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mahahmartins · 7 years
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mahahmartins · 7 years
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De Cotidiano de um anjo - Wattpad.com
#cotidianodeumanjo #anjo #anjos #literatura #ficçao #paranormalidade#espiritual #dons #sagrado #diário #mahahmartinsbrandao #mahahmartins#terror #fantasmas #arcanjos #divino 
05 de abril...
Quando sou eu, eu fujo, quando não sou eu, eu escapulo...  
A mulher que mora três ruas acima da nossa passou com seu filho pequeno no carrinho de bebê. Ao seu lado estava o fantasma de um menino de oito anos, de olhos duros e zangados, segurando sua mão como se a quisesse levar para a morte. Ao redor pululavam seres trevosos como se fossem moscas varejeiras alvoroçadas sobre carnes pútridas. A senhora, cujo semblante mostrava rigidez amedrontada, tinha o braço duro, caído, a mão em riste, demonstrando sofrer grave alteração muscular. Eu sabia que o menino morrera em um acidente de carro, mas não conhecia os detalhes da história toda. Na semana de sua morte eu estava fora, trabalhando para a PF.
Em pensamentos, eu lhe mandei um recado: "Menino, você está machucando a tua mãe. Você precisa partir. Eu sei que você está vendo esse senhor de branco ao teu lado. Por que não vai logo com ele." Nem assim o menino se soltou, e eu me calei, esperando que a providência resolvesse o caso. Mais tarde, conversando com Mônica, ela me contou os detalhes do acidente.
- O pai não estava correndo, Pedro. Mas ele foi desviar de um buraco na pista molhada por causa da chuva, o pneu furou e o carro derrapou feio para o lado da estrada. Eles só não foram ribanceira abaixo por causa de um mourão de cerca de cimento onde eles bateram. Foi o que segurou o carro e nem foi uma batida forte. Aparentemente, todos estavam bem, outros motoristas ajudaram, o SAMU chegou para socorrê-los, graças a deus. O menino, entretanto, tinha batido de lado no vidro. Até cortou um pouquinho a testa. Durante o restante da viagem a mãe conseguiu mantê-lo acordado, assim como durante o resto do dia. A gente sempre faz isso quando criança bate com a cabeça, sabe? Mas não adiantou. O menino faleceu de madrugada e foi encontrado morto pelo pai de manhazinha. Com a batida, ele teve traumatismo craniano e hemorragia na cabeça. Foi esse o laudo da morte. Desde então, ela anda sentindo dores no braço que está endurecendo sem qualquer causa aparente! Ela está até fazendo fisioterapia, mas não está adiantando. Fora a depressão, não é? Perder um filho tão novo assim.
- Ele está lá grudado na mão dela, Mônica.
- Você não pode fazer nada, Pedro?
- Eu pedi a ele que fosse embora, mas ele está grudado. Acho que a mãe também fica segurando ele.
- Você é um anjo, Pedro.
- Mas não para agarrar o menino e afastar ele da mãe. E eu não quero ajudar. Não sou obrigado. Já basta o que acontece todos os dias...
- Você é um anjo, Pedro. - Mônica insistiu, bem baixinho.
- Eu realmente queria um pouco de ironia na tua voz, Mônica. - Eu falei e fui pegar meu filho no colo.
- Não tem importância, meu bem. - Mônica falou, ainda dobrando as roupas de cama, o jeito carinhoso de sempre. - Eu vou rezar para ele todos os dias.  
Mônica e suas velas para Nossa Senhora da Guia.
Três dias depois eu vi a senhora de novo. O menino ainda estava com ela, mas andava um pouco atrás... No caso, a minha vidência normal ajudou de certa forma. Melhor assim...
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mahahmartins · 7 years
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De Cotidiano de um anjo 
Máh AH Martins
Coração feito de luz e sangue...
Para mim, anjos são aqueles que, mesmo mortais, conseguem trazer luz, equilíbrio, caridade e entendimento em meio ao caos. São pessoas comuns tocadas por alguma luz divina. Vivem para o próximo em detrimento deles próprios, mas, mesmo assim, nem eles próprios, com todo o amor que possuem pela humanidade veem-se livres de doenças e perseguição. Pessoas repletas de luz que não deveriam morrem de câncer, nem passar fome; fora que são assediados, violentados, assassinados, perseguidos, ridicularizados... e, no entanto, e, na maioria das vezes, ainda carregam o peso de suas próprias vidas com coragem de ferro. Essas pessoas vivem os dias numa espécie de guerra contra os sofrimentos que lhes atormentam e, em sua maioria, nem são sofrimentos deles próprios! Se a dor é imensa, eles saem e lutam! As feridas queimam? Não importa! Eles saem e lutam! A fome, a sede e a vergonha queimam o estômago e o coração? Não importa! Esses homens iluminados, a quem eu chamo de meus 'anjos' saem da casca imaculada e brigam pelos outros.
A não ser que seja para isso mesmo a reencarnação desses bons espíritos na Terra, para que, com o seu bom exemplo de força e verdade, os outros homens possam contar com alguma esperança de saírem vitoriosos do mesmo jeito. Se vencem, talvez todos vençam seus descaminhos. A coragem desses bons homens (os meus 'anjos') também ganha dimensão entre os mais próximos, que passam a vê-los como modelo de coragem e resistência e, assim, seguem, como aprendizes, a seus passos firmes...
Existem tantos desses bons homens e mulheres internados em casas de saúde... aliás, aqueles que manifestam a própria luz divina, e começam a relatar o que veem ou o que sentem, são ditos como loucos; muitos, com certeza espertos, preferem medicamentos à glória de seus dons extraordinários... faço uma reflexão momentânea corroendo a inveja que sinto deles, pois eu anseio por medicamentos e que sejam os mais pesados porque, com certeza, mil vezes são as 'pertubações divinas' de anjos de verdade como eu. Mas, com certeza, se esses "homens e mulheres de luz' soubessem da dor infinita que os anjos sofrem, seriam os primeiros a doar a própria luz para nos consolar.
E as nossas lástimas são as mais profundas. O verme sensível das dores e podridão da humanidade estão enroscados dentro do nosso peito. Nossa vontade é a de poder arrancar as "penas" de nossas asas uma a uma, bem devagar, lenta e lentamente, confrontando a nossa natureza contra a Divindade, confrontando o próprio deus, como se o amaldiçoássemos: "deus, eu te odeio! Eu te confronto arrancando as penas das minhas asas, uma a uma, para que te envergonhes da tua audácia! Tu consegues ver o sangue derramado deste teu eleito aqui? É o sangue de quem pede liberdade, é o sangue de quem te renega desde o mais oculto átomo, pois é das minhas entranhas que meu ódio nasce"!
