miseryzsoul

[miseryzsoul]

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𝙽𝚘𝚝𝚎𝚜 𝚏𝚛𝚘𝚖 𝚖𝚢 𝚌𝚛𝚎𝚊𝚝𝚘𝚛

- Possuo +18 anos e não correspondo possíveis interesses amoros para o meu personagem caso sejam menores de idade e não estejam ligados ao rpg que ele participa.

- Ao que diz respeito aos turnos, prefiro os textuais, mas não tenho problema algum em realizar cenas semi-textuais ou menores também.

- Não costumo conversar em off, prefiro evitar qualquer envolvimento que fuja do on. Entretanto, se precisar falar fora do personagem, utilizarei "//".

- Não busco par romântico fora do rpg em que participo, para evitar desentendimentos entre personagens. Isso serve para qualquer espécie de envolvimento romântico.

- Em caso de dúvidas, sinta-se a vontade para me enviar uma mensagem na dm do instagram do meu personagem.

- Na biografia do insta irá encontrar links para: pinterest, tellonym, tumblr e playlist no spotify. Todos estão inteiramente ligados ao personagem, e assim poderá o conhecer melhor.

[miseryzsoul]

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𝐀𝐓𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍¡!

Este personagem é 100% interpretativo, sendo assim, sua personalidade e ações não condizem com as de quem o interpreta. Apesar de ser um personagem inspirado nas histórias de Peter Pan, seu plotline é, em grande parte, original. A história a seguir pode conter alguns gatilhos, portanto não leia se não se sentir a vontade.

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𝗖hα𝗽𝘁er 𝟢𝟣

𝓪𝓷𝓭 𝓽𝓱𝓮 𝓼𝓱𝓪𝓭𝓸𝔀 𝓯𝓮𝓵𝓵 𝓲𝓷 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝔀𝓲𝓽𝓱 𝓪 𝓶𝓸𝓻𝓽𝓪𝓵

Ali! Na segunda estrela à direita. Ali encontrará o caminho para um lugar incrível, onde crianças não crescem jamais, onde fadas vivem pela crença que as crianças têm nelas e onde os piratas dominam os mares. Um lugar que desconhece a infelicidade, ou deveria desconhecer. Foi lá que a sombra de Pan foi aprisionada, obrigada a viver em uma vida tão entediante que o obrigava a fugir de Peter quando conseguia.

Oblivion, era o nome da sombra aprisionada em Pan e essa sombra era muito mais complexa do que uma mera sombra poderia ser. Em uma noite onde o céu exibia suas belas estrelas, Oblivion e Pan haviam saído da terra do nunca para visitar Wendy mais uma vez, Oblivion estava cansado dessas visitas, sempre a mesma baboseira romântica e Pan sem perceber o quanto ela estava crescendo. Ele se desprendera de Pan mais uma vez, ele precisava ver aquele rostinho lindo de novo, não podia se dar ao luxo de não vê-la enquanto estivesse na terra dela. Oblivion era obcecado por Delores Van Doren desde quando Wendy e Pan se conheceram, naquela noite ele fugiu de Pan para ver as festas da noite, e acabou parando no quarto de Delores. Quando Pan o encontrou, correra atrás de Oblivion como se sua vida dependesse disso, e ambos acabaram no quarto de Wendy aquela noite.

O sobrenome Van Doren era extremamente conhecido por toda Londres, uma família de militares que serviam fielmente a coroa, seu pai sendo o chefe da guarda real e sua mãe sendo a dama de companhia da rainha, o futuro de Delores estava predestinado antes mesmo dela sonhar em ser concebida. A família do melhor amigo de seu pai eram de nobreza, Viscondes se formos tratar por títulos, e ambos prometeram as mãos de seus filhos, já que sentiam que essa união só fortaleceriam os nomes das famílias. Delores não era nada parecida com o que eles haviam planejado, ela odiava o fato de ter sido prometida sem sua permissão, odiava ser obrigada a casar com um completo estranho. Sua mãe a enviou para paris por um ano antes de oficialmente apresenta-la a sociedade, para que ela se tornasse a dama perfeita que mostrava ser para as pessoas. Mas um dia antes de seu debute, ela resolveu não seguir as normas, e junto com algumas colegas, todas foram para um bar próximo, agradar os meros mortais nojentos que ali habitavam.

