Tumgik
#Cobrador
cbmchannel · 4 months
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Anita Macuacua - Cobrador http://www.curteboamusica.info/2024/06/anita-macuacua-cobrador.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=tumblr
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empleosdeleje · 2 years
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📌 #Jueves 09 de #Febrero 📍 #Pereira #Risaralda 📍 #Armenia #Quindío 📍 #Cali #Valle 👉 #Coordinador #Cartera 👉 #Mensajero #Notificador #Cobrador 👉 #Técnico #Sistemas 👉 #Ejecutivo #Cobranza 🟣 𝗔𝗺𝗽𝗹𝗶𝗮 𝗹𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰𝗶𝗼́𝗻 𝗱𝗲 𝗹𝗮 𝗩𝗮𝗰𝗮𝗻𝘁𝗲 𝘆 𝗹𝗮 𝗘𝗺𝗽𝗿𝗲𝘀𝗮 𝗮𝗾𝘂𝗶́👉 https://empleosdeleje.com/empleos/ ⛔ Las Vacantes publicadas en Empleos del Eje, no representan vínculo con ninguna de las empresas oferentes. ❗𝗥𝗲𝗰𝘂𝗲𝗿𝗱𝗲𝗻 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗮 𝘂𝗻𝗮 𝗼𝗳𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗹𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝗹 𝗡𝗢 𝗱𝗲𝗯𝗲𝗻 𝗽𝗮𝗴𝗮𝗿 𝗱𝗶𝗻𝗲𝗿𝗼❗ . 👉#𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 👉#𝗥𝗲𝗰𝗼𝗺𝗶𝗲𝗻𝗱𝗮 👉#𝗘𝘁𝗶𝗾𝘂𝗲𝘁𝗮 . . #solocomparto #empleosdeleje #empleoejecafetero #empleomanizales #buscoempleo #Trabajosihay (en Eje Cafetero Colombiano) https://www.instagram.com/p/CocR4OIr1iv/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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notsofrozt · 1 month
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Today I spent almost 2h explaining the lore of LMK to a friend that 1) the only thing remotely related to JTTW he knows is that Goku is based on "a monkey king"; and 2) the only anime stuff he's seen are a few DBZ episodes here and there.
Also MK is a common abbreviation for a swear word here. He was hella confused. But he liked my collection of screenshots, so all cool.
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diariodigitalnoticias · 3 months
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St. Louis ofrecerá reembolsos a trabajadores remotos que fueron gravados indebidamente
St. Louis Ciudad • El ayuntamiento de la Ciudad de St. Louis ha anunciado que implementará un proceso de reembolso “transparente y fácil de entender” para las personas a las que se les cobraron impuestos por el trabajo remoto realizado fuera de los límites de la ciudad entre 2020 y 2023. El movimiento se produce después de que un juez dictaminara el mes pasado que el impuesto sobre los ingresos…
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rastronomicals · 3 months
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9:36 PM EDT June 15, 2024:
Oh Sees - "Enrique El Cobrador" From the album Smote Reverser (August 17, 2018)
Last song scrobbled from iTunes at Last.fm
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discoveryinthedark · 9 months
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sergio-r-pires · 2 years
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"Ela tinha tirado a roupa: peitos murchos e chatos, os bicos passas gigantes que alguém tinha pisado; coxas flácidas com nódulos de celulite, gelatina estragada com pedaços de fruta podre. Estou toda arrepiada, ela disse. Deitei sobre ela. Me agarrou pelo pescoço, sua boca e língua na minha boca, uma vagina viscosa, quente e olorosa. Fodemos. Ela agora está dormindo. Sou justo."
O Cobrador - Rubem Fonseca
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epicentrocristiano · 2 years
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“EL FARISEO Y EL COBRADOR DE IMPUESTOS” | Pastor Andrés Birch. Predicaci...
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nominzn · 1 year
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Ela quer, Ela adora
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capítulo I igual ela não tem, 01, primeira dama
avisos: referências muito específicas sobre o subúrbio do rio, eu posso explicar se quiserem hahaha. pequeno crossover com Garupa. é isso, espero que gostem! masterlist
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Se tem algo que o povo de Bangu sabe é passar calor e que você é do Renjun, vulgo Junin. O cobrador da B44 é conhecido pelo calçadão e pelo largo inteiro, anda pelos bairros adjacentes acenando e batendo nas mãos de quase todo mundo. Esse daí pega a van todo dia, falaí, trabalhador. 
Cada final de semana é um convite diferente para churrasco de fulano de tal, festa do filho de ciclano quem. O queridinho de geral tinha que marcar presença. 
De dia, ele rala e faz o dele; de noite, sai para as batalhas de rap e faz uns corres pela arte. 
Foi numa dessas que ele te conheceu. Obviamente era sua primeira vez ali, foi porque seus amigos te convidaram. A roda estava cheia e as reações eram tão altas que logo o ambiente te fez participar também. Renjun massacrou todos os rivais naquela noite, não sabe dizer se foi inspirado pela sua curiosidade que o encarava, ou se foi apenas resultado da prática mais intensa dos últimos meses. 
Quando ele finalmente ficou livre, te procurou entre os vultos que o elogiavam, mas não te encontrou. Contudo, essa vida é um sopro, se fosse para trocarem uma ideia, ia acontecer. 
Dito e feito. 
O que para Junin era uma surpresa, para você nem tanto. Já tinha visto o bendito várias vezes na van que pega para ir ao trabalho, por isso se admirou ao vê-lo no dia anterior. Nem sabia que ele era rapper, mas você não é parâmetro para nada. Não interage com ninguém no caminho de ida ou volta do trabalho. Entra muda e sai calada, com pagode nas alturas no fone sem fio mais caro do camelódromo de Bangu. Fora que sempre acaba se misturando com as dezenas de pessoas que saltam no mesmo ponto.
Logo ele, nunca ter reparado em você? Impossível. 
O cobrador rouba vários olhares na sua direção enquanto espera a van lotar para sair. Você não tem medo, fita de volta, dá um sorrisinho. Assim ele não aguenta.
Levanta um ponto antes do seu, tirando o fone e pegando o dinheiro trocado no bolso. 
— Vou ficar no próximo, Junin. — Chama-o pelo vulgo, e ele vira a cabeça tão rápido que quase bate. 
— Opa! No próximo para, Nando. — Ele anuncia para o motorista sem tirar os olhos dos seus, nem mesmo confere as notas. — Tem certeza que é no ponto? Se precisar, a gente para mais perto, pô. 
— Não, gatinho, no ponto mesmo. — Você diz, apoiando-se na janela quando o carro desacelera bruscamente. 
Oferece um último sorriso para o garoto, agradecendo ao motorista também. Isso sim era novo. 
