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#ACABA LOGO JOGO DO CARALHO
usersukuna · 2 years
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brazilians rn:
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geniousbh · 5 months
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jah pod'ih al mozar? galera sexta feira acordei tarde limpei a casa, fiz almoço e não consigo parar de pensar NESTE CARALHO de homem com o seu bigodinho ralo. fiquei a noite toda tentando terminar a frat!pipe x leitora x virjola!blas e tipo impossível quando tudo que tem tocando na sala de espera do meu cerebelo é mc pipokinha enquanto essas fotos do pipe passam na tvzinha.
o cenário é o seguinte, seu namoradinho felipe é intercambista e bem come quieto. todo mundo toma ele por um rostinho bonito e rapaz gentil na faculdade, mas só você sabe as safadezas e birutezas que passam na cabeça dele. ele vive te provocando, apesar de ser bem pau mandado (manda localização, usa colar com a tua inicial e posta foto só tua nos stories diretasso "amorcita", "reina" é isso e ele postando foto de coisa do river). tá sempre bem arrumadinho, gosta de se vestir direito pra sair contigo, e tb pq usar camisa da argentina em terras brasileiras é igual a andar com um alvo nas costas e ele tinha entendido isso da maneira mais prática quando era recém chegado.
eis que, numa das vezes que o pessoal se reúne no seu apartamento, felipe ouve você e suas amigas conversando sobre homens e preferências em homens. lógico, você ouvindo bem mais do que falando - até porque não tem muito o que reclamar, ele real tem sido mt legal contigo além de ter um pau muito gostoso e falar umas sacanagens em espanhol quando fodem - ATÉ que o tópico "cabelo/barba" entra em jogo, e você já alegrinha do álcool solta um "nossa, mas homem com bigodinho é tudo também, é bem aquela música da pipokinha". E TIPO, QUEM CARALHOS É PIPOKINHA??? ele não sabe, então fica assim 🤨 pelo resto do rolê, todo encucado. até que, conseguindo falar com um colega de curso, pergunta e o mlk ri deixando o otaño de braços cruzados e um beição que significa qual foi, olhando e querendo explicações. quando o abençoado mostra a música pra ele, é tal qual uma revelação divina. os olhinhos azuis brilhando e arregalando um cadinho "aahh saquei".
então ele fica decidido. é isso que a mulher dele gosta? é isso que ela vai ter😤 e ai vai te cozinhar por três semanas - dando graças a deus que tá tendo prova e trabalho pra ambos - ganhando tempo pro bigodelson dele crescer. e mesmo com você mandando mensagem, pedindo pra ele ir no seu apê, pedindo pra irem tomar sorvete, implorando pra ele te macetar na pica depois de uma prova fudida de análise de comportamento, ele nega tudo, vai desviando, chega ao ponto de você ter certeza que ele vai terminar contigo. mas, acaba que ele te convida pra ir numa festinha da atlética e subitamente todas as preocupações somem.
então você tá lá, toda gatinha miss bumbum, bebendo e rindo de alguma palhaçada que alguma colega disse, e começa a tocar "bota, bota, bota o bigode na minha xota" o quê você e as demais cantam num coro bem potente e animado. até você ter sua cintura abraçada e ser surrupiada do grupinho, sem entender. felipe te puxa e logo mais se vira, sem dar tempo que você veja o rostinho dele. "amor, que isso? pra onde a gente vai?", e nada de resposta - e como vc tá carentinha e bêbada, nem liga muito, só precisava ficar com ele mesmo - "fefe, fala comigooo".
quando cês tão no estacionamento perto do teu carro ele vira e você fica atônita, boquinha entreaberta e olhando fixamente, deixando o argentino tão sem graça que coça a nuca e dá uma risadinha (só quando ele vê a tua reação percebe que foi muito bobalhudo de ficar todo aquele tempo longe, porque tava morrendo de saudade e a troco de quê? de crescer uma penugem grossa no rosto aff).
a ficha cai pra ti muito rápido, você é uma boa observadora, então logo sorri de canto e morde o inferior. "então era isso que vc tava me escondendo, é? boludo safado", fica na ponta dos pés pra envolver os braços no pescoço do maior. "queria fazer surpresa, bebita", "ah eu tô bastante surpresa sim, e morrendo de saudade, cê me deixou na mão por três semanas", respondendo com um biquinho e amansando a voz enquanto juntava os corpos, pressionando ele na lateral do veículo. "agora eu tô aqui", as mãozonas dele indo parar na tua bunda, apertando com vontade.
começam uma pegação frenetica e CARALHO!!! a porra do bigodinho durante o beijo te deixa cheia de tesão real oficial, espeta um pouquinho, e quando ele desce os beijos pro seu pescoço fazendo cócegas a sua vontade é a de ficar pelada. sem desfazer o ósculo tateia a chave no bolso e destrava as portas do carro pra entrarem, empurrando ele no banco e montando no colo dele em seguida. "porra, esse bigodinho seu vai acabar comigo, tem noção?", E ESTE VIADO VAI RIR, rir de canto porque era a intenção. "aún no he empezado y ya hablas como una perra, lindinha" %$$!@@$$%
ele inverte as posições contigo - e nossa, ele tá tão grandinho porque anda fazendo academia regularmente que os ombros dele ficam pra estourar o teto do veículo - te fazendo deitar no banco de trás e sendo bem rapidinho em tirar seu shorts jeans, te deixando só de body. tem algo muito sexy sobre ver ele todo curvadinho desabotoando seu body ali na virilha onde a peça se fecha, principalmente porque você já tava sem calcinha então é a primeira coisa que ele vê assim que tira é sua bct glistening✨, molhada já. e ai, as três semanas de celibato forçado só servem pra que ele te abocanhe como se fosse te devorar, deixando suas coxas sobre os ombros fortes.
filho da puta, você pensa quando invés de chupar seu grelinho ele usa os polegares pra afastar os labiozinhos e expor o nervinho pulsando e fica roçando os pelinhos do bigode ali, consegue ouvir até um arfarzinho melódico dele porque tá adorando suas expressões. "pipe...", choraminga, "não era o que você queria? um bigodinho roçando na sua bucetinha gostosa?", ele pergunta soprando cada palavrinha contra seu sexo, fazendo você assentir. só para de torturar quando nota que sua entradinha tá praticamente vazando lubrificação, a ponto de molhar o estofado em baixo - a informação chegando no cortéx do piru dele na mesma hora, dando uma fisgadinha - e não se aguenta, colocando um dedo longo e grosso em ti pra mexer lá dentro.
vai te chupar por meia hora seguida, envolvendo só teu pontinho e mamando ao passo que o caldinho que cê solta encharca o bigode e a mão dele, toda chorosa, segurando nos fios castanhos (dps de ter jogado o bonézinho de praxi pra longe), rebolando a pelve e gemendo igual putinha. vai te comer depois metendo beeem fundo, estocando lento e forte enquanto se segura num dos assentos ali e na sua perna que ele mantém apoiada em si mesmo, arranhando e estapeando sua coxa quando a tensão fica insustentável. mantém os olhos fixos em ti "você é tão gostozinha" (com o sotaque argentino que faz o z ter som de ç). "dale, amor... goza comigo", pede quando tá por um triz de se desfazer. e libera tudo dentro já que você toma remédio controlado.
"se eu soubesse que você tinha tara em bigode... tinha deixado crescer antes". ele fala enquanto tá recuperando fôlego, sentadinho, suado e fazendo carinho na sua panturrilha. "eu gosto do seu rosto sem bigode também, fica gostoso pra sentar na sua cara". vocês dão risada juntinhos e passam mais um tempinho ali dentro antes de resolverem se limpar e voltar pra muvuca.
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Roi, Felipe ne?
Um péssimo começo, eu sei, eu sei. Não vai ser uma carta engraçada, sinto lhe dizer, quem é bom com isso é você, eu sou boa em fazer as pessoas se sentirem amadas (iludida ela?!), então vamos lá!! 2.2. aninhos, ui, é uma marca e tanto viu? Não vou mentir dizendo que você é novo, e também está muito longe de ser velho, mas só porque não marca algo significativo nesse aspecto não quer dizer que não seja importante. Afinal, é mais um ano - ou menos um - dependendo da perspectiva, e seja lá qual for a sua, você fez um filme - história, série, aventura - você fez algo, mais popularmente conhecido como viver. Normalmente as pessoas só passam a dar valor a esse feito depois que perdem algo muito valioso, algumas, raras, quando ganham algo inestimável, e as mais singulares não precisam de nada para valorizar esse dom, você se encaixa no último, e você sabe disso. O mais extraordinário de se viver é necessitar constantemente de prestar atenção, a literalmente tudo ao seu redor, perder uma fração sequer de qualquer detalhe traz um gosto amargo no futuro, porque não tem como dar replay, em nada, não é como um filme, ou um livro, que ao sentir saudades você pode sentar a bunda no sofá e se dedicar a reviver tudo aquilo que te aperta o peito, não, a vida não te dá essa alternativa, as lembranças, por mais preciosas que sejam estão sempre sujeitas a modificações da nossa própria mente, dependendo justamente do quanto você se entregou aos momentos que vivenciou, então só temos esse momento, o agora, o próximo pode não chegar a acontecer. Acho que por ser um fato muito chocante a gente acaba por esquecer disso vez ou outra, nosso cérebro é profissional em nos sabotar, mas você sabe controlar isso muito bem, me lembro do dia que tinha dado algo errado pra você e chegou um áudio no meu celular com você contagiado pelo gesto de um pai correndo atrás do ônibus para simplesmente arrancar um sorriso do filho, e você captou a essência daquilo de uma forma tão linda que transformou todo o seu dia e provavelmente toda a semana que se seguiu após isso, não vou mentir, fico feliz, por você saber valorizar esses pequenos atos e ressignificá-los, fico mesmo muito feliz por você, a base da eudaimonia é justamente esse pequeno detalhe, ou esses pequenos detalhes. Mas chega de falar da vida, né? É isso, você viveu, intensamente, um ano completo, mais um ano completo e mesmo com todas as adversidades impostas no seu caminho, você mandou um belo dedo do meio e seguiu em frente, mesmo com as marés de má sorte, que pelo amor de deus!!!! Nunca conheci alguém com tanta má sorte na vida, e ainda assim, olha só para você! Com um trabalho top, na área que você curte; com quatro fucking orixás; fazendo seu money assistindo jogo de futebol, dando o curso no call do green; com mais uma pessoa na sua linha de crédito; ficando mais gostoso e inteligente do que já é; ficando puto com a suspensão do desafio na empresa; bancando uma de blogueiro no instagram; se virando em mil e acima disso, fazendo tudo com uma maldita excelência. Conheço você faz nem um ano, mas foi uma das pessoas que mais tive o prazer de conhecer e de ser amiga, vale a pena pra caralho ser amiga de um cara como você e olhar para trás e lembrar que te conheci no Tinder, vou te falar viu? Foi como achar uma agulha no palheiro (e que agulha!!). Vivemos até que bastante coisas juntos em tão pouco tempo no meio de uma pandemia, assistimos uma quantidade razoável de filmes, incluindo os mais bestas que já vi em toda a minha vida (“um jantar para idiotas” e “para maiores” que o digam) e os mais fodas e insanos também (pulp fiction, inception e memento); você me ensinou a andar de loooooong (por nada não, mas foi uma das maiores conquistas