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A descoberta da pornografia impressa
A primeira coisa que quero falar é que mulheres veem sim pornografia. Dito isso, vamos a história de como eu descobri que as pessoas fotografam as outras pessoas peladas, fazendo coisas, em posições estranhas, montavam histórias igual no gibi e que era legal ver aquelas revistas.
Mais uma vez, a origem de tudo foi por ser uma criança sozinha num mundo de adultos. Tinha por volta de 10 anos quando me deparei com uma revista Fotonovela (alguém mais lembra disso?).
Na minha casa tinha uma estante que tinha várias tranqueiras em cima, para eu pegar alguma coisa lá, tinha que subir na janela e me apoiar nas laterais dessa estante e assim conseguia ter acesso a uma parte das coisas que estavam lá. Um belo dia, sozinha trancada em casa, porque minha mãe tinha saído, fui caçar algo lá na tal estante, e então encontrei uma revista com histórias.
Sempre li desde pequena, meu pai comprava gibis para mim, então achei que se tratava de algo parecido, embora na capa tivesse uma mulher pelada toda aberta com uma estrela cobrindo a perereca e os mamilos. Abri a revista e realmente contava uma história quadro-a-quadro, mas não era para criança!
Tomei um susto, quando me dei “conta” do que se tratava. Dei conta mais ou menos, porque eu não sabia o que era o ato sexual. Só sabia o que via nas novelas, aquela insinuação de algo ia acontecer entre um homem e uma mulher, os beijos e fim. Li a primeira página e fechei com medo, coloquei de volta onde estava, desci da janela. Mas fiquei com aquilo na cabeça. Obviamente, subi novamente na janela. Li mais uma página, depois mais uma e outra e outra. Li tudo.
Aquela experiência não me causou tesão, não como o que conheço hoje. Lembro que no final o que mais me marcou foi ter aprendido uma palavra nova, Orgasmo, mas que eu não tinha a menor ideia do que significava. Aliás, levaria anos para descobrir na prática.
Perdi a conta de quantas vezes li aquela história. E quando a revista mudava de lugar, eu sempre achava, já que vivia sozinha em casa. Depois dela, vieram as da casa de uma vizinha, que lia as revistas dos irmãos dela.
Acesso a pornografia não é novidade do mundo digital. Viva os anos 80 e 90!
Ruiva
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O marco zero do Exibicionismo
Os seguidores, os mais assíduos, vira e mexe, perguntam quando foi a primeira vez que me exibi nas redes, quando fiz uma foto e postei; no entanto, a experiência não foi fotográfica, nem vídeo, a primeira vez foi um ao vivo.
Morei em república na época da faculdade e tinha um namorado, Fernando. Ele foi meu primeiro homem e eu queria viver, experimentar aquilo intensamente, apesar da pouca experiência dele também. Ele sempre estava no meu apartamento, ou melhor no meu quarto, quarto esse que era de frente para o outro prédio do condomínio, com janela grandes de vidro e sem cortina.
Uma tarde, estávamos meio brigados e antes de ir para a aula dele, Fernando passou para me ver. Conversamos, nos entendemos e começamos a fazer as pazes do jeito certo, com muitos beijos e a coisa foi esquentando. Deixei o momento rolar e eu tinha plena consciência que a janela estava aberta, e a ideia de que alguém podia estar olhando me deixou com um tesão diferente, me excitou saber que o meu momento íntimo podia estar sendo observado e apreciado por alguém.
Ele sentou atrás de mim, me abraçou e começou a beijar meu pescoço. Isso me derrete! Ainda estávamos vestidos, mas ele já duro e eu molhada. Fernando abriu meu short e começou a acariciar minha xota. Que sensação maravilhosa era aquela! Estar sendo dedada pelo meu homem e quase exposta ao mundo lá fora.
Não sei se ele tinha notado a janela, tenho dúvidas até hoje. Mas nosso delírio acabou com um “Fecha a janela”. Infelizmente, meu vizinho não era voyer. Fechamos a janela e continuamos a nos amar tarde a dentro.
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A descoberta do Nu
Nelson Rodrigues certa vez se auto explicou com a seguinte frase: “Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico”, isso porque segundo o próprio, desde a infância assuntos eróticos o fascinaram e aos 4 ou 5 anos, tentou agarrar uma menina. O que isso tem a ver comigo? Logo você entenderá.
Assuntos relacionados ao sexo sempre despertaram curiosidade desde criança em mim. Não, esse assunto não é, e nunca foi pauta de conversa entre pais e filhos na minha família. Muito pelo contrário, fui criada para suprimir meus desejos, numa educação machista patriarcal, na qual a mulher deveria ser educada, preparada para cuidar de um homem e dos filhos que seria uma obrigação ter.
Mesmo nesse contexto, eu, a caçula de 4 irmãos (1 mulher e 2 homens), todos mais de 10 anos mais velhos, tive contato com esses assuntos proibidos. Enquanto eu tinha 7, 8 anos de idade, eles já eram adolescentes, adultos na verdade. E sorrateiramente sempre ouvia histórias, afinal era só uma menina com bonecas que estava por perto.
Em 1987, eu com 7 anos, vivi o evento mais marcante nesse sentido, o qual hoje eu considero o início de tudo: a chegada em casa da Playboy da Sonia Lima. Hein, como assim?
Foi a primeira vez que vi um corpo nu impresso num papel, e o que me encantou não foi o corpo da mulher que estava ali, e sim a reação das pessoas ao olharem, principalmente os amigos dos meus irmãos. Como eles sorriam, faziam comentários, como os olhos brilhavam, como o corpo de agitava diante daquelas imagens.
Ver uma mulher nua, em contexto erótico, talvez pudesse ter despertado meu lado gay, mas não. O que despertou foi a vontade de ser como aquela mulher, de estar estampada em algum lugar, com pessoas olhando para mim e sorrindo também.
Olhando sob aspectos psicológicos, no qual sou leiga, talvez tenho sido violentada ao ser expostas aquelas imagens, não sei, talvez faça terapia para descobrir. Mas o fato é que me colocar no lugar daquela mulher e ser admirada por desconhecidos, me causa prazer. Não posso ver a reação deles, mas os relatos das “homenagens” rendidas, os elogios, me fazem ter a certeza que ter vencido a timidez e ter me permitido liberar esse desejo foi a melhor coisa que fiz. Permiti que o Anjo Pornográfico, que sempre fui, batesse suas asas.
Ruiva de Farmácia
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