— Ih, Juju, enfeitiçou a metida, foi? — Nando caçoa, e alguns passageiros riem com ele. O pessoal que pega contigo no mesmo horário nunca tinha escutado sua voz, com certeza tem algo aí. 
— Qual foi, Nando, que isso. — Ele esconde o sorrisinho convencido ao fingir contar umas notas bagunçadas nos dedos. — Tu acha que eu tenho chance? 
— Se tu não comer mosca como tu sempre faz, tem. — O motorista não perde a oportunidade de botar uma pilha. Na visão dele, Renjun é apenas um menino bobo que precisa acordar para a vida. 
A história se repete no dia seguinte, e no outro, e no outro… Depois de mais uns dias de olhares travessos, de sorrisinhos óbvios e de muitas piadinhas das duas partes, o rapper decide te chamar para sair. Era a última corrida da sexta à noite, tudo que ele menos quer é perder mais tempo. 
— Pô, só um chopp de vinho, falaí. — O menino anuncia, arrancando algumas reações dos passageiros restantes.
Você o desafia com os olhos debochados e um sorriso desacreditado. 
— Não, não. Pra mim só uma cerveja mesmo, afogar a tristeza por causa dessa merda do Flamengo. — Um homem levanta a discussão, o tópico muda. Mas não para vocês dois. 
Renjun chama sua atenção cutucando seu calcanhar com o próprio, fazendo com que se virasse para ele. O menino balança o queixo como quem pergunta o que acha da proposta que ele tinha feito. Você finge ponderar, mirando as unhas de acrigel que precisavam de manutenção. 
Pega o celular e digita uma mensagem rápida para o contato que tinha te chamado recentemente no whatsapp. 
só vou se for chopp do bom, com gosto de fanta uva nem me leva 
Ele ri ao ler a mensagem, mordendo o lábio e ajeitando o boné para trás. Sextou, pai.
Na praça da Guilherme tem de tudo, e o barzinho novo de frente para a estação é para onde vão. Musiquinha ao vivo, petisco bom, papo melhor ainda, ambiente instagramável, tudo para te conquistar de primeira.
— Como você é tão bonita? — Ele diz ao perceber que você já o tinha dado condição o suficiente para chegar. Estão ainda sentados na mesa do bar, já bem mais perto do que antes. 
O sorriso esperto, a mão no seu joelho, o chopp fazendo efeito… Você se aproxima também, deixando a boca bem perto da dele. 
— Bonita não, linda. — Brinca, quase não resistindo aos lábios geladinhos com hálito de cerveja. 
— Linda, — Ele não resiste, te dá um selinho. — mas tão metida. 
Não era uma ofensa, principalmente com as tuas unhas arranhando o disfarce do corte recém feito. Tinha ficado na régua só na esperança de ter esse encontro contigo. 
— Se eu não fosse tudo isso, você não estaria doidinho pra me beijar. — Retruca entre os selinhos que ficavam mais longos, mais profundos, mais molhados. 
— Me. ti. da. — Renjun corta a palavra com beijinhos lentos que te deixam tonta. Após dizer a última sílaba, aprofunda o beijo com experiência. Usa a língua devagar, te puxando pela nuca, se perdendo nos seus lábios.
O que era para ser um encontro virou dois, três… Quatro ficadinhas viraram cinco, seis, sete… incontáveis. Um burburinho começou a crescer sobre um possível namoro dele contigo porque só viviam juntos. Porém havia um problema, Junin perdia a linha.
Certo dia, voltando da manicure com o alongamento tinindo de perfeito, você corre para o ponto na esperança de chegar em casa mais rápido. Chegando mais perto, vê o dito cujo todo se engraçando para cima de uma mixuruca risonha. 
Ele não percebe a sua proximidade, estando de costas para você. A bonitinha não queria pagar a passagem e, além de cair na mentira dela, Junin está se querendo demais com essas risadinhas que conhece bem. 
Já está mordida de uma briga boba que tiveram semana passada que ainda não esqueceu, hoje vai ver o que é bom para a tosse. Desta vez não vai deitar. 
Tira da bolsa os quatro reais que tinha separado e, com toda raiva que tinha, espalma o dinheiro no peito do garoto, que leva o susto mais aterrorizante da vida dele. 
— Princesa, qual foi?! — Renjun exclama, o rosto ficando pálido de medo ao cair em si: fez merda. 
— Tô pagando a passagem da sua amiga, Junin. — Você sorri irônica, acenando os dedos adornados da extensão impecável. 
Vira de costas antes que ele pudesse protestar, traçando o caminho até o ponto de mototáxi do outro lado da rua. Ao subir na garupa de Jeno, finalmente encara Jun outra vez, ele espuma de raiva. Você abraça o abdômen forte do motoqueiro, apoiando a cabeça no ombro definido também. Ele repara a situação, balança a cabeça negativamente e ri da sua gracinha, dando partida por fim. 
O beijinho que joga no ar acaba com o cobrador. Ele não está apenas fodido, como fodido para caralho. 
— Gatinha, aquele lá é o tal do Junin? — Jeno pergunta ao te deixar em casa. Você afirma com uma expressão desgostosa, ainda sem acreditar na pachorra de Renjun. 
— É… — Suspira desanimada, devolvendo o capacete ao dono enquanto passa os dedos entre os fios embolados. 
— Já ouvi falar dele. — Jeno comenta, preparando a moto para a nova partida. — Também já ouvi dizer que ele só tem olhos pra você, sabe como é o corre da gente, os caras falam. 
Sorriu fraco para o mototáxi, agradecendo a tentativa de animá-la. Porém, as palavras mal deixaram uma impressão no seu interior, só consegue focar na imagem dele flertando com a outra lá.
Estão ficando há meses, ele te enche de presente, conheceram as famílias um do outro, todas as coisas que casais fazem. Mas o pedido que é bom, nunca veio. Agora, por causa do que viu, além de sentir o coração apertar um pouco, pensa se não está sendo otária. Quem diria, né. Vividona, toda bandida, caindo na laia de amor falso. Realmente estava achando que daria em algo. 
O lance entre os dois é diferente, te dá frio na barriga, só de vê-lo fica mais feliz. Ama acompanhar Junin nos corres dele, andar de mãos dadas pelo Bangu Shopping nos finais de Domingo, pegar o BRT lotado para ir tomar banho de mar na sua folga, visitar a vovó do menino só para ela ter companhia no lanche da tarde… Talvez só você estivesse sentindo tudo isso. Quando foi que ficou tão cega?
O dia inteiro ele te manda mensagem, mas nenhuma resposta vem. Tenta até te ligar… nada. A cabeça do garoto gira rápido demais, pouco se concentra no serviço o resto da tarde. Ele começa a ficar agoniado, a culpa e o medo atormentam cada pensamento. 
— Qual foi, Junin? Tá com cara de enterro desde cedo. — Nando indaga, estacionando a van na garagem. 