Mal Delores saberia que aquela noite mudaria sua vida para sempre. Oblivion estava na cidade junto a Peter, mas não podia se permitir não procura-la, como sempre fazia. Ela dançava descalça em cima de uma mesa, rindo com seu sorriso perfeito, seus cabelos loiros desgrenhados, suas bochechas coradas. Ele a via, ele a desejava, ele a amava, sem mesmo conhecê-la, ele queria se casar, ter filhos, ser mortal... só uma vez... poder tocar ela, beijá-la, deixar aquele medo de perdê-la de lado e ama-la loucamente. Suas preces foram ouvidas, e a fada madrinha lhe concedeu uma única noite de amor, a qual lhe deu muito mais do que ele poderia sequer imaginar.

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𝗖hα𝗽𝘁er 𝟢𝟤

𝓪𝓷𝓭 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝓰𝓮𝓷𝓮𝓻𝓪𝓽𝓮𝓭 𝓹𝓪𝓲𝓷

Inferno. Gritos de pura agonia e dor ecoavam pela casa Van Doren, a lua de sangue brilhava no céu, os bailes de halloween da alta sociedade estavam lotados, as ruas desertas só confirmavam que ninguém a ouviria gritar e as testemunhas daquela noite poderiam fazer ela nunca ter acontecido. Vance nasceu depois de horas de um trabalho de parto árduo em que sua mãe estava disposta a dar a própria vida em prol da sobrevivência do filho, mas que temia o que seus pais fariam caso ela não sobrevivesse. Ela sobreviveu para que Vance não morresse nas mãos deles, para proteger e amar o filho como sabia que ninguém mais faria naquele mundo, mal sabia ela o que seus pais seriam capazes de fazer com o próprio sangue.

Crescer dentro daquela casa, daquelas paredes não fora nada agradável, seu avô e sua avó eram pessoas extremamente rigorosas quando se tratavam de ter a casa o mais impecável possível, e se tornavam muito agressivos quando nada era feito da forma que queriam. Vance olhava a forma que eles brigavam com seus funcionários e os odiava profundamente por serem tão crueis, e as brigas sempre direcionadas aos mais idosos que não podiam pedir demissão e precisavam muito daquele emprego, ajudá-los era a coisa mais certa a se fazer, mas ele não podia ser pego pelos seus avós, caso contrário seria tratado de forma muito pior.

Seu avô o odiava desde seu nascimento, tal qual sua avó, mas Vance nunca entendeu completamente o motivo da raiva deles, afinal ele já estava mais crescido, e o tratamento que recebia não melhorava em nada. Criatura, aberração, monstruosidade e bastardo foram palavras que o definiram durante toda sua vida, sua mãe o defendia com garras e dentes, mas não era o suficiente, nada seria o suficiente para apagar tudo o que ele ouvia sair dos lábios de seu avô, ou dos de sua avó. Uma infância marcada por mágoa, ele sempre tentou fazer de tudo para obter a aprovação de seus avós, e quando aprendeu melhor a controlar seus dons, os escondeu, ele evitava usa-los durante o dia, e quando queria brincar como sombra ele se transformava no meio da noite, para não ter chances de ser pego.

Em uma noite, conversando com sua mãe após o jantar, ele viu uma sombra se esgueirando pelas paredes, acenando e fazendo algumas palhaçadas, Delores não parecia prestar atenção, já que continuava contando histórias sobre quando ele era bebê e tentou escalar a estante de livros. Os olhos de Vance acompanhavam aquela sombra e logo ele se transformou também, deixando sua mãe apavorada apenas para descobrir a sombra que brincava com seu filho. Naquela noite ambos descobriram que Oblivion era seu progenitor, os olhos de Delores brilhavam fortemente quando descobriu, feliz por ele não ter escolhido abandoná-la naquela situação. Seu avô espiava toda a interação deles com Oblivion, seu ódio aumentando desproporcionalmente por descobrir que a criança era filha de um ser que nem um corpo tinha e, principalmente, por ver seu "neto" tão feliz, ele precisava por um fim naquilo, de uma forma ou de outra.