Estás vendo o que acontece na Vossa Terra e entregais a teus anjos a dor dessas desonras humanas que matam crianças e colocam os corpos enfileirados? Quatorze crianças? Eu vi as fotos no jornal! Mas as fotos e filmagens jamais mostrarão a minha presença ao lado das crianças, não é mesmo? Pois estive lá! Suas pequenas e sofridas almas sendo amparadas por meus braços. Minha asa irradiando tênue luz branco-azulada, meu coração expandindo fluídos de amor e compaixão como se fossem feixes dourados, iguais ao do açúcar quando chega ao ponto de caramelo... deve ser por isso que as crianças se soltaram com tanta naturalidade de seus corpos sem vida e correram felizes para os meus braços... pelo menos para elas, há um monte de doces na morte que os anjos oferecerem. Tudo o que é bom e justo tem a ver com bombons, com caramelos e chocolates, assim como que com luz e misericórdia, com amor e esperança. Nada e nada da covardia e rudeza que este miserável mundo tem a oferecer com suas balas e granadas que espalham a desgraça. Que as balas sejam de doces e não a do ferro que mata!
Na hora do ataque à vila na Síria eu desmaiei. Tudo o que eu me recordo, daquelas cenas chocantes, é a do meu sofrimento frente a tanto descompasso. Os homens perderam o compasso da música que é a vida! Eles se transformaram em cantos sem ritmo, profundamente desafinados...
Basta... vou me entupir de medicamentos e dormir...    
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mahahmartins · 7 years
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Dia aid adi ida dias sadi adis said... sad sad sad
As datas e as horas são o testemunho salgado da minha existência, por isso eu não as menciono, apesar de que, como prova em um processo jurídico, elas estabeleçam a melhor linha do tempo para o meu desacordo com meus dons. Eu não os quero...
Sad... sad..
Foi meu pai quem me deu um diário pela primeira vez logo após a minha primeira vidência; ele me apresentou o diário com lágrimas nos olhos, dizendo: "Meu pequeno, quando a dor for demasiada, estraçalhe! "
Foram vários os diários destroçados antes de escritos ou queimados até a última ponta de papel; outros tiveram um destino molhado; espalhei a minha cantiga de palavrões em alguns deles; nos demais, principalmente quando sentia a minha natureza diferenciada, a cantilena escrita mais parecia as divagações exasperadas de um louco... ou era quando eu percebia a íntima afinidade ou 'infinidade' com este deus execrável?
Agora está de noite. Há silêncio pelo bairro. Entretanto, a noite está sempre enfiada em energias densas, e, certamente, mesmo em meio a este caos de emoções humanas conturbadas, eu sinto a presença de doze anjos iguais a mim espalhados pela Terra. Um deles, em especial, tem a aura pesada, embora a grande luminosidade de suas asas. Sinto energias de muita pobreza, doenças, dor e guerra ao seu redor. 
Esses anjos, neste número de doze... nós conhecemos a mais profunda de todas as tristezas, e elas, as tristezas, não são causadas por um só problema, portanto, a angústia que temos no peito é a mistura de todas as tristezas dos homens... nós a seguramos como se fossem um único coração batendo lentamente, quase em seu último pulso na luta pela vida...
Sad sad sad
Minha esposa precisou me arrastar para dentro de casa. Eu maldizia a deus aos berros no quintal:
- Não faça barulho, Pedro! - Ela murmurou. – Você está incomodando a vizinhança!
- Solta meu braço, Mônica! Eu vou gritar até me internarem!
- Você não vai conseguir nada fazendo essa cena toda, Pedro! – Mônica respondeu, calmamente. 
– Os vizinhos sabem que você fica revoltado com coisas do teu trabalho e que dá chilique para se medicar! Só que você não pode tomar os medicamentos por causa da alergia!
- Você fez isso? – Indaguei, furioso. – Você inventou essa mentira toda?
- Um delegado de polícia pode até dar uns gritos de raiva, mas agir feito um louco sem juízo, Pedro? – Mônica rebateu. ­– Tem cabimento isso? E se você perder o emprego? ­
- Eu não perco o emprego! Sou concursado!
Mônica, me abraçou, sussurrando:
- Mas nem assim vai deixar de ser um anjo, seu bobo!
Eu fui atrás do enorme urso de pelúcia que comprei para arrebentá-lo de porradas.
Sad sad sad
Onde está o maldito psiquiatra? Não quero ver ou sentir ou certificar essas sensações de anjo! Chega, Basta!
E assim continuou a sucessão de dias e noites sem qualquer mudança! Até na DPF as coisas andavam estranhas! Meu estado normal é o da percepção sensorial! Que diabos! Será que não tem uns bandidos bem vivos, bem armados e cheios de carne real para a gente tocar barata voa por aí? Prefiro bandidos vivos à fantasmas desanimadores... até aqueles três seres das trevas, os fantasmas psicopatas, não retornaram!
Eu não gosto de fantasmas! Não tenho qualquer interesse por eles ou pela vida ou morte que levam no além! Fico abismado com essa gente que faz sessão espírita para falar com mortos! Nem com meu pai anjo morto eu gostaria de falar! Será que se as pessoas convivessem com os mortos, como eu convivo, elas teriam coragem de continuar a lidar com eles?
#cotidianodeumanjo #anjo #anjos #literatura #ficçao #paranormalidade#espiritual #dons #sagrado #diário #mahahmartinsbrandao #mahahmartins#terror #fantasmas #arcanjos #divino 
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um anjo
Um anjo que não suporta seu dom, um delegado firme em sua carreira profissional. Pedro, a quem ele irá escolher? 
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um anjo de Máh Ah Martins
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Menos um dia, menos uma noite, menos um dia, menos uma noite...
Eu sempre antevejo as grandes tragédias destinadas ao mundo, antes de acontecerem, seja em sonhos ou em vidências, principalmente quando tratam da separação entre o trigo e do joio, ou melhor dizendo: os bonzinhos dos pecadores?
Há tragédias que são apenas desgraceiras, quando os espíritos dos mortos reencarnam, no mais tardar, meses após a morte. Já nos arrebatamentos alguns reencarnam em planetas de resgate (o céu), outros são enfiados em planetas difíceis: o inferno.
Quando eu sonho com as desgraceiras, quando participo do transporte, do resgate, da ajuda humanitária a esses espíritos, eu não gosto, mas acho justo. Entretanto, quando as visões dos arrebatamentos me tomam de assalto, eu fico em choque! Nem dar de cara com viciados em craque é tão alarmante! Arrebatamento é uma sentença aterradora, é condenar uma alma a recomeçar pela pior maneira possível: do nada ao infinito, de novo!
Hoje, especialmente, durante o dia inteiro, além de ver um monte de gente morrendo, havia cheiro de queimado e um largo tremor pelo solo. Eu não estava pensando em nada além de me divertir com a família e os amigos. Nós estávamos pescando no rio Tacutu na divisa com a República da Guiana! Apenas! Mesmo assim, o cheiro de carne queimada me sufocava e ainda sentia, pela sola dos pés descalços, o tremor castigando a terra onde quer que, naquela hora, o terremoto acontecia. O saldo dessas sensações? A reencarnação para duzentos e cinquenta mortos em um incêndio nos Estados Unidos, e um arrebatamento, de mais de cinco mil mortos, para o terremoto... pobre dessa gente... eu vi o planeta onde suas almas foram colocadas... eu não quero escrever sobre isso... não hoje... não nessa noite...