— Ah, bagulho com a minha mina… — Ele responde envergonhado.
— Sua? Tu pediu em namoro? — O motorista usa um tom irônico que incomoda o mais novo. — Tá é de enrolação, isso sim! Vai perder já já, isso se já não perdeu. Avisei pra não ficar se engraçando com…
Para de ouvir. Renjun não fala nada, o choque de realidade o pega desprevenido. Ele estava tão nervoso por você não estar respondendo que não tinha nem pensado que aquela situação poderia desencadear no fim do que têm.
Deixando o cara sem entender nada, Junin sai correndo dali. Ele pega o celular para fazer uma ligação, a amiga atende logo. 
— Lu, tem como pedir uma encomenda pra hoje? — Ele pergunta à menina que está enrolada com as entregas do dia, não fala nem oi. 
A loja de presentes personalizados bombou no TikTok recentemente, então passou a tirar os Sábados para postar os pedidos da semana nos correios. 
— Você não pode estar falando sério. — Ela bufa, sem paciência com os atendentes, com Renjun, com tudo no mundo. 
— Por favor, por favor, por favor… É só o quadro de estrelas, da parada de data… — Tenta convencê-la. — Te pago no pix agora já. 
— Porra, Junin. Que caralho, viu. Passa lá em casa exatamente às seis, vai estar pronto. Me passa a data, o nome e uma frase que você queira botar pelo whatsapp. Anda logo! 
Lu desliga apressada, deixando um sorriso enorme nos lábios do garoto. Agora ele só precisa correr na Americanas e comprar os chocolates que tinha pensado. Vai dar certo. 
Aproveitando que tinha recebido, o garoto escolhe vários chocolates, no entanto sente que ainda falta algo. Corre na loja de perfumes da Paris Elysee, sabendo de cor o cheiro que o enfeitiça. 
Ao mesmo tempo que Junin monta o presente da forma mais delicada possível, o coração dele não para quieto. Não sabe nem se você vai dar essa moral para ele, visto que parece não querer vê-lo nem pintado de ouro. 
Apesar disso, ele precisa arriscar. 
Depois de quase duas horas em Bangu, pegou um uber para a casa de Lu, onde ela entregou a moldura impecável. As estrelas no céu da data do primeiro beijo, os nomes de vocês um ao lado do outro e logo embaixo: 
“Pensando na primeira vez que te vi
Engraçado é eu não ter notado
Que o que eu procurava tava bem ali”
— Vê se com essa você para quieto, Junin. Ela não merece tuas pilantragens não! — Ela ralha bem alto no condomínio, o que atrai os olhares de alguns vizinhos. 
— Qual foi, Lu. Papo erradão esse teu, na moral. — Ele se defende em vão, levando uma porta fechada na cara. 
Confuso e quase ofendido, guarda tudo na mochila e vai caminhando até sua casa, que é próxima. Finalmente a ficha cai, as mãos suam e ele começa a ensaiar o discurso que faria. 
Ao ver o portão branco de ferro entreaberto, a barriga dá cambalhotas. Sua família está sempre em festa, hoje não é diferente. Tem algumas bexigas sendo penduradas, umas tias organizando as mesas… sem sinal de você, todavia. Assim que ele bate no ferro, sua mãe sorri grande para ele. 
— Oi, filho. Achava que você não vinha hoje, na verdade me disseram isso. — Ela te envolve num abraço apertado, deixando um beijo na bochecha. 
— Bença, tia. — Renjun cumprimenta. — É, eu mudei de ideia na última hora. — Desconversa com um sorriso travesso. 
— Ela tá na cozinha terminando de cortar pão, vai lá. — Sua mãe acena na direção da porta de casa. 
Ele pode jurar que é capaz de ouvir o próprio pulso. Ouve uma música sair da caixinha ao passo que se aproxima do cômodo, é um mpb triste. Merda. 
Na mesma hora que você se vira, Junin se encosta no portal, uma expressão saudosa na face tão linda. Porém você junta as sobrancelhas, deixa os últimos pães na mesa e limpa as mãos num pano. 
— O que você tá fazendo aqui? Quem te deixou entrar? — Põe uma das mãos na cintura nua, o cropped e o shortinho jeans que veste te deixam linda. Você está sempre linda. 
— Ei, precisa disso? — O menino toma uns passos na sua direção visando poder te abraçar. Não contava com o braço estendido que o impediria. — Que isso, minha metida, faz assim não. 
— Não me chama assim. Eu sou metida, mas sua… só se for nos seus sonhos. — Você gira o corpo, e ele revira os olhos. O que ele foi arrumar?
— Eu quero me explicar, melhor, me desculpar. — Ele assiste você balançar os ombros com escárnio ao rir. — Eu tô falando sério. Olha pra mim, por favor.
Não deveria, entretanto, atende ao pedido. O olhar sincero de Renjun se encontra com o seu machucado, ele só queria poder te beijar e te convencer a perdoá-lo. 
— Você tem dois minutos. — Cruza os braços e se finge de desinteressada. Não quer demonstrar nenhuma fraqueza na frente dele, já extravasou as emoções como podia, só que ainda dói. É inacreditável que tenha sido feita de idiota a essa altura da vida. Por meses. 
— Eu não devia ter dado confiança e flertado com aquela garota, foi mal. — Junin começa, desesperado pela falta de tempo. Você normalmente leva contagens muito a sério. — Me perdoa por ter te magoado e por ter feito você pensar tanta coisa, mas eu te prometo não fazer outra vez. Nunca mais eu vou te magoar. 
— Nunca mais mesmo, a gente não tem mais nada. — Você declara séria, se repreendendo ao sentir a garganta doer. Que palhaçada é essa, mulher? Por um ficante? 
— Não fala isso nem de brincadeira. — Ele arregala os olhos, apavorado de verdade. Traz a mochila para o peito, abrindo todo desajeitado. 
— Que porra é essa, garoto? — Nunca o tinha visto assim, chega até a ajudá-lo a abrir o zíper. 
Ele tira a pequena cesta de palha preenchida por inúmeros bombons, barras, trufas e outros doces da bolsa. Você segura o presente meio estatelada, não esperava isso hoje. Talvez daqui uns dias. 
Sempre que brigam, é assim. Não se falam, mas depois de um tempo, ele aparece e te mima de diversas formas.
— Jun… — O apelido que só você usa escapa automaticamente dos seus lábios. 
— Bota na mesa, tem outras paradas aqui. — Ele anuncia com a mão dentro da bolsa ainda. 
Assim que você fica com as mãos livres, Junin revela o pacote do perfume primeiro. Sorri com os olhinhos pequenos ao perceber que você se controla para não demonstrar que amou. 