Na calada da noite, com os pés descalços, Vance se esgueirava pelos corredores da casa, mais uma noite de liberdade, mais uma noite da qual ele poderia se livrar da sensação de ser um prisioneiro em sua casa. Vance não tinha como prever, uma pancada fora suficiente para desmaia-lo, quando despertou estava amarrado pelos pés, sua cabeça latejava tanto que ele acreditava que fora isso que o acordou, quatro homens entraram e Vance viveu um inferno por dois meses seguidos. Seu corpo era marcado com socos, chutes, queimaduras tão fortes que ele se sentia no próprio inferno, e talvez realmente estivesse. Ele estava sempre acordado quando era abusado sexualmente, e quando iam agredi-lo preferiam que ele acordasse no susto. Dois meses de uma tortura sem fim, três semanas contando com as próprias necessidades físicas para se agarrar a vida, ele nem acreditou quando finalmente foi encontrado e entregue para sua família.

Sua vida depois daquele sequestro não foi mais a mesma, ele chegou em casa extremamente desnutrido e com traumas para uma vida inteira de pura dor e sofrimento, e sua mãe o acolheu, o ouviu, permitiu que ele chorasse da mesma forma que ela desabou ao ver o quão mal o filho havia ficado e descobrir tudo o que ele passou lá. Foram mais alguns meses para ele e sua mãe se recuperarem mental e fisicamente, seu corpo ganhando peso finalmente. Em um dia especial, Vance entrou no escritório de seu avô, para esconder o presente que havia comprado para ele, quando ouviu a porta abrindo lentamente, ele se escondeu dentro de um armário pequeno e ouviu a conversa entre seus avós, seu avô dizendo que estava aliviado pela filha estar melhor mas que se arrependia de ter feito durar tanto tempo, ele dizendo que foi um erro não ter deixado eles matarem o garoto em uma semana, ele admitindo que assistia todas as torturas e não sentia remorso algum, mas que o deixou viver pela sua filha, que não sabia viver sem o garoto. Os olhos de Vance escureceram pela primeira vez e logo toda a casa ficou em um breu sem fim, era de dia, então não era possível que tudo estivesse tão escuro, todos entraram em pânico e ele não se arrependeu de os fazerem passar o resto do dia naquela escuridão.

Passar seu tempo na terra do nunca era um alívio para tudo o que ele sentia, ninguém sabia o que seu avô tinha feito e ele jamais estragaria a vida da sua mãe daquela forma, mas ele não podia, ele não conseguia mais passar tanto tempo naquela casa, tendo em seu peito um medo constante de algo terrível acontecer novamente. Com o passar dos anos, foi ficando mais fácil de estar naquela casa, desde que ele não esbarrasse com seu avô, tudo ficava tranquilo, então ele conversava com sua mãe e passava o resto do tempo com os funcionários da fortaleza Van Doren. Em um dia nublado, estava trabalhando no jardim da casa com o jardineiro mais antigo, Elijah, se divertindo com os funcionários quando seu avô o chamou para conversar e sua vida inteira mudou. Um noivado, deveria ser a época mais feliz da família, e o seu avô conseguiu estragar tudo, sua mãe tinha uma chance única de recuperar sua reputação e ainda se casar por amor, e seu avô queria garantir a felicidade dela assim como Vance também queria. Dinheiro fora oferecido para que Vance fosse embora, e por mais que quisesse viver ao lado de sua mãe, ele se sentia um peso para ela, não foi pelo dinheiro que ele foi embora, ele nunca gastou um centavo do que ganhou de seu avô, ele foi por ela, para ela ter uma chance de ser realmente feliz e livre, coisa que Vance nunca conseguiria ser por completo. Desde que partiu, a escuridão que existia nele tomou conta de vez, em seu peito havia dois corações e um deles o fez ser quem ele é, uma pessoa da qual seu eu mais novo nunca esperaria se tornar. As vozes em sua cabeça eram altas demais e ele as ignorava de uma forma cruel, ele sabia a dor que sentia e não queria um alívio, afinal, ele merecia sentir toda aquela dor.