da minha vida, você não faz ideia da importância disso pra mim, e sério eu AMEI); e ainda me fez ver filme de “terror”, que era mais suspense, mas para mim dá na mesma (merece um prêmio por isso); passamos um natal juntos (e nem deu meu presente direito!!!); me emprestou seus livros favoritos (me ama mesmo ne?!) e fodemos para um caralho (e que foda gostosa, diga-se de passagem). Mas acima de tudo isso, quero muito mostrar para você o quão incrível é, além das trilhões de coisas já citadas acima, porque tenho certeza que não tem ideia do que fez por mim, e bem é seu aniversário, né? Dia para citar todas as suas vitórias e conquistas, e por mais que você não tenha feito isso conscientemente é algo importante a ser levado com você ao longo da sua trajetória, então se ajeite ai que lá vem uma história sobre mim dentro de uma carta para você. “Você entrou na minha vida em setembro de 2020, a fase mais sombria dela. Uma pessoa tinha acabado de sugar todas as minhas energias, eu acredito nisso, sabe? Energias. E em julho roubaram toda a minha energia, e fiquei com o nada, eu não conseguia reverter o nada, o nada era apenas o nada, um vazio sem fim, me sentia num buraco negro, sendo jogada para todos os lados e não esbarrando em nada, foi desesperador, foi o fim de um poço sem fundo, foi um dos momentos mais terríveis da minha vida, eu ficava na cama observando o mundo girar e só queria que fosse mais rápido, e mais rápido, eu queria que a noite chegasse para dormir, eu dormia das 20 até as 9 da manhã, acordava e ficava encarando o teto, não tinha forças para escutar músicas, me demandavam energia emocional que eu não tinha, elas me incomodavam, e então eu tive que aturar o silêncio, tão esmagador. Levantar me exigia forças que não tinha, os livros me esgotavam, ser educada com meu irmão me demandava coisas que não sei de onde tirei, fingir que ainda existia era algo que me doía, doía simplesmente ser, eu era uma maldita casca andando na minha casa, em busca de alguma coisa, de sentir algo, bom ou ruim, as coisas ruins eram mais fáceis, sentir dor então, a física, principalmente, era algo fácil. Foi devastador me ver assim, eu não sabia onde eu tinha ido parar. Eu estava com muito medo, medo dos meus pensamentos, medo de mim, onde eu tinha me deixado ir. Mas então, no final de agosto decidi que tinha que sentir, que tinha que lutar, não importa com quais forças e o que eu teria que fazer para conseguir isso, não iria desistir tão fácil e como as coisas ruins eram menos difíceis busquei por elas, entrei no tinder e me propus sair com alguns caras, aquilo ia me incomodar, mas eu ia me forçar a sair de casa, a sair da cama, mesmo não querendo, eu queria sentir repulsa de mim, queria muito. Saí com muitos caras, que me fizeram sentir coisas que eu não queria sentir, até que em algum momento me deparei com você, lembra do dia da minha tatuagem? Eu não senti tanta dor, porque não conseguia sentir e quando sentia era algo bom, eu desejei sentir aquela dor, teria ficado lá por horas, você queria ter me visto naquele dia, eu fugi como uma covarde porque não tinha mais forças para gastar com nada, não naquele dia, não depois de tatuar algo tão importante pra mim que me trouxe algo para sentir, e eu topei sair logo depois, queria continuar sentindo o incômodo, as conversas iniciais? Me deixavam exausta, me forçaram a ser algo que eu não era, não naqueles momentos, mas eu precisava forçar eu queria sentir algo, então eu fui, foi uma busca insana e te conhecer me trouxe algo inesperado. Quanto tempo eu não ria de verdade, sem precisar fingir, quanto tempo eu não escutava o som da minha gargalhada, sem sentir exaustão, quanto tempo eu não fazia questão de alguém, sem me obrigar a isso, quanto tempo fazia que eu não precisava fingir coisas tão básicas, você me trouxe de volta a vida, de certa forma. Provavelmente sua energia me revigorou, e eu me animei muito com isso, estar sentindo de novo e me apoiei em você, por meses você foi o maior sentido da minha vida, me dava motivos para querer gargalhar, eu queria, sabe? Fazia tanto tempo que eu não queria algo, o ato de querer já era o maior passo que eu tinha dado e fiquei surpresa, por isso fiz aquele poema, foi como uma lufada de ar depois de tanto tempo me afogando em mim mesma, eu queria sair com você, queria saber de você, queria conhecer seus interesses, você me recarregou por inteira, e quando você mandou aquele audio dizendo que não era para ficar tão empolgada, que você não queria namorar nem nada, não me machucou, eu também não queria, eu não tinha forças para sequer pensar nisso, mas me mostrou como eu te fazia de muletas, para me manter de pé e ao perceber isso precisei me manter de pé sozinha e me afastei um pouco, pouco a pouco, caí muito, tropecei e esbarrei em coisas demais pelo caminho de volta, mas consegui, consegui dar a reviravolta, consegui pedir ajuda para o Pedro quando precisei e me atacaram de novo e eu estava tão forte que nem senti o impacto, e chegamos aqui hoje, foi uma recuperação difícil, foi foda, teve dias que eu só pensava em morrer, teve dias que eu queria tanto parar de existir, mas estou aqui, consegui vencer o que tinha de pior dentro de mim e em grande parte porque você surgiu na minha vida”. E Felipe você não tem ideia do quão sou grata por isso, por você, você não faz ideia do quanto me salvou de mim mesma, você não faz ideia do que fez por mim, ninguém sabe, então deixo aqui o meu muito obrigada, muito obrigada de verdade, eu vou levar você no meu coração para o resto da minha vida, por ter sido o raio de luz nos meus dias mais sombrios e por ter ficado, mesmo sem saber do que eu precisava, mesmo sem nem eu mesma saber que era disso que eu precisava, obrigada, Felipe, por ser tanto. Não é atoa que você entrou para a minha família, a família que eu escolhi para caminhar junto comigo nessa jornada, sei que você ainda não aceitou fazer parte dela e nem sei se quer, mas não me importa, no final você sempre será muito bem vindo em qualquer momento e lugar, em qualquer situação, você faz parte das minhas pessoas preferidas no mundo agora, e sinto muito, é um cargo bem chato de ocupar ;) Mas bem, depois dessa história super pesada, mas com um finalzinho bem feliz, afinal estamos na Disney, não?! Eu espero que seja feliz, com todo meu coração, espero mesmo que seja feliz e acredito que você vai conquistar o mundo se você quiser, se ousar, é uma capacidade que vi em poucas pessoas, mas vejo dentro de você, a fome de sucesso, a vontade de correr atrás, mesmo quando tudo está contra você, é algo que impressiona e você é incrível por isso e por tanto mais, o aniversário é teu, eu sei mas te peço um favor nessa cartinha super fofa: Seja feliz, me faça feliz sendo feliz, Felipe, e busque com todo o ardor que vejo em você os seus sonhos e metas, poucas coisas no mundo me deixarão mais arrebatada do que ver você lograr tudo o que almejou em sua vida, não me importa quantos anos passem e quanto nossa aproximação seja afetada ao correr das nossas jornadas, você sempre terá um local demarcado dentro do meu coração. Isso foi só um gostinho mesmo do tipo de declaração que posso fazer, então se quiser passar a vida lendo declarações mais sublimes do que essa, você sabe muito bem o que fazer. Mas deixando os pedidos de casamento a parte - até essa altura foram em média 20 - quero deixar mais que registrado o quão te acho foda cara, e o quão você merece um mundo inteiro por isso, posso muito bem vir aqui e me estender em milhões de elogios e de reiterar tudo que você já sabe que é, e bem, você é tudo isso sim e mais ainda do que imagina e acredita. Como sabe te conheço tem o que?! 8 meses +/-, te conheço há 8 meses, Felipe, e eu que estou de fora, olho pra você e vejo tanta grandeza, tanta capacidade, que me fascina, me encanta pra caralho como toda vez que te encontro isso se torna mais nítido e minha admiração por você só cresce, se eu pudesse apostar em algo na vida, apostaria todas as minhas fichas no seu sucesso. Parabéns xucrute, por tudo e por tanto, só continua sendo esse miserável que tu chega longe pra cacete e continue prosperando correndo atrás daquilo que você acredita. Te desejo só o melhor que você possa retirar deste mundo, então se joga, que só você tem capacidade para se limitar. O mundo não está preparado para a sua força de vontade, te garanto isso.
Feliz Aniversário, Rei!
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ailuy · 3 years
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mini conto 1;
Hm...rosas brancas são meio chatas de se olhar. Eu gostaria de pintá-las de vermelho –Vincent olhou para mim. Um sorriso estampado em seu rosto. – Cada sombra da cabeça de uma pessoa diferente. – Seus companheiros acrescentaram.
Se você vai me matar, então faça isso. Eu não poderia me importar menos. – respondi com rancor.
Mal-humorada, huh? – Eles riram. – Você parece lamentável toda amarrada. Mas devo dizer, o olhar que você está me dando agora está me deixando louco.
Seu bastardo desgraçado! Por que você os matou? Por que não eu? Seu imbecil! – foi naquela hora que gritei maldições, insultos, qualquer coisa, só para deixá-lo irritado, o enlouquecer mesmo, para que eles pudessem me matar logo.
Por que não você, você pergunta? – Vincent me encarou e levou sua mão ao meu queixo para que eu o encarasse de volta. – Seus olhos de repente escureceram e ele abriu um sorriso semicerrado. Um sorriso que me fez sentir arrepios em minha espinha.
“Merda.” Pensei.
Você é muito preciosa para eu desperdiçar, querida. – ele disse.
“Caralho, e agora?” Senti o desespero se espalhar por todo o meu corpo.
Você é toda minha. – continuou.
Faz um ano desde que isso aconteceu. Eu estava presa em uma relação tóxica. Eu sabia disso mesmo antes de começarmos. Eu sabia o que estava prestes a acontecer. Mas há algo nele que ainda me faz querer, ansiar por isso. Foi sua possessividade? Não. Não foi! Eu encontrei um oponente digno, foi isso. Eu amei o jogo. Não ele. – neguei.
Vincent ri, e eu só vejo violência e destruição em seus olhos.
“Como me apaixonei por alguém tão cruel como ele?”
Ele sorria descontroladamente como se pudesse ouvir meus pensamentos. – Você diz todas essas coisas. No entanto, ninguém te entende tanto quanto eu. É por isso que você fica – Ele brinca com uma mecha de meu cabelo. – Eu lhe dei muitas oportunidades para sair disso, não? E ainda assim, com todas essas desculpas que você diz... você acaba ficando. Quem mais pode entendê-la melhor do que eu? Quem mais pode lhe dar tudo o que você deseja, mas eu? – o sorriso em seu rosto desaparece e seu rosto fica sério.
Eu odeio o fato de que ele está certo. Qualquer chance que me foi dada, eu poderia ter ido embora. No entanto, eu fiquei porque ele foi o único que roubou meu coração. No dia do Brunch que meus pais fizeram, eu encontrei um homem bonito sozinho do lado de fora do jardim, perto da piscina. Eu desnudei seu coração para ele, e ele me deu um meio de escapar para viver minha vida. No final... eu deixei uma gaiola para entrar em outra.
No entanto, essa gaiola em que me encontro, é cruel, mas não fria.
Minha princesa – Ele diz com ternura e então acaricia meu rosto – Você deveria saber que nem todos os homens bonitos são príncipes. Alguns de nós são os vilões.