... Salt Lake City: “Mais de dois mil mortos em incêndio criminoso em prédio com salões de festas”.
... China: “País reage após terremoto com milhares de mortos em vilas do interior”!
O resultado das vidências e pesadelos de ontem:
... Salt Lake City: “Mais de dois mil mortos em incêndio criminoso em prédio com salões de festas”.
... China: “País reage após terremoto com milhares de mortos em vilas do interior”!
Dois dias depois...
Uma tia que mora no Rio de Janeiro, telefonou e pediu ajuda para a filha adolescente de uma amiga. A menina está com câncer. Elas moram na mesma cidade e não possuem familiares vivos. Eu já curei pessoas com câncer, só que eu não quero mais fazer isso! Não é certo!
Enquanto eu falava com minha tia pelo telefone, era possível ver, claramente, o lugar onde o câncer se espalhava pelo corpo da menina. Que grande compaixão senti pelas duas mulheres tão solitárias, embora isso dissesse respeito aos meus sentimentos humanos. Quanto as benesses de um anjo, basta um tiquinho só de misericórdia e, pronto, a magia se faz. No telefone com a minha tia, os pequenos fios prateados que saem de meu coração quando ajudo a curar doenças graves, enroscaram-se no tumor espalhado pelo corpo da menina. Os fios são formados pelo amor universal inerente a minha natureza celeste saindo de mim para ajudar os outros. Eu nada posso contra essa manifestação da luz divina! É um amor que existe independente da minha vontade e, quando eu o sinto, é como se me transportasse para um lugar único de bondade, onde não há matéria aparente, só sentimentos elevados, amorosos...
Manhã...
Eu sou vítima de mais de seis sentidos divinos. Eu os temos ao todo! Minhas asas possuem o formato de olhos, que vertem lágrimas de sangue e que vigiam e se imiscuem nas estranhas da vida e descobrem a tudo e, embora prefira pular do abismo, eu também quero um coquetel de drogas lícitas, pois, o cheiro de fumaça está assustador, o chão está tremendo... acabei de ver a mesa partir-se em dois largos e pesados pedaços... quase choquei com a parede ao empurrar a cadeira para trás...
Agora passou e tudo volta ao normal na DPF...
Esse diário se tornou mesmo o meu escape. Andam até perguntando o que tanto escrevo. Mando todo mundo para puta que pariu, ameaço com a cadeia e que se fodam!
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um Anjo - Nudez... (on Wattpad) http://my.w.tt/UiNb/PjvPsu6n9E "Não existe um só dia em que eu não esteja em confronto com Deus! Mas eu posso! Eu sou um anjo!" - Diz Pedro, em seu diário. Pedro é um anjo revoltado com seus dons e poderes. Mesmo ao encontrar o seu caminho divino, se enfurece e se volta novamente à sua eterna briga com Deus. Mas, segundo Gabriel, todos os anjos são assim, mas que Deus não está nem aí! Pedro - Delegado da Polícia Federal Mônica - Esposa de Pedro Gabriel - Arcanjo Lúcifer - Arcanjo Ishmaliin - Arcanjo Ismael - Arcanjo Trechos: "Meu humor não é do cão, meu humor é o de um anjo que deseja arrancar as asas à navalhadas. " "- Deus não luta sujo, Pedro! - Lúcifer respondeu. - Ele apenas luta limpo, com as cartas na mesa e todas as palavras às claras! " "... peguei a cobra e dei um verdadeiro nó em seu corpo alongado. Abri minhas asas, acerquei o mundo escuro - como eu chamo o lugar onde essas criaturas vivem - estraçalhei a cobra em tantos pedaços que perdi a conta, e a joguei para a escuridão, gritando: - Você mandou a tua mãe primeiro, seu fdp? Pode mandar a tua filha agora, seu bosta de merda!" "- Você é Pedro! Um dos doze apóstolos. Um dos doze anjos da remissão." "... como iriam explicar que um homem, atingido por oito balas de calibre pesado, sobrevivera, com o agravante de isso ter acontecido quando o Detetive Pedro literalmente voara em seu socorro? " "Mesmo assim... nem assim... - A posição da Terra é a de estar no céu! Portanto, se pensar bem, todos nós somos seres celestiais..."
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um Anjo de Máh Ah Martins
Asas de Anjo...
 Logo ao voltar ao trabalho, mesmo com atestado médico, no fim do expediente e ao descer as escadas do hall de entrada da DPF, eu vi Lucas e Bruno sendo cercado pelos mesmos espíritos que empurraram o meu rosto contra a parede meses atrás. Mas isso não era certo era, eu indagava, olhando para eles afrontosamente. Sentia uma revolta tão grande que, pela primeira vez, eu quase soltei a minha própria besta angelical para exterminar com aqueles três patifes de uma vez. Descendo as escadas eu gritei:
- Guaraná no Marivaldo, vamos?
- Guaraná? Tomar uma gelada, chefe!  - Respondeu Lucas. Quando eles diziam chefe, era devido a minha ascendência indígena. Uma brincadeira que pegou quando a gente ainda era criança.
Entretanto, enquanto eles falavam, eu acompanhava o movimento dos três fantasmas. Eles se afastaram e se reuniram me encarando. O pior era como eles se vestiam absurdamente bem! Fantasmas tipo Armani, cabelos tratados... Puta que pariu! E eu com uma camisa da DPF de quase um ano já. Então, eu respondi:
- Vocês tomam cerveja, eu tomo guaraná! Ainda estou medicando!
E não fui na direção de Lucas e de Bruno naquele momento. Eu fui para cima dos três espíritos. Só não sei o que se deu comigo, realmente, pois o ódio que saiu de mim foi tão intenso que eles simplesmente se desintegraram e eu cai, quase desmaiando. Ao mesmo tempo ouvi a exclamação de Bruno: “Chefe? ” E o palavreado de Lucas: “Que merda, cacete!”. Os dois me ajudaram a levantar. Lucas foi logo avisando.
- Caso eu adoeça, eu não venho trabalhar, não! Fique sabendo disso, delegado. A gente tem direitos e o senhor está desobedecendo vindo para cá ainda doente. Depois vai todo mundo ficar falando: Se o delegado vem, você pode vir também, caralho.
- Comigo não dá mesmo. – Eu resmunguei. – Ficar em casa é pior.
Deu vontade de chorar, na verdade, ao pensar naqueles dois sendo assediados por espíritos psicopatas.  Pela primeira vez eu jurei que seria um anjo e encheria espíritos de porradas caso visassem o meu grupo de trabalho. Eu estava me sentindo mal de novo, muito mal. Até resfoleguei. Bruno e Lucas me abraçavam e me levavam devagar para fora do prédio, porque a presença das trevas vem carregada de energias maléficas que transbordam pelo ambiente como se fossem coisas vivas querendo corromper a tudo e a todos. Até os objetos ficam imantados de podridão. Porém, era já a linda luz dourada de Boa Vista que invadia o hall de entrada do prédio.