— O meu tava quase acabando, obrigada. — Agradece sem jeito, escondendo também a curiosidade sobre a embalagem misteriosa que ainda falta.
— O melhor deixei por último. — Ele te entrega o presente, e você começa a desfazer o laço com cuidado. 
Nada paga a carinha que você faz quando entende o quadro. Seus olhos ardem com as poucas lágrimas que ameaçam um choro, dando brecha para Renjun, por fim, te abraçar e te encher de beijos por onde consegue. Estava morrendo de vontade de fazer isso desde que chegou. 
— Jun, você não pode me dar esses presentes assim e a gente continuar do jeito que tá. — Dá um ultimato nele, já completamente entorpecida pelo jeitinho marrento dele. O boné para trás colabora. Muito. 
— A gente continua de outro jeito. — Junin diz, mordendo os lábios, falando bem devagar. — Não tem outra que eu queira, você é minha primeira dama, minha número 1. Sempre. Quer namorar comigo? 
O seu bico relutante se transforma num sorriso em questão de segundos. Agarra Renjun pelo pescoço e o beija com tanta vontade que fica complicado. 
— Isso é um sim? — Ele pergunta, tomando seu lábio inferior com os dentes. 
— Sim, seu idiota. — Murmura entre mais um beijo que avermelha ainda mais a boca desenhada do menino. 
Com mais firmeza ele te aperta, feliz que não cabe em si. Ainda se beijam quando, gritando, sua tia entra na cozinha. 
— Olha a putaria, tem quarto não? — A mulher brinca, rindo escandalosa. 
As borboletas conhecidas se manifestam quando Jun ri, escondendo o rosto na curva do seu pescoço por vergonha. Você sempre acha uma graça. 
— Ô Simone, vem dar um jeito no teu povo! 
A exclamação impossivelmente alta da tia atrai sua mãe para a cozinha, onde contam que até que enfim estão namorando. A festa da casa ganha outro motivo, então. Todos os parentes, vizinhos, amigos, os cachorros… ficaram sabendo do início tão esperado do namoro. Até as altas horas da madrugada o papo rende, regado de salgadinho, cachorro quente, guaraná e, claro, muita cerveja gelada.
— Eu te amo, sua metida. — Como uma promessa, ele segreda ao te abraçar na cama, preparados para dormir.  — Não, sua metida. — Sim, cafona desse jeito, a tal ponto. — Eu também te amo, mô. — Sussurra sonolenta, caindo no sono nos braços do pilantra mais romântico de Bangu.
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girlneosworld · 2 years
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JUÍZO FINAL.
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( tw: corte, sangue, arma e menção a tiro, menção a doenças também e muito chororô, já vou logo avisando. acho que é só. )
n/a: tava com o rascunho disso pronto tem MUITO tempo mas nunca tive coragem de postar ou seguir em frente. nos últimos dias eu tava meio nhe e resolvi mexer no arquivo, e no fim eu acabei terminando. enfim. espero que gostem, perdão qualquer erro.
O Na observa seu rosto se contrair na expressão mais dolorida que você, provavelmente, já deixou transparecer a ele em todos esses anos. A sua respiração se sobressaía no silêncio do espaço apertado e frio que estavam, tão rápida e profunda que arranhava sua garganta. Os olhos arregalados espelhavam o vermelho e o laranja que vinham da chama do isqueiro que o garoto segurava no meio de vocês dois, dando cor e vida ao seu pânico.
— Princesa — ele sussurra, o nariz praticamente colado no seu para que não precisasse falar mais alto — Vou precisar que seja forte.
Você nega freneticamente com a cabeça, as lágrimas ameaçando escorrer pelas bochechas quando o desespero começa a se instalar por todo o seu corpo. Faz o possível para se afastar, o seu cérebro não querendo associar o seu Jaemin que só queria cuidar de você. Morde forte o lábio quando encolhe a perna e a sente latejar.
— Não quero, eu não consigo — faz o esforço que pode para o volume da sua voz ser o mesmo da de Jaemin, com medo de falar alto demais.
— Consegue. Você precisa conseguir. Sabe que logo nós vamos ter que sair daqui, sabe que não podemos demorar — ele diz enquanto usa a mão livre para segurar a sua, ambas geladas tanto pelo frio quanto pelo nervosismo — Vamos ter que correr, eu preciso de você ao meu lado, preciso que seja firme.
Uma lufada de ar fica presa quando percebe que ia soluçar. Aperta os dedos ao redor da mão magra de Jaemin, começando a tremer.
— Eu sei. Eu sei, Nana — responde com a voz trêmula e embargada quando começa a chorar — Mas eu não aguento mais sentir dor, eu não quero mais sentir dor. E eu sei, eu sei que isso vai doer como o inferno.
Ele tira os fios do seu cabelo que grudaram em suas bochechas pelas lágrimas grossas que não paravam de cair. Fez com que conseguissem se olhar no meio de todo aquele breu, tentando te passar o máximo de segurança que ele conseguia. Jaemin odiava te ver assim, odiava que precisasse passar por toda essa situação e se pudesse, pegaria toda a sua dor para si próprio.
— Preciso que confie em mim. Se você ficar com essa ferida aberta é pior e pode até evoluir para uma infecção generalizada. Vai doer agora mas amanhã cedo já vai estar bem melhor, eu te prometo — foi a última coisa dita antes que você finalmente concordasse com ele. Só queria que isso terminasse logo.
Voltou a esticar a perna com toda a cautela do mundo, contorcendo o rosto numa expressão de dor. Assistiu Jaemin rasgar sua calça manchada de sangue com um estilete e deixar seu machucado a vista dos dois. Era quase um buraco em sua coxa esquerda, muito inchado e em carne viva.
Estavam correndo desesperadamente quando entraram numa estação de trem abandonada, pulando nos trilhos esquecidos para fugirem das Pragas que seguiam vocês enlouquecidas e faziam de tudo por uma mordida que fosse. E foi no meio da fuga desesperada que seu tênis se prendeu num arame solto que voltou diretamente em sua perna, a perfurando dolorosamente. Jaemin sentiu a adrenalina correndo em suas veias e no mesmo momento a pegou em seu colo, correndo o mais rápido que conseguia e os enfiando dentro da cabine do cobrador da estação.
Ainda conseguiam ouvir os ruídos do lado de fora da caixa de madeira quando Jaemin aproximou o isqueiro do seu machucado e você antecipou a sensação que viria a seguir. A pequena chama encostou na sua carne exposta e um soluço subiu pela sua garganta, seguido de outro e mais outro. Não conseguiria reprimir o grito se o Na não tivesse colado os lábios dele nos seus, apertando sua nuca e abafando todos os seus sons altos de dor e agonia. A pele ferida começava a carbonizar e um cheiro de queimado invadia as narinas de ambos, suas lágrimas agora já molhavam o rosto do garoto também e ele começava a tremer, odiando te causar tanta dor.