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cris7in4kus73r · 3 years
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Keep #48
bate cabeça de uma pessoa só: dias estranhos, de me contradizer e ficar sem aonde ir não posso ser inocente a ponto de nao notar as consequências das minha escolhas meu comportamento nao é saudável, então como vou esperar algo saudável pro futuro ? eu nao faço exercício, nao como direito, fumo, bebo, como eu vou esperar algum futuro q nao o futuro obvio dessas escolhas ? mas penso, não me importo, nao vou mudar de postura pra ter um futuro saudável, do jeito q for vai ser mas cara, nao é muito pouco ? parece tao mediocre tanto minhas escolhas quanto o provável resultado delas e o meu conformismo diante mas sera que eu to mesmo lidando com o real grau disso, pra aceitar assim? porque adiantar a morte é tão divertido? tenho pensado em morrer, mas de virus, nao suicidio, foi estranho, me desnivelou, descobri varias falsas verdades, apavoro na minha rua, não sei se sei mais escrever porque não sei quem sou nem o que quero, um dia eu já soube, ah, e foi bom, foi bom só ter medo de se arrepender. Ilusão, temos poder enorme de iludirmo-nos e isso cansa, sempre que acho que to ligada, puxo meu próprio tapete, dentro de mim há uma guerra, sobre o valor da vida e o da morte, do lado de quem, quais os sacrificios quais as escolhas, eu to fugindo, eu só quero fugir, desligo o racional, pra mentir pra mim, pra deixar passar, isso tudo que me assola a cabeça e descredibiliza o coração, me roe as unhas até a carne dos dedos, fabrica lágrimas e aperta o nó da garganta. Isso tudo me assusta e não consigo sair daqui, estou num lugar muito vazio onde eu erro muito e não tenho outras chances, o tempo não tá acabando, mas uma hora ele acaba, percebi que não temo a morte se ela estiver sob meu controle, morrer por outra coisa parece muito estranho, estaria eu me enrolando e escapando da morte? inventando um jeito só meu de morrer, pra ficar de boa e não ter que ter medo, o que vejo é que sou eu de novo, menina, inventando sempre um jeito meu de fazer qualquer coisa e tudo, porque 'ah o que você ensinou não funciona pra mim', é um menosprezo narcísico onde não me coloco como igual, nunca acima nem a baixo, só, diferente, e nisso vou me sabotando e me achando exclusiva, sendo que sangro choro nasço e morro como todo mundo, igual, isso dói muito, ver que estou cada vez mais distante do real. Cada palavra que eu adiciono no meu discurso me dói, não tenho resposta pra nada, não sei se consigo me fazer entender, pois nem eu estou me entendendo. Existe um medo absurdo de morrer logo, de morrer nessa leva de 420mil pessoas que já morreram recentemente, nao quero ser idiota a ponto de me achar imune, mas tem me ocorrido o pensamento da possibilidade, tenho ainda umas coisas pra fazer, uns prazeres pra sentir, qual é meu problema?  algum desvio de realidade, mecanismo de defesa é meu cu, eu sou o mecanismo de defesa, é uma aflição esquemática, eu duvido de tudo hoje, tudo está na mesa, em jogo, e eu fujo, continuo fugindo de ver tudo espalhado, tudo escancarado pra mim mas não tenho coragem de encarar, duvido de mim, 'ah vc tem muito potencial, só nao usa', que porra é essa caralho, se eu tivesse mesmo eu usaria né, mas me engano direitinho, que nem mosca na lâmpada, peixe na isca, e sou comida por mim mesma, sempre, e ficando maior, que nem um monstro, ou mudo o existir e viro dejeto de mim mesma,  me transformo. Hoje eu quero ir pro inferno, pra adiantar logo ta ligado, to indo por um caminho perigoso, se quero vida saudável e preciso mudar o comportamento pra isso, ao mesmo tempo nao quero mudar porque estou confortável e acho que assumo as consequências, e ai, quero mesmo vida saudável?  dali 5 min eu penso nas consequências e porra, e se eu ficar dependente de algo ou alguém, quando chegar nesse nivel, eu dou um jeito, falar é facil demais. Não consigo comprar a ideia de uma vida sem prazeres mas sei que o lance é encontrar novos e saudáveis prazeres, mas não é hoje que isso vai acontecer.  É como se eu não quisesse esperar, se já sei o que vai acontecer. Não consigo comprar uma briga com o tempo. Minha escolha está sendo perecer e isso me parece muito pouco, estou apenas acelerando o fim e não acho errado, sei que faz mal e continuo fazendo, será? se eu não achasse errado eu não estaria me questionando, ou estaria? Onde reside a verdade, se é que ela existe? ah mas conheço pessoas que escolheram o mesmo caminho e tão aí firme e forte é roleta russa irmão a vida também tá meio russa agressiva e difícil de entender acho que esse é o texto mais sem cabeça, até agora penso no bando de coisa que vou deixar quando morrer, dai quanto mais penso em morrer e me conformo com o que não vou realizar, mais quero a morte, ah, venha logo pra acabar com esse meu drama, é isso que me sobra diante do fim, o drama. Estou cansada, eu me cansei, causei isso, agora o nó é na garganta e na cabeça. Não to conseguindo olhar através do que sinto, meus olhos param no que isso parece e tento chorar sem sucesso eu sou tão pouco, faço tão pouco, me limito tanto, me faço tão mal as vezes, ou sempre. hoje ninguém pega na minha mão, porque afastei todos, me isolei numa ilha, e 'no men is an island', a pele que habito é carregada e meu corpo, estranho tudo isso eu que escolhi me sinto rasa por sofrer com pensamentos rasos fiz suco de medo pra tomar no café, com pão de angústia e manteiga de dor onde está a paz? onde foi que eu à perdi? ainda tento chorar mas estou tão perdida nos pensamentos que não consigo manter uma linha emocional estável pro choro vir alternancia de corrente elétrica de casa velha a razão está em falta e travo, pois sei que serei punida por cada escolha, então no automático só faço o necessário pras horas passarem, bebo água. piso em ovos cacos de vidro não sei o que quero amanhã, nem hoje, e retiro tudo o que disse porque nao tenho certeza de nada e a vida continua, lá fora e aqui, tudo ordinário e reles o dia de hoje é só mais um pra conta do passado, o sofrimento de hoje é só mais uma ficha no baú da tristeza, mas no presente momento isso dói  e me enfraquece, estou rumo ao disfuncional eu quero pouco demais, porque faço pouco demais, então espero pouco demais, medíocre, bem do jeitinho que sempre detestei achei que ia passar, achei que não ia mais entrar nesse lugar, mas voltei, a vida é circulo, as coisas sempre acontecem de novo, de outro jeito, mas de novo. carta 10 roda da fortuna eu devo estar muito enganada mesmo não consegui nenhum aperto de mão com as sombras sigo em agonia por escolha? ou é isso ou é dormir não aguento mais dormir, mas tem sido a melhor fuga e fugir é cada vez mais difícil, pois cada palavra que adiciono na minha fala é mais uma escavada no buraco do peito, cada ideia e pergunta é mais uma pedra no bolso do corpo no lago, tudo arde, tudo está sensível, o mundo me assusta e eu também. tenho medo de estragar o pouco que tenho todos os dias eu sei que posso tudo mas hoje isso pode ser bem perigoso pra mim hoje tudo me dá medo e é perigoso aposto que amanha vai estar tudo ao contrario mas como hoje não é amanhã permaneço onde estou, me movimentando o menos possível contra o gingado da avalanche leve e lave tudo, o que sobrar eu junto e arrumo depois me entrego por nao ter mais forças pra mudar o cenário sinto que estou esquecendo de tudo todo dia to lembrando do dia que fui embora do sul eu fugi igual to fugindo hoje e esqueci varias coisas pois acho que é isso que acontece quando fugimos hoje meu pai me falou que eu não faço nada que tenha resultado financeiro e produtivo, ah me conte uma novidade! como se eu não me assombrasse o suficiente pra surtar, ele ainda vem querer me ajudar com o discurso positivo, a única coisa que consegui fazer foi dizer que não queria mais conversar com ele por hoje. como que perder minha fonte de renda vai ser bom? caralho o positivismo é uma grande bosta mas o pessimismo também tudo é uma grande bosta e não ganhamos nada com isso tem que saber jogar, parece que tem que pisar nos outros pra dar certo, mas eu só consigo pisar em mim sou egoísta mas não sou má, eu acho os gatilhos são incontáveis e pareço pele exposta ao sol sem preparação, até o vendo machuca nosso inconsciente é muito mais forte e maior que o consciente, e acho meu consiente num tamanho chato e suficiente demais pra me atazanar o bestunto. É tão feinho esse meu papo, tão -inho, mesquinho de vida, medriocrezinho, inutilzinho, todos os diminutivos de bosta que tiver vejo a vida esvaindo e eu me iludindo num pseudo conforto e não fazendo nada não estou capaz de fazer nada, esgotada está a energia que eu tinha de riso, de corpo, de esperança, de prazer, de ação esgotou não quer dizer que não vai voltar, mas é que hoje não tem mais nada me anima por escolha?   eu nao sei, nao sei mais pensar, to burra de tristeza   estou completamente desconfortável e desconectada
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pnkyg · 4 years
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Hippie-punk-rajneesh y vidaloka
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Deus e o Diabo na terra do cartomante hardcore Felipe Indigesto
Uma vez, fuçando num oráculo que desconheço, tirei uma carta que falava sobre os Seres-Trovão. Dizia que a carta saía pra pessoas que, como os raios, eram capazes de ligar o céu e a terra.
É gente que borra tanto a linha entre o sagrado e o profano que, pra elas, essa diferença simplesmente deixa de existir. Até chegar num ponto em que céu e inferno passam a ser a mesma coisa. Me lembra o princípio hermético da correspondência, uma das leis do Hermes Trismegisto (ou seria letra do Jorge Ben Jor?) que diz: “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”.
É uma formulação tão simples quanto difícil de aplicar. No meu caso, pra chegar a vislumbrar uma minúscula possibilidade de absorver esse conhecimento eu tive que tirar de cima dos ombros uma caralhada de culpa católica e redefinir a minha noção de pecado.
Sim, porque é meio difícil conceber a ideia de que céu e inferno são a mesma coisa quando você pensa que o inferno é ruim e o céu é bom, já que, seguindo esse princípio do Hermes, céu, inferno, certo e errado sequer existem.
Eu me identifico muito com isso, porque, ao mesmo tempo que é libertador, também dá um sentido de responsabilidade que tem o peso de uma bigorna.
Fiquei feliz por tirar aquela carta, porque acho que é esse princípio que rege todo o meu trabalho. Talvez, por ser jornalista, eu não sinto apenas a necessidade de me expressar, eu preciso ser entendido. E eu vejo esse trabalho como o de um construtor de pontes. Por mais que, às vezes, eu sinta mais afeição por uma pilha de tijolos do que por algumas pessoas que conheço, não adianta nada falar com a parede.
Toda a ideia do PunkYoga orbita em torno disso, inclusive. O próprio nome é a junção de dois termos aparentemente irreconciliáveis: a sujeira e o anarquismo do punk, com a leveza e o esoterismo da yoga. Assim eu chamo a atenção de pessoas que acham a espiritualidade coisa de hippie babaca, ao mesmo tempo que causo um estranhamento em quem é místico demais pra olhar pra fora do seu próprio campo áureo. A ideia é conectar — mesmo que nem sempre dê certo —, como os Seres-Trovão.
E é por isso que eu me identifico tanto com o Felipe Indigesto e com o trabalho que ele faz com o tarô & outros oráculos que eu não conheço, como petit lenormand e sibilla italiana. Além da gente compartilhar o gosto por sofrências pós-punk, acho que do mesmo jeito que o Jorge Ben conecta samba, futebol e rock aos conhecimentos de alquimia e ao imaginário medieval, por exemplo, o Indigesto liga o místico às coisas mais mundanas do planeta. Não à toa, ele mesmo se identifica como "hippie-punk-rajneesh, cartomante y vidaloka".
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Entendo que pra algumas pessoas pode ser exótico fazer uma consulta de tarô com alguém que tweeta coisas como "to com a virilha doendo sera q alguém poderia beija-la", ao mesmo tempo que dá dicas de banho de erva e reflete sobre autoaceitação. Mas é exatamente nessa contradição que ele mostra que sabe separar o espesso do sutil. Ou como ele mesmo assume:
Acho que sou bastante irritante e irritável num geral. Não sou necessariamente contra regras, gurus ou mentores, mas gosto da liberdade de escolher onde e quando entrar e me retirar.
E como bom iconoclasta, ele parece desconhecer o sentido de pecado. Mas ele não fala isso, ele mostra.
Outro dia fiz uma consulta de tarô com ele pelo WhatsApp, e acho que toda essa contradição reflete bastante na forma como ele interpreta as cartas. O Indigesto é um oxímoro de All Star e camiseta do The Doors. Óbvio que logo me acendeu a ideia de entrevistá-lo aqui pra newsletter.
Uns dias depois da nossa consulta, já mandei umas perguntas. Uma das primeiras coisas que eu quis entender foi quando um adolescente hardcore, com histórico crente, virou a chave para o tarô.
Acho que na mesma proporção em que eu era medroso e reprimido, também sempre tive lapsos de impulsividade que me proporcionam descobertas boas e ruins; daí uma das minhas melhores amigas fez meu mapa astral em 2011, acho, e fui abrindo a cabeça pra esse universo que até então era praticamente desconhecido. Em 2013 resolvi desquitar com o cristianismo e com o drug free, acabei me perdendo no abuso de drogas sintéticas e estreitei o laço com o tarô através dessa mesma amiga, como forma de autoconhecimento e superação dos vícios. Tive como ensinamento, na época, que só podia mexer no baralho sóbrio e criei o hábito de estudar ele diariamente. Tenho marte debilitado na casa 12, sempre fui dado a autodestruição e preciso ter um cuidado constante com excessos e não levá-los para rotina.
Acho interessante como, mesmo tendo se aproximado tanto da magia, da leitura de oráculos e da espiritualidade, ele continuou mantendo a aura anarquista intacta. Como se ele enxergasse uma ponte entre essas coisas e resolvesse se acomodar bem no meio dela. Tanto que ele mesmo fala:
Sou contra hierarquias e estruturas verticais e isso se cruza bastante com o que tenho como espiritualidade: o movimento circular das coisas. Tenho pra mim que o capitalismo é perverso e fadado ao fracasso, indo contra o que entendo como espiritualidade.