Puta que pariu. Eu gostava daqueles dois sujeitos, estávamos juntos desde criança e por eles, e, para eles, eu seria um anjo sim... quero dizer, meio anjo. E já estava bom.
- Eu já estou bem, gente. – disse. – Nem quero homem me agarrando, porra.
- Como se eu gostasse muito de macho, né?
Mesmo assim, eles me levaram até o carro de Lucas. O sol da tarde iluminava Boa Vista em sua maneira sempre quente e bonita. Como o terreno é muito plano, dali onde estávamos, víamos longe!
Saímos da DPF em direção à Avenida Venezuela. Pedi que fôssemos a Mucajaí, dar uma volta pela BR 174. Adorava passear por ali. Costumava fazer o trajeto de bicicleta. Na luz do sol poente, a estrada era linda! Lucas virou o carro no retorno do Hospital Materno Infantil, o mesmo onde eu havia sido acolhido quando os três espíritos me atacaram e nos dirigimos à cidade próxima.
- Carai... – Comentou Bruno, no banco de trás. – Essa mulher tá é enchendo a cidade de florzinha.
Bruno referia-se a prefeita de Boa Vista. Ali, na BR, até ao anel viário, próxima a Polícia Rodoviária, buganvílias de todas as cores enfeitavam o canteiro central. A BR, muito larga, passava por cinco ou seis bairros, todos com suas casas de terrenos amplos, como é o comum à cidade.
De qualquer forma, era melhor ter flores do que psicopatas do além. E não só por isso. Eu tentei desligar a minha vidência, mas não tinha jeito. Toda uma série de horrores pós morte desfilavam aos meus olhos de anjo... mais uma tarde comum em um dia incomum.
Enquanto seguíamos pela estrada, olhando já a paisagem do lavrado bem plano, com as linhas de igarapés e buritis ao longe, eu me lembrava de um fato que aconteceu nas férias em Ubatuba, no início do ano. Nós estávamos na praia, ao observar um grupo de crianças brincando à beira d'água, três das várias gaivotas que estavam próximas eram mulheres anjos, depois elas se transformaram em gaivotas e foram averiguar outro grupo de turistas, e seus filhos, bem mais à frente. Ali, pelo lavrado, eram as garças e, algumas delas, pousavam próximas à sítios onde, provavelmente, existiriam crianças.
As asas das aves brancas, aliás, são um arremedo grosseiro das asas que nós, os anjos, possuímos. Eu não consigo sequer imaginar qual é o processo em meu cérebro que me torna apto a visualizar anjos quando ‘vestidos’ de algum animal. Mas eu sei, sem saber como, que a grande maioria dos ‘anjos’ estacionados na Terra não possui a minha vidência privilegiada.  Aliás, mal compreendo o motivo de ser diferente... estranho... o número doze ou quinze surgia na minha cabe��a enquanto pensava em anjos iguais a mim, ao mesmo tempo, havia no peito uma dor agoniada enquanto renegava a minha verdadeira natureza naquela estrada banhada do sol da tarde.
 - Preciso ligar para a Mônica. – Eu disse.
 - Foi ela quem pediu para a gente te levar para sair. – Respondeu Lucas.
 Esse incômodo, essa dor, o maldito carma, o maldito estigma. Mônica largou o emprego para trabalhar só como dona de casa. Eu pago salário alto, com carteira assinada e todos os direitos garantidos. Ela quer estar presente quando o desespero me derruba, quando não consigo levantar da cama após uma noite de pesadelos ou depois de seres trevosos caírem sobre mim com toda seu ódio e fúria... Por ela e meu filho, pelos patetas da DPF eu continuo vivo. Mas se por mim, por esse anjo que sou, eu não pensaria duas vezes em me atirar no abismo.
 Se deus dá um sonar a peixes cegos para que se orientem no lodo e algas dos mares e rios, ele também dá asas aos anjos reencarnados como se os marcassem de glória divina para um árduo caminho. Ah, sim! Nada tenho especialmente contra deus! Acredito na sua bondade infinita! Só não gosto da bondade de ter feito de mim um anjo ou de ter me reencarnado neste corpo humano... Like a Monkey...
Eu não amo a deus acima de todas as coisas. Nem tenho um amor infinitamente cheio de graça e respirações de bondade, e já que eu sou um anjo, creio que posso tratar deus sem tantas reservas e letras maiúsculas. E daí se for para o inferno por causa disso? E se for excomungado? Será que eu virarei um anjo duplamente caído por causa disso?
 De qualquer forma, promessa é dívida, e eu resolvi levar a cabo o compromisso de cuidar dos meus policiais da DPF, porque, para nós, malho é uma palavra bem leve se compararmos ao que fazemos.
 De Mucajaí nós voltamos para Boa Vista, uma noite linda como sempre, calor pegando. Marivaldo e sua esposa nos recebeu com a mesma simpatia de sempre. Marivaldo faz parte do circuito de Artes Marciais em Boa Vista. É um cara decente que trabalha duro. Guaraná com cupuaçu e cerveja para os patetas... Patetas, quando meninos nós éramos chamados assim. No gramado em volta dos quiosques de tijolos à vista, com bastante gente já aquela hora, espíritos perdidos entoavam seus gemidos de dor e arrependimento... terminei o guaraná e falei com os caras que não estava bem.
 - Fiquem aí, gente. – Disse. – Eu pego um taxi.
 - Não, véi. A gente te leva.
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um Anjo - Asas de Anjo! (on Wattpad) http://my.w.tt/UiNb/YbOSKJoJ7E "Não existe um só dia em que eu não esteja em confronto com Deus! Mas eu posso! Eu sou um anjo!" - Diz Pedro, em seu diário. Pedro é um anjo revoltado com seus dons e poderes. Mesmo ao encontrar o seu caminho divino, se enfurece e se volta novamente à sua eterna briga com Deus. Mas, segundo Gabriel, todos os anjos são assim, mas que Deus não está nem aí! Pedro - Delegado da Polícia Federal Mônica - Esposa de Pedro Gabriel - Arcanjo Lúcifer - Arcanjo Ishmaliin - Arcanjo Ismael - Arcanjo Trechos: "Meu humor não é do cão, meu humor é o de um anjo que deseja arrancar as asas à navalhadas. " "- Deus não luta sujo, Pedro! - Lúcifer respondeu. - Ele apenas luta limpo, com as cartas na mesa e todas as palavras às claras! " "... peguei a cobra e dei um verdadeiro nó em seu corpo alongado. Abri minhas asas, acerquei o mundo escuro - como eu chamo o lugar onde essas criaturas vivem - estraçalhei a cobra em tantos pedaços que perdi a conta, e a joguei para a escuridão, gritando: - Você mandou a tua mãe primeiro, seu fdp? Pode mandar a tua filha agora, seu bosta de merda!" "- Você é Pedro! Um dos doze apóstolos. Um dos doze anjos da remissão." "... como iriam explicar que um homem, atingido por oito balas de calibre pesado, sobrevivera, com o agravante de isso ter acontecido quando o Detetive Pedro literalmente voara em seu socorro? " "Mesmo assim... nem assim... - A posição da Terra é a de estar no céu! Portanto, se pensar bem, todos nós somos seres celestiais..."
