tarde de atividades. Voltar a torre estava fora de cogitação, pelo menos até Manon acordar.
As noites eram difíceis. Tinha esquecido o que era dormir, por mais cansada que estivesse. Passava, então, horas vendo se podia ajudar alguém. Nos últimos dias, não tinha nada de muito interessante e Lysandra achava que naquele não seria diferente. Estava errada. No momento em que o nome acendeu em sua tela, faltou-lhe ar. Jogou o celular descartável longe. Seu corpo tremia, as mãos suavam e seu coração disparou. Eu sei que você quer, para de se debater. Começou a ecoar em sua mente. Não vai doer. Mal tinha completado quatorze anos quando isso aconteceu. Era verão, estava tomando banho em uma cachoreira. Seus irmãos não quiseram acompanha-la, pois queriam ir em outro lugar, mas Lysandra nunca dependeu muito deles, resolveu ir sozinha. Péssima ideia. Vestia um biquíni rosa, quase neon. Cada detalhe daquele dia era claro em sua mente. Nunca esqueceria o rosto do homem qe roubou sua inocência. Nunca contou a ninguém. Demorou anos para entender que não tinha sido sua culpa.
Ouviu um barulho em sua porta. Recompôs-se e foi até ela, deixando entreaberta. Era Gabriel.
- Ouvi um barulho. Você está bem?
- Ótima. Completamente bem. Foi só um pesadelo, mas estou bem. E você? Parece que não dorme a dias.
- Estou ok. Você tem certeza que está bem?
- Tenho. Você que não está, parece um zumbi. Vai dormir, Gabe.
Antes que o irmão saísse, puxou-o para um abraço. Ela precisava e sabia que Gabe também.
- Para de se culpar, você não tinha como saber. - Deu um beijo em sua bochecha e o olhou. - Estamos bem e a Manon vai ficar também.
Não teve uma resposta. Ficou olhando o irmão ir de volta para o quarto, para ter certeza que não daria meia volta. Trancou-se e pegou o celular. Uma briga de trânsito. A visão de Lysandra ficou turva, a corpo foi tomado de ódio.
Quando se deu conta, o homem já estava despido, amarrado em correntes em uma cadeira. Os braços e pernas presos por linhas que davam choque a qualquer movimento. Uma lona já estava no chão, tudo estava preparado e não recordava-se de nada até aquele segundo. Um pano sobre seu rosto e a água caindo para afogá-lo. Desistiu dessa ideia. Lysandra não queria uma tortura simples e aquilo era simples demais. Tirou o pano, segurando o rosto dele com as mãos. Queria que a olhasse. Queria que soubesse que a pessoa que tiraria sua vida era a mesma que ele estragou. Os protestos dele eram em vão. Falava de família, emprego, coisas que ainda tinha a fazer... Ele não havia a reconhecido.
- Você não lembra de mim, mas eu lembro de você. E da sua cara repulsiva. - A força que colocou ao jogar a cabeça do homem foi impressionante. Fez com que ele batesse a cabeça com força na parede. O homem ainda estava consciente. Implorava para que ela parasse. - Você não parou quando eu pedi. Pedi não, implorei. O que te faz pensar que eu vou fazer o que pede?
Aquilo pareceu ascender uma luz na mente do homem. Começou a dizer que sentia muito, que não fez por mal... Mentiras. Besteiras. Lysandra pegou uma faca afiada. Abaixou-se, levantando o rosto dele. Fez caminhos com a faca pelo corpo do homem.
- Você tirou tudo que eu tinha de mais puro. Tirou tudo de mim. E agora me pede misericórdia? Quem sabe com quantas meninas você não fez o mesmo? - Parou ao chegar no membro. - Não se preocupe. Eu não vou te matar agora. Eu só vou te machucar. Eu vou te machucar muito, muito mesmo, até perder o sangue necessário para sua alma se esvair devagar. Você não merece menos que isso. - Cortou-o fora. O grito do homem agonizando em dor, debatendo-se e levando choque era música para seus ouvidos. Não cortaria a garganta, pois isso o faria morrer rápido. Fazia cortes estratégicos, não tão fundos, mas o suficiente para fazê-lo perder uma quantidade considerável de sangue.