De fato, se tem uma coisa que o corona vairus mostrou é que o nosso sistema é mesmo insustentável. E, se alguma coisa pode nos salvar, talvez seja essa parte sutil e intuitiva da nossa consciência que foi estuprada pelo modo exploratório de produção.
Querendo ou não, todo mundo guarda dentro de si essa energia devastadora que encontra no patriarcado sua cara mais suja. É o que muita gente chama de sombra. É também o que muita gente tenta esconder, na esperança de que, ao cobri-la com um lençol, ela suma. O Indigesto não. Ele expõe isso tudo na internet e, mesmo que hoje ele tenha amadurecido a ideia de exposição, talvez seja nesse conflito que more a originalidade dele:
Acho que tive uma relação precoce com internet e, por muito tempo, acho que até problemática. Tinha um hype 00's em expressar o que chamamos de sombra hoje em dia, e, por mais podado e relativamente tímido que eu fosse/seja, às vezes, sempre gostei de escrever e botar meus leões astrais pra jogo. Acabei naturalizando esse tipo de coisa. Meu desafio, hoje, é aprender a guardar algumas coisas da minha intimidade. Não por nada, mas tenho dado bastante valor ao mistério e entendido também que nem tudo é tão interessante ou da conta de ninguém, além da minha. Num geral, acho que lido mal com as sombras como todo mundo, mas bem no sentido de não esconde-las debaixo do tapete — pelo menos não por muito tempo.
Pessoalmente, eu tenho muito cuidado com a forma que eu escrevo as coisas. Por mais que eu faça yoga, medite, tenha um poster de Shiva na porta de casa e use o termo "gratidão" com frequência, sei que se for muito "namastê" nas coisas que escrevo posso afastar pessoas que até estão interessadas no misticismo, mas se assustam com a espiritualidade fora de órbita.
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Da mesma forma, eu percebo que o Indigesto tá sempre pensando em empacotar o conteúdo dele com uma forma diferente, por vezes incomum, mesmo que por dentro continue sendo uma flor.
Gosto de enxergar tudo como forma de linguagem e expressão, e traduzir sentimentos e crenças em linguagens diferentes. Sempre fui assim: de escrever frases em camisetas ou no muro com o que acredito até desenhar isso tudo de uma maneira mais oculta, simbólica e com abertura ao subjetivo... Acredito bastante na gratidão, paz e amor, mesmo com a fandom sendo chato pra um caralho. Só que também acredito no molotv e apoio a revolta popular, sem crise.
E o tarô tem bastante influência nesse processo de autoconhecimento:
O tarô pra mim já foi um bocado de coisas e já me influenciou de diversas maneiras. Hoje em dia, ele é uma ferramenta cheia de símbolos que eu uso pra fazer a leitura das mais diversas demandas: autoconhecimento, leitura de sorte, previsão e por aí vai... É o meu ganha pão, que consigo lidar com gratidão e amor [hahahaha] porque por um tempo eu tinha raiva de me sentir obrigado a fazer isso pra não voltar pro telemarketing ou pro shopping. Acho que ele me abriu muito a cabeça e ampliou a minha visão de mundo. Por mais irritante & irritável que eu seja, sou bastante tolerante hoje em dia. Não sinto mais necessidade de ter razão ou estar sempre certo, por exemplo. Compreendo os baixos da vida como movimentos naturais, que se as 78 lâminas existem é porque foram baseadas em movimentos que acontecem na vida de todo mundo, então acaba me deixando mais positivo perante o negativo.
Acho isso bem legal e me faz querer saber como ele trabalha pra manter a saúde mental em dia. Ele faz questão de dizer que nem sempre faz um bom trabalho consigo mesmo. E tá tudo certo não ser sempre perfeito. Mas, além do reiki e do thetahealing, achei interessante ele falar umas coisas que todo mundo pode fazer em casa:
Ritualizo as pequenices. Um banho de higiene, a louça lavada e a comida que faço pra mim são rituais diários que tem valor e correspondência espiritual. Às vezes, não me sinto bem emocionalmente e mentalmente, mas com música, dança e uma faxina me sinto limpo e transmutado. Daí acalmo, o ambiente fica limpo e consigo pensar em coisas mais subjetivas, como acender uma vela e queimar algumas ervas para a energia circular.
Quanto à proteção, acho que envolve bastante o mental, mas a gente pode utilizar ferramentas que nossa energia se dá bem, como uma boa turmalina negra, além de limpeza da casa com amônia nos 4 cantos inferiores e superiores dos cômodos pra dar aquela limpada monstra. Sair um pouco da internet também é bom. As pessoas falam muita merda e a gente vive conectado, isso faz mal. É importante estar sozinho de vez em quando e usar a conexão pra assistir um filme e depois parar pra pensar nele no banho, limpando e cortando vegetais, etc. O estado de presença no agora é algo que protege bastante na minha visão.
Ele é bruxo. Sabe que ervas, cristais e defumações são importantes, mas nada vale se a mente não tá livre das nuvens carregadas. Como todo Ser-Trovão, ele se alimenta dessa nebulosidade, mas também tá sempre pronto pra iluminar os cantos mais escuros do planeta.
*Por Nathan Elias-Elias
Este texto foi publicado originalmente na edição #27 da newsletter PunkYoga. 
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adamhttn · 5 years
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                               Desperto de meu delicioso cochilo assim que um estrondoso barulho ecoa, seguido de um solavanco duvidoso do veículo. Ao mesmo tempo que os murmúrios tem início, minha cabeça lateja e começo a suspeitar que não foi uma ótima ideia encher a cara de cachaça na noite anterior. Cada músculo do meu corpo protesta enquanto me endireito na nada confortável poltrona do ônibus - se bem que, no estado em que me encontrava, tenho sérias suspeitas de que nada seria confortável para mim, senão, talvez, minha própria cama. Semicerro os olhos na vã tentativa de fazer com que a luz solar não me atinja de forma muito violenta, e percebo que me encontrava deitado no ombro de ninguém menos que Alec Hale, o rebelde que me lança um olhar desaprovador com o qual já estava acostumado.
                                 Ergo os ombros em um meio pedido de desculpas e seco a baba que escorria por entre meus lábios semiabertos, na vã tentativa de recuperar a dignidade que me restava. Retiro o ray-ban vintage que encontrei a um preço suspeito em um brechó e encaro o professor que implora pela atenção de toda aquela gente. Minhas olheiras à essa altura estavam aparentes. O ônibus quebrou próximo ao que dizem ser uma floresta mal-assombrada - conhecia a história de supostas aparições, mas Hale acaba de me sussurrar um absurdo de chupa-cu?! Tento não cair na gargalhada enquanto varro o ambiente com o olhar em busca de Reagan, mas sem verdadeiramente querer que ela me notasse.
                                 Desde a festa de início de ano, há uns dois meses atrás, ando agindo como se estivesse bêbado demais na ocasião, ao ponto de não me recordar que simplesmente nos beijamos e sigo com minha plenitude habitual para manter a amizade. Mas qual é, é desgastante pra caralho! Parecia uma piada de mau-gosto, logo eu, que sempre tinha tudo sob controle, estivesse agora completamente rendido e desarmado. 
                                 Meus pensamentos vagueiam em direção à minha angústia sem fim enquanto El Macho, o professor de educação física, informava que passaríamos a noite ali porque não tinha a porra de sinal em um mísero celular sequer. Pelo menos temos barracas, tento me consolar, visto que estávamos rumo à um camping. Jogo uma mochila pesada nas costas, e todos os passageiros descem do ônibus em meio a vaias de protesto. É então que meu olhar cruza com o de Rea, e permaneço assim durante alguns segundos à fim de decifrar sua feição. Tento agir normalmente, mas um sorriso sem graça insiste em brotar em meus lábios.
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@rea-i-am​
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heydominik · 7 years
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Não tô querendo ser chato, não quero incomodar ninguém.. Também não tô postando “indiretinha” aqui, é direta mesmo! Só não mando no chat do Facebook pra não ter aquele papo “ahh, dnv isso?!, Vai voltar naquilo dnv?!”… 
Tvez eu tenha entendido errado mas vamos la... Bom, pra início de texto já digo aqui que ciúmes de você não tenho nenhum, é 0%!!! Pode haver uma hora ou outra que eu pense besteira e que eu ache algo estranho e tals, normal, mas não quero ter “posse” sobre ninguém, de maneira nenhuma. Você é livre pra fazer o que você quiser.
Eu só acho engraçado é a maneira como você sempre fala as coisas, é tão arrogante nas palavras… Tão seca quanto um guarda-chuva aberto num dia de sol. 
Hoje fui dar uma olhada no meu twitter, olhar algumas notícias sobre o jogo que eu costumo jogar e do nada me aparece um tweet dizendo algo como “Estou porque quero estar, e se eu não quiser estar eu termino e pronto!”
Beleza, eu também tô porque eu quero estar e se eu também não quiser estar eu termino e pronto, acaba tudo e ficar por isso mesmo, não é?! Sabe, mas de certa forma machuca ler algo assim enquanto você tá namorando a pessoa. É quase a mesma coisa que dizer “Bora atravessar o oceano mas se o barco furar eu visto o colete salva vidas e pula pra fora, ok?!”. Acho que você nem sabe mas nesses 2 anos muitas vezes tive diversas oportunidades de sair fora, confesso até que algumas vezes quis eu mesmo “vestir o colete e pular fora”… Tiveram vezes que a gente brigava e ficava sem se falar, vinha  alguém me dando carinho, me tratando bem, me abraçando, falando coisas que você jamais falou em 2 anos, e quando fala ou faz é 1 vez a cada 2 meses mas eu continuei insistindo em nós. Dizendo que algo iria mudar ou culpando a mim mesmo. Insisti, insisti e hoje estamos aqui, 2 anos 1 mês.
Tem muita coisa que eu sinto falta, de coisas que você já fez, de coisas que você já foi, até mesmo de coisas que você jamais disse. Só que, é o seguinte; eu não tô aqui pra cobrar nada de ninguém. Como eu disse no início: você é livre pra fazer o que você quiser. Só tô dizendo coisas que eu acho mesmo, pra você ver que não é “indiretinha” e que você sabe que é pra você, não precisa nem ter lido até aqui pra perceber isso.
Pra mim não tem essa de outra pessoa, de “me interessar” por outra pessoa. Se interessar por outra pessoa é fácil demais, qualquer hora pode rolar. Pra falar a verdade essa parada de interessar é só mais um motivo, pra mim você pode terminar a qualquer momento, tô sempre em dúvida, sobre o que você sente (até porque você não fala.. Pouco esforço faz pra demonstrar…), tô  sempre desconfiado de  que você vai fazer a mesma coisa que fez da última vez, tudo do nada. Desde o dia em que você sentou e me colocou contra parede dizendo que se ia continuar que iria até o final eu tento seguir isso, e pra mim não é nenhum interessezinho que vai tirar meu foco desse objetivo. Isso comigo né… Também não tô dizendo que você tenta que ficar comigo só por causa disso, mas se você realmente me conhecer vai entender o que eu quero dizer com isso.
Outra coisa que acho engraçado também em você é sobre o que você me contou, que vivia correndo atrás de alguém, demonstrando sentimento pra caralho e a pessoa pouco se importava contigo… E agora que eu tô aqui disposto a te tratar com carinho, viver te mimando de beijos, abraços etc. Você age de uma maneira bem entranha. Blz, isso deve ter te causado alguma mágoa e tals mas eu também tenho as minha mágoas, também tenho “feridas” e eu passei e ainda passo por cima de muita coisa por você, e me diz pra que? Pra muita das vezes você me tratar de tal maneira? Sério? Se você não quiser um namorado carinho, que te trata bem, me avisa logo que eu começo a te tratar diferente, começo até a te ignorar também, blz?! -.-’’ E depois o esquisito, o estranho sou eu…….
Se sentir que sabe que a qualquer momento daqui pra frente você vai querer ir embora pode ir, diz logo e segue. Mas se você quiser ficar, se me ama mesmo e quiser viver isso comigo você  sabe os lugares que pode me encontrar.  ;)
Tô aqui pra ficar, não importa o quem venha ou o quem saia, porque EU TE AMO. Tô aqui e se você quiser eu vou ficar, sem mais. Só não quero que isso acabe…. tlvz me me entenda. Talvez.