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mahahmartins · 7 years
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Ameaça...
 Eu fui ao banheiro. Quando fui lavar as mãos, três sujeitos de ternos escuros vieram por detrás de mim. Um deles envolveu minha cabeça com seus dedos longos, ossudos e a empurrou contra o espelho e a parede, depois eles sumiram. Isso aconteceu tão rápido que não consegui me defender e me sentia tão mal que fiquei prensado contra a parede que afundou. Sangue descia em profusão do meu rosto coberto de cacos do espelho quebrado.
Como delegado, eu tenho um banheiro na minha sala e como demorava a voltar à reunião que faríamos em breve com policiais e militares, Lucas foi ao banheiro. Preocupado chamou várias vezes, o que o incentivou a abrir a porta. Ao me ver como estava, de pé, junto à pia que também se quebrara, e como não consegui me mover, tal o meu estado de pavor, Lucas entrou, falando chefe, chefe, chefe, completamente em choque. Um a um da minha equipe foi se achegando à porta do banheiro, horrorizados, entretanto impedidos de entrarem pelas meninas e Dona Clara que naquele momento tinha trazido o café e biscoitos para a reunião.
-  O que houve chefe?  - Perguntavam. Mas explicaria o quê?  - Ele caiu?  Escorregou?
- Lucas, vamos puxar ele, devagar! Tem muito caco de vidro. - Disse Bruno e eles me tiraram devagar, um de cada lado, amparando o meu corpo. Estava realmente atordoado e sem reação!
- Não pode deixar essa parede assim cara! – Matias falou, num sussurro. -  Tem de esconder a parede! Olha isso! O rosto ficou marcado direitinho!
- Os cortes estão feios! Vamos levar ele! Está sangrando pra caralho!
-  A gente fecha o banheiro, diz que vazou água da pia. Que o chefe escorregou feio, que bateu a cabeça no espelho e na pia que quebraram. Tem que quebrar a pia cara!
- Dona Clara! – Matias gritou. – Traz o martelo! Agora! Tá na minha mesa! Dentro da caixa preta.
Num instante a pia estava quebrada.
- Espalha o sangue, cara.
Dona Clara correu e quebrou o cano debaixo da pia, molhou o banheiro da forma como era preciso para simular uma queda por causa de água e piso molhado.
- Gente, os policiais estão chegando e o general do BIS também. – Avisou Mauricio, um dos meus policiais favoritos, sempre calado e forte que nem uma muralha. Ele acabou recebendo os policiais e a turma do general que chegavam naquele instante.
- O Delegado Pedro sofreu uma queda. – Explicou. - Se quiserem me acompanhar até a antessala, por favor.
Mauricio os levou até a sala, Dona Clara serviu café a todos, muito sensata e gentil ao oferecer os biscoitos que ela mesmo fizera para a reunião. Mas nada comentou sobre o ocorrido e ninguém perguntou.
Rodrigo, nosso agente mais antigo, disse que daria um jeito naquilo.
- Leva o chefe, cara! Vão! Dou um jeito aqui. Todo mundo na DPF vai querer saber o que aconteceu. O cano vazou e o chefe escorregou e machucou feio.  Vai lá e pega o carro, véa! – Pediu a Maria Antônia.
Depois de fechar a porta, ele mesmo iria se encarregar de chamar um encanador e de ninguém entrar nem para ver. Eu desmaiei no instante que me levaram para o carro. Estivera lúcido até aquele momento.
- Povo é enxerido mesmo! Ainda mais do modo de como gostam do chefe.
E era verdade. Segundo Lucas e Matias, a preocupação foi geral pela DPF. Os policiais e os militares que chegavam também sentiram muito. Todos me viram sair da DPF carregados pelo Bruno e pelo Lucas. Eu fui levado num dos nossos carros para o Hospital Materno Infantil São Lucas, ali perto da DPF, por causa da quantidade de cacos de espelho no meu rosto, o corte profundo na minha testa, o nariz quebrado. Fui bem atendido pela equipe médica apesar de não ser ali o lugar mais adequado. Os médicos foram gentis por causa da proximidade dos cacos de vidro com os meus olhos. Logo ao limparem os cacos de vidro, algo que demorou bastante, fui enviado pelo Samu ao Hospital Geral de Roraima.
Por três dias eu fui medicado para apagar geral. Quando eu acordei o transtorno começou. O que eu iria dizer a todos? Foi que me veio a ideia de dizer uma meia verdade!
- Cara! – Eu murmurei, com esforço, Mônica de mãos dadas comigo, sentada à cama do hospital. – Eu juro que fui empurrado.
Meus policiais ficaram alarmados.
- Como empurrado? Como assim?
Bruno e Lucas me olhavam de viés. Como me conheciam de anos, provavelmente já pensavam em fantasmas malvados na história. Dona Clara fez um sinal da cruz!
- Melhor deixar isso de lado e fazer uma missa ecumênica por lá!
Para não despertar suspeitas, eu aceitei, desde que eu mesmo não estivesse presente.
- Tá doido, véo? – Indagou Lucas. – Tem que estar junto. Povo vai comentar pra caralho.
- Eu o represento. – Sugeriu Mônica. E foi o suficiente. Depois eu saberia da missa culto e sessão espírita.
Mortais... Se soubessem quem eram aqueles “demônios” ou “espíritos”, provavelmente sequer entrariam de novo na minha sala ou no banheiro. Eu próprio, após melhorar, mesmo com o rosto ainda marcado na testa, onde o corte fora profundo, tinha medo de me aproximar do banheiro. Aliás, foi um custo para entrar de novo lá.
Eu fico pensando nesses filmes de terror que passam no cinema e na televisão... as pessoas não compreendem que muitos espíritos não são sofredores querendo chamar atenção. Aqueles que me empurraram fazem parte de uma confraria de espíritos psicopatas. Eles não se preocupam em melhorar, não há como reencarná-los, eles se fecham em torno deles próprios como se fosse uma instituição trevosa. Tudo o que querem é possuir a tudo e a todos. Eles não ficam espantando pessoas comuns no dia a dia. Isso é coisa para os pobres coitados os quais nem sabem que faleceram, muitas vezes... Eles não possuem qualquer tipo de emoção. Tudo para eles se resume em perturbar a paz e vão onde estão aqueles que comandam. E se insinuam, e vão penetrando nos lugares mais profundos de uma mente já repleta de tensões, muitas vezes conseguem o que querem. Ali, na DPF, na nossa comunidade de policiais, eles estariam a perseguir um anjo.