Jaemin se afasta minimamente e usa a mão livre para tampar sua boca, sem confiar no seu estado fragilizado para ficar em silêncio. Se preocupava que o cheiro da sua perna atraísse eles para onde estavam, por isso, pegou o tecido que te vestia antes, e o amarrou com firmeza em volta da perfuração E então, olhou para seu rosto, precisando de muito esforço para não chorar junto com você. Tinha que ser forte naquele momento, tinha que ser forte pelos dois. Você não podia vê-lo cair por um segundo que fosse.
Demorou, mas sua respiração foi se normalizando e Jaemin sentiu que já podia tirar a mão da sua boca, deixando vocês separados por algum tempo. E em silêncio. Um silêncio profundo, tão profundo que só conseguiam ouvir os rugidos externos e os ruídos da fina garoa que caía sobre a cabine.
— Pode dormir um pouco se quiser, meu amor — ele falou primeiro, fazendo uma pequena pausa entre uma frase e outra — Eu te acordo assim que o sol ameaçar aparecer, não é seguro que a gente saia agora no escuro. Eles ficam mais rápidos a noite.
Sua cabeça concorda completamente no automático, os olhos perdidos no pouco espaço que tinham para compartilhar.
— Você acha que vamos sobreviver?
Sua pergunta o deixa um pouco atônito, não esperava esse tipo de questionamento num momento feito aquele. Seus olhos se encontram com os dele e vocês não precisavam de palavras para conversarem. Ambos sabiam de todos os tormentos e medos que o outro carregava, só aguentavam aquele caos porquê estavam sozinhos ali. Era só vocês dois e mais ninguém.
— A gente vai — ele respondeu, por fim — A tal da zona de quarentena fica só a mais alguns quilômetros da estação que a gente está. Vai dar certo.
— Só mais alguns dias de caminhada, certo? — perguntou, esperando que Jaemin lhe desse a confirmação que precisava. Depositava toda sua confiança nele, era sua última esperança. Ele era sua esperança.
A ideia do que seria um sorriso aparece no rosto bonito e magro dele. A mão esquerda fazendo uma carícia contínua em sua perna boa.
— Certo, só mais alguns dias, amor.
( ••• )
Seu corpo tremia levemente pelo frio e as vezes você dava alguns espasmos, provavelmente teriam uma pneumonia e Jaemin orava a todos os deuses em que não acreditava para que os levasse até a zona de quarentena o mais rápido possível. Estavam com quase nada de suprimentos a algumas semanas e temia pelo momento em que ficariam reféns da fome.
Seu sono parecia tudo menos sossegado. Era notável o quanto estava perturbada e como ainda sentia dor, essa que demoraria algumas horas para começar a diminuir. Jaemin não consegue evitar que as lágrimas encham seus olhos bonitos, não consegue evitar cobrir todo seu corpo com seu olhar tão dolorido. Demora em seu ventre que é abraçado pelos braços arranhados e sujos, feito quem quer se proteger do mundo externo e guardar o fruto do amor de vocês ali, onde ninguém o machucaria e ninguém iria tirá-lo de vocês também.
Pensar nisso faz o garoto Na permitir que suas íris transbordem. Ainda tinham tanto para viver, tanto para descobrir. Não fazia mais que duas semanas que ficaram sabendo da gestação quando tudo desandou e o mundo foi se despedaçando aos poucos. E agora, oito meses depois, lutavam por qualquer resquício de sobrevivência e se agarravam a todo fio de esperança que a vocês fosse dado. Jaemin não acreditava, mas você costumava dizer que estavam sendo testados por Deus. Jaemin sempre te dizia de volta que estavam, então, pagando por todos seus pecados na terra.
O escuro é tamanho que sua figura só era nítida devido ao tempo em que estava sendo observada. O corpo miúdo, escolhido, o cabelo bagunçado e tampando boa parte do rosto. Era tão linda. Jaemin nunca se cansaria de dizer, via beleza na sua força, coragem e na sua persistência. Duvidava que algum dia conhecesse alguém que o fizesse amar mais a vida do que você sempre o fez. Era o amor da vida de Na Jaemin.
Não sabe ao certo quanto tempo ficou perdido dentro da própria cabeça, monitorando seu sono a procura de qualquer sinal de algo errado, quando percebeu que a chuva começava a engrossar. Os estalos das ripas de madeira eram audíveis ao ponto de o preocupar com a possibilidade da cabine se desfazer. Os ruídos externos ficavam mais agitados juntos das gotas grossas que caíam cada vez mais do céu. Jaemin entra em alerta imediatamente.
Tateia o chão coberto de grama em busca da pequena mochila que carregavam os poucos pertences que ainda tinham. Quando a encontra ao seu lado tira de lá o revólver que guarda e evita usar a todo custo porque sabe que te assusta. Coloca a arma na cintura e se inclina na sua direção, faz um carinho no seu rosto adormecido. Sorri.
— Meu bem? — sussurra e te sacode um pouco tentando te despertar — Preciso que acorde.
Você deita de barriga para cima e vai abrindo os olhos aos poucos, as mãos indo de encontro ao braço de Jaemin que estava em seu rosto. Demora alguns segundos para que ajuste sua visão e veja a expressão aflita que ele carrega no próprio rosto mais nitidamente. Franze o cenho quando a consciência pós-sono finalmente chega.
— Hum? O que aconteceu? — pergunta baxinho, confusa — Está tudo bem?
— Por enquanto, sim — ele tenta te tranquilizar — Mas está chovendo muito, vamos precisar sair da cabine.
Agora, arregala os olhos e se sente acordada de verdade.
— Mas, Nana, quantas horas será que são?
— Umas quatro, quase cinco se tiver que chutar.
A esse ponto, você se senta rápido. Jaemin te ajuda para que se estabilize e pega o isqueiro no bolso da calça, o acendendo e dando um pouco de iluminação ao lugar para que conseguissem conversar melhor.
— Ainda deve estar escuro lá fora, deve estar uma loucura. E minha perna ainda não está totalmente boa, não sei se consigo correr — fala afobada, gesticulando exageradamente e hiperventilando.
Seu namorado entrelaça os dedos com os seus e acaricia as costas da sua mão com o polegar. Apaga o isqueiro, acende outra vez.
— Eu sei, mas não tem outra solução por enquanto. Logo o sol nasce, não vai ser impossível — ele diz — E mais uma coisa, minha linda: vou ter que usar a arma.
Você bufa alto, se esquecendo por um momento de que tinham que tomar cuidado com o volume. Com o susto do descuido, suas duas mãos vão parar na frente da boca, com medo de fazer mais algum barulho alto demais. O problema, porém, é que ao desvencilhar-se da mão de Jaemin, você acaba por esbarrar no isqueiro e o derrubar no chão.