Demorou duas horas para que falecesse. Lysandra o encarou por um tempo.
- Ora, não era você que não matava por motivo fúteis? - A voz baixa debochada de Nico no seu ouvido a fez voltar para o mundo real.
- Ele mereceu.
Pegou suas coisas e foi em direção ao trabalho.
- Termine o trabalho. Descarte o corpo, queime-o, sei lá. Fique com o dinheiro. Eu não quero.
Então, voltou para casa sem dar mais explicações, mas tinha certeza de uma coisa: estava mais leve agora.
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Desemprego Tecnológico devido à Automação Robótica
Ana Estela de Sousa Pinto (FSP, 28/01/19) informa: a possibilidade de ser trocado por um robô ou um programa de computador põe em risco 54% dos empregos formais no país, mostra estudo inédito feito com dados brasileiros.Até 2026 seriam fechados 30 milhões de vagas com carteira assinada, se todas as empresas decidissem substituir trabalhadores humanos pela tecnologia já disponível — o número leva em conta a tendência de contratações para as ocupações mais ameaçadas.
Feito pelo Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da UnB (Universidade de Brasília), o trabalho avaliou as 2.602 ocupações brasileiras.
Considerando os trabalhadores com carteira assinada no fim de 2017 (segundo a Rais, do Ministério do Trabalho), cerca de 25 milhões (57,37%) ocupavam vagas com probabilidade muito alta (acima de 80%) ou alta (de 60% a 80%) de automação.
Entram nessas categorias engenheiros químicos (96%), carregadores de armazém (77%) e árbitros de vôlei (71%), por exemplo.
Para calcular a probabilidade de automação em um prazo de dez anos, foram consultados 69 acadêmicos e profissionais de aprendizado de máquina (campo da inteligência artificial em que computadores descobrem soluções por conta própria depois de analisar decisões prévias).
A partir das avaliações desses especialistas, os pesquisadores usaram técnicas de análise das descrições das ocupações, para associar os riscos.
O aprendizado de máquina potencializa a automação, porque permite substituir não apenas tarefa repetitivas e mecânicas como as de ascensorista ou digitador (acima de 99%). Diagnósticos de lesão de pele com base em fotografias já são feitos em menos tempo e com mais precisão que os realizados por humanos.
A “tropicalização” do estudo é um primeiro passo, e as estimativas ainda precisam ser refinadas e aprofundadas, diz o professor da UnB Pedro Henrique Melo Albuquerque.
E a probabilidade de automação não significa que, na prática, o humano perderá lugar. Um dos gargalos, observa Albuquerque, é que o aprendizado de máquina se alimenta de fonte farta de dados de qualidade, raramente disponível em empresas de países em desenvolvimento.
Outra limitação é econômica. Automações virtuais —como implementar um software para fazer laudos de exames de laboratório— requerem investimento muito inferior ao de comprar robôs para um lava-jato, por exemplo.
Mesmo quando a tecnologia existe e é acessível, a substituição pode não ser viável. É o caso de uma das ocupações mais ameaçadas, a taquigrafia (99,55% de probabilidade de automação), cujos profissionais usam códigos para anotar até 120 palavras por minuto, depois “traduzidos” em textos digitados.
Na teoria, programas de reconhecimento de voz dariam conta disso. Na realidade, eles cometem tantos erros que a rechecagem toma mais tempo que a digitação, relata Emília Naomi Todo Liem, gestora de 13 taquígrafos da Assembleia Legislativa de São Paulo.
“Futuramente, se o número de acertos crescer, pode ser uma ferramenta útil para evitar lesões por esforço repetitivo. No momento, só faz perder a paciência”, diz ela.
Pressões políticas também influem. Em 2018, os Correios cogitaram extinguir um cargo que verifica manualmente cada pacote ou carta e os separa de acordo com o destino —o chamado operador de triagem e transbordo (75% de risco, segundo o estudo).
A automação, já usada por concorrentes, era considerada necessária para reduzir custos e manter a competitividade.
Trabalhadores em greve pressionaram, porém, e o cargo foi mantido, sem prazo para a extinção. Segundo a empresa, ela acontecerá quando os 14 mil operadores ainda em atividade se aposentarem ou “forem migrando para outras atividades compatíveis”.