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olympustalk · 3 years
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Polêmica: mas por que tanta obsessão com número de likes em plotcall? Tudo bem que é chato ser "ignorado", mas eu particularmente gosto muito mais quando as interações fluem e se desenrolam naturalmente. Inclusive, tenho muita dificuldade em desenvolver qualquer coisa em cima de plotcall, porque pra isso se conversa em ooc e acaba meio que hczando tudo. :/
Uma dúvida pra galera reclama de pouco like em plot call: o que é muito (ou pouco) pra vocês? 6, 8, 10 likes...? Porque, sinceramente, se eu recebo 6 likes num plotcall eu já não consigo dar conta de tanto jogo. Vocês precisam aprender a mediar as expectativas e entender que ter três joguinhos ativos às vezes influencia mais no seu desenvolvimento do que 10 likes que você muito provavelmente só vai ficar interessado em, sei lá, quatro interações no total.
deuses, analisando as asks recebidas aqui estou concluindo que fazer plot call está se tornando um grande problema e fator de desânimo para muitos players na tag... o que é triste, pois muitos personagens precisam de conexões pré-estabelecidas para desenvolver algum ponto do background. :( mas também penso que nem vale a pena em alguns casos, eu mesma desisti de fazer plot call porque vou lá, combino algo que seria importante para o char e não dá certo pq a pessoa te deixa com deus. o que acham?
Decidi compilar as três asks que recebemos sobre o assunto por motivos de: uma complementa a outra e de certa forma as três também pontuam argumentos em comum, então seria mais fácil responder as três como uma só até porque se respondêssemos uma por vez, acabaríamos repetindo uma mesma resposta ou não tendo muito o que comentar além do que já teria sido comentado nas outras.
Não sei se cheguei a comentar isso aqui, mas reforçando caso eu tenha o feito... Mas eu particularmente desisti de fazer plot calls recentemente. Pessoalmente eu, Artemis, sou uma pessoa que não consegue lidar com múltiplas DM's pra responder. Eu costumo me sentir meio sobrecarregada e quase nunca consigo fechar todas as conexões com a galera que dá like ali. Falar em ooc com pessoas que eu não conheço bem me deixa meio nervosa e ansiosa, por mais que isso não seja culpa dessas pessoas. É uma limitação meio infeliz que eu tenho. Vai parecer meio cômico o que vou dizer, mas minha "energia social" é drenada muito rapidamente nessas situações, então eu acabo tomando um longo tempo pra conseguir fechar conexões e 99% das vezes eu não consigo fechar todas (e no fim eu me sinto ainda mais drenada pra aparecer na timeline e interagir). E as que eu consigo fechar, eu acabo não conseguindo manter; não por causa desse meu problema em específico, mas sim porque apesar de ter toda uma superfície plotada ali, parece que tá faltando muita coisa... Parece que tá raso demais. Tudo bem que todo início acaba meio que sendo desse jeito, as coisas começam simples pra ficarem mais profundas depois, mas de alguma forma parece que essa profundidade nunca chega. Acaba saindo muito da expectativa inicial e o desenvolvimento acaba não acontecendo, seja porque uma parte não contatou a outra ou seja porque alguém desistiu do jogo. Pelo menos é assim que acontece comigo e eu vejo acontecer bastante.
Eu concordo com o Anon que falou sobre 6 likes já ser muita coisa, porque é muito jogo. Eu vejo plot call com sei lá, 30+ curtidas e tipo... Não dá pra você manter 30 conexões ativas; você provavelmente vai acabar se confundindo hora ou outra ou vai acabar deixando algumas de lado sem ter essa intenção justamente porque é muita coisa pra lidar. Pelo menos não logo de início. É a mesma problemática da interação: você não pode ter plot com 100 personagens que tão dentro de uma comunidade, você não vai conseguir administrar tantas conexões assim. Assim como vai ser difícil interagir com todos eles se a comunidade estiver beirando a essa quantidade de players, por mais que eu tenha pra mim que cedo ou tarde acabam rolando interações com gente que você nunca tinha visto antes ali dentro do jogo, e você não precisa necessariamente ter um plot com essa pessoa pra isso acontecer. Acho que é essa a graça, até.
Eu era jogadora do indierp do twitter e eu vivo ressaltando nas minhas respostas que a jogabilidade de lá era bem diferente da que as comunidades adotam. Lá não existia plot call, então era você se virando pra ir atrás de interação, e 90% das relações entre personagens eram desenvolvidas naturalmente através de interações. Cedo ou tarde você poderia contatar o ooc daquele personagem e combinar algum plot conjunto e coisas do tipo, mas era bem raro alguém chegar no seu chat pedindo pra plotar sem que vocês não tivessem um histórico de interações. No máximo você encontrava threads de personagens que você pegava pra interpretar num plot com uma galera e mesmo que esse personagem tivesse um papel pré-estabelecido, as interações ao redor ainda teriam um teor natural porque nada era 100% roteirizado ou coisa do tipo, pelo contrário. Teria coisas que, sim, você ia ficar ciente pra poder pegar as rédeas do seu personagem e aí o restante sendo tudo contigo no controle... Mas isso é o máximo dali que possa se assemelhar um pouco com o sistema que temos aqui, e ainda assim são esquemas bem diferentes. Então, Anon da primeira ask: eu concordo contigo.
Deixar as coisas rolarem naturalmente através de interações é meio que o jogo que funciona pra mim. Eu gosto de me manter sempre muito próxima do meu personagem e sem me expor muito fora dele, além de que é mil vezes mais legal criar conexões a partir desse método. Basta você ser paciente e se esforçar. A única coisa que fode o meu pagode é quando as interações criadas pelas pessoas acabam não gerando nenhum tipo de discussão que valha algum desenvolvimento.
A parada de "hczar", concordo também. Acaba que os hc's mais te atrapalham do que te ajudam em algumas situações, especialmente quando você exagera no uso e acaba tornando coisas que eram pra ser importantes na relação entre o seu personagem com algum outro (ou outros) em informações sem significado algum, sem impacto algum. Já falei aqui e repito, entendo que nem todo mundo tem tempo de turnar. Sendo uma cena grande ou não, turnar requer tempo, você precisa pensar no que tá escrevendo e também requer disposição. E nem sempre estamos com essa vontade. Mas tem gente que evita ao máximo sair um pouquinho do comodismo do hc porque jogar tudo em hc tende a ser mais fácil.
Quanto a conexões pré-estabelecidas... É complexo. Eu prefiro fazer personagens que não tem conexões pré-estabelecidas, porque assim eles ficam menos dependentes da boa vontade de outras pessoas pra se encaixarem ali... Sem contar que eu sinto aquele receiozinho porque muitas vezes pode acabar não saindo como inicialmente eu teria esperado ou planejado, então pra mim é mais fácil não criar conexão alguma e só ir montando elas na base das interações e do envolvimento dos meus personagens com outros sem a necessidade de tentar montar algo logo de início que pode não dar frutos no futuro.
E ainda no mérito delas, de fato, eu já vi muito personagem com conexões MARAVILHOSAS, nenhuma delas ocupada. Assim como vi muita gente sendo deixada na mão e acabando por se dar meio mal porque precisava pra caralho daquela conexão pra trabalhar em um aspecto importante do personagem... É um conjunto de situações bem chatas que acabam contribuindo pra desgastar ainda mais toda a dinâmica que foi criada pra jogar na tag.
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heyleony · 6 years
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Quase
Uma vez, quando eu era moleque, subi no terraço da minha casa por uma escada de madeira velha empenada. O estilingue na mão, não para matar pássaros, apenas mirava em coisas que eu nunca poderia alcançar e inultilmente atirava a pedrinha. Nunca alcancei um alvo, mas quase. E "quase" era a diversão. Sabe? Acreditar num possível sucesso mesmo que as probabilidades se mostrassem inúteis.
Gostei do jogo. Desde então miro, atiro e espero obter sucesso. Quase, excita. Eriça a pele e dá aquela golfada de esperança. E são tantos os meus quases que eu vou listar apenas alguns.
Teve aquela vez que eu decidi estudar fora do país. Logo eu, nascido no interior do inteiror, diziam. E sim, logo ele, atirou nos três primeiros lugares e acertou lá longe no sétimo. Quase.
Noutra, decidi ser escritor, como aqueles que tem uma foto sorrindo no marca texto do final do livro. Mas não pela foto. Não. Queria ser escritor para devolver o favor que J.K Rowling me prestou ao presentear-me com uma série de personagens que por anos foram minha companhia naquela casa de campo, isolado do mundo.
Queria fazer outras crianças viajarem para longe enquanto passavam as páginas de meus livros dentro de seus quartos, como foi comigo. E esse foi meu alvo. Mirei mas acabei acertando na publicidade e virei redator. Não escrevo para crianças, afinal o Connar proíbe propaganda infantil, nem escrevo fantasia, mas quase, né?
E claro, teve o quase que não era quase, era certeza. Me refiro ao quase mais certo que já vivi. Ao amor que tropecei por aí e que me mostrou que nem sempre é quase. Ah como é bom viver certeza na pele, no coração. Eu só havia me esquecido que " o 'sempre' sempre acaba" e acabou, rápido e inesperadamente. Quase às vezes dói pra um caralho.
Quase me mudei, quase sempre errei e quase sempre me arrependi. Quase fui bondoso, quase fui o suficiente, quase disse o que o coração mandava, mas quase. Quase chorei, quase fui feliz, quase fiz a pior escolha da vida, quase sempre amei, noutra quase fui amado. Quase, quase e quase! Dá vontade de gritar.
Mas espera aí que quase esqueci de contar o "quase" que me faz querer continuar nessa linha bamba de quases mais conhecida como vida.
Naquela época de moleque uma vez eu deixei o estilingue no terraço e subi para buscar pela escada velha de madeira enpenada. Na descida errei um degrau. As costas bateram no chão de terra batida, o ar escapou de meus pulmões, a respiração sumiu, a visão apagou. Morri.
Mentira, quase.