O desespero imediato faz com que a cabeça do rapaz trabalhe rápido e ele consegue conter a pequena chama antes que ela se alastre.
— Me desculpa — seu sussurro é ouvido um tempo depois, a voz embargada pelo medo — Pode usar a arma, tudo bem. Sei que não tem mais o que fazer.
— Okay, vamos dar um jeito de sair daqui. Você provavelmente vai precisar ir na minha frente, quero que fique no meu campo de visão. Tanto pela perna quanto pela barriga.
Você assente.
— Pode ser.
Com sua aprovação final, vocês dois se colocam de pé e se preparam para deixar o lugar que ficaram nas últimas horas. Ajeita a amarração em volta de seu machucado na perna e empurra os cadarços dos tênis surrados para dentro. Observa Jaemin enquanto ele ajeita os fios escuros do cabelo para dentro do boné e sorri rapidamente para ele que ajeita as coisas de vocês dentro da mochila. Toda vez que o vê se esforçando para cuidar de vocês seu coração te soca dentro do peito, quase dói a maneira que o ama, é tanto que teme não conseguir deixar transparecer tamanho sentimento. E é o vendo estar prestes a abrir a porta que você sente outra coisa socando de dentro de você.
Arregala os olhos outra vez. Segura Jaemin pelo ombro, o impede de liberar a passagem. O garoto te olha assustado, estranha a exasperação repentina.
— Que foi? — ele corre os olhos dos seus pés à sua cabeça, te verificando por completo, procura algo fora do lugar. Mas estranha ainda mais quando vê seu sorriso, a respiração acelarada.
— Jaemin — diz num fôlego só — O bebê. Eu senti.
— Como é? — ele pergunta confuso, os olhos indo diretamente para sua barriga proeminente — Sentiu o que?
— Ele mexeu. Eu senti nosso bebê chutar, agora. Ele acabou de chutar! — sua alegria muito contida demora para contagiá-lo. Jaemin processa suas palavras devagar. Continua olhando seu ventre, nem pisca durante um tempo. Estão desde o dia que tiveram certeza da sua gravidez esperando por aquele momento, mal podiam esperar para finalmente sentir qualquer mínimo movimento que fosse. Passaram por tanta coisa nos últimos meses que todo dia era um medo inconsciente de que acabassem perdendo o brotinho de amor de vocês, mesmo que soubessem que esse seria o futuro mais seguro para ele, mas nunca admitiriam isso em voz alta. Porém, agora sabiam que ele estava ali. Talvez não tão saudável quanto deveria, mas estava vivo. O pequeno coração em formação batia dia após dia e continuava tão vivo quanto vocês. — Nana?
Sua voz insegura desperta ele do rápido devaneio. Volta a te olhar ao mesmo tempo que solta a porta da cabine apertada e abraça seus ombros. Você consegue o ouvir fungando quando passa seus braços pela cintura magra dele. Acaricia as cotas musculosas, os braços fortes e o rosto cálido com seus dedos já ásperos. Segura os lados do rosto masculino e faz com que ele te olhe no olhos.
— Já deve ser a reta final agora, não é? — volta a dizer, exibe suas covinhas para ele. Jaemin assente e sorri tão grande que sente que suas bochechas vão se rasgar. Não sabe se é justo que possa sentir tanta felicidade num cenário como aquele que se passava do lado de fora — Em uma realidade diferente a gente conseguiria saber se é um mini eu ou uma mini você.
— É — ele responde, a melancolia o atinge forte — Caramba... Eu quero muito que esse pirralhinho nasça logo, não aguento mais esperar.
Vocês riem juntos.
— Sim, eu também. É meio pesado correr pelo país inteiro com ele aqui dentro — diz acanhada, olha para baixo, amassa a grama com os all stars vermelhos — Vai ser legal, não é? Ter a nossa família finalmente completa.
— Vai. Sempre foi meu maior sonho ter uma família com você. Daqui a alguns anos, talvez a gente consiga um ir à praia e escrever nossos nomes tão grande na areia que um helicóptero consiga ler lá de cima. Os três. O meu, o seu e o do bebê.
Seu assentir é rápido e tombado para o lado, estende a mão para segurar a dele. Se aproxima mais um pouco, a ponta dos narizes gelados se tocando.
— A gente vai conseg...
É impedida de terminar a frase quando ouvem um estrondo alto vindo do lado de fora, alto o suficiente para assustar vocês dois. Talvez fosse um raio caindo perto demais dali. A única certeza possível era que o barulho não falharia em atrair ainda mais Pragas para perto de onde estavam.
— Vamos.
( ••• )
Os sapatos fazem ruídos molhados a cada passo apressado que dão. Você corre na frente com um pedaço de madeira em mãos, antecipa qualquer movimento e tenta ao máximo limpar o caminho enquanto Jaemin vai atrás; o revólver firme entre os dedos cálidos, evitando qualquer tiro para não ter que fazer um som desnecessário com o disparo. É cuidadoso como de costume, tenta ao máximo pensar que aquela era só mais uma travessia como qualquer outra. Sempre era como se fosse impossível mesmo.
Espia na sua direção por um ou dois segundos, checando como está se saindo na função de tomar a frente da corrida. Volta a olhar para e corre até trombar o corpo no seu. Você tinha parado, ficou estática no lugar.
— Por que parou de correr? — ele pergunta de costas para você — Está sentindo alguma coisa? Está com dor?
— O rio, Jaemin. Como a gente vai fazer para atravessar? — exaspera a ele, esse que logo entende do que você está falando. Um rio corta o caminho em que seguiriam do um lado outro. Da esquerda à direita, por muitos quilômetros. Para frente até conseguem ver mais um pedaço de terra, mas era um bom tempo nadando para chegar ao outro lado fora da correnteza assustadora em que o rio fluía.
— Merda — Jaemin xinga entre dentes. Passa a mão agressivamente pelo rosto. Tenta pensar, usa todas suas experiências em sobreviver para fazer com que uma ideia surja em sua cabeça e uma lâmpada se acenda sobre ela.
Era inviável que nadassem agora, estava escuro e frio, você mal conseguia correr e duvidava que fosse fácil bater as pernas quando uma das suas estava quase como se fosse se partir ao meio. Para os lados talvez não fosse uma má ideia, o sol ameaçava apontar no céu a qualquer momento e com sorte encontrariam outro pedaço de trilha para seguirem em frente. Voltar para a direção de qual vieram era inviável, a cabine com certeza já tinha caído e ao olhar para trás a fim de conferir o que pensava, Jaemin tem mais certeza ainda que não teriam a mínima chance se seguissem aquele rumo.
Uma manada de Pragas andava mancando, rugindo e mordendo o nada a procura da primeira presa que os desse um pouco de sangue e órgãos frescos. Quando você olha para o mesmo lugar que o garoto, entra num pânico óbvio e imediato.