Há casos em que a automação é implantada com sucesso, mas as vagas são mantidas. Operadores de caixa, por exemplo, têm 77% de probabilidade de serem substituídos por máquinas. Mas, apesar de já ter autoatendimento em 250 lojas no Brasil, a rede McDonald’s afirma que não há risco de demissões.
Segundo o vice-presidente de Comunicação da Arcos Dorados (dona da rede), David Grinberg, a tecnologia exige a presença de funcionários para orientar os clientes, e 70% deles ainda preferem fazer as compras nos caixas.
“Os atendentes serão sempre necessários, pois sabemos da importância do contato pessoal com o consumidor.”
O impacto sobre os trabalhadores também nem sempre é uniforme. Contadores (49%) ou advogados (76%) são ocupações com algumas funções facilmente automatizáveis (preencher relatórios, redigir petições), mas outras não —despachar com o juiz ou negociar acordos.
Esse é um dos pontos em que as informações disponíveis no Brasil dificultam a análise, observa o professor de economia do Insper Sérgio Firpo, que entre outros assuntos estudou mercado de trabalho e automação.
A classificação brasileira apenas lista habilidades necessárias. Para uma estimativa mais precisa, seria preciso pesquisar o tempo que os profissionais de fato dedicam a cada tipo de função, como na base americana O*Net.
Essa foi a fonte usada pelos economistas Carl Frey e Michael Osborne para estimar que a automação ameaça 47% dos postos de trabalho dos EUA —cuja metodologia a UnB procurou replicar.
As estimativas para a realidade brasileira ainda podem ser mais refinadas e detalhadas, concorda Pedro Albuquerque. O objetivo é embasar políticas públicas e decisões empresariais.
“Com mais análise, se antecipam potenciais elevações de desemprego em ocupações com alto risco, e é possível reorientar investimentos para formar profissionais nas que têm baixa propensão a automação e demanda crescente.”
Em geral, estão a salvo funções que envolvem criatividade e contato humano —babás, psicólogos e artistas são algumas que têm risco perto de zero.
Outro campo em que a procura por trabalhadores humanos deve crescer no futuro é justamente a dos cientistas e programadores ligados a inteligência artificial e aprendizado de máquina.
O texto para discussão será publicado nas próximas semanas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Risco médio por país
Probabilidade estimada de automação por ocupação, em %
Fontes: para o Brasil, “Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil“, UnB; para os EUA, Frey e Osborne; para Europa, DiBa; para América, Bosch, Pagés e Ripani
https://arte.folha.uol.com.br/graficos/6WUPP/?initialWidth=630&childId=infographic-2&parentTitle=Rob%C3%B4s%20amea%C3%A7am%2054%25%20dos%20empregos%20formais%20no%20Brasil%20-%2028%2F01%2F2019%20-%20Mercado%20-%20Folha&parentUrl=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fmercado%2F2019%2F01%2Frobos-ameacam-54-dos-empregos-formais-no-brasil.shtml%3Floggedpaywall
Fonte: “Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil” e UnB
https://arte.folha.uol.com.br/graficos/vqujM/?initialWidth=630&childId=infographic-3&parentTitle=Rob%C3%B4s%20amea%C3%A7am%2054%25%20dos%20empregos%20formais%20no%20Brasil%20-%2028%2F01%2F2019%20-%20Mercado%20-%20Folha&parentUrl=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fmercado%2F2019%2F01%2Frobos-ameacam-54-dos-empregos-formais-no-brasil.shtml%3FloggedpaywallFrancisco Gaetani é professor da Ebape/FGV e ex-Secretário Executivo dos Ministérios do Meio Ambiente e Planejamento. Virgilio Almeida é professor associado ao Berkman Klein Center da Universidade de Harvard e ex secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. Ambos, Francisco Gaetani e Virgilio Almeida publicaram artigo (Valor, 07/02/19) sobre “o avanço digital e a natureza do trabalho em mutação“. Compartilho abaixo.
“Eu preciso contratar uma pessoa cem por cento digital, disse o executivo”. A frase ficou no ar. Não importava se a pessoa era um engenheiro, uma médica, um administrador, uma jornalista ou qualquer outra profissão. O requisito era claro: a candidata precisava vir equipada para o mundo digital. Essa é a mensagem chave associada ao avanço tecnológico, que permeia as economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento como China e Índia.
