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Eu me sinto uma pedra às vezes
No meio do caminho de alguém
Às vezes me chutam sem motivo nenhum
E outras eu ornamento o jardim de alguém
Na maioria das vezes, sem utilidade real
Pedras podem ser bonitas, não?
Também podem ter grande utilidade
Podem gerar alguma felicidade
Mas parece que não sou desse tipo
Ao menos não para quem desejo ser
Parece que sou áspera demais
E ornamentar é meu único valor
Talvez eu deva lixar as bordas
Aparar saliências
Talvez eu deva rolar pra longe
Talvez eu deva mudar
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Acumulando decepções pelo caminho
Recolhendo migalhas do que você resolveu me dar
Eu me pergunto sobre os seus critérios
Quais você usa quando decide o que mereço?
Será que alguma coisa é espontânea?
Ou será que você precisa pensar muito?
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Se tivessem me dito isso dois dias atrás, eu ia rir até a barriga doer e depois comer um docinho pensando em como isso daria um bom livro.
Vamos começar do começo...
Eu sou a Dai, uma escritora de fantasia e o que mais surgir na minha mente. Todos os dias as ideias surgem aleatoriamente e eu preciso escrever cada uma, porque esse é meu ganha-pão. Hoje, eu tenho um prazo muito curto para entregar 50 capítulos do meu livro mais recente: Contos de Serith, só que eu não faço ideia do que escrever.
Naquele dia, dois dias antes do ocorrido, eu me revirava na cama e rodava o apartamento todo pensando em como escrever. Tem IA pra tudo hoje em dia, eu podia só dar um migué e mandar ela escrever pra mim, só que eu tenho dignidade ainda (ou o que restou depois do último livro de contos eróticos).
Não importava quantos fios de cabelo eu perdia, ou como eu não tinha apetite nem libido... As ideias tinham parado de funcionar e o prazo de dois meses já tinha se tornado 25 dias...
Eu tava muito fodida, pra dizer o mínimo.
Tinha feito um miojo, se bem me lembro. Esperava ele esfriar na varanda, encarando o céu como se ele fosse me dar alguma resposta de como a minha história ia se desenrolar e nada vinha. O sol começava a se pôr e o céu tava de um laranja muito bonito, me lembrava as cores do pôr do sol que eu queria em Abyss. Apesar de ter criado um continente somente para seres do caos e completamente sombrio, eu amava aquele lugar.
Na verdade, era o que eu pensava ali na varanda, eu amava Serith inteira. Aquele mundo e toda a dedicação que eu coloquei nele só poderia ser explicada por um outro escritor com palavras mais amáveis que as minhas. Serith era meu filho, eu era a deusa benevolente e tirana dele... Trazendo desgraças e calamidades, mas plena felicidade e conforto. Eu amava tudo que anotava sobre aquele mundo, mas não conseguia passar do ponto da história em que eu estava.
Olhei minhas anotações de novo, pareciam tão incompreensíveis agora... Eu não fazia ideia do que queria dizer na maioria delas e isso me deixava louca. Como eu não podia entender minhas próprias palavras? Então, foi aí que tive uma ideia: hora de revisitar a história da minha personagem mais amada.
Eu tinha criado Yz'ra para ser a anti heroína, ela não fazia as coisas da maneira convencional e tinha uma moral muito duvidosa para seres como nós, humanos comuns. Ainda assim, ela era profundamente empática e reconhecia a dor dos outros, tinha palavras de conforto para todas elas. Não darei muitos spoilers logo agora, mas eu realmente a amava.
Fui revisitando seu passado, escrevendo trechos de quando ela era aprendiz de Zarek, momentos cotidianos que acrescentavam mais da história dela e de como se tornou quem era mais de três mil anos depois. Acabei por chegar numa parte empacada há muito tempo: o ritual de consumação como maga caótica.
Ali, Yz'ra sofreria mais do que em toda a sua curta vida e se tornaria mais próxima da alma colapsada que eu tanto amava (cara, eu sei que isso soa muito ruim, mas não foi nesse sentido). Essa parte me machucava de alguma maneira, sempre era incômoda.