— Jaemin — murmura. Se agarra ao braço alheio, aperta — Jaemin, está vendo aquilo, não está?
— Porra, é claro que eu estou vendo, minha Linda. A gente precisa sair daqui agora — ele diz com urgência. Entrelaça os dedos nos seus e te puxa, te instiga a correr.
Vai na direção que julgou mais segura, só tendo como confiar em si mesmo. Ouve os passos incessantes se aproximando, aperta os próprios e não olha para outro lugar senão para frente. O rio correndo à esquerda de vocês dá o gás que precisavam para correr também até que as panturrilhas queimassem pela velocidade. Mas ainda não era o suficiente.
— Eles não vão se dispersar, é impossível a gente seguir para um lugar que eles não nos alcancem — você pontua em algum momento, sua palma suando e pronta para escorregar da mão masculina a qualquer momento.
— Eu sei — ele responde, cansado.
Param no meio das dezenas de árvores. Ficam atentos os sons cada vez mais próximos de vocês, ambos em pânico, os corações disparados e as respirações tão profundas que os peitos sobem e descem rápido.
Jaemin olha para todos os lados. Olha para cima. Para as árvores imensas e o horizonte começando a se iluminar, laranja, roxo e rosa. Olha para você, para seu rosto aflito e desesperado. Suspira. Tem que dar certo. É sua única chance de sobreviver. A única chance que ele tem de te salvar. E ele vai te salvar.
— Meu amor, consegue escalar essa árvore? — te pergunta de repente, a dispersa das Pragas que logo chegariam até vocês.
— Acho... Acho que sim, não deve ser difícil — responde sem entender — Por quê?
— Está vendo aquele galho mais grosso? — ele aponta para cima e você assente. Logo ele continua falando: — Se enganchar as pernas ali vai ficar firme e é alto suficiente para eles não conseguirem subir.
— Okay, mas por quê? — pergunta outra vez.
Assiste Jaemin tirar as alças da mochila dos próprios ombros e se aproximar para colocá-la nos seus. O assiste ficar agitado e o ouve falar sem parar.
— É só ficar quieta e se segurar com força, tem vários galhos por ali e você dificilmente vai cair. É fácil para descer também.
— Jaemin...
— Vou correr para o oeste e atrair todos para a direção contrária a essa, eles nem vão te ver lá em cima e...
— JAEMIN! Está ficando maluco? Do quê diabos você está falando? — finalmente tem a atenção dele que para de falar e respira profundamente.
— Me escuta, você vai subir nessa árvore e ficar lá até amanhecer. Eu vou correr o mais longe que eu conseguir, até o sol nascer e brilhar bem forte no céu. Vou fazer com que esses demônios não te vejam e você fique segura aqui. Quando eles tiverem distantes o suficiente o dia já vai estar claro, ai você pode descer e continuar seu caminho.
— Isso é maluquice. Você está sugerindo que eu fique aqui sem você? Está mesmo me dizendo para fazer isso? — o sacode pelos ombros — Jaemin, para com isso. Sem você eu não vou. Ou você sobe nessa merda de árvore comigo ou nós vamos correr juntos para o mais longe dessa porra de exército de Pragas.
Ele nega com a cabeça, tantas vezes que sente que vai ficar tonto. Jaemin pega seus pulsos e te puxa para mais perto dele.
— Não. Não é seguro. Se eu chamar a atenção deles, eles não vem tentar te encontrar — ele tenta explicar — Por via das dúvidas eu vou deixar a arma com você, você pode...
— Cala a boca! Ouve o que você está dizendo! Eu não vou ficar aqui sem você, jamais — sente sua garganta começar a coçar — Não pode estar falando sério...
Sua voz falha no fim da frase, o queixo começando a tremer.
— É única opção que temos. Não tem mais nada que a gente consiga fazer. Eu não posso te deixar morrer, você não pode virar um deles — Jaemin diz duro, firme. Ele fala com você como nunca falou em todos aqueles anos que estavam juntos — Você não vai virar um deles.
— Por favor, Nana, não me deixa sozinha. Eu não consigo sem você. Nós não vamos conseguir se você estiver longe — seus olhos ardem e a voz embarga — Não faz isso comigo. Não.
— Eu te amo. Nunca amei e nunca vou amar alguém como eu amo você — ele sorri e os olhos dele brilham com as lágrimas prontas para escorrer — Você e o nosso bebê são única razão pela qual eu deixaria minha vida ir. Para salvar vocês. Quero que sigam, que achem abrigo e que sejam felizes. Eu amo vocês, com todo meu coração e com toda a minha alma.
Sua cabeça acena negativamente. Se agarra a ele. Chora com força quando ouves os passos fortes e próximos demais. Soluça e grita. Não dá mais a mínima para o volume do barulho que faz.
— Para com isso. Para de ser estupido. Na Jaemin seu estúpido — tenta bater com os punhos fechados no peito do garoto. Jaemin segura seus braços com facilidade, abraça seu corpo miúdo e frágil. Se aperta em volta da sua figura desesperada e aperta os olhos também, as lágrimas finalmente caindo, já não liga mais de parecer fraco. Você soluça com agonia — Não me deixa aqui, por favor, Nana. Não me deixa sozinha. Eu não sei o que fazer.
Se afasta um pouco, olha nos olhos dele. Jaemin sorri, um sorriso aberto, daqueles lindos que fez com que você se apaixonasse por ele. Aqui, porém, não tem forças para sorrir junto dele. Não tem força para aproveitar do carinho que ele fez no seu rosto quando volta a dizer:
— Esse mundo nunca vai ser grande o suficiente para você. Você tem todo o meu coração e eu estou o deixando em suas mãos. Cuide do meu amor. Ele pertence a você até o meu último suspiro — ele espia entre as árvores, consegue ver as silhuetas por elas. Aponta para o tronco — Anda, sobe. Agora.
Sem ter mais o que contestar, só te resta fazer o que ele diz. Funga algumas vezes enquanto anda de costas.
— Amo você — diz uma última vez, aflita. Vê Jaemin tirar o revólver da cintura e o enfiar no bolso do seu moletom surrado — Amo você demais.
O Na segura seu rosto com as duas mãos e cola os lábios no seus, forte, molhado e dolorido. Te abraça apertado e esfrega as palmas na sua barriga, provoca mais uma movimentação no ventre, o que só te faz chorar mais ainda.
— Sobe – ele fala.
Você se vira. Faz esforço, segura nos galhos menores com firmeza e forças seus pés para que eles não escorreguem. Espia para baixo e vê seu amante te olhando de lá, um pequeno sorriso nos lábios. Vê também as lágrimas molhando o rosto tão bonito dele. E quando finalmente termina de subir, quando já está segura no galho grosso e com as pernas te mantendo presa lá, volta seus olhos para a figura parada de Jaemin. Morde os lábios maltratados. Sabe que ele também tem um filme passando na própria cabeça.