[miseryzsoul]

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𝗖urıosı𝘁ıes

𝒐𝒇 𝒎𝒚 𝒄𝒉𝒂𝒓𝒂𝒄𝒕𝒆𝒓

𝟶𝟷 ─ Seu nome completo é Vance Van Doren, apesar de ter recebido o sobrenome da família de sua progenitora, ele passou a maior parte de sua vida com seu progenitor, apesar de ser apenas uma sombra.

𝟶𝟸 ─ Vance possui exatos vinte anos, pesando exatos cento e vinte quilos e medindo dois metros e dez centímetros de altura. Apesar de Pan e sua sombra não serem tão altos, ele herdou a altura da família de sua matriarca, onde ambos sempre foram altos e esguios.

𝟶𝟹 ─ Vagar entre mundos foi um dom que aprendeu com Peter Pan e seu progenitor, Oblivion, que era a sombra de Peter. Quando visitava seu progenitor, ele se tornava sua própria sombra para se mover entre mundos. Na terra do nunca, ele desenvolveu seus dons mais do que desenvolveria se nunca tivesse conhecido seu progenitor.

𝟶𝟺 ─ Vance possui uma aura envolta em sombras, ele pode tanto um ser físico quanto um ser de sombras. Por ser filho de uma sombra, ele tem as sombras ao seu favor, seus dons o permitem se tornar sua própria sombra, como também se transportar de um lugar para o outro. Enquanto uma sombra, ele possui uma flexibilidade em seus movimentos e consegue se mover pelos lugares em alta velocidade. A manipulação das sombras consiste em fazer elas escurecerem um lugar por completo, como também removê-las para aterrorizar alguém, utilizar delas ao seu favor.

𝟶𝟻 ─ Van Doren tem dificuldade de sentir emoções verdadeiras, emoções sinceras e reais, ele consegue fingir que as sente, mas sempre desejou senti-las de verdade. Ele sente uma frustração enorme, esse sentimento misturado com raiva, ódio, obsessão e desejo por vingança são as únicas emoções que ele sente de verdade, e costuma desconta-las pregando peças ou tocando bateria como substituto de bateristas ridículos de tão ruins, tornando seus shows lendários para si e seus públicos.

𝟶𝟼 ─ A alta velocidade se tornou um escape da realidade, Van Doren a experimentou pela primeira vez quando ainda era pequeno, para nunca mais se ver longe dela. Com sua moto, ele corta as ruas, quando necessário ele a transforma em uma sombra e age como se fosse um espírito selvagem, o que costuma entreter ele na maior parte das vezes. Carros também fazem parte do processo, mas transformar eles em sombra da muito mais trabalho, o obrigando a não andar tanto neles por pura precaução.

𝟶𝟽 ─ Crescer entre mundos custa um preço, há quem diga que é um custo baixo, mas só quem vive entre eles sabe o preço que deve pagar. Van Doren, enquanto na terra fingia ser um ser humano decente, escondia seus poderes e tentava sobreviver, mas na terra do nunca era muito diferente. Guerras com piratas, aventuras com meninos perdidos, lhe geraram cicatrizes irreparáveis. Em seu joelho esquerdo, há uma cicatriz grande da espada de um dos marujos de gancho, e por conta da lesão, toda vez que chove ou esfria o tempo, ele sente seu joelho doer, é a única cicatriz evidente, pequenas cicatrizes cobrem seu corpo, algumas minúsculas demais para serem reparadas.