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cris7in4kus73r · 3 years
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Keep #45
dias estranhos, de me contradizer e ficar sem aonde ir não posso ser inocente a ponto de nao notar as consequências das minha escolhas meu comportamento nao é saudável, então como vou esperar algo saudável pro futuro ? eu nao faço exercício, nao como direito, fumo, bebo, como eu vou esperar algum futuro q nao o futuro obvio dessas escolhas ? mas penso, não me importo, nao vou mudar de postura pra ter um futuro saudável, do jeito q for vai ser mas cara, nao é muito pouco ? parece tao mediocre tanto minhas escolhas quanto o provável resultado delas e o meu conformismo diante mas sera que eu to mesmo lidando com o real grau disso, pra aceitar assim? porque adiantar a morte é tão divertido? tenho pensado em morrer, mas de virus, nao suicidio, foi estranho, me desnivelou, descobri varias falsas verdades, apavoro na minha rua, não sei se sei mais escrever porque não sei quem sou nem o que quero, um dia eu já soube, ah, e foi bom, foi bom só ter medo de se arrepender. Ilusão, temos poder enorme de iludirmo-nos e isso cansa, sempre que acho que to ligada, puxo meu próprio tapete, dentro de mim há uma guerra, sobre o valor da vida e o da morte, do lado de quem, quais os sacrificios quais as escolhas, eu to fugindo, eu só quero fugir, desligo o racional, pra mentir pra mim, pra deixar passar, isso tudo que me assola a cabeça e desestabiliza o coração, me roe as unhas até a carne dos dedos, fabrica lágrimas e aperta o nó da garganta. Isso tudo me assusta e não consigo sair daqui, estou num lugar muito vazio onde eu erro muito e não tenho outras chances, o tempo não tá acabando, mas uma hora ele acaba, percebi que não temo a morte se ela estiver sob meu controle, morrer por outra coisa parece muito estranho, estaria eu me enrolando e escapando da morte? inventando um jeito só meu de morrer, pra ficar de boa e não ter que ter medo, o que vejo é que sou eu de novo, menina, inventando sempre um jeito meu de fazer qualquer coisa e tudo, porque 'ah o que você ensinou não funciona pra mim', é um menosprezo narcísico onde não me coloco como igual, nunca acima nem a baixo, só, diferente, e nisso vou me sabotando e me achando exclusiva, sendo que sangro choro nasço e morro como todo mundo, igual, isso dói muito, ver que estou cada vez mais distante do real. Cada palavra que eu adiciono no meu discurso me dói, não tenho resposta pra nada, não sei se consigo me fazer entender, pois nem eu estou me entendendo. Existe um medo absurdo de morrer logo, de morrer nessa leva de 420mil pessoas que já morreram recentemente, nao quero ser idiota a ponto de me achar imune, mas tem me ocorrido o pensamento da possibilidade, tenho ainda umas coisas pra fazer, uns prazeres pra sentir, qual é meu problema?  algum desvio de realidade, mecanismo de defesa é meu cu, eu sou o mecanismo de defesa, é uma aflição esquemática, eu duvido de tudo hoje, tudo está na mesa, em jogo, e eu fujo, continuo fugindo de ver tudo espalhado, tudo escancarado pra mim mas não tenho coragem de encarar, duvido de mim, 'ah vc tem muito potencial, só nao usa', que porra é essa caralho, se eu tivesse mesmo eu usaria né, mas me engano direitinho, que nem mosca na lâmpada, peixe na isca, e sou comida por mim mesma, sempre, e ficando maior, que nem um monstro, ou mudo o existir e viro dejeto de mim mesma,  me transformo. Hoje eu quero ir pro inferno, pra adiantar logo ta ligado, to indo por um caminho perigoso, se quero vida saudável e preciso mudar o comportamento pra isso, ao mesmo tempo nao quero mudar porque estou confortável e acho que assumo as consequências, e ai, quero mesmo vida saudável?  dali 5 min eu penso nas consequências e porra, e se eu ficar dependente de algo ou alguém, quando chegar nesse nivel, eu dou um jeito, falar é facil demais. Não consigo comprar a ideia de uma vida sem prazeres mas sei que o lance é encontrar novos e saudáveis prazeres, mas não é hoje que isso vai acontecer.  É como se eu não quisesse esperar, se já sei o que vai acontecer. Não consigo comprar uma briga com o tempo. Minha escolha está sendo perecer e isso me parece muito pouco, estou apenas acelerando o fim e não acho errado, sei que faz mal e continuo fazendo, será? se eu não achasse errado eu não estaria me questionando, ou estaria? Onde reside a verdade, se é que ela existe? ah mas conheço pessoas que escolheram o mesmo caminho e tão aí firme e forte é roleta russa irmão a vida também tá meio russa agressiva e difícil de entender acho que esse é o texto mais sem cabeça, até agora penso no bando de coisa que vou deixar quando morrer, dai quanto mais penso em morrer e me conformo com o que não vou realizar, mais quero a morte, ah, venha logo pra acabar com esse meu drama, é isso que me sobra diante do fim, o drama. Estou cansada, eu me cansei, causei isso, agora o nó é na garganta e na cabeça. Não to conseguindo olhar através do que sinto, meus olhos param no que isso parece e tento chorar sem sucesso eu sou tão pouco, faço tão pouco, me limito tanto, me faço tão mal as vezes, ou sempre. hoje ninguém pega na minha mão, porque afastei todos, me isolei numa ilha, e 'no men is an island', a pele que habito é carregada e meu corpo, estranho tudo isso eu que escolhi me sinto rasa por sofrer com pensamentos rasos fiz suco de medo pra tomar no café, com pão de angústia e manteiga de dor onde está a paz? onde foi que eu à perdi? ainda tento chorar mas estou tão perdida nos pensamentos que não consigo manter uma linha emocional estável pro choro vir alternancia de corrente elétrica de casa velha a razão está em falta e travo, pois sei que serei punida por cada escolha, então no automático só faço o necessário pras horas passarem, bebo água. piso em ovos cacos de vidro não sei o que quero amanhã, nem hoje, e retiro tudo o que disse porque nao tenho certeza de nada e a vida continua, lá fora e aqui, tudo ordinário e reles o dia de hoje é só mais um pra conta do passado, o sofrimento de hoje é só mais uma ficha no baú da tristeza, mas no presente momento isso dói  e me enfraquece, estou rumo ao disfuncional eu quero pouco demais, porque faço pouco demais, então espero pouco demais, medíocre, bem do jeitinho que sempre detestei achei que ia passar, achei que não ia mais entrar nesse lugar, mas voltei, a vida é circulo, as coisas sempre acontecem de novo, de outro jeito, mas de novo. carta 10 roda da fortuna eu devo estar muito enganada mesmo não consegui nenhum aperto de mão com as sombras sigo em agonia por escolha? ou é isso ou é dormir não aguento mais dormir, mas tem sido a melhor fuga e fugir é cada vez mais difícil, pois cada palavra que adiciono na minha fala é mais uma escavada no buraco do peito, cada ideia e pergunta é mais uma pedra no bolso do corpo no lago, tudo arde, tudo está sensível, o mundo me assusta e eu também. tenho medo de estragar o pouco que tenho todos os dias eu sei que posso tudo mas hoje isso pode ser bem perigoso pra mim hoje tudo me dá medo e é perigoso aposto que amanha vai estar tudo ao contrario mas como hoje não é amanhã permaneço onde estou, me movimentando o menos possível contra o gingado da avalanche leve e lave tudo, o que sobrar eu junto e arrumo depois me entrego por nao ter mais forças pra mudar o cenário sinto que estou esquecendo de tudo todo dia to lembrando do dia que fui embora do sul eu fugi igual to fugindo hoje e esqueci varias coisas pois acho que é isso que acontece quando fugimos hoje meu pai me falou que eu não faço nada que tenha resultado financeiro e produtivo, ah me conte uma novidade! como se eu não me assombrasse o suficiente pra surtar, ele ainda vem querer me ajudar com o discurso positivo, a única coisa que consegui fazer foi dizer que não queria mais conversar com ele por hoje. como que perder minha fonte de renda vai ser bom? caralho o positivismo é uma grande bosta mas o pessimismo também tudo é uma grande bosta e não ganhamos nada com isso tem que saber jogar, parece que tem que pisar nos outros pra dar certo, mas eu só consigo pisar em mim sou egoísta mas não sou má, eu acho os gatilhos são incontáveis e pareço pele exposta ao sol sem preparação, até o vendo machuca nosso inconsciente é muito mais forte e maior que o consciente, e acho meu consiente num tamanho chato e suficiente demais pra me atazanar o bestunto. É tão feinho esse meu papo, tão -inho, mesquinho de vida, medriocrezinho, inutilzinho, todos os diminutivos de bosta que tiver vejo a vida esvaindo e eu me iludindo num pseudo conforto e não fazendo nada não estou capaz de fazer nada, esgotada está a energia que eu tinha de riso, de corpo, de esperança, de prazer, de ação esgotou não quer dizer que não vai voltar, mas é que hoje não tem mais nada me anima por escolha?   eu nao sei, nao sei mais pensar, to burra de tristeza   eu noto o cenário da minha saúde em pequenos comportamentos, quando não consigo ficar muito tempo sem por algo na boca, comida, cigarro, dedos etc, é sinal de bagunça e ansiedade assim como mutilo meu rosto atrás de tirar supostos cravos
11.5 Se nao se distrair cai estatelado na realidade pontiaguda Não temos tempo pra viver só de fatos  
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Eu sempre comemoro tudo me matando   
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paulomarr · 6 years
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A Vida Em Palavras (Cotidiano Banal)
"É um dia nublado onde uma pequena neblina de gotículas de chuva caem sobre minha cabeça. Sigo em passos lentos e pensativo: R$700,00 preço baixo de algo que pode tirar vidas através de seus projéteis. Entro na favela sem esboçar nenhuma emoção, sem sentir nada. Encontro-me com a pessoa num local descampado e é difícil ouvi-la, suas palavras são um escárnio para nossa língua. Peço para testar e ele o coloca, o 38 na minha mão não antes me pergunta se já havia feito isto e eu respondo que não e me dá algumas dicas. A seguro e sinto seu peso e a frieza de seu metal. Há uma garrafa a mais ou menos 10 metros de mim seguro com as duas mãos e efetuo o disparo. O som invade meus ouvidos, um estampido seco, sem emoção e atinjo de primeira a garrafa. Congelo-me mantendo a posição e ouço o elogio do individuo onde seus trejeitos de malandro me enojam. Fechamos negócio e sinto pela primeira vez meu coração palpitar. Coloco-a na cintura e vejo que não estou mais sozinho dou lhe o singelo nome de 'little revenge' e saio sob a fina chuva."
Pego um táxi para evitar qualquer trajeto onde se possa ocorrer uma blitz e eu ser pego. Chego em minha rua um local desprovido de qualquer interesse de minha parte. Abro o portão e olho para os lados. Entro. Caminho pelo meu quintal sujo abro minha porta e me jogo no sofá. Paro a pensar em quais seriam os próximos passos. Mentalizo o local uma rua pouca movimentada de madrugada com uma pequena inclinação. Poucas câmeras e me sinto cansado. Levanto e vou até a geladeira pego um gelo e coloco no copo. Abro a garrafa de conhaque mexo com o dedo geralmente é seco mas está quente hoje. Dou lhe uma senhora golada! Levo tudo para o sofá e me espreguiço com mais uma golada , agora a seco. É um bom dia para se estar bêbado. Ligo a tv e ouço as mesmas babaquices todos os dias. Gente burra sendo presa, gente má matando crianças, políticos roubando da saúde e segurança. Mundo miserável! Mando mais uma golada e pego o 'Little' ponho a olhá-lo e o aponto a fotografia do desgraçado que vou fazer berrar. Sim e efetuo um disparo e é certeiro no meio dos olhos. Coloco-o sobre o peito e adormeço.
Me vejo caminhando por este terreno rochoso. Não há luz , não há nenhum som somente minha respiração ofegante e o gotejar da chuva que cai sobre minha cabeça. Estou de frente ao portão, aguardando , esperando. Me dá dor de barriga é a ansiedade. Maldita ansiedade. A minha mão esta firme sobre o coldre do pequeno 'Little Revenge'. É um bom dia para morrer. O céu deságua sobre mim. Estará chorando? Não. Se Deus fosse justo jamais permitiria que tais fatos ocorressem e meu ódio aumenta a cada segundo. Olho para a casa dos fundos e vejo uma movimentação. São 3:50 da manhã. Passa um carro pela rua com os faróis baixos. Mantenho-me atento e é quando sou tocado nos ombros e me viro agilmente e faço um disparo. Acerto em cheio. Velho idiota! Meu coração palpita me aproximo e vejo que ainda esta vivo e vejo que é só uma criança. Uhuhuh. Acordo. Maldito pesadelo. Olho para o lado e ainda tem conhaque na garrafa. Eh eh é o que eu precisava. Mando tudo de uma vez e me recosto. Tenho tido pesadelos assim sempre com uma criança morrendo ao final. O telefone toca.
-Alô? -Carlos é você? Tá vivo desgraçado? -Fala Pablo -Como você está? -Ainda vivo. O que você quer? -Tirou aquelas besteiras da cabeça? -Não. -Cara aquele miserável não merece isto. Tu vai se afundar por pouca merda? -E o que te importa? -Continua grosso do mesmo jeito né? Cara sai desta. Esquece isto. Tu é bom e este pessoal não merece. O cara é um idiota. Você já o humilhou o suficiente. Dei.. -Cala a boca! Eu ainda não o humilhei o suficiente enquanto ele não sair da barra da saia da mãe dele. -Tá bom, tá bom cara. Fica calmo. O que você pretende fazer? - Foi mal cara, estou naqueles dias raivosos. Ele se mudou e pela minha informação está num local que eu tenho uns amigos loucos para conhecê-lo... Eh eh eh. Ele é laranja de uma empresa e há dinheiro rolando na parada. -Muito dinheiro? - Coisa de uns R$100.000 vivo. Mas se eu entregá-lo eles podem ficar com o dinheiro só quero ele num quartinho lá naquela favelinha do sabiá. Posso brincar com ele por dias. Mas vou ver ainda. -Cê que sabe. Tô dentro na parada. Dinheiro muda tudo. -É eu sei, mas fique quieto por enquanto. Vou dar uma saída para resolver uns assuntos e confirmar o novo endereço do pilantra. -Ok qualquer coisa me liga. Pablo uma parceiro conhecido das doideiras e com bons conhecimentos. Vem a calhar...
Continua...