A aceleração da reestruturação produtiva em curso nas economias desenvolvidas está mudando a natureza das atividades econômicas, cada vez mais interconectadas e intensivas em tecnologias digitais. A inteligência artificial, por exemplo, tem sido comparada à eletricidade. É uma tecnologia de propósito geral que, ao longo do tempo, chegará a quase todos os aspectos da vida. Isso deverá trazer mudanças significativas no trabalho e na sociedade. A corrida na direção ao futuro encontrou o Brasil no contrapé – ocupado com suas crises e interminavelmente conflagrado por disputas sobre narrativas que traduzam um projeto nacional.
As gigantes tecnológicas – Google, Amazon, Microsoft, Facebook, Samsung, e Apple – criam raízes no país. O Brasil é um mercado imperdível e desafiador para qualquer multinacional. Já as sucessivas políticas industriais, científicas e tecnológicas das duas últimas décadas parecem não ter logrado consolidar uma estratégia digital consistente e aderente.
Os custos de oportunidade dos anos perdidos estão dados. O país ensimesmado negligencia a urgência dos desafios que lhe são colocados. O avanço digital vem tornando obsoleto um vasto conjunto de conhecimentos e habilidades da força de trabalho. Algumas profissões podem desaparecer num futuro próximo. A corrida para a massificação do processo de qualificação profissional em bases digitais está em curso no mundo inteiro, mas não no país, salvo por conta de iniciativas isoladas e dispersas.
O setor privado, nos países que lideram esta corrida, está tomando medidas ousadas destinadas a ampliar esta dianteira. A Amazon tem um projeto que destina US$ 12 mil a cada empregado que se dispõe a estudar temáticas como computação, transporte, comércio eletrônico e saúde. A AT&T anunciou ano passado um programa para requalificar sua mão de obra – 250 mil empregados – em capacidades digitais, através de uma rede de parceiros variados.
O Reino Unido acaba de anunciar sua decisão de treinar todas suas crianças em competências digitais, começando por formar 40 mil docentes para liderarem a iniciativa. O movimento sindical em países como a Suécia está na liderança das discussões relacionadas à requalificação de seus quadros que não pretendem esperar passivamente sua substituição por robôs. O argumento não é focado no temor das novas tecnologias, mas sim no medo de se tornarem prisioneiros de antigas tecnologias, sem a produtividade necessária para os negócios manterem competitividade.
O compromisso não é com a proteção dos velhos empregos, mas sim com o imperativo da qualificação para o desenvolvimento das novas ocupações. Os trabalhadores precisarão reinventar-se para permanecerem ativos no mercado – lembrando que viverão cada vez mais anos.
Esta postura contrasta com o silencio ensurdecedor no país sobre a dramaticidade e urgência do tema. No Brasil esta nova realidade, que se impõe de forma rápida, ainda não foi antecipada pela grande maioria das instituições. O Sistema S é uma exceção, embora a escala de suas iniciativas seja aquém do demandado até porque ele não tem como substituir o Estado brasileiro nesta tarefa, salvo de forma suplementar.
As pessoas, vistas individualmente, estão mudando de hábitos e migrando rapidamente para uma vida digital. Usuários brasileiros de Whatsapp, Facebook, Spotify, Uber, Waze, Twitter e Linkedin, dentre outros, são significativos em termos absolutos e indicam uma disposição da sociedade em se engajar na virada digital. Mas o mesmo não pode ser dito de empresas e governos, cuja compreensão e adequação à nova realidade caminha muito mais lentamente do que o necessário.
Há iniciativas que merecem destaque como os três estudos que o então Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, com a Escola Nacional de Administração Pública, produziram em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação produziu um documento de referência sobre a Estratégia Digital. O Portal de Serviços ao Cidadão e o conjunto de ações desenvolvidas no âmbito do Brasil Eficiente também convergem para os mesmos objetivos, assim como boas práticas que cidades, empresas e governos estaduais estão adotando no Brasil inteiro.