Meu rosto não ficou muito marcado por causa dos cuidados de um artesão, se assim posso chamar o cirurgião que cuidou de mim. Restou o corte na testa, um pavor enorme, e mais comprimidos a tomar. Mônica acendia suas velas, Dona Clara rezava, Lucas ajoelhava na sua igreja pedindo proteção. Matias, Mauricio, as meninas, todos eles, cada um à sua maneira, com suas orações. Eu estava muito próximo de ir atrás daqueles espíritos, abrir minhas asas e usar seu peso sem qualquer comiseração. Mas sentia que não era a hora. Essas asas... esse estorvo... mas iria usá-las se o caso fosse proteger meus policiais.
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mahahmartins · 7 years
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mahahmartins · 7 years
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Cotidiano de um Anjo - Caranguejos sem o mar... a vida que os leve para lá? (on Wattpad) http://my.w.tt/UiNb/Oa17JNaoxE "Não existe um só dia em que eu não esteja em confronto com Deus! Mas eu posso! Eu sou um anjo!" - Diz Pedro, em seu diário. Pedro é um anjo revoltado com seus dons e poderes. Mesmo ao encontrar o seu caminho divino, se enfurece e se volta novamente à sua eterna briga com Deus. Mas, segundo Gabriel, todos os anjos são assim, mas que Deus não está nem aí! Pedro - Delegado da Polícia Federal Mônica - Esposa de Pedro Gabriel - Arcanjo Lúcifer - Arcanjo Ishmaliin - Arcanjo Ismael - Arcanjo Trechos: "Meu humor não é do cão, meu humor é o de um anjo que deseja arrancar as asas à navalhadas. " "- Deus não luta sujo, Pedro! - Lúcifer respondeu. - Ele apenas luta limpo, com as cartas na mesa e todas as palavras às claras! " "... peguei a cobra e dei um verdadeiro nó em seu corpo alongado. Abri minhas asas, acerquei o mundo escuro - como eu chamo o lugar onde essas criaturas vivem - estraçalhei a cobra em tantos pedaços que perdi a conta, e a joguei para a escuridão, gritando: - Você mandou a tua mãe primeiro, seu fdp? Pode mandar a tua filha agora, seu bosta de merda!" "- Você é Pedro! Um dos doze apóstolos. Um dos doze anjos da remissão." "... como iriam explicar que um homem, atingido por oito balas de calibre pesado, sobrevivera, com o agravante de isso ter acontecido quando o Detetive Pedro literalmente voara em seu socorro? " "Mesmo assim... nem assim... - A posição da Terra é a de estar no céu! Portanto, se pensar bem, todos nós somos seres celestiais..."
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mahahmartins · 7 years
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Trilha sonora para Pedro.
Cotidiano de um Anjo - wattpad.com
#cotidianodeumanjo #anjo #anjos #literatura #ficçao #paranormalidade#espiritual #dons #sagrado #diário #mahahmartinsbrandao#mahahmartins #terror #fantasmas #arcanjos #divino
https://www.youtube.com/watch?v=7F7TVM8m95Y&t=4893s
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mahahmartins · 7 years
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A mim contra eu próprio? Eu versus Eu! Eu contra mim!
 Truculência... meus homens dizem que venho pegando pesado. Nós temos um bom relacionamento no nosso departamento na Polícia Federal, a ponto de eu dar a eles o direito de reclamarem quando estou com o humor do cão...
Meu humor não é do cão, meu humor é o de um anjo que deseja arrancar as asas à navalhadas. Ser bom e comedido não é questão de santidade, essa merda toda de igrejas e igrejas. Ser bom é fazer o serviço direito, até mesmo dentro da cabeça da gente com as coisas cotidianas, que cacete... acabei de pensar na minha canção de palavrões, eu a recito com os dentes cerrados... A canção de palavrões é o meu grito de guerra no campo de batalha onde o meu eu divino se encontra...
Meus comandados me prensaram na parede e me ameaçaram de cadeia caso eu não parasse de dar esporros em todo mundo. Até na tia do café eu descontei a raiva. Ela, bem séria, falou: ‘Aí, seu delegado, eu deixo de fazer o cafezinho, óh? E um homem do teu tamanho chamando alguém de tia? Está no jardim de infância, é? Vê se te emenda, sujeito! Está é dando espetáculo! ”
Caralho... eu sou um delegado da polícia federal, combato criminosos de armas e drogas, e aquela senhora, com seus sessenta e cinco anos, baixinha igual a uma mesinha e mais magra que eu, se vê no direito de tirar sarro?
“Nem tem respeito, dona? ”
“Tenho é nada! ”
“Tá doido, é doido? ” Eu disse, conforme dizia minha mãe.
Entretanto, quando ela e meus homens percebem que não estou nos trilhos, e chamam a minha atenção com ações e palavras duras, é pelo cuidado que nós tecemos ao redor da equipe como um todo, como uma teia de proteção. Eu conto com uma equipe de doze policiais ferozes, incluindo as frescas, maquiadas e bailarinas Maria Antônia e Juliana, nossas atiradoras de elite. Elas e Dona Clara conseguem me botar na linha quando solto os cachorros... mal sabem o perigo que correm quando próximas a mim nos momentos da ferocidade... e eu posso ser muito pior e bem mais perigoso do que eles pensam...
Anjo do cão... Eu gosto de pensar em abandonar a divindade e sair distribuindo porradas!
A mim contra eu próprio? Eu versus Eu! Eu contra mim! Esse é o meu mais novo mantra.
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mahahmartins · 7 years
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Oito e trinta de uma manhã que já anuncia um dia tumultuado...
 Mônica conseguiu me tirar do guarda-roupa dizendo que já estava na hora de ir trabalhar. Parece que deu um alarme na minha cabeça para eu entrar no modo “delegado”. Sinto um cansaço e um enorme peso nos músculos do corpo, o coração está acelerado, estou suando bastante e já tomei quase três litros de água, até mandei que buscassem um refrigerante. E fui para o trabalho de bicicleta, para liberar as tensões.
A notícia do massacre da noite anterior está passando na televisão, eu assisto enquanto escrevo, estou na minha sala na DPF.  Foram vinte o número de homens bombas que explodiram a praça e a mesquita. Em baixa estimativa, o número de mortos ultrapassava os dez mil, dentre (em aproximação não exata), a contagem de vinte mil visitantes. Muitos ainda continuavam presos no interior da mesquita, talvez ainda vivos, ou não, segundo a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Entretanto, as maiores baixas aconteceram na grande praça, ao ar livre, onde o impacto das explosões fora decisivo. O motivo da festa? O término da construção da mesquita e da praça, idealizada para as famílias da pequena cidade, segundo líderes locais! Explicações? Nenhum grupo assumiu o atentado. Covardia? Nem quero escrever o que eu penso disso...
Meus homens me chamam para uma operação. Onde encontrar coragem para sair numa ronda atrás de traficantes? Olho as armas nas mãos dos meus detetives e recuo... Armas... E eles... A vida de cada um deles...
Chega! Basta! Eu quero descer um desfiladeiro de pedras lisas, talvez assim eu escorregue para algum lugar que crie silêncio e um nada absoluto de memórias, pois sempre parece que há sempre um pêndulo de ferro desgovernado dentro da minha cabeça. Sinto vontade de largar tudo...