Há uma batida rápida na porta pego o pequeno 'Little' é quando ouço a voz dela: -Abra porta Carlucho. Eu sei que você está ai. Bárbara. Desgraçada com certeza vem em busca de dinheiro. Até hoje eu me pergunto como ela consegue arrancar de mim o que quer. Deve ser aquele corpo que se contorce debaixo de mim numa explosão de orgasmos. Abro a porta e ela pula sobre mim entrelaçando suas pernas longilíneas em minha cintura. Puxa minha cabeça e meus lábios são invadidos por sua língua e o sabor de seu batom vermelho. Já conseguiu. Fecho a porta com o pé e a jogo no sofá. Arranco-lhe o vestido florido que lhe dei mês passado vou ter de comprar outro. Os feromônios desta mulher não acaba? Sinto-me enfeitiçado. Ela cavalga como se fosse sempre a ultima vez. Talvez isto me aproxima dela. Os seus cabelos esvoaçam sobre meu rosto sinto meu corpo tremer. Um gemido meu soa de meus lábios no meio de seu gozo escandaloso. È velho nada mal. Ficamos deitados nus sem uma palavra; pego outro  conhaque e bebo direto no gargalo. Desce rasgando. Acendo um cigarro e vejo que ela está me olhando. -O que é? -Nada. -Porque está me olhando? -Nada. Que paranoia . Xiii Ela se levanta e vejo aquele corpinho de 20 anos desfilando pela minha sala. Velho sortudo, eh, eh, eh.
Acordo de manhã o sol penetra com seus raios pelas janelas. Meu corpo dói, já não sou mais um garotão. Olho para o lado e vejo um anjo despido em minha cama semicoberta por um lençol encardido.
DOIS ANOS ATRÁS...
Estou bêbado caminhando pela rua da favela do Sabiá. Quero sair com uma mulher hoje. A noite é uma criança, dizem os tolos que nunca andaram por aqui. Vejo um grupo de mulheres e pouso os olhos naquela menina magra , alta de cabelos presos num coque desarrumado. Dou mais uma golada naquilo que nem eu sei mais o que é. Ao me aproximar tropeço não sei em que e me estabaco no chão e lá fico. Estou tão bêbado assim? Olho para o grupo e as gargalhadas ecoam em meus ouvidos e meus lábios tentam xingar mas nada sai a única que não ri é a magrela que me olha com compaixão e eu apago. Acordo em um quarto fedendo a maldita erva e uma dor de cabeça que não sentia desde os 21 anos. Encontro aqueles olhos de mel pousados em mim com um copo de geleia cheio de café. Bebo. Pergunto-lhe o nome e ela responde numa voz rouca: -Bárbara. -Carlos. Ela me conta que me pegou e me trouxe até a sua quitinete pois eu estava muito bêbado. Eu sorrio tem sido uma constante. Fico surpreso que tudo esteja em meu bolso e em minha carteira. Dou-lhe R$50.00 e saio sem nada dizer.
HOJE...
Saio e a deixo dormindo. Vou até a padaria comprar. O pão está tão preto que parece integral. Falo com o dono para ensinar o padeiro a fazer pão. Compro 4 e 100 gramas de muçarela e 100gr de presunto. Vou até o boteco do Manuel. Hoje em dia é difícil botequins de portugueses. Tudo virou pastelaria de olhinhos puxados. Merda de globalização! -Menel mande um duplo Domecq. -Pô caralho já esta hora? -Se houver hora para beber me informa amanhã. -Estivestes com a rapariga... -Humm.-Viro o copo de uma só vez.- Me vende uma garrafa desta. -Estais a endoidecer? -Toma R$40,oo e me vende logo esta merda. Caminho novamente para casa e me lembro que meu cachorro esta sumido desde domingo. Dois dias. Deve estar com alguma cadela. Abro a porta e já sinto o cheiro de café a inundar a casa. Vou até a cozinha e a vejo com um blusão meu. Isto me desperta novamente. Mas agora estou com fome.
Tomamos o café da manhã quase que numa normalidade. Eu a ouço falar o tempo inteiro. Toda mulher fala deste jeito... Ela me pede para ir ao mercado para comprar algumas coisas. Eu cedo é melhor do que blá, blá, blá. Caminho lentamente até o mercado , passo antes na banca para comprar um jornal. Faço um jogo no bicheiro. Hoje é dia de cachorro. Entro no mercado, pego um carrinho e começo minha via crúcis. Paro no açougue e olho aquelas peças penduradas muito vermelhas. Imagino o quanto de corante deve ter. -As carnes estão bonitas não é?-Uma senhora me pergunta -Humhum -Mas tem de saber escolher pois estes açougueiros são muito espertos. Me venderam outro dia Alcatra mas que era chã. Você acredita meu filho? -Hum - respondo. Peço a o açougueiro meio quilo de contra filé e continuo a ouvir a velhota falando a meu lado. -Acabei cortando em cubos e fiz um estrogonofe para mim e meu marido. Mas voltei aqui e reclamei com o gerente. Deixo-a falando e vou para o caixa , ainda passo no corredor das bebidas e compro uma garrafa de conhaque. Pago e faço lentamente o caminho para casa.
CONTINUA?
O que vocês acham?
OBS: ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO A UNICA QUE FIZ ATÉ HOJE.
Paulo Marcos
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E percebo que mesmo sem saber andamos engavetando uma porrada de promessas, como se fosse algo importante o suficiente para trancar nos empoeirados e esquecidos compartimentos em nossas cabeças, mesmo sabendo que aquilo tudo não vai sair dali tão cedo - se é que vai sair -, e caralho, pensando melhor isso tudo é sufocante, não só para os esperançosos donos dessas artes de poder fazer com que confiem em suas palavras e gestos, conversando com as mãos como esse esteriótipo das famílias italianas grunhindo sobre a mesa no almoço, esses abençoados e aparentemente honestos bêbados revoltosos, excitados, arruinando festas e se ligando com garotas e garotos inocentes que em cinco minutos estão colidindo com garrafas de cerveja falando sobre o que Deus deveria estar pensando quando fez a vida ser tão triste e desanimadora, seus temores em relação aos homens e a artificialidade que os força a se submeterem imediatamente ao sexo sem os devidos diálogos preliminares, não aos galanteios mas uma conversa direta de almas, porque tudo é sagrado e cada momento é precioso; mas também acaba se tornando um meticuloso caso de homicídio doloso, digo, é tão apropriado quanto, parece mesmo uma delicada e projetada sucessão de acontecimentos planejados e o resultado de alguma forma é o mesmo, acaba que nesse jogo de pares dividimos nossos papéis entre os que ficam e os que vão, os que deixam bilhetes e os que simplesmente somem, os amargurados e os desnorteados se enfiando em cada quarto derradeiro e presunçoso, mas acima de todas essas situações estão cheios de amor, mesmo que não perceba. Saímos condenando e amaldiçoando esses algozes de afeto, sem perceber que talvez possam estar perdidos em seus labirintos mentais com medo de cair em qualquer canto e não conseguir se levantar, almas trincadas por outras almas, pequenas rachaduras atochadas de pus e sangue coagulado por cortes precisos e secos de uma faca cega. Conheci pessoas com os desejos devastados e mesmo assim extasiadas, cheias de medo, correndo e ziguezagueando por aí, entre todas elas também estive por anos convivendo sem saber com esse desespero por perto - disfarçado com essas sublimes e sintéticas fantasias dos carnavais do amanhã, correndo pela cidade sem se esbarrar nos seres prestigiosos sem que alguém pare para os ouvir, atrás de afazeres para ocupar suas necessidades do medo, lugares para comer, coisas para comprar, procurando empregos em lojas de departamento, desviando do novo, pensando nele como perigo, evitando conversas com estranhos e toda a suposta perda de tempo -, mas eu continuava gritando acima de suas cabeças, esperando para ver se podia ouvir o eco que balbuciava umas e outras frases de quem não sabia mais o que esperar e já nem se importava com o que estariam guardando nos seus bolsos sujos e com restos de tabaco dos cigarros soltos, seguíamos nas noite frígidas, cobertos por blusas que mesmo assim nos faziam esfregar as mãos tentando criar alguma faísca, apertando a mão de todo mundo dizendo “Boa noite, como é que cê ta?” e quando dava meia noite e os goles tinham dobrado ou triplicado, o que já não importava muito, continuávamos dizendo “Boa noite, caralho como é bom te ver por aqui”. Uma hora eu estava sentado fumando com alguns amigos, falando sobre a merda em que estamos nos afogando, sobre política, destruindo ideias esperançosas de que algo poderia mudar enquanto estivéssemos bebendo e seguindo tranquilo com nossas vidas; um minuto depois estava gritando com  os invencíveis e já esgotados delinquentes bêbados jogados nas calçadas, esticando a mão e fingindo os reconhecer dizendo “Feliz Ano Novo seu cretino, se cuida por onde anda”, embriagado daquilo que mais gostava, milhares de pessoas reunidas numa orgasmática e única loucura das gritarias e conversas fiadas, manuseando de fato a Dança da Morte pela multidão, desejando Feliz Natal ou Feliz Dias das Bruxas numa confusão tremenda, gargalhadas retumbavam vindas de todos os lados, onde seguíamos cambaleando por ruas escuras pensando em como chegar em casa. 
E depois das noites trêmulas que vinham conversar comigo, sentia uma indiferença terrível, como uma criança cheia de engasgos na cabeça, senti medo, por deixar se diluir, evitando um contato íntimo e quase que materno com tudo o que ela pôde me oferecer e aquilo que uma criança pode ensinar a um adulto que se esqueceu de ver o mundo com os olhos surpresos e encantados de toda magnífica fonte da vida ou daquilo que podemos contar enquanto estivermos perdidos, ocupados demais para ouvir o que nos tem a dizer, ofegantes e calados. Isso anda me assombrando, como um passado penado e até um presente entupido de incertezas quanto a tudo o que fiz e ando fazendo desde então, uma ode  aos hamsters em gaiolas, dando voltas e voltas. A glória enchendo a imaginação, e temporalidade é a fumaça dos cigarros atrás do apocalipse profetizado de se perder pelos caminhos, e até mesmo os relâmpagos continuam caindo por aqui e a Lua é tão linda quanto antes, ela continua a mesma e ainda nos tira suspiros espantados; mesmo dentro dos rascunhos de noites mortas como se tivessem roubado os demônios que estão invadindo nossos corpos, e além do mais, você sabe de um deles, o que vai se remoer durante alguns meses e feriados chuvosos - dentre pesadelos desconexos cobertos pela névoa do primeiro suspiro ao acordar de manhã cedo, a luz do sol varando os vãos das cortinas e mirando na sua cara -. Uivando pelos olhos e quando penso em qualquer coisa, essa sensação vem e me fustiga, se penetrando cada vez mais, escorrendo pela minha cabeça chapada que gritava e insistia para que eu desviasse o olhar e saísse dali correndo, caralho, essa parada não existe mesmo, a porra do meu corpo esta tremendamente atrelado dentro dessa psiquê barata, alguma fórmula é ativada dentro dessa química toda do tesão e o flerte, outra fresta sendo aberta naquela fração de infinito entre sua direção, goles ansiosos de whisky com chá mate e uma espécie crítica de euforia degenerativa de todo e qualquer “tô de boa”. Seguimos balançando os dias que nunca enlouquecem verdadeiramente, dentro da inquietude e de engasgos e bombas ao longo das bitucas arremessadas pelos ares..
“Ojalá pudiera comunicarme
con fantasioso y espectral
dios de nuestras cabezas,
mientras nos sumergimos
dentro de los cuerpos" 
E aos peixes trancados dentro de seus aquários, indo de um lado para o outro, sem saberem exatamente o tamanho do seu mundo, perdidos e confinados com todo esse desespero de quando batem nas paredes de vidro. Essa paz logo acaba e caímos de cara, onde enfim possamos encontrar novamente Todos; todas as pessoas são países em desenvolvimento, onde ir, se perdendo dentro das fronteiras e por avenidas, em enxurradas de rios, muros e cachoeiras, ruas e vielas, desmagnetizando o norte da bússola, o meu norte, logo no início, você é minha mente iluminada com todo ideal de igualdade, justiça e liberdade que nunca tive – e que já não são os mesmos -, vocês parecem precisar de todo esse jogo divino para se balancearem nesses extremos polarizados que precisam abraçar e se deixar sufocar. Malditos seres torturadores morando nos vãos baixos da minha mente, eu sei que não vou conseguir arrancá-los daí tão fácil e também sei que não importa o que eu use e continue bebendo água, chá, cachaça, mel, cândida ou o que for, só vou poder me livrar de vocês por algumas horas enquanto esqueço que estão aí me comendo por dentro, vocês não estão fodendo a minha bunda, por mais alívio que eu possa sentir sabendo disso, continuam como sommelier dos meus lóbulos frontais, porra, isso acaba comigo, quase que literalmente – a levada dos dias não pode segurar por muito tempo essas debandadas horas de olhares sinceros e cheios de dúvida – não consigo mais entender o que alguns cretinos continuam dizendo, essa merda toda que começam a rezar baixinho com vergonha de serem linchados, mas não se preocupe muito com isso, afinal ainda existem uns desalmados submergindo seus sentimentos escravos de seus corpos, e eu posso estar dentro de vocês, mas costumo me livrar disso tudo quando estou sozinho contemplando meu eu, cara a cara, perguntando onde é que eu estive todo esse tempo e porque minhas memórias somem com o passar dos dias, mas os cheiros ficam, as músicas ficam e todo o contorno dos rostos. Queria poder estar com você, melhor que isso, como você, sentir esse desenrolar da insatisfação que vomitamos o tempo todo se transformando em calmaria e num jogo de amassos de cabeça vazia, o problema é que ela ta cheia demais, entupida e ainda não consegui me livrar disso tudo, continuo desajeitado e com frio demais mesmo enquanto nossos corpos trocam calor.