Nesse dia não foi. A noite caindo e a única luz da tela do notebook deram uma ambientação perfeita para um lapso de criatividade. Apenas escrevi.
Não sei quanto tempo passei naquilo, mas meus dedos estavam formigando quando terminei e mal tive coragem de reler, apenas saí digitando tudo sem nem mesmo revisar a ortografia. Como em raros momentos, parecia que o deus da escrita tinha pegado minha mão e dito "sai desse bloqueio, filha da puta, agora tu escreve que nem gente". Acho que até cheguei a derramar uma lágrima, mas não tenho certeza.
Um dia sem comer nada e mal tomando água, quando meus dedos enfim pararam, eu meio que desmaiei. Um daqueles desmaios de gente anêmica, nada de mais.
Sorte que já tava numa posição ok para não derrubar o notebook. Eu não teria dinheiro pro conserto...
...
Sei que devem ter se passado mais de doze horas desde o meu desmaio até o momento que acordei. A sensação embaixo de mim era irritante, áspera e cheia de formigas. Tentei enxergar alguma coisa naquele breu infernal, mas era impossível para alguém míope que tinha perdido os óculos na queda.
Mesmo não enxergando, com certeza eu não estava no meu apê. O cheiro era de terra molhada e orvalho, como numa floresta, e embaixo de mim havia grama úmida.
— Onde cacete que eu tô agora? Me sequestraram e jogaram no meio do mato?
Desgraça, pensei tateando as árvores ao redor, tentando chegar em algum lugar que fosse, quem foi o fodido que me sequestrou? Minhas roupas vieram da Shein, cara... Eu não tenho ninguém pra pagar o resgate e acho que nem meus rins servem pra tráfico de órgãos
Levantei rosnando, o ódio me dominava e foi na base dele que saí tateando pelas árvores em busca de um caminho ou qualquer coisa parecida. Parecia ser alta noite, início da madrugada, as estrelas no céu quase não se viam pelas copas altas das árvores. Sei lá quanto tempo andei, mas foi muita coisa para alguém sedentário e só com um miojo no bucho.
Quando o sol começou a despontar e seus raios iluminaram meus passos, comecei a me arrepiar de verdade... A floresta parecia morta.
Árvores de galhos retorcidos como ossos secos e folhas negras como o inferno estavam diante de mim. O cheiro de terra molhada impregnava tudo e a névoa tornava as coisas ainda mais arrepiantes. Parecia um cenário de filme de terror dos mais tenebrosos.
E então, mais um cenário digno de filme macabro surgiu quando o sol despontou totalmente: um imenso castelo de pedras negras que exalava um cheiro característico de sangue seco me esperava em poucos metros.
E não só ele, lá também estava uma figura de cabelos brancos e olhos redondos, imensamente azuis. Muito familiar para mim.
Não porque a conhecia ou porque a gente era parente, mas porque eu tinha criado ela.
- Bem-vinda ao nosso mundo, criadora.
O sorriso travesso e o olhar de quem sabia de tudo... Eu não sabia que os traços fofos que tinha dado a essa guria iam me assustar tanto assim.
A única coisa que eu pensei foi: eu tô muito fodida...
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A liberdade de não ter ninguém olhando o que eu posto e poder falar sobre tudo, inclusive meus escritos
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Original design by molenaide
African American Miku! There's a trend on Twitter where people are drawing Miku from different countries and in cultural clothing, and of course, I had to jump on this cute design. 🇺🇸🦅🩵
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Absolutely pretty
Find me where the wildflowers bloom and the countryside whispers its secrets.
ig credit: sparrowinlondon.
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Tá tudo bem, pequena...
A tempestade já se foi
Suas feridas vão sarar
Me perdoe, eu não percebi
Você queria ser amada
Tanto quanto eu
Fui negligente com você
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Testando várias redes sociais em substituição ao X
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