Mas estas ações não substituem a necessidade de um mutirão nacional focado na requalificação das capacidades digitais da juventude brasileira, da população economicamente ativa do país e da população idosa. Há vários pontos de entrada por onde se pode acelerar este processo de modo a ganhar escala e profundidade. Algumas empresas começam a seguir o exemplo do que Amazon, Microsoft, Google e Facebook estão fazendo, isto é, capacitando massivamente seus empregados e apoiando iniciativas com sinergias coletivas ligadas a esta cruzada.
Os desafios imediatos são dois: conscientizar o país de que estamos em uma corrida para um novo mundo digital com oportunidades que auxiliarão o país a modelar seu futuro e estruturar uma coalizão com a participação do governo, empresas, universidades, sindicatos e organizações do terceiro setor para coordenar um esforço massivo de digitalização do país. A alternativa é ficarmos para trás. Mais ainda.”
Desemprego Tecnológico devido à Automação Robótica publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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O criativo que toda empresa quer precisa de tempo para pensar
Nem todo dia a pessoa acorda com uma ideia genial para transformar o negócio, salvar o mundo ou inventar a música ou o filme que vai se tornar um marco da sua geração.
Na maior parte das vezes, quando temos uma ideia criativa ela é apenas um insight que vai precisar ser trabalhado e cujo impacto pode não ser tão retumbante.
São esses pequenos movimentos, no entanto, que trazem um ganho inesperado em algo simples, mas que ninguém tinha parado para pensar antes. Mas será que as pessoas têm tido realmente tempo para pensar? Trabalhamos cada vez mais, em uma espiral que não para.
O Brasil é o segundo país com maior nível de estresse do planeta, só perde para o Japão, segundo pesquisa do International Stress Management Association.
O motivo para 69% dos respondentes é o trabalho, com longas jornadas, sobrecarga de tarefas e tensão. A tecnologia também contribui já que criou a portabilidade das preocupações.
O WhatsApp nos traz problemas e tarefas, em qualquer lugar, a qualquer hora. Em média, podemos checar o celular mais de 150 vezes por dia. E, mesmo com todo esse cenário opressor, as empresas insistem que seus profissionais precisam encontrar espaços em suas agendas para serem simplesmente mais criativos.
Há mais de uma década, a inovação se tornou uma verdadeira obsessão no mundo corporativo. A chegada de competidores inesperados e dos chamados negócios disruptivos geraram muita insegurança no alto escalão.
Agora, com a disseminação da ideia de que as máquinas vão dominar o mundo e os robôs e as inteligências artificiais vão roubar nossos empregos, a pressão pela criatividade se tornou quase desumana.
A paranoia cresce exponencialmente e parece ter atingido todos os níveis da organização. Na esteira desse temor surgem cursos, treinamentos e todo tipo de negócios que prometem transformar profissionais comuns em pessoas super criativas.
E eles não fazem distinções entre um contador ou um designer. Grandes empresas e bancos promovem programas para gerar comportamento criativo em seus funcionários. Eles têm esperança de que os profissionais saiam dessas aulas com a capacidade de pensar fora da caixa, do dia para a noite. As escolas de negócios, por sua vez, afirmam que a competência essencial para ter sucesso no futuro é ser criativo.
O Fórum Econômico Mundial diz o mesmo há anos. Dessa forma, a busca frenética por inspiração extrapola os muros da empresa e assombra pessoalmente todo tipo de profissional.
As fórmulas para se chegar ao chamado pensamento criativo são inúmeras. Basta dar uma busca para ver receitas incríveis que prometem transformar qualquer um em um novo Leonardo da Vinci ou Steve Jobs, dependendo do gosto do freguês.
As dicas vão das mais óbvias como faça ginástica, ioga, medite, anote tudo que vem à cabeça, vá para a mato, arranje um coach, pinte quadros, rabisque, exercite o cérebro, até outras mais bizarras tipo coma sardinha pelo menos três vezes por semana e o ômega 3 vai deixar suas ideias mais saltitantes.
Há até quem diga que dar uma espiadinha na ideia do colega ajuda. Se inspire, copie. A questão é que mesmo os gênios não conseguem ser originais o tempo todo. Não adianta ficar desesperado.
Veja o que acontece com artistas e escritores. Quase todos passam pelo temido bloqueio criativo. Claro que no caso deles existe um certo charme nisso. Para os demais mortais, a sensação é de impotência diante de um mundo que cobra sem dó por soluções inovadoras.