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ultrapassadazzzz · 7 years
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(Ângelo)
Confesso que ainda estou pensando no que fiz, certo que exagerei um pouco, mas pelo amor de deus aquela guria é muito implicante alguém tinha que falar a real pra ela. Apesar de estar um pouco abalado com isso minha animação de conhecer meus pais é maior.  O professor do segundo período chega; ele não era alto, mas não tão baixo, usava óculos e digamos que mais de 40 com certeza. Livros na mão e expressão cansada, deve ser professor de matemática, tá ai uma oportunidade de puxar assunto com a mãe. Levanto de minha cadeira e sento na cadeira vaga na frente de onde ela estava sentada;
-É, oi. (boa Ângelo tu é top)
-Ah oi?
-Então
-Eu não mordo, pode falar.
-ah me deixa muito mais tranquilo.
Nós rimos, acho que vai ser mais fácil do que eu pensei
-Voltando ao assunto, qual é a matéria desse professor?
-Matemática, mas ele passa uns exercícios e ninguém faz.
-Sabia.
-Olha ele fala sozinho, mais um pra lista de não manter por perto.
-ah, isso é preconceito com gente autista sabia?
-Não, isso se chama “tentativa de não rebocar alguém na porrada”
Novamente nós rimos, eu nunca imaginei que seria desse jeito, me aproximar vai ser izzy pizzy.
O professor pede pra todos irem pros seus lugares, ele explica a matéria e pede pra fazermos exercícios do livro. Ninguém estava fazendo, vi que a Ali estava falando com a tia Lu, decido voltar a falar com a La, tento me aproximar, mas em cima de sua mesa estava o Gui, atrás o tio Xandi, e no outro lado o Gustavo. Chego um pouco perto pra ver se ela percebe que quero falar com ela. A mesma acena como um “já vai” sento em cima de uma mesa vaga perto do quadro. Eu to lá bem de boas, quando uma menina digamos que alta, de aparelho vem falar comigo.
-Oi, então ta vendo aquela menina, então ela queria ficar contigo tu quer ou não?
-Oi?
Eu olho pra menina, claro era bonita, mas não pra mim.
-É, não valeu.
-Ué porque não?
-Não é não.
A lá chega, e a menina alta vai embora
-Essa é novidade.
-Oque?
-Não pra Lopes.
-Ah, ela não é meu tipo.
-hum, ta vendo a menina alta que veio falar contigo?
-Sim
-Cuidado com ela, vocês vão ficar depois ela te larga como se nada tivesse acontecido.
-Experiencia própria
- Você entende as coisas rápido, gostei.
-Eu sei, eu sei. Sou demais
-Mas parece com alguém que eu conheço, só não consigo lembrar quem.
Bateu um medinho de ser quem eu estou pensando.
              -Ah, dizem que eu pareço o Ezra Miller.
              -É, mas ainda não é isso. Bom outra hora eu lembro, então me fala de você.
              -Bom, não sei o que falar.
              -Eu adivinho, você deve ter uns quatorze anos, provavelmente problemático, família conturbada, e com certeza impulsivo, tenta fazer os outros rirem pra que não percebam o quão vazio é por dentro. Orgulhoso até o fim
              -Eita, por essa eu não esperava. Como sabe de tudo isso?
              -Você se parece comigo, só disse o que acho de mim. Fácil.
              -Sociopata do caralho.
              -Obrigado, eu tento.
              -achei teu apelido
Ela dá um sorrisinho de canto de rosto
              -Então o seu será problemático.
              -A Sociopata e o problemático, achei digno.
Não sei o que deu em mim, foi por impulso. Dei um abraço nela e disse;
              -Eu não vou deixar que nada te machuque
              -Acabo de te promover a psicopata
Eu a solto e nós rimos. Agora eu entendo por que papai se apaixonou por ela. Ficamos jogando conversa fora, até o próximo período, ciências.  A professora estipulou um trabalho em dupla, onde teríamos que fazer uma pintura de um coração acelerado e dizer em que situação aquilo acontece, oportunidade perfeita. O período acaba e vou falar com ela
-Eai Sociopata, tem dupla para o trabalho?
-Não, quer fazer comigo?
-Tá, já que tu insiste na minha presença.
-Menos Ângelo, bem menos.
Umas meninas passam pelo corredor, confesso que não fui muito com a cara, e acho que a lá também não é.
-Que nojo.
-O que elas fizeram, além de uma ter cara de cavalo e a outra parecer a taxa do backyardigans
-ALGUEM QUE ME ENTENDE, FINALMENTE!
Nós rimos
-Na verdade não fizeram nada, mas são meio nojentinhas. E uma é melhor amiga das duas únicas pessoas que eu amei de verdade aí eu ficava com ciúmes dela.
Eu coloquei minha mão na cintura dela e disse
-Então elas terão ciúmes de você agora
-Convencido, mas aceito a oferta.
Saímos no corredor abraçados, todos nos olhavam. Alguns com ódio outros surpresos, mas conseguimos atingir os alvos principais com certeza. Paramos nos bancos lá de baixo, e ali soltamos as risadas que foram travadas para manter a pose
-Então Angelito, quando vamos fazer o trabalho e onde?
-Na minha casa não dá
-Nem na minha, pode vir na escola de tarde amanhã?
-Ah claro.
-Beleza, eu vou almoçar aqui na escola.
-tá bom, a gente almoça junto.
-Legal, vou procurar minhas amigas antes que elas me matem.
-Ah, fica.
-Vem junto então.
E assim se passou meu primeiro recreio, as amigas dela são bem legais, mas acho que elas não gostam muito de mim. Eu falo o que penso, e elas levam para o pessoal. Isso é chato mano, me lembra da Fani. Nem prestei atenção nos períodos que passaram, estava me preparando psicologicamente para voltar pra “casa” provisória. Decido ir caminhando sozinho, para não ter que escutar novamente o quanto eu fui babaca e que eu deveria me desculpar. Chego no apartamento e me jogo em minha parte da cama, silencio aqui é novidade, acabo pegando no sono.
-ANGELO? TU QUER ESTRAGAR TUDO É ISSO?
 A ruiva para variar gritando.
- o que eu fiz agora porra.
Ela me mostra uma foto em seu celular, minha e da lá.
-e daí?
-E DAÍ? AH E DAÍ QUE VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO
-Me dá um bom motivo.
-Como tu é infantil Ângelo.
-Eu só quero um bom motivo, quem se mordeu atoa foi tu.
-É por isso que ninguém gosta de você.
-Ah então explica essa foto.
-EU TE ODEIO
-que novidade, oh meu deus como poderei viver agora com essa noticia
Alice havia chegado no meio da discussão junto de Gabriela, Yuri e Samuel
Eles me olham com olhar de reprovação
-O que foi agora? Querem me xingar também? Façam pelo menos uma lista e me deem cinco minutos de intervalo.
Saio muito puto daquele apartamento, preciso ficar sozinho se não vou acabar machucando alguém. Vou andando sem rumo, mas acabo na frente do Santa Teresa, esbarro em alguém
-MAS QUE MERDA NÃO OLHA POR ONDE ANDA?
              Eu reparo bem no menino, olhos puxados e bem branco, só pode ser brincadeira.
              -Ei, o mano te acalma, eu to bem e tu também isso é o que importa
              -Ah foi mal cara, eu discuti com uma pessoa aí eu saí meio puto de casa, qual teu nome mesmo?
              -Matheus Silva, mas todo mundo me chama de japa.
              -Ângelo, só Ângelo. Não quer dar uma volta por aí
              -Cara eu tenho aula agora, mas eu nunca vou mesmo, bora lá.
              -Fala um lugar aí, eu sou novo nessa área.
              -Vamo para a redenção, tem dinheiro pra passagem?
              -Tenho sim.
E foi assim meu primeiro contato com o papai. Chegamos na tal redenção, é um parque bem bonito para falar a verdade.
              -Tu me convida pra dar um role, e não fala nada o caminho todo?
              -Ah, eu sou péssimo pra puxar assunto. Hum como tá o coração?
              -Poxa, que tiro. Digamos que eu gosto de uma menina, mas ela merece coisa melhor. Eu vou sair do Sjt e não quero que ela sofra. Por isso to me afastando
Será que é a lá? Mas é 2017, ele não gostava dela. Deve ser outra menina.
              -Mas um dia eu supero, e você?
              -ah eu estudo na manhã, e hoje eu conheci uma menina acho que to apaixonado por ela. Eu sempre gostei do mais difícil, mas ela é tão parecida comigo que fica fácil.
              -Eita, boa sorte.
              Ficamos em assuntos do gênero por horas, ele acabou tendo de ir, mas eu fiquei caminhando por ai. Faz tempo que não paro pra pensar, com toda essa coisa de viagem no tempo, eu acabei sem tempo que ironia. Eu vejo um bar, minha parte mínima da consciência diz “não, você tem aula e um fígado fodido” mas a parte ruim predomina lembro do dinheiro no meu bolso, agora só falta a idade. Vejo um grupo de amigos bebendo.
-é oi gurizada, alguém pode pegar uma vodca pra mim? Pega uma pra vocês e uma pra mim beleza?
-Ah por mim tudo bem, me da o dinheiro e me espera aqui na frente.
              Esperei, ele me trouxe e me deu o troco, abro a garrafa dou o primeiro gole, sinto o liquido queimar na garganta, sensação boa do caramba. Vou voltando pra casa com a garrafa diminuindo a cada metro. Chego no apartamento, bebi o suficiente pra minha visão estar turva, não posso entrar desse jeito vejo um arbusto ao lado de uma parede e decido esconder a garrafa com o resto de destilado dentro “amanhã eu volto”. Dou uma arrumada no cabelo e pego um chiclete que estava no meu bolso, prefiro não saber a quanto tempo. Entro no quarto, todos estavam dormindo “ótimo, assim ninguém pergunta nada” me deito sem fazer barulho e logo pego no sono.
-
              Sou acordado com agua na minha cara
-Porra, eu vou te matar Samuel.
-Foi a última alternativa tu não acorda por nada
-ta entendi.
-levanta e te arruma rápido, todo mundo já foi.
              Coloco um moletom, porra Gabriela essa bosta é dois Ângelo, enfim, eu e o Samuel saímos. Chegando lá eu sento do lado da Sociopata
-Eai psicopata
-Eai. Tá tudo certo pra hoje?
-Tudo top
-Quer sentar comigo hoje, aí a gente se fala sobre o trabalho e essas coisas.
-Tudo bem, você tem tinta?
-Não, eu acho
-Tá a gente pega da sala de artes.
-a gente tem uma sala de artes?
-Yep.
-ah, ok.
O Sinal bate, nos subimos e como combinado sentamos juntos, fiquei olhando a turma, ainda não acredito que aquele é o Guilherme, e o pai da Gabi, como é mesmo? Luís? Mal reconheci, mas minha memória é de peixinho então é bem fácil eu não reconhecer as coisas. Um menino meio loirinho de aparelho me chama;
-O JAPONEZINHO VEM AQUI.
-Fala
-O Alexandre não foi com a tua cara .
-Que pena.
-Não vai bater nele, ou coisa do tipo?
-Não, to de boas
-EU FALEI QUE ELE ERA VIADO.
-Não querer bater no Alexandre, não é ser viado. Ele não fez nada pra mim.
-ah, viado.
Eu deixo eles de lado, uma vez Gustavo sempre Gustavo. Sento de novo, estou ansioso pra hoje de tarde, quero saber um pouco mais sobre ela, por mais que eu seja da família ela nunca me disse muito sobre sí
Os períodos passaram rápido, tivemos dois de artes e dois de matemática, então foi bem rápido, quando vi já havia acabado a aula. Espero a lá já que vamos almoçar juntos
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