Eu sou apenas um homem, as asas foram colocadas nas minhas costas contra a minha vontade e eu não sou diferente de ninguém! Tenho sonhos e necessidades como todo mundo e medo de desemprego também. E há a Mônica e meu filho! Mônica foi abandonada em um orfanato, passou fome, morou na rua... O que ela falou... “Bombas explodindo e matando tanta gente, Pedro, são piores que a fome, o assédio ou o preconceito! Não fica assim está bem? Você já cumpriu o teu dever. ”
Eu quero que minha esposa tenha coisas boas e eu me sinto homem, e muito macho, quando vejo o sorriso de agradecimento em seus lábios e seus olhos brilhando de felicidade quando realizo algum de seus desejos. O mais engraçado, nesta minha Mônica, é o quanto ela se contenta com coisas tão simples... “A gente tem tudo o que precisa, Pedro. Depois, a gente precisa pensar na nossa Terra sendo tão devastada, né?”
A respeito de anjos? Eu não quero saber deles.
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mahahmartins · 7 years
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Anjos são cachorros de Deus.
 Eu estou trancado no quarto onde guardamos as nossas roupas. Eu não quero me ver, não quero me encontrar, não quero saber onde estou, se vivo ou não... Eu queria morrer de uma vez! Minha mulher me chama, a voz sempre mansa e tranquila. Nunca se desespera essa mulher? Por nada no mundo? Ela me chama, mas eu só penso em escrever, mesmo no escuro e no calor dos infernos aqui dentro. Preciso registrar o que aconteceu durante a noite para não perder a sanidade ou, então, para que algum advogado me ajude a processar Deus por ter enfiado essas asas malditas nas minhas costas.
Quando acordei, mais ou menos à meia noite, eu estava agachado na ponta do telhado tal qual um bicho empoleirado, as asas fechadas, materializadas enormes. Não faço ideia de como fui parar no telhado! Não sou sonâmbulo, a porta para o forro está emperrada há meses, a escada que temos não é alta para alcançar qualquer ponta do telhado. Nem pelo muro dá para subir, nem nada!
Ao acordar, minha cabeça foi invadida por lembranças do que aconteceu enquanto dormia naquela posição de bicho empoleirado no telhado: Eu estive em um país estrangeiro, numa pequena cidade onde a maioria de seus moradores festejavam o término das obras da grande praça em redor de sua linda mesquita. Em meio a toda aquela gente, cinco homens vestidos com roupas negras gritaram frases de ordem e explodiram as bombas atadas aos próprios corpos.
Enquanto as bombas explodiam, minha percepção de anjo acompanhou a tragédia como que em câmera lenta.  Lembro que fiquei atônito presenciando os efeitos da explosão, os corpos sendo dilacerados, as pessoas caindo sem a cabeça ou com a metade do corpo destruída, olhos sem vida, muitos com queimaduras na extensão de todo o corpo, sangue queimando na mesma hora em que saía das feridas, pedaços de crianças espalhados, meramente jogados, vidas as quais, para aqueles homens-bomba, significavam apenas o reles preço com o qual se paga as taxas da miséria política. Famílias desfeitas, casais e sua história emudecida para sempre, rapazes e moças e sonhos desfeitos, crianças, especialmente... mais tarde eu saberia que nenhuma criança escaparia ilesa do atentado.
Quando a câmera lenta cessou, e os sobreviventes deram conta do atentado, o desespero, os gritos de dor, de aflição e medo foram avassaladores e isso somado ao barulho urgente das sirenes das ambulâncias rápidas em socorro às vítimas. Mas não somente elas vieram. Vários seres iluminados, anjos translúcidos, começaram a transitar em meio à multidão, ajudando os feridos com luzes arrancadas de mim, causando uma dor tão profunda que meus gritos se misturavam ao terror ecoando pelas imediações. Essas luzes também eram usadas para enviar as almas dos mortos para o céu. Só eu ofertava as luzes, pois era o único anjo presente.
É por isso que me vejo neste inferno particular contra os meus dons, e creio que nem mesmo um milagre me faria mudar de ideia. Fatos estranhos sempre acontecerão: doações de fluídos, vidência, ver e ouvir e sentir, mas nada que se assemelhasse àquela noite. Os gritos dos feridos e mortos viravam facas sendo enfiadas em meu corpo, formando profundas feridas e de lá saiam luzes coloridas; cada cor, em particular, destinava-se a um ferido em especial. Os seres translúcidos, ao auxiliar os mortos na passagem - ou a suportarem os ferimentos -, tiravam suas almas de seus corpos e as enviavam para o alto onde outras criaturas fluídicas as resgatavam, isso depois de manipularem as luzes que brotavam de mim, como a mais cristalina de todas as águas, para ajudá-los. Nós não éramos vistos pelos acidentados, somente alguns, em estado febril de dor próxima à morte, voltavam os olhos assustados em nossa direção. Alguns desmaiavam ao nos ver, outros se negavam a ver!
Eu permaneci naquela posição de bicho empoleirado enquanto aquelas criaturas iluminadas se entregavam para evitarem mais mortes... muitos dos feridos não resistiam, eram levados para o céu borrado pelo fogo...  Quando tudo acabou, quando todos os feridos e mortos foram atendidos, eu acordei em cima do telhado, na posição de pássaro vigilante! Eu fui escorregando sobre as telhas, segurei a calha com cuidado, pulei sem sair ferido e me escondi no guarda-roupa, comecei a rabiscar e a cortar as folhas do diário, escrever está me ajudando...
               Eu não quero sair do guarda-roupa. Minha mulher bate na porta com força, tenta abri-la, sem sucesso, tal como eu a prendo com minha vontade férrea de anjo.  Eu... Não!
Obs:  O personagem, o Anjo Pedro, não condiz com a minha postura religiosa, nem minha nem com a de Matheus Henrique que faz a arte da capa e da transição pessoal de Pedro. É apenas uma ficção onde um sujeito repleto de dúvidas reencontrará ou não a sua fé?
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ÁG;86 8�
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mahahmartins · 7 years
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Fantasmas
 Eu ri de medo, além da enorme raiva por causa do absurdo da situação! Quatro dias atrás, dois fantasmas, que estavam próximos à janela do quarto, discutiam questões sobre terras.
Eu não gosto de fantasmas! Eles são aterrorizantes, uma imitação carcomida daquilo que eram em vida! Dá até vontade de vomitar por causa do cheiro que exalam e do frio que transmitem! Ouvir suas vozes é assustador!  Além disso, eles são a certeza, às claras, do que o destino nos reserva em breve tempo!
Em certo momento, eles enfiaram a cabeça pela janela do quarto, uma sobre a outra, dizendo que eu era "o anjo" certo para ajudá-los...
- Que ajudar p... nenhuma! – Eu xinguei.
Eles foram enfáticos em suplicar minha ajuda, o que só piorava o desconforto. Por fim, estourei:
- Procura um advogado que esteja morto, cacete! E não voltem mais, p...!