Alguns experts dizem que muitas formas inusitadas de resolver problemas são pensadas em casa naquele momento só seu, ou seja, dormindo. Um caso clássico é o do químico alemão Friedrich August Kekulé, que diz ter descoberto a fórmula hexagonal do benzeno durante um sonho.
Até eu já sonhei com um título de matéria. Mas essa é uma recomendação que me parece bizarra, porque afinal ninguém recebe para trabalhar sonhando. Aliás, ninguém devia trabalhar tomando banho, mas bote a mão no fogo quem nunca teve um insight embaixo do chuveiro.
Há quem defenda que é preciso praticar. O escritor John Steimbeck, por exemplo, dizia que as ideias são como coelhos. Você pega um casal, aprende como lidar com eles e um tempo depois terá uma dúzia de coelhinhos.
Como você vai chegar às próprias ideias depende muito de gatilhos individuais, como mostram vários estudos ligados à psicologia. O que funciona para mim pode não funcionar para você.
O reitor de uma grande escola de negócios me disse certa vez que o cigarro o ajudava a escrever melhor, assim como a cafeína. Muitos jovens de empresas do Vale do Silício aderiram a microdoses de LSD para abrir a mente e serem mais produtivos e criativos.
Já o cineasta David Lynch faz meditação transcedental. Se você é um cidadão comum e não se sente particularmente criativo, mas faz aquilo que sabe da melhor maneira possível no seu trabalho, relaxe.
Ter funcionários assim também é bom para as empresas e algumas já começam a despertar para isso. Para que os mais criativos possam experimentar e correr riscos, é preciso que a engrenagem esteja funcionando de forma azeitada na retaguarda.
Se todos estiverem tendo ideias ao mesmo tempo as coisas podem simplesmente sair dos trilhos. Assim como a inovação, a diversidade também está em todos os discursos corporativos.
As companhias precisam de pessoas com diferentes competências. Então, se você não se sente um gênio mas está se esforçando para melhorar, não se preocupe porque o mundo também precisa de gente como você.
Fonte: Stela Campos, editora de Carreira VALOR.
Stela Campos é editora da área de Carreira do jornal Valor Econômico. Apresenta o programa de entrevistas em vídeo “Carreira em Destaque” no Valor Online. É autora do livro “Guia Valor Econômico de Desenvolvimento Profissional”. Está no jornal desde a sua criação em 2000. É idealizadora do prêmio “Executivo de Valor” e coeditora dos anuários “Valor Carreira” e “Executivo de Valor”. Antes, trabalhou na revista Exame, no jornal Gazeta Mercantil, na Rádio Eldorado e no SBT. Fez curso de especialização em gestão de negócios e empreendedorismo na Saint Paul Escola de Negócios.
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Google quer investir US$ 1 bi em educação nos próximos cinco anos
Google quer investir US$ 1 bi em educação nos próximos cinco anos
O robô, não adoece, não cansa, não pede férias e agora está inteligente também. A tecnologia está tomando empregos e ninguém pode negar, mas será que devemos nos preocupar com isto? Bom, o Google acha que sim. Com os enormes avanços nas áreas de robótica, nanotecnologia e inteligência artificial, principalmente, muitos acreditam que uma ‘quarta revolução industrial’ já ocorre em certas partes do…
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Todos nós sabemos que os robôs estão tomando empregos das pessoas em diferentes áreas, como recepcionistas em hoteis e até manicures . Mas, as pesquisas mais recentes mostram o que os robôs industriais estão substituindo trabalhadores humanos e diminuído seus salários acima do esperado. Especificamente, cada robô implementado nas empresas dos Estados Unidos reduz cerca de 5,6 postos de trabalho. O impacto destas máquinas no salário dos funcionários? Um diminuição que varia entre 0,25% e 0,5%. O
via: http://eexponews.com/estudo-diz-que-cada-robo-na-industria-desemprega-quase-6-humanos_5186529207517184
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Opinião – O tempo das esquerdas
Bruno Paixão