Você acena para ele. Um tchauzinho. Ele acena de volta, como quem cumprimenta um conhecido que não vê a tempos, a cabeça tombada e um olho piscando. Flerta com você com a feição iluminada pelo nacser do sol e te faz rir entre os soluços. Você segura a barriga e abaixa a mão que acena, como se o neném de vocês acenasse para ele também. Consegue ver como a respiração dele se prende na garganta. Jaemin acena uma última vez, agora mais acanhado e olha para seus olhos. Vocês dois conversam em silêncio por alguns segundos, você olhando para baixo e ele, olhando para cima. Mas logo ele olha para trás.
Te dando uma piscadela final, Jaemin coloca os braços em posição de corrida e faz o que sempre fez de melhor, te deixando ali olhando o horizonte tão vasto e bonito, tão alheio ao fim que se instala ali.
Jaemin corre.
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floppy-04 · 1 month
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Hoy el renacuajo rosa estaba más apagado que de costumbre, tal vez fue el hecho de la pérdida de tiempo, las llegadas tarde a las expresiones emocionales o simplemente fue por el dia nublado.
Esta moneda de cambio es mala a mi parecer, no debería de haber algún problema en querer perder el tiempo, pero el destino es cruel y te lo arrebata como un cobrador de impuestos codicioso y desagradable.
Puedo entender la ansiedad que genera en algunas personas el mal gasto, pero yo considero que aunque no esté haciendo nada, realmente estoy haciendo todo. Con un solo momento de apreciar el cielo nublado, la flor que creció en el jardín está mañana o simplemente disfrutar de la música mientras miro por la ventana es más que suficiente para mi.
No es una pérdida de tiempo, es el goce de este con toda la belleza que puedo encontrar en lo que me rodea. Supongo que aún no me llega la crisis.
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tecitei · 11 months
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Eu quase esqueci você,
mas tem o cheiro do café, as paredes do meu quarto, o cobertor que me sufoca à noite, aquela música do strokes que não sai da mente, a risada contida, o papel em branco, o sol brilhando lá fora, o escuro aqui dentro, aquela carta rasgada, aquela banda que tem o vocalista parecido com você, minhas mãos que não sabem mais onde tocar, as ruas turbulentas, o passo apressado, as estrelas e os planetas, a minha banda favorita, as segundas-feiras incansáveis se repetindo todos os dias, o bom dia do padeiro, as roupas velhas, o tênis ainda sujo de terra daquele dia lá, a insônia, a falta de apetite, o banho demorado, a melancolia, aquela tua foto, a piada que tentaram me contar ontem e eu acabei lembrando das tuas que eram tão sem graça quanto eu sou agora, o abraço de estranhos, as conversas tediosas, o frio no estômago, os programas de tv, a barba mal feita do cobrador do ônibus, teus vídeos, o livro que deixei de ler, a série que eu deixei de ver, as fotos apagadas, os domingos, as crianças no parquinho, a janela pro quintal, a comida da vó, as respostas programadas, as risadas vendo aquele vídeo engraçado, a tua cor favorita, nossa primeira conversa, o desenho que eu fiz pra ti, as flores pra aguar, meus poemas, aquela playlist com teu nome, os olhos pesados, a janta requentada e o mundo que grita lá fora enquanto o meu peito grita por você.
eu quase esqueci você e se eu não fosse eu e não soubesse ser outra coisa além de tua, esse quase nem existiria.
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empleosdeleje · 2 years
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📌 #Miércoles 08 de #Febrero 📍 #EjeCafetero 👉 #Mensajero #Notificador #Cobrador 🟣 𝗔𝗺𝗽𝗹𝗶𝗮 𝗹𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰𝗶𝗼́𝗻 𝗱𝗲 𝗹𝗮 𝗩𝗮𝗰𝗮𝗻𝘁𝗲 𝘆 𝗹𝗮 𝗘𝗺𝗽𝗿𝗲𝘀𝗮 𝗮𝗾𝘂𝗶́👉 https://empleosdeleje.com/empleos/ ⛔ Las Vacantes publicadas en Empleos del Eje, no representan vínculo con ninguna de las empresas oferentes. ❗𝗥𝗲𝗰𝘂𝗲𝗿𝗱𝗲𝗻 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗮 𝘂𝗻𝗮 𝗼𝗳𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗹𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝗹 𝗡𝗢 𝗱𝗲𝗯𝗲𝗻 𝗽𝗮𝗴𝗮𝗿 𝗱𝗶𝗻𝗲𝗿𝗼❗ . 👉#𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 👉#𝗥𝗲𝗰𝗼𝗺𝗶𝗲𝗻𝗱𝗮 👉#𝗘𝘁𝗶𝗾𝘂𝗲𝘁𝗮 . . #solocomparto #empleosdeleje #empleoejecafetero #empleopereira #empleodosquebradas #buscoempleo #Trabajosihay (en Eje Cafetero Colombiano) https://www.instagram.com/p/CoaexJ7O5Zg/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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coago · 1 year
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Somos utilizadores do coração dos outros, e cobradores da dor do nosso.
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barbarabelala · 5 months
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Voltando para casa
Entro no ônibus. Ele balança, chacoalha e eu vou me equilibrando. Encosto em um canto e observo. Logo à minha frente uma garota de piercing e cabelo bem curto, lê um livro sem muita vontade. Atrás, uma senhora insiste para o rapaz deixar sua pasta no chão, próximo aos pés dela: “Tá muito pesada! Não vai me incomodar!” Ao meu lado, também se escorando, um homem ouve uma rádio barulhenta em seu celular. O cobrador, entediado, puxa papo sobre o trânsito com alguém que está ao seu lado. 
Eu sigo apoiada em uma das paredes do ônibus.  
A garota desiste do livro. Pega na bolsa um fone de ouvido, encosta a cabeça na janela e fecha os olhos. 
O rapaz, que não deixa a pasta no chão, resolve passar para a parte de trás do ônibus, onde não seria mais incomodado.
O homem, inquieto, continua com sua rádio barulhenta.
Agora, o cobrador fala sobre o clima.E eu observo o lado de fora.
De cima do viaduto vejo montanhas no horizonte e prédios em todas as direções, carros enfileirados, transeuntes indo e vindo e um belo pôr-do-sol, daqueles com cores fortes: rosas, vermelhos, laranjas, amarelos...
Que céu bonito para o fim do mundo.
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rastronomicals · 7 months
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3:19 AM EST February 25, 2024:
Oh Sees - “Enrique El Cobrador” From the album Smote Reverser (August 17, 2018)
Last song scrobbled from iTunes at Last.fm
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