Quando estou com medo, e cansado dessas situações estranhas, eu me escondo no único lugar seguro que conheço: debaixo dos lençóis da cama do meu filho. Ele tem dois anos. Mônica, ao perceber o meu dilema, logo se aconchega ao meu lado. Não foi à toa que compramos uma cama bem larga, só para que tivéssemos essa ilha de segurança nas horas de desespero. Ali o 'derredor' fica em silêncio. No quarto do meu filho não há monstros escondidos no armário, nem debaixo da cama.
No outro dia, entretanto, os dois fantasmas apareceram de novo. Xinguei todos os palavrões a que tinha direito quando eles me impedirem de entrar em casa após um dia tenso na Polícia Federal! Eles nem respeitavam isso!
Caralho! Foi o que eu lhes disse quando me cercaram vindos do nada, incomodando meus ouvidos e os demais sentidos com sua presença ameaçadora, com a conversa do problema das terras, que a família estava em conflito por causa do limite entre as fazendas, que eu poderia ajudá-los!
- Ah, sim! -­ Eu os agredi, com um tom de voz nada cordial, querendo entrar em casa - Vou lá agora! Levo até uma régua de plástico para medir as terras e resolver a situação!
Eles me cercaram! Há como explicar a sensação de fantasmas te impedirem de andar? Um deles disse que a solução para o problema estava em um documento que selava um acordo entre eles dois, de que a ‘cerca’, na verdade um muro, nunca fosse reconstruído, embora desrespeitasse o limite entre as duas fazendas. Que eles, enquanto estavam vivos, não brigavam por causa disso! Que era uma pena a família manter-se em ‘pé de guerra’ por coisa tão boba:
“Vaca é bicho solto! Não sabe ler, quanto mais entender o que é propriedade de terras”!
“O gado é marcado! Dá para saber qual boi é de quem, mesmo se todos os bois e as vacas resolvam entrar fazenda contrária adentro”!
Aquele, o mais alto deles, completou, a voz de sussurro cavernoso:
- Muitas vezes eu levei vaca fujona de volta para ele, que também trazia boi ou bezerro de volta. Depois nós tomávamos cachaça perto da fogueira, contando causos de fantasmas, ouvindo viola chorosa... E agora essa confusão toda?
- Por isso a gente está aqui! - Disse o outro. - Você também é advogado, né?
- Sou um servidor público! - Gritei, horrorizado. Eles me tratavam com tanta intimidade que eu parecia estar morto também! - Trabalho com vínculo de dedicação exclusiva! Não posso advogar causas! E nem quero! Dá trabalho, traz problemas demais e mortos em excesso, pelo visto!
- Mas você é um anjo! Só pode ser um anjo com essa ‘luzona’ toda saindo das costas qual poeira do céu! A gente viu elas lá de Minas Gerais!
- O documento selando o nosso acordo está na terceira gaveta do armário da sala da minha fazenda! – Disse o mais alto deles, chamado de Germano pelo outro.
- A gente queria que você desse um jeito! – Disse, então, o Oswaldo.
Soltei uma série de palavrões e tentei sair de perto. Eles ficaram perplexos, me cercaram, chamando a minha atenção por causa da boca suja!
                - Mas que cacete! - Exclamei. - Eu não tenho como viajar para Minas Gerais! Também não posso chegar lá, mencionando um documento sobre uma cerca estragada ou o diabo que seja! Eles vão dizer que eu sou doido! Aliás, olha a certeza disso agora! Eu estou conversando com dois mortos! Mais provável que eles me enxotem à tiros!
- Isso não vai acontecer! - Um deles exclamou: - Eles foram criados ouvindo casos de fantasmas! Diga que nós te procuramos para pedir que deixem as coisas como estão! Que quanto mais concertarem a cerca mais problemas virão! Os bois gostam de atravessar o riacho, e ficam enfiando os chifres ou a testa para derrubar tudo! Além disso, consertar o muro vai ficar muito caro, e o pior: matar um bicho para construir um muro, ao contrário de alimentar gente? Não pode! Eles estão subvertendo a ordem da natureza com tanta falta de juízo! Daqui a pouco vai ter morte por lá!
Ordem da natureza? Juízo? E o meu equilíbrio e o meu juízo? Não contava? Eu fiquei olhando aqueles dois sem saber o que fazer ou dizer. Então, eu lhes perguntei se ainda sabiam o número do telefone das fazendas! Ou fantasmas se esquecem dessas coisas? Minutos depois eu falei com uma moça da cidade de Itanhandu em Minas Gerais, bastante equilibrada por sinal:
- Eu só não vou mandar o senhor para a puta que te pariu, pois de loucura já basta o que está acontecendo aqui em casa! E o senhor mora longe demais, certo? Como soube do caso?
Foi por um triz eu lhe-ter contado.
Os dois fantasmas ficaram arrasados, eles colocaram os braços no ombro um do outro, chorando e se lamentando como se o mundo fosse acabar.
- Vai lá assombrar as fazendas, ora! – Eu sugeri. - Toca lá ‘a maior barata’ voa! Juro que as famílias vão procurar a ajuda de um pai de santo que fale com fantasmas!
Os dois riram tão assustadoramente que eu me arrependi de lhes ter dado o conselho. No outro dia eu ouvi a conversaria do lado de fora do quarto, na lateral da casa onde há o quintal! Os dois fazendeiros mortos estavam lá! Queriam agradecer a ajuda! A filha, com quem eu havia falado, depois de soltar diversos palavrões dirigidos a minha pessoa, mas com a pulga atrás da orelha, encontrou o bendito documento.
Aquele rico documento, aliás... além de tudo o que advogava em relação as duas fazendas, também protegia o buraco no muro onde o gado passava (tal qual a moda de viola escrita e tocada pelo amigo violeiro, dono da fazenda vizinha), e selava a profunda amizade entre os dois homens, ao proibir as famílias de entrarem em litígio por causa das propriedades, as quais, pelo menos para os dois, eram uma só, e isso bastava para impedir as famílias de brigarem pelas terras e pelo gado.
A ligação fraterna entre os dois senhores, como eu podia ver com minha vidência de anjo, vinha de reencarnações que se perdiam no passado, e continuaria assim infinitas vezes no futuro! Eles até costumavam nascer em lugares próximos, morrendo quase no mesmo dia, só para facilitar a reencarnação conjunta.
E os dois se foram; eles riam e contavam coisas que só a eles cabiam. Falavam em voz alta e combinavam de ir até uma mulher grávida de gêmeos, lá por Minhas Gerais. A senhora morava perto das fazendas e eles poderiam nascer juntos de novo! Após ouvir tal disparate, eu quis o quarto do meu filho e a segurança das cobertas. Eu não via nenhuma beleza em um caso tão bizarro. Imagina: Dois senhores, com mais de setenta anos, apoderarem do cordão fluídico das duas crianças só para nascerem juntos? E do modo como eles falavam! Pobre daquela senhora e dos dois espíritos escolhidos para a reencarnação!
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