Imagine que ao entrar numa loja depara-se com robôs em vez de funcionários. Imagine que é incitado a adquirir um bem por aconselhamento de inteligência artificial que reconhece o seu perfil de consumo. Imagine que em vez de pagar os artigos na caixa registadora, o valor é automaticamente retirado da sua conta bancária mal põe o pé fora da loja. Mas não precisa de imaginar tanto assim, pois isto já acontece, é real e não tardará a generalizar-se. A gigante norte-americana Amazon tem espaços em Seattle sem caixas registadoras e sem funcionários. Emprega atualmente cerca de 50 mil robôs e em apenas três anos triplicou este recurso, com impacto na redução de colaboradores. Contudo, a Amazon não é caso único. Também a tailandesa Foxconn, a maior fabricante de componentes eletrónicos e de computadores do mundo, fornecedora de potentados como a Apple, a Samsung, a Sony, a Dell, a HP ou a Microsoft, substituiu recentemente 60 mil trabalhadores por robôs. Se pensarmos nos casos práticos com que no dia-a-dia nos confrontamos, verificamos que a generalização já está em marcha. Os serviços bancários acedidos a partir dos nossos computadores pessoais têm conduzido a milhares de despedimentos e ao encerramento de balcões. Os postos de abastecimento de combustível domesticaram-nos para sermos simultaneamente clientes e prestadores. As máquinas automáticas dos hipermercados, a troco de uma fila menor, levam-nos a fazer o papel de operador de caixa. As máquinas de vending dispensam a familiaridade do bar. Mas há muito mais, como os parques de estacionamento sem funcionários, as farmácias computorizadas, e por aí fora… Estamos perante uma veloz inevitabilidade e nada há a fazer no que diz respeito aos avanços tecnológicos. Mas esta realidade levanta muitas questões e incertezas. Se o trabalho vai passar a ser entregue a robôs, o que farão os nossos filhos? Tomando como certo o declínio do emprego, como se pode garantir a manutenção do Estado Social? Sem trabalho e sem dinheiro, como iremos comprar bens às empresas que nos dispensaram? Nunca um tempo nos sujeitou a uma oportunidade tão fatalmente necessária para a emergência ideológica das esquerdas como este em que vivemos. É premente e inadiável a reabilitação das correntes ditas de esquerda, colocando como eixo central da sua ação a felicidade coletiva dos indivíduos – em oposição ao instrumentalismo da economia capitalista moderna que menospreza o utilitarismo da felicidade e do maior bem-estar coletivo dos cidadãos. As esquerdas defensoras do trabalho e da dignidade social, bem como de um relacionamento conciliador com o mercado livre desenvolvido pela franja empresarial eticamente responsável, têm diante de si a possibilidade de intervenção na indisciplina selvagem que nos vai conduzindo a ruturas insanáveis e à desumanização. Se é certo que alguns avanços tecnológicos têm sido decisivos para a humanidade e têm até gerado novos tipos de trabalho, e se é igualmente legítimo que as empresas e seus acionistas procurem o maior lucro possível, por outro lado, como alerta um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, dentro de 30 anos 47% dos nossos empregos serão automatizados. Em concordância, de acordo com a extrapolação de uma mesa redonda sobre o futuro do trabalho realizada na Brookings Institution, metade das crianças nascidas em 2020 nunca irão trabalhar. Os Estados têm diante de si o desafio de começar a enfrentar esta questão e não podem perder tempo na instituição de uma ética do “desempregador-pagador”, através de uma taxação diferenciada às empresas e especuladores cujos lucros engordam à custa da erradicação do emprego e sua substituição por máquinas. Isto pode até parecer pernicioso para a competitividade nacional, mas se tal não for feito, o Estado rebentará pelas costuras quando a sua fatura em subsídios de desemprego for de tal maneira elevada que tenha de os erradicar, quando tiver de admitir que não tem como nos devolver pensões e reformas, quando não puder garantir o funcionamento do SNS e entregar a privados a chave dos hospitais e centros de saúde, americanizando o sistema… Hoje, oito pessoas têm tanto como metade da população mundial junta. Segundo os valores estimados pela Oxfam, os 1% mais ricos têm uma riqueza superior à do resto do planeta. É unânime que a desigualdade é galopante. Esta devia ser uma prioridade das esquerdas, agarrando o seu tempo e resgatando do fundo da gaveta a ideologia adormecida…
Opinião – O tempo das esquerdas
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